MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA NATAL 2011 MANOEL ONOFRE DE SOUZA NETO Procurador-Geral de Justiça MILDRED MEDEIROS DE LUCENA Procuradora-Geral de Justiça Adjunta JOÃO VICENTE SILVA DE VASCONCELOS LEITE Chefe de Gabinete MARCUS AURÉLIO DE FREITAS BARROS Coordenadoria Jurídica Administrativa ULIANA LEMOS DE PAIVA Coordenadoria Jurídica Judicial HEIDER BEZERRA SOARES Diretor-Geral DANIELLE DE CARVALHO FERNANDES Coordenadora do CAOP da Cidadania FERNANDA LACERDA DE MIRANDA ARENHART Coordenador do CAOP Criminal SASHA ALVES DO AMARAL Coordenador do CAOP Infância e Juventude RACHEL MEDEIROS GERMANO Coordenadora do CAOP Meio Ambiente EXPEDIENTE REBECCA MONTE NUNES BEZERRA Coordenadora do CAOP Inclusão ANDRÉIA RAMOS DA SILVA HOLANDA LEITE Diretora de Comunicação CASSIUS CLAY VARELA DA SILVA Assessor Técnico de Relações Públicas NOURAIDE FERNANDES ROCHA DE QUEIROZ Assessora Técnica de Editoração KLEBER NASCIMENTO DOS SANTOS Programador Visual e Design IZABEL CRISTINA PINHEIRO Coordenadora do CAOP Patrimônio Público VALDIRA CÂMARA TORRES PINHEIRO COSTA Coordenadora do CEAF M665 Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte. Relatório de gestão 2010. / Ministério Público do estado do Rio Grande do Norte. – Natal, 2011. 87p. 1. Ministério Público do estado do Rio Grande do Norte. 2. Relatório de gestão. I. Título. RESUMO O presente Relatório de Gestão é uma prestação de contas das atividades desenvolvidas pelo Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte durante o exercício 2010. No documento, estão relatadas as principais ações da Instituição, tanto no que diz respeito à atividade fim, da atuação propriamente dita dos Promotores e Procuradores de Justiça, quanto da atividade administrativa. Constam dados sobre a evolução orçamentária do MPRN; a reestruturação administrativa empreendida o ano passado, que permitiu implantação de um novo organograma organizacional e um novo modelo de gestão, indispensável diante da necessidade de otimização dos recursos públicos. O relatório apresenta também os esforços do Ministério Público para incrementar sua força de trabalho, a qualificação do seu quadro de pessoal e o esforço contínuo na busca por melhorar a infraestrutura de funcionamento das unidades ministeriais em todo o Rio Grande do Norte, entre outras. Sumário CONSIDERAÇÕES INICIAIS ...................................................................................................................7 1 ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO .......................................................................................11 1.1 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA........................................................................... 11 1.2 COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA .............................................................. 13 1.3 CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO .................................................... 14 1.4 CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO................................................. 15 1.5 PROCURADORIAS DE JUSTIÇA....................................................................................... 15 1.6 PROMOTORIAS DE JUSTIÇA ............................................................................................ 16 1.7 ÓRGÃOS AUXILIARES ........................................................................................................ 16 1.7.1Centros de Apoio Operacional.................................................................................. 17 1.7.2Comissão de Concurso .............................................................................................. 18 1.7.3Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional............................................... 18 1.7.4Órgãos de Apoio Administrativo.............................................................................. 19 1.7.5Estagiários ..................................................................................................................... 19 1.8 OUVIDORIA-GERAL.............................................................................................................. 19 2 RECURSOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO........................................................................................20 2.1 RESPONSABILIDADE FISCAL ........................................................................................... 20 2.2 RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS ....................................................... 