MIGUEL REALE E A FILOSOFIA BRASILEIRA Bruno Maciel Membro do Núcleo de Estudos Ibéricos e Ibero-Americanos da UFJF. Aluno do Curso de Filosofia da UFJF. [email protected] O problema da originalidade 1. Em virtude do nosso conturbado processo de colonização e das inúmeras tentativas verticalizantes de fundamentação de uma identidade nacional, ainda questiona-se a existência de uma filosofia autóctone no Brasil ou quiçá sua possibilidade. Esta confusa realidade, que a nós se apresenta, dá guarida à constituição de uma vertente de pensamento que aborda a questão da originalidade de forma cética, atestando que nossa especulação filosófica está condenada ao mero mimetismo dos modismos preconizados pelas grandes escolas européias. Dentro desta perspectiva, destaca-se a atuação de Clóvis Beviláqua, membro integrante da Escola de Recife. Segundo o mesmo, se por um lado à poesia bem floresce em nosso país o mesmo não ocorre em relação à filosofia, onde, até então, não havia conseguido consolidar uma escola filosófica própria1. Ironicamente, é no seio da própria Escola do Recife que Miguel Reale identifica o despertar da primeira corrente filosófica da história do pensamento nacional. Identificando Tobias Barreto, fundador desta escola, como o preconizador do chamado 1 Cf. RODRIGUEZ, R V. Miguel Reale, historiador das idéias. In. Atas do IV Colóquio Tobias Barreto, Viana do Castelo, 1988, p. 279-288. “Culturalismo Brasileiro” 2. Por Culturalismo, dentro do pensamento tobiático, Reale entende a parte dirigida à crítica ao determinismo fisiocrata positivista. Tal retaliação está embasada na obra de Ludwig Noiré, filósofo neokantista de pouco reconhecimento em terras germânicas3. O que há de inovador em Tobias, em detrimento aos neokantistas brasileiros que o precedem, é sua colocação do problema da cultura sob o ponto de vista filosófico, antecipando em algumas décadas o “boom” do movimento neokantista na Europa. Em outras palavras, antes mesmo do florescer da famosa escola de Baden, Tobias já se atentava, em nosso país, a importância das questões referentes à cultura, não como mero conjunto de bens materiais, mas enquanto dimensão existencial. Além disto, sua crítica ao Positivismo é uma das pioneiras, antevendo aquela que seria uma das maiores preocupações da filosofia da primeira metade do século XX, a que Husserl frisaria de forma angustiante quase meio século depois. Soa estranho aos não familiarizados ao assunto se falar em Culturalismo enquanto filosofia brasileira, sendo seu principal matiz o movimento neokantista. Ou ainda, parece contraditório que se fale em rompimento com a mera reprodução dos modismos da filosofia européia, sendo que suas influências maiores advêm de pensadores de origem alemã. Para solucionarmos estas questões, primeiro devemos esclarecer um problema de ordem metodológica4. Miguel Reale inaugura, no país, uma nova perspectiva acerca da problemática da originalidade. Contrapondo-se aos extremismos em que a questão até então vinha sendo tratada, o pensador brasileiro, baseado no idealismo hegeliano, parte do pressuposto de que não existe originalidade total em se tratando de problemas filosóficos. A filosofia, neste sentido, trata um fenômeno que se origina na Grécia, sendo seu desenvolvimento mero desdobramento que emana de sua fonte originária. Todavia, ela se modifica conforme o tempo e a cultura em que os filósofos estejam inseridos, o que justifica, por outro lado, o fato das filosofias nacionais serem entendidas enquanto pluralidade5. Contudo, concomitante a esta pluralidade, Miguel Reale entende a filosofia como um fenômeno universal, cabendo a cada cultura, dar sua contribuição ao todo que compõe a perquirição filosófica. A prova viva desta argumentação se encontra na própria esfera das filosofias nacionais. Se fizermos um acurado estudo sobre as famosas filosofias alemã, inglesa ou francesa, não é difícil encontrar aspectos que remontam aos primórdios da filosofia grega. Além do mais, após a Primeira Guerra Mundial percebese o fim das hegemonias nacionais, dando respaldo a um processo, cada vez mais acentuado, de diálogos interculturais e universalizadores. Lembrando que o conceito de hegemonia, na presente acepção, não se refere à primazia político-militar, mas sim a valores intelectuais em vigor, sejam eles entendidos em seus múltiplos domínios6. 