Paróquia de S. Miguel de Vila das Aves
Coruja Defensora e Agressora
Coruja Defensora e Agressora
2010-04-07 19:53:08
Dizem que a coruja tem cabeça e olhos grandes, que sabe muito bem rapinar de noite e que também
sabe mostrar suas garras para proteger seus filhos. Seu piar algo comovente tem sido ouvido pelas
pessoas que na quarta-feira da Semana Santa nos anos 2008 e 2009 têm participado na Via-Sacra feita
pelos nossos Jovens em Caminhada Renascer, precisamente por entre as árvores existentes no adro da
nossa Igreja Matriz. O que eu não sabia é que tal coruja tinha movido guerra activa pelo menos a cinco
pessoas.
Vou contar essa ocorrência.
No fim da adoração mensal realizada na nossa Igreja Matriz às vinte e uma horas do dia dois de Março
deste ano de 2010, o António Maria Pinheiro Monteiro, a Albertina (sua esposa) e a Nazaré (irmã dela)
disseram ao Padre Fernando no adro da nossa Igreja Matriz: na Alameda do Padre Álvaro Guimarães
uma coruja atacou o avô da Patrícia e até foi preciso levá-lo ao hospital! Como eu fiquei bastante
incrédulo, disse-lhes que ia perguntar à Patrícia no próximo domingo, dia sete de Março, pois ela é
pioneira e encontrá-la-ei no fim da Eucaristia das 8,30 horas que será a Reunião de Piedade dos
Escuteiros do nosso Agrupamento 0004 do C.N.E. de Vila das Aves.
Uma vez que ela me disse ter sido verdade, quis deslocar-me imediatamente ao local e lá encontrei a sua
avó paterna Isaura Oliveira Carvalho que me explicou os seguintes pormenores ocorridos na sexta-feira,
dia vinte e seis de Fevereiro de 2010; seu filho Abílio Manuel de Oliveira Carvalho, pelas dezoito horas ia
a sair do nosso adro para descer a Alameda e junto da segunda árvore do seu lado esquerdo viu uma
pequena coruja em cima do paredão e, ao dirigir-se para junto dela, a coruja-mãe, que estava no galho da
árvore a mirar a filhota, rapidamente fez um voo picado, tendo-o arranhado na cabeça e batido nas
ventas com as suas asas! Ao chegar a casa, que fica a cinquenta metros de distância, contou o sucedido
a seu pai César; os dois quiseram voltar ao local para melhor se inteirarem da coruja que lá ficou; mal
chegaram ao local o ataque da coruja-mãe foi tão rápido e violento que o olho esquerdo do César ficou
logo a sangrar!
Regressados a casa, pois a noite escondia a coruja agressora, as dores foram aumentando, e no dia
seguinte foi levado ao hospital de Riba de Ave; passadas duas horas os Bombeiros levaram-no para o
hospital de Santo António, no Porto, de onde regressou a casa às vinte e duas horas após ter comprado
na farmácia um medicamento que lhe custou cerca de quarenta euros. A meio da conversa fiquei a saber
que tal coruja já tinha atacado não só um senhor chamado Paulo, mas também dois “namorados” que não
convém agora identificar. Talvez cansada de tanto atacar, ou para melhor proteger a sua filhota, a coruja
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foi habitar no eucaliptal existente nas redondezas.
Na fotografia tirada do lado poente ao local da agressão, e aqui publicada, estão as seguintes pessoas
identificadas da direita para a esquerda: César Augusto Pereira Ribeiro (2º agredido), Abílio Manuel de
Oliveira Carvalho (1º agredido), Isaura Oliveira Carvalho (esposa do 2º agredido), Ana Patrícia Moreira
Carvalho (filha do 1º agredido) e Padre Fernando de Azevedo Abreu, o contador desta ocorrência.
Vila das Aves, 06/04/2010, terça-feira da Oitava da Páscoa.
Padre Fernando de Azevedo Abreu.
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