21 2.3 CAPTAÇÃO DE RECURSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS............................................. 21 2.4 QUADRO DE PESSOAL ...................................................................................................... 22 2.5 INVESTIMENTOS E PATRIMÔNIO .................................................................................... 23 2.6 NOVAS SEDES ...................................................................................................................... 24 2.7 TERRENOS DOADOS.......................................................................................................... 25 2.8 LICITAÇÕES........................................................................................................................... 25 2.9 AQUISIÇÃO DE LIVROS E PERIÓDICOS ........................................................................ 26 2.10 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO.................................................................................... 27 2.10.1 Implantação do projeto de conectividade .......................................................... 27 2.10.2 Aquisição de novos equipamentos...................................................................... 28 2.10.3 Independência no provimento dos serviços on-line ....................................... 28 2.10.4 Informatização das taxas de serviços cartoriais .............................................. 28 3 GESTÃO NO MINISTÉRIO PÚBLICO...............................................................................................29 3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA..................................................................................................... 29 3.2 FÓRUM DE DISCUSSÃO INSTITUCIONAL ..................................................................... 30 3.3 PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAÇÃO ................................................. 30 3.4 MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ................................................................................ 31 5 3.5 DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA ....................................................................... 31 3.6 VISITAS INSTITUCIONAIS ÀS UNIDADES MINISTERIAIS........................................... 32 3.7 QUALIDADE DE VIDA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL ......................... 32 3.8 PERÍCIAS TÉCNICAS............................................................................................................34 3.9 PROCESSO SELETIVO PARA PROVIMENTO DE CARGOS COMISSIONADOS.... 35 3.10 OTIMIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO NO PROCESSO CIVIL ......................................... 36 3.11 PLANO DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL................................................................... 36 3.12 MODIFICAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA............... 36 3.13 CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO FUNCIONAL ............................................... 37 4 RESULTADOS DAS ATIVIDADES DO MINISTÉRIO PÚBLICO ...................................................39 4.1 ATIVIDADES DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA ............................................ 39 4.2 ATIVIDADES DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA................................48 4.3 ATIVIDADES DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO......................49 4.4 ATIVIDADES DA CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO ...................50 4.5 ATIVIDADES DA OUVIDORIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO.............................................51 4.6 ATIVIDADES DOS CENTROS DE APOIO..........................................................................51 4.6.1 CAOP da Infância e Juventude................................................................................ 52 4.6.2 CAOP Cidadania .......................................................................................................... 54 4.6.3 CAOP Criminal ............................................................................................................. 56 4.6.4 CAOP do Meio Ambiente........................................................................................... 59 4.6.5 CAOP Inclusão............................................................................................................. 61 4.6.6 CAOP do Patrimônio Público................................................................................... 64 4.7 ATIVIDADES DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO................................................................. 66 4.7.1 Atividades das Procuradorias de Justiça............................................................. 