Internacionalização de MPEs inovadoras
Prof. Moacir de Miranda Oliveira Jr., FEA-USP e FIA
XX Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas
XVIII Workshop ANPROTEC
São Paulo, Setembro de 2010
Moacir de Miranda Oliveira Junior
•
•
•
•
•
•
•
Doutor e mestre em Administração pela FEA-USP.
Pesquisador visitante da University of Cambridge – Judge Business School.
Formação em Educação Executiva na Harvard Business School.
Professor da FEA-USP e Coordenador de Projetos da FIA. Atuou como professor da
FGV-EAESP e da Fundação Dom Cabral.
Consultor de empresas e palestrante em empresas e eventos de negócios. Atuou
como consultor e coordenador de projetos na Coopers & Lybrand, GVConsult e
GVPEC e Fundação Dom Cabral.
Co-autor dos livros Multinacionais Brasileiras (2010), Estratégia e Inovação em
Corporações Multinacionais (2008) e Gestão Estratégica do Conhecimento (2001).
Autor de diversos artigos acadêmicos e executivos, publicados nos principais jornais
e revistas do país e em conferências nacionais e internacionais.
Especialidades: Gestão Estratégica; Gestão Internacional e Gestão da Inovação e do
Conhecimento.
Email: [email protected]
Multinacionais Brasileiras
Esta obra apresenta casos de
sucesso de multinacionais
brasileiras, resultados de
pesquisas quantitativas e a teoria
que visa ajudar os empresários
brasileiros a enfrentar de forma
qualificada os desafios da
atuação em mercados
internacionais. (Oliveira Jr., 2010)
A Transformação das Subsidiárias Brasileiras
“Em relação às atividades de P&D
os resultados estão claramente
em conflito com algumas
crenças...A maioria da amostra de
subsidiárias brasileiras
pesquisadas desenvolve, sim,
novos produtos, seja para o
mercado local, seja para o
mercado internacional”
(Oliveira Jr., Boehe, Borini,
2009:introdução)
A MUDANÇA DE CONTEXTO PROVOCADA
PELO CRESCIMENTO DOS MERCADOS
EMERGENTES
PIB e Nível Relativo da Renda Per Capita Tendem a Divergir
Crescimento Real dos PIBs dos BRICs
Atualização das Projeções
Goldman Sachs – Paper Nº 134 – 2005
As novas projeções indicam que os BRICs poderão realizar o
“sonho” mais rapidamente do que o projetado em 2003.
As projeções foram ampliadas para um outro conjunto de países
em desenvolvimento (grupo a que se chamou de N-11 – os
próximos 11).
Deles, só o México e talvez a Coréia teriam a capacidade de se
tornar tão importantes mundialmente como os BRICs.
Nesse novo estudo foi introduzido o Growth Environment Score
(GES), que visa resumir todas as condições gerais e definições de
política estrutural para os países em nível global.
As novas projeções reforçam a preponderância dos BRICs.
Atualização das Projeções
Goldman Sachs – Paper Nº 134 – 2005
Os N-11:
Bangladesh
Egypt
Indonesia
Iran
Korea
Mexico
Nigeria
Pakistan
Philippines
Turkey
Vietnam
Atualização das Projeções
Goldman Sachs – Paper Nº 134 – Ano 2005
Fluxos de Investimentos Direto no Brasil
EVOLUÇÃO DOS FLUXOS DE INVESTIMENTO DIRETO
35000
30000
US $ Milhões
25000
2006: OFDI ultrapassa
IFDI pela primeira vez na
história recente.