2 Cf. PAIM, A.História das idéias filosóficas no Brasil. 3ª edição. Brasília, Ed. Convívio, 1984. p 398. 3 Cf. SIMÕES, P. J. C. V. O Pensamento filosófico de Tobias Barreto. La Rioja: Revista de Hispanismo Filosófico, 1997 p. 37-47. 4 Cf. RODRIGUEZ, R V. La Historia del pensamiento filosófico brasileño: problemas y corrientes. RIB, Washington, vol. XXXV, no. 3, 1985, p. 279-288 5 Ídem. 6 Introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo, Ed. Saraiva, 1994, p 195. Contudo, se por um lado a presente argumentação resolve o problema da originalidade, não ajuda a qualificação do Culturalismo Brasileiro como primeira corrente filosófica nacional. Tal fato exige nova explicação. Miguel Reale identifica na escola culturalista, ao contrário das demais filosofias européias de repercussão no país, uma linha de pensamento que se desenvolve a partir da herança deixada por intelectuais brasileiros. Sendo resultante de mais de um século de esforços, visando à edificação de um pensamento culturalista adaptado às vicissitudes tupiniquins. Como se observa, o Culturalismo trata-se de uma escola consolidada, imune aos reveses que ocorrem, de tempos em tempos, no âmbito da filosofia. A característica mais marcante do Culturalismo é a multiplicidade de perspectivas que compõem seu conjunto de idéias. Este aspecto justifica a presença de influências que variam desde o idealismo alemão, ao pragmatismo americano. Tais inovações se permitem devido ao princípio culturalista de que a cultura é condicionada por um conjunto de valores que predominam em determinado lugar no tempo e no espaço. Sendo a filosofia, em outras palavras, puro reflexo do tempo. Neste sentido, é natural que o pensamento culturalista não admita a construção de esquemas prontos e acabados, uma vez que a atividade filosófica é entendida enquanto esforço perene do espírito humano, em sua incessante busca de autocompreensão. É no valor heurístico e no embate de idéias, que os culturalistas crêem encontrar a chave para o aprofundamento da consciência filosófica nacional. Pela causa mesma, não consideramos no dito “relativismo” culturalista um empecilho ao desenvolvimento do pensamento nacional, mas sim uma solução, visto que o confronto entre as diferentes e livres perspectivas permite a construção de análises cada vez mais sóbrias e abalizadas de nossa Filosofia. Pensamento e ressonância 2. Miguel Reale é considerado, por grande parte da crítica, o precursor do momento mais significativo da história do pensamento filosófico brasileiro7. Tal feito deve-se a ele ter desenvolvido um inovador método de pesquisa de história da idéias filosóficas, possibilitando um estudo filosófico em conformidade às características peculiares a cada filosofia nacional. Alzira Müller, em sua dissertação de mestrado dedicada à filosofia geral de Reale, documentou a repercussão de seu método de pesquisa dentro da intelectualidade brasileira com as seguintes palavras: 7 GUIMARÃES, A C. O tema da consciência na filosofia, São Paulo: Convívio, 1982. p. 91-97. A partir de 1950, um grupo de estudiosos procurou, com o instrumento do método que ele sugeria, aprofundar-se no estudo de nossos pensadores, com o fim de chegar a uma maior compreensão da meditação nacional.8. E continua: O método preconizado pelo professor Reale foi por ele posto em prática, em 1949, num ensaio dedicado à doutrina de Kant no Brasil Em sintonia ao método realiano, Paim apresenta na introdução da 3ª Edição de “História das Idéias Filosóficas no Brasil” que o desenvolvimento da filosofia pode ser dividido em três grandes planos. Existe a esfera das perspectivas, que encontraram suas maiores expressões nas obras de Platão e Kant. A sistemática, que entra em declínio no início do século XX. E, por fim, a