66 4.7.2 Atividades das Promotorias de Justiça ................................................................ 67 5 COMUNICAÇÃO, CAMPANHAS PREVENTIVAS E EDUCATIVAS..............................................74 5.1 PORTAL DE NOTÍCIAS DO MPRN .................................................................................... 74 5.2 BOLETIM INFORMATIVO “SEMANA DO MP”.................................................................. 75 5.3 PROGRAMA DE TELEVISÃO “MP INFORMA” ................................................................ 75 5.4 PROGRAMA APRENDENDO A SER CIDADÃO COM O MINISTÉRIO PÚBLICO..... 76 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................................................79 6 CONSIDERAÇÕES INICIAIS Temos a honra – no curso do segundo ano de gestão na chefia do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte – de apresentar, em cumprimento à disposição legal, o relatório das atividades da Instituição, referente ao ano de 2010. Reconhecemos que em um estado democrático de direito, não existe poder sem fiscalização e, muito embora independentes entre si, os poderes e os órgãos da República estão sujeitos aos saudáveis mecanismos de controle recíproco, portanto o Ministério Público não se furtaria jamais a atender esses mecanismos. Assumimos o Ministério Público Potiguar com o compromisso de implantar e executar um novo modelo de gestão administrativa, indispensável diante da necessidade da otimização dos recursos, já que as atividades de gestão orçamentária e financeira; de infraestrutura; de recursos humanos; e de melhoria dos processos de trabalho são imprescindíveis para a realização das atividades finalísticas. Consta neste relatório a conquista de inovações em nossa gestão administrativa. Empenhamos todos os nossos esforços para melhor planejar e acompanhar a execução do nosso orçamento, o que permite maior participação nesse processo, desde a elaboração da proposta orçamentária até a sua execução. Nessa perspectiva, veremos, neste relatório, que para gerenciar e avaliar sistematicamente nossos resultados, foi desenvolvida uma ferramenta própria: o Projectus, o qual acompanha os principais objetivos e projetos e serve ainda de instrumento de transparência e comunicação. Observaremos, também, que para estimular o debate dos assuntos mais importantes do Ministério Público, foi criado um canal de discussão e democratização: o Fórum de Discussão Institucional. Em relação aos nossos servidores, discorremos sobre a implantação, com bastante clareza e amadurecimento, do Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR), alicerçado nas diretrizes de qualidade e produtividade dos serviços prestados pelo Ministério Público; na valorização do servidor; na qualificação e progressão funcional, baseada na avaliação de desempenho; e na remuneração compatível com a natureza e complexidade do cargo e da função. 7 No que se refere à gestão de pessoas, destacamos os investimentos na qualificação permanente do nosso quadro de pessoal. Nesse segmento, verificamos a realização de vários eventos destinados à capacitação e ao aperfeiçoamento funcional dos nossos membros, servidores, estagiários e demais colaboradores, e, também, várias ações na área da qualidade de vida. No campo da tecnologia de informação, ressaltamos o investimento, na modernização de nossa estrutura a fim de proporcionar aos nossos integrantes melhores condições de trabalho e, por conseguinte, melhores serviços prestados à população que, dia a dia, procura o Ministério Público. Em busca de otimizar nossa intervenção no processo civil, fixamos orientações para facultar aos órgãos de execução a atuação, acaso não se vislumbre interesse público ou social relevante. Em frente da necessidade de adequar as atribuições de algumas Promotorias de Justiça, modificamos, em nossa gestão, a configuração de vários órgãos de execução do Ministério Público. Vale registrar que as atividades dos órgãos da administração superior, dos órgãos auxiliares, e dos órgãos de execução da Instituição estão pormenorizadas em tabelas constantes neste relatório. Quanto à atuação nas áreas da infância e juventude; inclusão; cidadania; criminal; meio ambiente; patrimônio público, passamos a destacar os pontos mais relevantes em cada um desses campos. No âmbito da infância e da juventude, evidenciamos significativo aumento na fiscalização sobre a implementação de programas desenvolvidos pelos municípios, no tocante ao amparo à criança, ao adolescente e às suas famílias, como também iniciamos a articulação estadual com o Poder Judiciário a fim de se implementar os cadastros de adoção em todas as Comarcas do Rio Grande do Norte. Em relação à