20000
15000
IDE do Brasil (OFDI)
IDE para o Brasil (IFDI)
10000
5000
0
-5000
Fonte: UNCTAD e Banco Central
Participação dos Países Emergentes no PIB mundial
(1985 – 2007)
44,0
43,5
42,3
42,5
41,2
41,0
39,3
39,5
38,0
37,7
36,8
36,7
36,6
36,5
36,2
36,7
36,0
35,8
SOURCE: FMI - Except: Africa and Middle Orient. South Africa included
*PRELIMINAR
2007*
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
35,0
Participação dos Países Desenvolvidos no PIB mundial
(1985 – 2007)
65,0
64,2
63,8
63,3
63,4
64,2
63,3
63,0
63,2
62,3
61,0
60,7
59,0
58,8
57,7
57,0
56,5
SOURCE: Based on FMI
*PRELIMINAR
2007*
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
55,0
Participação dos Emergentes e Países desenvolvidos
no PIB mundial (1985 – 2007)
SOURCE: Based on FMI
*PRELIMINAR
Participação dos EUA no PIB Mundial
(1980 – 2007)
24,1
23,9
23,4
23,3
23,3
23,1
23,0
23,1
22,9
22,6
22,7
22,5
22,4
22,5
22,0
22,0
22,0
21,4
SOURCE: Based on FMI
*PRELIMINAR
2007*
2006
2005
2004
2003
2002
2001
2000
1999
1998
1997
1996
1995
1994
1993
1992
1991
1990
1989
1988
1987
1986
1985
1984
1983
1982
1981
1980
21,3
Investimentos nacionais em P&D, em relação ao PIB
...porém há um caminho muito longo
até os líderes em inovação
Fluxos de Investimentos Direto no Brasil
EVOLUÇÃO DOS FLUXOS DE INVESTIMENTO DIRETO
35000
30000
US $ Milhões
25000
2006: OFDI ultrapassa
IFDI pela primeira vez na
história recente.
20000
15000
IDE do Brasil (OFDI)
IDE para o Brasil (IFDI)
10000
5000
0
-5000
Fonte: UNCTAD e Banco Central
Mercados Emergentes - Características
Pela primeira vez, as 4 maiores economias emergentes
estão ranqueadas entre os cinco maiores destinos de
investimentos pelas maiores multinacionais mundiais
(UNCTAD):
China
India
Brasil
EUA
Rússia
México
Reino unido
Vietnã
Indonésia
Fonte: Valor Econômico - Setembro, 2010
Mercados Emergentes - Características
Os 10 maiores investidores em IDE (UNCTAD):
Estados Unidos
China
Alemanha
Reino Unido
França
Índia
Canadá
Espanha
Rússia
Itália
BRiCs:
realidade ou ficção?
BRICs
% de Crescimento do PIB
PAÍS
2005
2006
2007
2008
2009
2010
China
10,1
11,0
11,5
9,0
8,7
11,0
Índia
7,1
10,0
10,0
8,0
5,0
9,0
Rússia
6,4
10,0
9,0
7,0
- 7,0
- 4,0
Brasil
3,2*
4,0*
5,7*
5,1*
0,0*
8,0 **
BRICs - IDE
Os países em desenvolvimento REALIZAM ~13% do IDE mundial
BRICs - IDE
Os países em desenvolvimento RECEBEM ~30% do fluxo de IDE mundial
%65
65
60
60
OECD
55
35
55
35
30
30
BRICs
25
20
EU-15
15
China
10
25
20
15
10
India
Brazil 5
5
Russian Federation
0
1975
1980
1990
2000
2007
0
Relação IDE X PIB
BRICs ainda aquém do potencial de internacionalizar suas
empresas
CHINA
Vantagens
Potencial para ter o maior
mercado consumidor do
mundo
Alta capacidade industrial
Investimento intensivo em
infra-estrutura e educação
especializada em áreas
importantes para a indústria
Política do governo estimula
criação de riqueza nova em
vez de mudança de
propriedade (joint venture x
aquisição)
Desvantagens
Crescimento não
considera as questões
sociais
População com tendência
ao envelhecimento rápido
Progresso realizado com
grande devastação
ambiental
Sistema político de partido
único
Risco de aumento do
protecionismo
ÍNDIA
Vantagens
Avanços em setores de
tecnologia como informática
Grande população jovem e
crescimento acelerado
Idioma facilita negócios
Elite bem formada e atuante
Tradição nas ciências exatas.