indagação problemática, tendência que floresce em nosso tempo9. Na primeira metade do século passado, Hartmann (1882-1950), já dizia que a filosofia hodierna caracteriza-se pela primazia do problema em relação ao sistema. Rodolfo Mondolfo (1877-1950), contemporaneamente, afirmara que a efetiva compreensão do curso histórico se dá pela indagação de problemas e não de sistemas. Não menos relevante é o papel de Ortega y Gasset (1883-1955), que postulava naquele período a célebre frase “eu sou eu e minha circunstância”. Miguel Reale, de forma muito sagaz, percebeu essas modificações substanciais que ocorriam em seu tempo, e foi pioneiro, em nosso país, no desenvolvimento de uma filosofia calcada em problemas, e não mais em sistemas rígidos criados por europeus. Não por acaso, Roque Spencer Maciel afirma: “Miguel Reale desempenhou entre nós, e creio que também hoje, em Portugal, um papel semelhante ao que Ortega y Gasset desempenhou em Espanha e no mundo ibérico em geral” 10. A obra de Miguel Reale, mediante a sua indelével relevância e fecundidade, faz do pensador paulista, na visão de membros do Instituto Luso-Brasileiro de Filosofia e grandes figuras de nossa intelectualidade, o filósofo de língua portuguesa mais importante do século XX. Como resultante das acuradas análises acerca dos problemas desenvolvidos no transcorrer de nosso decurso histórico, os culturalistas identificam três questões fundamentais. Dentre estas, a problemática do homem ocupa um papel basilar, por ser condutora das demais perquirições filosóficas. A partir da concepção que formamos da pessoa humana chegamos aos outros dois problemas nucleares na constituição do nosso pensamento. Sendo estes, a busca de uma filosofia política e a indagação sobre a relação filosofia e ciência. 8 MÜLLER, A C. Fundamentação da experiência em Miguel Reale. São Paulo: GRD; Brasília: INL, 1981. p. 9. 9 PAIM, A. A obra filosófica de Miguel Reale. In. Bibliografia e estudos críticos, Salvador Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro, 1999. p. 3- 17. 10 Apud. RODRIGUEZ, R V. Miguel Reale, historiador das idéias. In. Atas do IV Colóquio Tobias Barreto, Viana do Castelo, 1988, p. 279-288. No que tange a teoria da cultura, Miguel Reale contradita o pensamento de Tobias no tocante à sua determinação de mundo da cultura e mundo da natureza como estratos independentes e antitéticos da realidade. Para Reale, ao contrário, o mundo da natureza é sim o alicerce do mundo cultural. Concorda-se que o mundo, em seu estado original, obedece a leis deterministas. E que o espírito humano, por seu turno, é a única força a conseguir romper com esta previsibilidade. Sendo a capacidade humana de promover síntese (caráter nomotética do espírito) fonte originária do mundo da cultura. Contudo, ao contrário de Tobias, para Reale à esfera da cultura não anula os princípios lógicos inerentes ao mundo da natureza, mas sim os complementam, adicionando novas formas de conhecimento ao já dado. Com efeito, o mundo natural passa a se amoldar conforme a percepção humana de mundo. Sendo o mundo cultural, em última instância, um novo mundo que se instala sob aquele encontrado em estado originário (mundo da natureza). A natureza de hoje não é mais a mesma de um, dois ou três mil anos atrás, porque o mundo circundante foi adaptado a feição do homem. O homem, servindo-se das leis naturais, que são instrumentos ideais, erigiu um segundo mundo sobre o dado: é o mundo histórico, o mundo cultural, só possível por ser o homem um ser espiritual11. A teoria da cultura de Reale, a exemplo do que ocorre com outros filósofos da história de nosso tempo, parte do princípio que toda cultura se funda a partir de determinados pressupostos axiológicos. É a proeminência de certos valores que caracteriza aquilo que chamamos de civilização. Quando certos valores entram em declínio a civilização entra em colapso, e de suas ruínas encontramos os alicerces de uma nova civilização constituída de valores renovados. Em outras palavras, de tempos e tempos, valores novos sobressaem aos