inclusão, ressaltamos, dentre as várias ações, o reforço da atuação dos Promotores de Justiça para a acessibilidade de crianças e adolescentes com deficiência à rede regular de ensino, sendo também uma das nossas prioridades. No campo da cidadania, destacamos a importância da implantação do Projeto Nascer com Dignidade para melhorar o cuidado materno-infantil em todo o Estado, sobretudo, quando se leva em conta que no Rio Grande do Norte, 8 aproximadamente, 76% dos óbitos de recém-nascidos, e 80% dos óbitos maternos são decorrentes de causas evitáveis, diretamente, relacionadas à baixa qualidade da atenção perinatal. Na área criminal, evidenciamos a nossa luta permanente para a erradicação de presos em delegacias de polícias, unidades militares e centros de detenção provisória sem previsão normativa e condições de funcionamento. Na seara do meio ambiente, direcionamos um olhar, dentre outras prioridades, sobre o esforço concentrado em todas as Comarcas do Estado, por meio do Projeto Cidade Saneada, para fiscalizar o cumprimento da lei e alertar aos municípios acerca da importância de concluírem seus planos de saneamento. Na defesa do patrimônio público, realizamos vários cursos com os integrantes do Parquet para melhor atuarem na investigação de fraudes e licitações, bem como no combate à sonegação fiscal. Merece destaque também a atuação do Ministério Público na área eleitoral, em parceria com a Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Norte, quando juntos desenvolvemos a campanha institucional intitulada Vote Limpo, com participação de vários órgãos e a sociedade civil organizada, numa vertente do Programa Aprendendo a Ser Cidadão com o Ministério Público e que resultou em significativa contribuição no esclarecimento quanto à importância do voto livre e consciente nas últimas eleições. Salientamos que o Ministério Público Potiguar, institucionalmente, vem priorizando uma série de iniciativas que objetivam efetuar parcerias estratégicas, com organizações governamentais e não-governamentais, acreditando que assim resta potencializado ainda mais o nosso raio de atendimento. Enfatizando a continuidade do crescimento institucional, destacamos, no ano de 2010, a inauguração de seis novas sedes próprias de Promotorias de Justiça nas Comarcas de Angicos, Alexandria, Areia Branca, Apodi, Caraúbas e Santana do Matos. Essa realização configura, também, o esforço constante na busca por melhorar a infraestrutura de funcionamento das unidades do Ministério Público em todo o Rio Grande do Norte. Outrossim, este relatório traz a demonstração das localidades onde conseguimos a doação definitiva de terrenos para a construção de sedes próprias das Promotorias de Justiça de Arês, Lajes, Poço Branco, Taipu, São Gonçalo do Amarante e São Miguel. 9 Procuramos modernizar a administração, introduzindo conceitos atuais, democráticos e participativos, com ênfase à otimização dos recursos orçamentários, retribuindo, com a máxima organização possível, a confiança depositada na Instituição pela sociedade norte-rio-grandense. Assinalamos que boa parte dos avanços do nosso Ministério Público devese à Assembleia Legislativa, a qual desempenha importante papel, contribuindo com a apreciação e aprovação de projetos fundamentais para viabilizar o suporte necessário à efetiva atuação dos nossos órgãos de execução. Por fim, reafirmamos o compromisso de nossa própria missão “de promover a justiça, servindo à sociedade na defesa de seus direitos fundamentais, fiscalizando o cumprimento da Constituição e das leis e defendendo a manutenção da democracia”. Podemos apreender dentre as nossas principais realizações que todo o avanço que promovemos repercute na melhoria do atendimento ao usuário fim da Instituição que é a sociedade. 10 1 ESTRUTURA DO MINISTÉRIO PÚBLICO Este primeiro momento do relatório traça um perfil do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN), contextualizando sua estrutura e composição para dar cumprimento a sua missão institucional. Discorre acerca da Procuradoria-Geral de Justiça e do Procurador-Geral de Justiça, cargo cujo ocupante chefia a Instituição. Propicia um melhor entendimento sobre as atribuições do Colégio de Procuradores de Justiça e do Conselho Superior do Ministério Público, órgãos da Administração Superior; da Corregedoria-Geral, também órgão da Administração Superior, voltado para a orientação, inspeção, disciplina, além de fiscalização das atividades funcionais e da conduta dos membros da Instituição; da Ouvidoria, criada para estabelecer um novo canal de aproximação entre a Instituição e a sociedade; das Procuradorias e Promotorias de Justiça; e dos Órgãos Auxiliares, tais quais: os Centros de Apoio Operacionais às Promotorias de Justiça (CAOPs); o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF); os Grupos de Atuação Especial – à exemplo do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO); a Comissão do Concurso, os estagiários, e os órgãos de apoio administrativo. 