Surgimento de grandes
conglomerados familiares
Desvantagens
Grande pobreza
Infra-estrutura precária com
áreas urbanas caóticas
Foco na atração de IDE em
detrimento da situação inversa
Sociedade organizada por
castas e dividida por conflitos
étnicos e religiosos
BRASIL
Vantagens
Potencial para ser o maior
fornecedor mundial de
produtos agrícolas
Grandes reservas minerais
Parque industrial
diversificado
Estabilidade macroeconômica
Regime democrático
consolidado e estável
Desvantagens
Cresce menos que os outros
emergentes(PIB - 2,9% última
década)
Carga tributária pesada e
informalidade disseminada em
muitos setores
Infra-estrutura precária
Educação deficiente
Forte concentração de renda
RÚSSIA
Vantagens
Desvantagens
Desenvolvimento na base de
matérias primas ( gás,
petróleo, minérios e metais)
vendidas principalmente nos
paises da ex-Uniao Soviética
e na Europa Ocidental
População com bom nível
educacional
Carga tributária baixa
População com média de
idade elevada e baixo
índice de natalidade (previsão
de decréscimo de população)
Altos índices de inflação
Altos índices de corrupção
e criminalidade
O Mundo é Plano (!?)
Ghemawat, 2007
COMO SE DÁ O PROCESSO DE
INTERNACIONALIZAÇÃO?
INTERNACIONALIZAÇÃO: UMA EXPERIÊNCIA DE APRENDIZAGEM
Profundidade do envolvimento
Formas mais avançadas de
internacionalização
Subsidiária própria
Montagem local
Joint venture
Licenciamento
Exportação através de rede própria
(Escritórios ou filiais comerciais)
Exportações via distribuidores ou agentes
Tempo de envolvimento
20 anos
Fonte: JOHANSON; VAHLNE.
CUSTOS E RISCOS DA INTERNACIONALIZAÇÃO
Custos crescentes de
coordenação e
governança
Desvantagens do recémchegado
(liability of newness)
Riscos políticos e
econômicos nos mercados
internacionais
Desvantagens de ser
estrangeira
(liability of foreigness)
Distância entre Países
•
A Distância é um fator importante que as empresas devem
examinar com atenção.
•
Baseado na Teoria de que existe uma relação positiva entre o
tamanho da economia e o comércio e outra relação negativa
entre distância e comércio, os economistas Jeffrey Frankel e
Andrew Rose, observaram o quanto certas variáveis da
distância afetam o comércio internacional.
Cultura
Administração
Geografia
Economia
RISCOS
BARREIRAS DA
DISTÂNCIA
CUSTOS
As 4 Dimensões da Distância - CAGE- Framework
•
CULTURAL: a herança cultural determina como as
pessoas se relacionam com outras pessoas,
empresas e instituições. Diferenças culturais causam
grande impacto no comércio internacional.
•
ADMINISTRATIVA OU POLÍTICA: o sistema político e
a origem histórica compartilhada entre países geram
importantes efeitos sobre suas relações de comércio.
•
GEOGRÁFICA: em geral, quanto mais longe se está
de um país, mais difícil será conduzir o negócio. O
tamanho do país, suas fronteiras, seus acessos por
rios e mares e sua topografia são atributos a serem
considerados, assim como a infraestrutura de
comunicação e transporte.
•
ECONÔMICA:a riqueza ou a renda dos consumidores
é mais importante característica econômica que cria
distância e possui um impacto marcante nos níveis de
negócio e tipo de parceiros comerciais.
DESVANTAGENS DE SER ESTRANGEIRO
DESVANTAGENS DE SER ESTRANGEIRO
“Toto, acho que não estamos mais no Kansas.”
Dorothy, em O Mágico de Oz
Seqüência de entrada das empresas brasileiras por regiões
100%
90%
80%
6%
3%
5%
9%
2%
21%
22%
70%
60%
18%
22%
29%
22%
7%
2%
7%
50%
20%
40%
30%
20%
4%
9%
4%
7%
9%
47%
45%
29%
Asia
7%
14%
14%
14%
48%
Middle East
Africa
Europe
USA and Canada
Latin America
34%
10%
Oceania
18%
0%
First
Market
Second
Market
Third
Market
Fourth
Market
Fifth
Market
CYRINO, A. B.; BARCELLOS, E.P.; TANURE, B. International Trajectories of Brazilian Companies: Empirical Contribution to the Debate on the
Importance of Distance. In: Emerging Multinationals: Outward Foreign Direct Investment from Emerging and Developing Economies, 2008, Copenhagen.