antigos, criando os chamados ciclos culturais. Lembrando que, para Reale, o conceito de cultura comporta todo conjunto de significações produzidas pelo homem ao longo de sua história12. Importante frisar que para Reale a problemática da cultura se encontra intrinsecamente ligada à questão do ser e dever-ser, ao qual reporta ser um dos temas centrais da perquirição ontológica contemporânea. O termo Ontologia, todavia, é empregado aqui na acepção estrita de teoria do conhecimento dos objetos. Não devemos também nos olvidar que o conceito objeto é entendido, neste sentido, como tudo aquilo que é passível de juízo, transcendendo a sua usual denotação material. Ser e dever ser, por sua vez, são as duas posições primordiais do espírito ante a realidade, indicando, respectivamente, juízos de realidade e juízos de valor. Reale coloca a referida questão sob novas bases ao contradizer a Ontologia de Husserl e Brentano, no que tange a compreensão dos objetos valiosos. Os valores, no ponto de vista dos primeiros são considerados objetos ideais, como a lógica e a matemática. Para Reale, todavia, esta colocação se mostra um tanto equivoca, visto que, embora ambos tratem de objetos a-espaciais e a-temporais, objetos ideais e valiosos 11 12 .Cf. Introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo, Ed. Saraiva, 1994. 205- 209. Idem. possuem diferentes implicações. Em primeiro lugar, podemos destacar que os objetos valiosos se diferem dos primeiros por não possuírem uma existência em si, ontológica. Ao contrário disto, os valores só se realizam no curso da experiência histórica. Pela causa mesma, não se admite esquemas pronto acabados, estando os valores em um contínuo e incessante processo metamórfico. Em segundo, os objetos valiosos, ao contrário dos ideais, são imensuráveis. Afinal não se medem ou quantificam valores. Por fim, os objetos ideais não se ligam conforme uma hierarquia, característica exclusiva dos objetos valiosos. Estas peculiaridades, inerentes a esfera dos valores, levam Reale a conclusão de que os mesmos devam ser considerados entes autônomos, ou ainda, uma nova dimensão da realidade que se acrescenta ao mundo dado. Modéstia à parte, desvinculando os valores dos objetos ideais, logramos dar status autônomo à Axiologia ou Teoria dos Valores13. Quando associadas, as esferas do ser (objetos naturais e ideais) e do dever-ser (valores) criam algo novo, que está para além do determinismo do mundo natural. Tais estruturas são o que distinguem o homem dos demais entes, levando a edificação do mundo da cultura. Em outras palavras, o mundo do ser em conjunção ao mundo do dever ser, compõem o mundo da cultura, dentro de uma indissociável correlação. O ser é o suporte dos bens culturais e remete sempre a relações de causalidade, ao passo que o dever-ser refere a sua significação, sempre ligado a implicações de finalidade.. A partir do já dito, Reale formula sua famosa conjetura, “o homem só é enquanto dever-ser”. [...] creio que se pode apresentar como um dos principais resultados da investigação que patrocina a seguinte fórmula de Miguel Reale: o homem é o único ente que originariamente é e deve ser, no qual ser e dever ser se coincidem, cujo ser é o seu dever ser14. A esta perspectiva culturalista dos valores Miguel Reale denomina de teoria histórico-cultural. De modo que, neste contexto, se enquadram uma série de outras doutrinas, que tem como ponto comum o princípio da impossibilidade da compreensão da problemática do valor fora do âmbito da história. Entre valor e realidade, portanto, não há qualquer repulsão, mas sim uma relação de implicação mútua (dialética da complementaridade). Reale argumenta que a realidade sem os juízos valorativos consistiria em dados sem quaisquer espécies de significação, ao passo que o valor sem a realidade, seria algo puramente abstrato. Contudo, valor e realidade não se reduzem a uma única esfera, uma vez que os objetos valiosos refletem a busca perene do espírito humano de superação e atualização do real. Se por um lado a inexorabilidade de possibilidades que nos é aberto 13 14 Cf. Introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo, Ed. Saraiva, 1994 p 160. História das idéias filosóficas no Brasil. 