1.1 PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA A Procuradoria-Geral de Justiça é órgão da Administração Superior do Ministério Público. A chefia da Instituição cabe ao Procurador-Geral de Justiça, nomeado pelo Governador do Estado, a partir de lista tríplice formada em eleição pelos membros da Instituição, dentre Procuradores e Promotores de Justiça com mais de 10 anos de carreira, para mandato de dois anos, permitida uma recondução. O Procurador-Geral de Justiça é substituído em seus impedimentos e suas faltas, ou por delegação, pelo Procurador-Geral de Justiça Adjunto. O Procurador-Geral de Justiça, além de dirigir os serviços administrativos da Instituição, atua como Órgão de Execução com as seguintes atribuições: 11 representar ao Tribunal de Justiça para fins de intervenção do Estado nos Municípios, nos casos previstos no art. 25 da Constituição Estadual; propor ação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais face à Constituição Estadual; propor, perante o Tribunal de Justiça, a perda do cargo de Magistrado; interpor recurso ao Supremo Tribunal Federal e ao Superior Tribunal de Justiça e nele oficiar; ajuizar mandado de injunção, quando a elaboração da norma regulamentadora for atribuição do Governador do Estado, de Secretários de Estado, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Contas, ou outros casos de competência originária do Tribunal de Justiça; ajuizar ação penal de competência originária do Tribunal de Justiça, em composição plena, e nela oficiar; promover ação penal em qualquer juízo ou a representação por ato infracional, sempre que tiver avocado o feito, ou quando discordar do pedido de arquivamento requerido pelo Promotor de Justiça e não designar outro órgão do Ministério Público para fazê-lo; oficiar em mandado de segurança contra Chefe de Poder; requerer o desaforamento, a baixa do processo, a restauração de autos extraviados e o habeas corpus; promover o arquivamento de representação, notícia de crime, peças de informações ou inquérito policial, nas hipóteses de sua competência; provocar a convocação de sessão extraordinária dos órgãos judicantes do Tribunal de Justiça; suscitar conflito de jurisdição ou competência e opinar naqueles que tenham sido requeridos; dar parecer nos precatórios em execução contra a Fazenda Pública Estadual ou Municipal, bem como nos pedidos feitos por credor, preterido em seu direito de preferência objetivando o sequestro de quantias necessárias à satisfação do débito; 12 oficiar nos processos de decretação da perda do cargo, remoção ou disponibilidade de Magistrado; representar a Instituição nas sessões plenárias do Tribunal de Justiça; oficiar nos processos de competência originária do Tribunal de Justiça; interpor recursos ao Supremo Tribunal Federal e Superior Tribunal de Justiça, quando forem desatendidos os interesses tutelados pelo MP. 1.2 COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA O Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ) é órgão da Administração Superior composto por todos os Procuradores de Justiça e presidido pelo Procurador-Geral de Justiça. O Colégio de Procuradores de Justiça possui as seguintes atribuições: propor ao Procurador-Geral de Justiça a criação de cargos e serviços auxiliares, modificações na Lei Orgânica da Instituição e providências relacionadas ao desempenho das funções institucionais; aprovar a proposta orçamentária anual do Ministério Público; eleger o Corregedor-Geral do Ministério Público; recomendar ao Corregedor-Geral a instauração de procedimento administrativo disciplinar contra membro do Ministério Público; julgar recurso contra decisão: a) de vitaliciamento ou não; b) condenatória em procedimento administrativo disciplinar; c) proferida em reclamação sobre o quadro geral de antiguidade; d) de disponibilidade e remoção de membros do Ministério Público, por motivo de interesse público; e) que recusar a indicação, por antiguidade, de membro do Ministério Público por parte do Conselho Superior do Ministério Público. 