Annals of the Emerging Multinational Conference, 2008.
Seqüência de entrada das empresas brasileiras que se
expandiram primeiro pela América Latina
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
4%
Oceania
19%
Asia
19%
4%
4%
100%
Middle East
Africa
Europe
58%
49%
USA and Canada
Latin America
First Market
Second Market
Third Market
CYRINO, A. B.; BARCELLOS, E.P.; TANURE, B. International Trajectories of Brazilian Companies: Empirical Contribution to the Debate on the
Importance of Distance. In: Emerging Multinationals: Outward Foreign Direct Investment from Emerging and Developing Economies, 2008, Copenhagen.
Annals of the Emerging Multinational Conference, 2008.
“É tudo muito simples, Anji-San.
Apenas mude a sua concepção
de mundo.”
Shogun, de James Clavell
BORN GLOBALS
UMA NOVA FORMA DE
INTERNACIONALIZAÇÃO DE MPEs
O SURGIMENTO DAS BORN GLOBALS
Um novo tipo de empresa
Uma lógica de atuação global (no
sourcing de conhecimentos, de inputs
e/ou nas vendas) desde o início
Contraria a visão tradicional do
processo de internacionalização da
empresa
O que nos dizem os modelos sobre a
internacionalização?
Existência de competências específicas, distintivas
O QUÊ? Produtos...
... mas cada vez mais – Serviços
COMO? exportação como forma inicial de
internacionalização...
... mas cada vez mais – Conjugação de Formas Diversas
de Atuação
ONDE? proximidade geográfica e psicológica
A LÓGICA INCREMENTAL
A GEOGRAFIA DA INTERNACIONALIZAÇÃO
PADRÃO DE PROXIMIDADE GEOGRÁFICA E
PSICOLÓGICA
MAS...
SOB O PADRÃO DOMINANTE
VÃO SURGINDO
NOVAS EXPERIÊNCIAS DE
INTERNACIONALIZAÇÃO RÁPIDA
POR QUÊ?
UM NOVO CONTEXTO
Um tempo que ‘acelerou’
Um mundo que ‘encolheu’
O INCREMENTALISMOJÁ NÃO CONSEGUE
EXPLICAR O MOVIMENTO DE TODAS AS
EMPRESAS !!!
UM MUNDO QUE ‘ENCOLHEU’
Globalização financeira
Globalização dos mercados e dos padrões de
consumo
Globalização das estratégias empresariais
O poder das imagens de marca
Alianças como forma de presença mundial
Dispersão dos centros de inovação
A consciência ambiental
UM TEMPO QUE ‘ACELEROU’
A redução do ciclo de vida dos produtos
A comunicação instantânea
A resposta rápida
A replicação imediata
A importância do intangível
DUAS PERSPECTIVAS DE INTERNACIONALIZAÇÃO
TEMPO
(ANOS)
D
C
A
B
ESPAÇO (PROXIMIDADE)
ABORDAGEM INCREMENTAL
TEMPO
(ANOS)
ESPAÇO
AS ‘BORN GLOBALS’
BORN GLOBALS: DEFINIÇÃO
Diferentes propostas: em busca de um consenso
Definição operacional
“Empresas cujas vendas no exterior atingiram pelo
menos 25% do volume de negócios no prazo de 3
anos após a sua criação e que, desde o início,
procuram obter uma vantagem competitiva
significativa através da utilização de recursos e da
venda de outputs em múltiplos países”
(Baseada em Andersson & Wictor, 2001)
O PROCESSO EMPREENDEDOR DAS BORN GLOBALS
CAPACIDADES DO
EMPREENDEDOR
RECURSOS
INTENSIVOS EM
CONHECIMENTO
CAPITAL
RELACIONAL
IDEIA
ESPECÍFICA
DE
NEGÓCIO
NICHO
GLOBAL
CAPACIDADES DO EMPREENDEDOR
Visão do negócio
Impulso internacional: O mundo como espaço de atuação
Nível de qualificação elevado
Persuasão: capacidade de mobilizar outros
INTENSIDADE EM CONHECIMENTO
Conhecimento Especializado e Complexo
(freqüentemente ancorado em investigação científica)
Relevância do conhecimento tácito
(Aplicações, percepção dos clientes)
Filosofia de mudança e melhoria contínua
Proporção significativa de recursos envolvidos em
atividades de P&D
O PAPEL DO CAPITAL SOCIAL
‘FORMATAÇÃO’
DE
OPORTUNIDADE
LANÇAMENTO
DE PROJETO
EMPRESARIAL
INTERNACIONALIZAÇÃO
• Janelas de
Oportunidade
• Competências
• Acordos de
complementares
cooperação intern.