3ª edição. Brasília, Ed. Convívio, 1984. pp. 602. por intermédio do mundo dos valores justificam sua relação com o mundo objetivo. Por outro, os valores só existem enquanto referidos a uma subjetividade. Não apenas enquanto experiência individual, mas também entendido enquanto consciência coletiva. Os valores, em outras palavras, é o próprio espírito em sua universalidade, projetandose no tempo enquanto consciência histórica. Por conseguinte, o jusfilósofo paulista conclui que a objetividade dos valores é relativa, visto que os mesmos sempre estão em relação a um sujeito universal de estimativa. Deste modo, mostra-se crucial o papel do homem no processo de valoração. Sendo o valor da pessoa humana, o valor-fonte que condiciona todos os demais. A idéia de valor, para nós, encontra na pessoa humana. na subjetividade entendida em sua essencial intersubjetividade, a sua origem primeira, como valor-fonte de todo o mundo das estimativas, ou mundo -histórico- cultural15. Os homens, todavia, podem realizar pesquisas de duas ordens distintas. O que se resolve na distinção feita por Dilthey entre explicar e compreender. Explica-se o já dado no intuito captá-lo ou de descrevê-lo como ele se apresenta. As chamadas ciências físico-matemáticas se enquadram neste perfil, pois não questiona sobre o significado axiológico dos dados objetivos. Tal modalidade de perquirição reside na esfera do ser. Por outro lado, existe outra ordem de conhecimentos que se caracteriza por uma atitude valorativa ante os fenômenos, a que chamamos de compreensivos. É o que ocorre dentro das ditas ciências culturais, onde buscamos sempre uma resposta que integre nosso objeto de pesquisa em uma compreensão totalizante. No centro desta concepção, de caráter axiológico, se situa a idéia de que o homem é enquanto deve ser, e, concomitantemente, abriga a idéia de pessoa humana. No fundo chegaremos à conclusão de que o problema do valor reduz-se à própria espiritualidade humana. Há possibilidades de valores porque quem diz homem diz liberdade espiritual, possibilidade constitutiva de bens, poder de síntese com liberdade e autoconsciência, o que demonstra a insubsistência de toda concepção materialista da história16. Em última análise, podemos dizer que a problemática do valor, dentro da perspectiva de Reale, só tem sentido a partir do que ela significa ao próprio homem. Sendo o homem o único ente capaz de valorar. São os valores os fundadores do mundo da cultura, nos levando a superação das condições que nos apresentam. Em outras palavras, a cultura brota do homem e tem no próprio homem sua finalidade. 15 Cf. Introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo, Ed. Saraiva, 1994 p 188. 16 Cf. Introdução à Filosofia. 3ª ed. São Paulo, Ed. Saraiva, 1994 p 180. O elemento axiológico é a essência da compreensão do mundo da cultura. No fundo, cultura é compreensão: compreensão é valoração. Compreender, em última análise é valorar, é a apreciar as coisas sob o prisma do valor. 17 Referências Bibliográficas BARROS. R S. M. Notas sobre a estética de Miguel Reale. Bibliografia e estudos críticos, Salvador Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro, 1999. p.11- 122. CARVALHO, J. M. Antologia do Culturalismo Brasileiro: um século de filosofia. Londrina, Edições Cefil, 1998. pp. 300. ____. O tema da cultura na filosofia brasileira. UPL, vol.7, nº. 17, 2002. p. 87-108. GUIMARÃES, A C. O tema da consciência na filosofia, São Paulo: Convívio, 1982. p. 91-97. MÜLLER, A C. Fundamentação da experiência em Miguel Reale. São Paulo: GRD; Brasília: INL, 1981. pp. 123. PAIM, A. A obra filosófica de Miguel Reale. In. Bibliografia e estudos críticos, Salvador Centro de Documentação do Pensamento Brasileiro, 1999. p. 65- 84. ____. Consciência transcendental. In. Estudos em homenagem a Miguel Reale. (org). FILHO, T. C São Paulo, Ed. 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