Juízes obrigados a concluir número mínimo de processos por ano Publico, 22 de Setembro 2011 Por Paula Torres de Carvalho A fixação de um número mínimo de processos que cada juiz terá de concluir por ano, agora estabelecida pelo Conselho Superior da Magistratura (CSM), é uma reivindicação antiga dos magistrados, reconheceram ontem a ministra da Justiça e o presidente da Associação Sindical dos Juízes. As falhas relativas à produtividade têm dado origem a processos disciplinares a magistrados Há “muito tempo” estabelecimento de que os objectivos juízes são anuais favoráveis relativamente ao à conclusão de processos, nota o presidente da Associação Sindical de Juízes Portugueses (ASJP), António Martins. Os responsáveis da associação estão assim de acordo com a Rua Rodrigues Sampaio, n.º 96, R/C Esq. 1150-281 Lisboa Tel.: 21 355 39 40 / Fax: 21 355 39 49 [email protected] / www.apcolaco.com 1 posição do CSM, que anunciou na sua página na Internet uma proposta resultante de um estudo com os números mínimos de processos que os juízes devem concluir todos os anos, de forma a contribuir para uma justiça mais célere. Também a ministra da Justiça, Paula Teixeira da Cruz, defendeu ontem uma redistribuição de processos pelos juízes, através da definição de uma “carga suportável” de processos atribuídos a cada magistrado. “Há juízes com seis mil ou sete mil” processos, frisou, em declarações à agência Lusa, notando ser “manifestamente impossível” despachá-los. Constatando que a contingentação processual é uma “reivindicação antiga” dos magistrados e que vai ajudar na “racionalização do sistema judicial, alertou contudo para a necessidade de “os valores de referência definidos terem em conta a complexidade das acções” atribuídas a cada juiz. As falhas relacionadas com a produtividade têm dado origem a diversos processos disciplinares e têm-se repercutido ao nível da avaliação dos magistrados. “Há determinadas exigências que o CSM não pode deixar de fazer aos magistrados da primeira e da segunda instância. Neste mandato do conselho, o número de processos disciplinares abertos aos juízes triplicou e Rua Rodrigues Sampaio, n.º 96, R/C Esq. 1150-281 Lisboa Tel.: 21 355 39 40 / Fax: 21 355 39 49 [email protected] / www.apcolaco.com 2 muitos deles são devidos à falta de produtividade”, lembrou o vice-presidente do Conselho, Bravo Serra. Público, 2011-09-22 Publicado em 22 de Setembro de 2011 Rua Rodrigues Sampaio, n.º 96, R/C Esq. 1150-281 Lisboa Tel.: 21 355 39 40 / Fax: 21 355 39 49 [email protected] / www.apcolaco.com 3