•Redes de
colaboração
• Formação de
equipas
•Reputação
internacional
• Opinião de pares
• Mobil. Recursos
financeiros
• Identificação de
oportunidades
•Credibilidade
•Espaços de
aprendizagem
• Desenvolvimento/
validação de ideias
ASPECTOS ESPECÍFICOS DA
INTERNACIONALIZAÇÃO
A oportunidade encarada como ‘geograficamente aberta’
Identificação de um nicho global
A internacionalização não segue um padrão de proximidade
geográfica ou psicológica
Diversidade de acordos cooperativos
Papel dos grandes clientes como orientadores e de apoio na
internacionalização
Objetivos multi-facetados da presença internacional: o espaço
global não é apenas um mercado mas também uma fonte de
recursos e de aprendizagens
NOVAS TENDÊNCIAS PARA AS PME´
´s
A relevância do fenômeno é influenciada pelo contexto
setorial, embora não seja exclusivamente high-tech
A dimensão ‘global’ não se observa apenas para juzante,
mas também para montante
As BORN GLOBALS estão associadas à exploração de
novas tendências sociais e científico-tecnológicas
A capacidade de orquestrar redes de relações
internacionais, em diferentes planos, é decisiva
A aprendizagem internacional não é marginal: é central
para o desenvolvimento e sustentabilidade do projeto
empresarial
A Internacionalização das
MPEs brasileiras
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
197,94
US$ bilhões
160,65
137,81
118,53
96,68
48,01
55,12
58,29
60,44
1999
2000
2001
2002
73,20
2003
2004
Brasil para o Mundo
Fonte: MDIC
2005
2006
2007
2008
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
Participação %
PARTICIPAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
NO MERCADO MUNDIAL
0,86
0,87
1999
2000
FONTE: SECEX -
0,96
0,95
0,98
2001
2002
2003
2008:estimativa FMI
1,07
2004
1,13
1,16
1,17
1,17
2005
2006
2007
2008
EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS
SALDO DA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA
US$ bilhões
44,93
46,46
40,03
33,84
24,88
24,75
13,20
-0,73
2,68
-1,29
1999
2000
2001
2002
2003
Brasil com o Mundo
FONTE: SECEX
2004
2005
2006
2007
2008
IMPORTÂNCIA DA MICRO , PEQUENA E MÉDIA EMPRESA
PARA O BRASIL
98% das empresas do setor produtivo
60% da oferta de empregos
9% das exportações
25% do PIB
42% da massa salarial
Fonte: SEBRAE/IBGE
EXPORTAÇÃO POR PORTE DE EMPRESA
PARTICIPAÇÃO % SOBRE O NÚMERO DE EMPRESAS DE 2008
Grande empresa
4564
Média empresa
5.126
Micro e Pequena
empresas
10.570
Pessoa Física
620
Micro e
Pequena
Micro e pequena empresa
50,64 % 50,64%
Pessoa Física
2,97%
Grande
Empresa
21,85%
Média
24,54%
Média
empresa
24,5%
EXPORTAÇÃO POR PORTE DE EMPRESA
PARTICIPAÇÃO % SOBRE VALOR DE 2008
Pessoa
Física
0,19%
Grande empresa
U$s 182,0 bi
Média empresa
U$s 12,0 bi
Micro e Pequena
empresas
U$s 3,7 bi
Pessoa Física
U$s 0,38 bi
Micro e
Pequena
1,86%
Média
6,05%
Grande
Empresa
91,89%
Participação das MPEs nas exportações
60%
48%
54%
45%
50%
9%
A internacionalização da MPE
Grau de comprometimento
Estágios
Tempo
As Barreiras para a internacionalização das
MPE’s
Os gaps entre as normas técnicas e exigências
de qualidade desses países
Recursos insuficientes para aumentar o volume
de exportação (escala) de forma rápida
Estratégias inadequadas para a expansão
internacional ou reputação de serem pouco
confiáveis ou tecnologicamente inferiores
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE DE INTERNACIONALIZAÇÃO da MPE
(Análise de SWOT)
Ambiente Interno (empresa)
Pontos Fortes
Recursos Financeiros;
Marcas bem conhecidas;
Habilidades tecnológicas
Mão de obra
Fonte de matérias-primas.
Pontos Fracos
Falta de direção estratégica;
Altos custos;
Instalações obsoletas
Falta de financiamento
Cultura etnocêntrica.
Ambiente Externo (mercado)
Oportunidades
Novos mercados potenciais;
Novos produtos potenciais;
Queda de barreiras comerciais
Internacionais
Valorização produtos naturais
Estabilidade Econômica
Ameaças
Nova concorrência (Ex.: Chinesa);
Crescimento lento do mercado;
Novas regulamentações;
Novas tecnologias
Valorização do real
ERROS MAIS COMUNS DA MPE
Não ter estratégia própria de internacionalização
Falta de avaliação da capacidade de
internacionalização
Falta de estrutura de gerenciamento da exportação;
Diversificação excessiva de mercados;
Seleção errada do parceiro;
Não efetuar pesquisa e monitoramento da marca;
Não considerar as diferenças culturais;
Falta de Planejamento.
Desafio das MPE’s
Aprender de forma mais rápida para
superar os gaps e os seus
concorrentes internacionais
Configurações estratégicas da MPE para a
Internacionalização
Configurações estratégicas
Coletiva
Redes de
cooperação
Consórcio
de
Exportação
MPME
Empresa
inovadora
Estratégia
Individual
Local
Internacional
Escopo de Mercado
Fonte: Dirk Boehe, 2010
Estratégias para a Internacionalização da MPE
Alguns viáveis, outros não
Caminhos Estratégicos
Coletiva
Afecom
2000
B
Consórcio de
exportação
Redes de
cooperação
Estratégia
Individual
A
C
Alternativas
estratégicas? D
Empresa
local
Local
Afecom
hoje
E
Cinex
Empresa
inovadora
Internacional
Escopo de Mercado
Fonte: Dirk Boehe, 2010
Estratégias de Internacionalização da MPE
Caminho Estratégico “A” REDES DE COOPERAÇÃO
Vantagens da Rede de Cooperação
–
Capacidade de investimentos do que a capacidade de um PME
isolada
–
Possibilidade de aventurar-se em empreendimentos mais
complexos
–
Aprendizado
Condições iniciais para redes de cooperação
–
Metodologia adequada para fomentar a cooperação
–
Disposição de cooperar e capital social
–
Características da empresa (empresas com porte similar, baixa
distância geográfica.
Estratégias de Internacionalização da MPE
Caminho Estratégico “B” CONSÓRCIOS DE EXPORTAÇÃO
O modelo de consórcios é um passo a frente das redes de
cooperação
Mais do que compartilhar custos de marketing, esse
caminho possibilita o acúmulo de recursos (tangíveis e
intangíveis) por meio de um processo orgânico
Conhecimento técnico e comercial
Novos produtos e serviços
Melhorias nos processo internos
Otimização da cadeia de fornecimento local
Estratégias de Internacionalização da MPE
Caminho Estratégico “C” SALTO DIRETO PARA O CONSÓRCIO DE EXPORTAÇÃO
Entrada direta em um consórcio de exportação
Possui desvantagens frente à combinação das
estratégias “A” e “B”
–
A falta do desenvolvimento orgânico e consolidado de rede pode
comprometer a sustentabilidade da estratégia a longo prazo
–
O salto rápido pode comprometer a multiplexidade de relações entre
empresas associadas
–
Baixa cooperação entre as áreas funcionais
–
A menor possibilidade de interação pode aumentar o risco do fracasso
–
Dificilmente cria vantagens competitivas a longo prazo
Estratégias de Internacionalização da MPE
Caminho Estratégico “D” INOVAR POR MEIO DA INTERNACIONALIZAÇÃO
Internacionalização por conta própria
Vantagens
–
Aprendizagem tecnológica
–
Estratégia competitiva (combina diferenciação em produtos e foco
nos nichos)
–
Empreendedorismo internacional
–
Apoio Governamental
Exigência
–
É preciso que a empresa individual se insira em redes de negócios
internacionais com a finalidade de adquirir novos conhecimentos em
gestão e tecnologias
Estratégias de Internacionalização da MPE
Caminho Estratégico “E” INOVADOR INDIVIDUAL PARA INOVAÇÃO EM REDE
Associação de uma empresa inovadora e já exportadora com um
consórcio de exportação
Pode ser necessária quando os custos para bancar a
internacionalização são demasiados grandes
A entrada desse tipo de empresa colabora para o crescimento e
sucesso da rede
Porém, podem surgir assimetrias da empresa inovadora com os
outros membros da rede, devido as diferentes trajetórias e
experiências entre essa empresa e os demais membros da rede
Estratégias de Internacionalização da MPE
Independentemente do caminho seguido, há 3
características gerais que aumentam as chances de a
estratégia de internacionalização ser bem sucedida:
–
Visão de longo prazo
–
Controle sobre as atividades de marketing
internacional e os canais de distribuição
internacional
–
Criação de competências e recursos a partir da
aprendizagem local e internacional
A INOVAÇÃO NAS PMEs
Inovação – Conceito se amplia
“Inovação é um processo de aprendizagem organizacional ” Bell e Pavitt
(1995)
“Inovação pressupõe uma certa dose de incerteza”; “Inovação baseia-se
no conhecimento cientifico” Dosi (1988)
“Inovação é um processo estratégico de reinvenção contínua do próprio
negócio e da criação de novos conceitos de negócios” Hamel (2000)
“Os pilares da inovação podem ser resumidos nos fundamentos N=1 e
R=G, como base para a criação de valor através da co-criação de
experiências personalizadas com o cliente” (Prahalad e Krishnan, 2008)
A Pirâmide da Inovação
Quanto ao tipo, as inovações podem classificar-se em 4 tipos:
Gestão
Estratégia / Proposta de Valor
Produtos e Serviços
Operacional
Fonte: Hamel, G. – O Futuro da Administração – Campus, 2008
TIPOLOGIAS DE INOVAÇÃO
Relembrando.....
Evolução do Processo de Inovação
Tecnologia
Inovação
+
Tecnologia
Fonte: a partir de Rothwell, 1994
Necessidades dos
Clientes
Inovação
Relembrando.....
Evolução do Processo de Inovação
Tecnologia
+
Processos internos
Necessidades dos
Clientes
Fonte: a partir de Rothwell, 1994
Inovação
Relembrando.....
Evolução do Processo de Inovação
Tecnologia
+
Processos internos
=
Inovação
Necessidades dos
Clientes
Fonte: a partir de Rothwell, 1994
Fornecedores
Relembrando.....
Evolução do Processo de Inovação
Fornecedores
Parcerias e alianças
=
Tecnologia
Inovação
Processos internos
Necessidades dos
Clientes
Literatura
Instituições de ensino
Fonte: a partir de Rothwell, 1994
Concorrentes
CLOSED INNOVATION – INOVAÇÃO FECHADA
Fonte:
Site Allagi
OPEN INNOVATION – INOVAÇÃO ABERTA
Internacionalização de P&D
ACIONADO PELO MERCADO
GLOBAL
Desenvolvimento
Pesquisa
Von Zedtwitz; Gassmann, 2002
Offshoring
Decisão de localização
Insource
Offshore
Subsidiárias /
Divisões
Estabelecer
subsidiárias
(FDI)
Outsource
Decisão corporativa
Onshore
Fornecedores
domésticos
Contratar
fornecedores
estrangeiros
Offshoring de P&D - efeitos na cadeia de valores
Logística
Entrante
Operações
Logística
Sainte
Marketing
Vendas
Serviços
Fragmentação, modularização
Design
Planejamento
do produto
Revisão
do design
Gião, Oliveira Júnior e Vasconcellos (2008)
Protótipo
Produção
piloto
Testes
Produção
em massa
Offshoring de P&D
Offshoring
Technical
support
of services
Legal and finance
services
Call center,
Back - office
Service
Software, engineering,
product design
R&D
complexity
Gião, Oliveira Júnior e Vasconcellos (2008)
Conclusões
•Surfar a onda de enriquecimento do país
•Internacionalização como oportunidade
•Pular etapas e internacionalizar rapidamente
•Cadeia de valores: reconfiguração global
•Competências essenciais: o que é essencial
•Fluxo de conhecimento: direção e sentido
•Inovações: centro-periferia; periferia-centro; ambos
Referências
Bell, M. e Pavitt, K. The development of technological capabilities, in Haque, I. (ed.),
Trade, technology and international competitiveness, The World Bank, Washington, 1995.
Bell, M. e Pavitt, K. Technological accumulation and industrial growth: contrasts
between developed and developing countries, mimeo, SPRU, Sussex University, 1993.
Bell, M.; Ross-Larson, B. e Westphal, L. Assessing the performance of infant industries.
Journal of Development Economics, Vol. 16, Sept.-Oct. 1984, pag. 101-127.Chesbrough, H. The era of
open innovation. MIT Sloan Management Review, 2003
Dosi, G.; Freeman, C. e Fabiani, S. The process of economic development: introducing some stylized
facts and theories on technologies, firms and institutions. Industrial and Corporate Change, Vol. 3(1),
1994.
Dosi, G. The nature of the innovative process. In Dosi et al., Technological change and economic
theory. Pinter Publishers, London, 1988.
Frascati Manual The Proposed Standard Practice for Surveys of Research and Experimental
Development, 2002
Fleury, A. C. C. (Org.) ; Fleury, M. T. L. (Org.) . Internacionalização e os Países Emergentes. 1. ed. São
Paulo: Editora Atlas, 2007. 311 p.
Ghemawat, P. Why The World Isn’t Flat. Foreign Policy, March/April, 2007
Hamel, G. Leading the Revolution. HBSP, 2000.
Hamel, G. – O Futuro da Administração – Campus, 2008
Mariotto, F. L. . Estratégia Internacional da Empresa. 1. ed. São Paulo: Pioneira Thomson Learning Ltda,
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Nelson, R. and Winter, S. (1982). An Evolutionary Theory of Economic Change. Cambridge, MA: Harvard
University Press.
Oliveira Jr., M.M.; Boehe, D.M.; Borini, F.M. (2009) Estratégia e Inovação em Corporações Multinacionais.
São Paulo: Ed. Saraiva.
Pavitt, K. R&D, patenting ans innovative activites: a statistical exploration. Rsearch Policy, v. 11, n.1,
1982.
Plonski, G.A. Cooperação Universidade-empresa: um desafio gerencial complexo. Revista de
Administração, vol. 34 (4) out/dez 1999.
Prahalad, C.K. e Krishnan, M.S. A Nova Era da Inovação. Riod de janeiro: Ed. Campus, 2008.
Indicações bibliográficas
Fleury, A.C. e Fleury, M.T.
Internacionalização e os Países
Emergentes. São Paulo: Ed. Atlas,
2007
Oliveira Jr., M.M.; Boehe, D.M.; Borini,
F.M. Estratégia e Inovação em
Corporações Multinacionais – A
Transformação das Subsidiárias
Brasileiras. São Paulo: Ed. Saraiva,
2008
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