13 1.3 CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) é o órgão de deliberação específica da Administração Superior com a finalidade de fiscalizar e superintender a atuação dos membros da Instituição, bem como velar pela observância dos seus princípios institucionais. Ele é composto pelo Procurador-Geral de Justiça, que o preside, pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, ambos membros natos, e por mais nove Procuradores de Justiça, eleitos para mandato de dois anos, por meio de voto universal e secreto dos membros do quadro ativo do Ministério Público e que não estejam afastados da carreira. Entre as atribuições do CSMP estão: indicar ao Procurador-Geral de Justiça os candidatos à remoção e promoção por merecimento, em lista tríplice; eleger, na forma desta lei, os membros do Ministério Público que integrarão a Comissão de Concurso de ingresso na carreira; aprovar os pedidos de remoção por permuta entre os membros do MP; decidir sobre vitaliciamento de membros do Ministério Público; aprovar o quadro geral de antiguidade do Ministério Público; autorizar o afastamento de membro do Ministério Público para frequentar curso ou seminário de aperfeiçoamento ou estudo, no país ou no exterior; decidir sobre a abertura de concurso para o provimento de cargos iniciais da carreira, quando as vagas não excederem a 10% dos cargos da carreira, e determiná-la se, em todo o quadro, as vagas superarem esse índice; homologar o resultado do concurso e elaborar, de acordo com a ordem de classificação, a lista dos candidatos aprovados para efeito de nomeação em estágio probatório; deliberar sobre a realização de sindicância ou processo administrativodisciplinar; examinar e deliberar sobre arquivamento de inquérito civil, na forma da legislação pertinente. 14 1.4 CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO A Corregedoria-Geral é órgão da Administração Superior que orienta os membros do Ministério Público acerca de suas atuações funcionais, expedindo recomendações de índole pessoal, funcional e jurídica, respeitando a independência funcional dos agentes ministeriais e zelando pela dignidade da Instituição. Ela funciona, também, como órgão de fiscalização da conduta e das atividades funcionais dos membros do Ministério Público. É dirigida pelo Corregedor-Geral do Ministério Público, que é eleito pelo Colégio de Procuradores de Justiça, para cumprimento de um mandato de dois anos, permitida uma recondução, sendo substituído em seus impedimentos e suas faltas, ou com atuação por delegação, pelo Corregedor-Geral do Ministério Público Adjunto. O Corregedor-Geral é auxiliado por uma equipe de Promotores de Justiça de 3ª Entrância, denominados Promotores-Corregedores, atualmente, composta por três integrantes, por ele indicados e designados pelo Procurador-Geral de Justiça. As atribuições da Corregedoria-Geral são: realizar correições e inspeções nas Procuradorias e Promotorias de Justiça; propor ao Conselho Superior do Ministério Público o não vitaliciamento de membro do Ministério Público; instaurar processo disciplinar contra membro da Instituição e aplicar as sanções administrativas cabíveis; manter prontuário, permanentemente atualizado, com referência a cada membro do Parquet, para efeito de vitaliciamento, promoção e remoção; editar atos e provimentos de sua competência. 1.5 PROCURADORIAS DE JUSTIÇA As Procuradorias de Justiça são órgãos de Execução e Administração do Ministério Público, cabendo-lhes: coordenar os serviços administrativos da Procuradoria; 15 oficiar nos autos que lhes forem distribuídos ou objeto de delegação do Procurador-Geral de Justiça, emitindo conclusivamente e firmando na oportunidade própria, os respectivos pareceres escritos; integrar o Colégio de Procuradores e, quando eleito, o Conselho Superior do Ministério Público; exercer inspeção permanente dos serviços das Promotorias de Justiça, nos autos em que oficiarem, remetendo seus relatórios à Corregedoria-Geral. Existem 21 Procuradorias de Justiça, sendo dezessete 17 cíveis e quatro criminais, com atribuição de exercer, junto ao Tribunal de Justiça, as funções de agentes de execução do Ministério Público, inclusive, por delegação, as que são atribuídas ao Procurador-Geral de Justiça, cujas prerrogativas lhes são extensivas, quando no exercício de suas funções, na forma do art. 22, XII, da Lei Complementar Estadual no 141/96. 1.6 PROMOTORIAS DE JUSTIÇA As Promotorias de Justiça são também órgãos de Execução e Administração do Ministério Público, com pelo menos um cargo de Promotor de Justiça e serviços auxiliares necessários ao desempenho das funções. As Promotorias de Justiça poderão ser judiciais ou extrajudiciais, especializadas, gerais ou cumulativas, com atribuições fixadas por proposta do Procurador-Geral de Justiça, aprovada pelo Colégio de Procuradores de Justiça. As Promotorias de Justiça, com exclusividade, ou cumulativamente, têm atribuições nas diversas áreas, tais como, criminal, cível, família, sucessões, registros públicos, matéria falimentar e da fazenda pública, infância e juventude, consumidor, direitos humanos e cidadania, educação, idoso, pessoa com deficiência, meio ambiente, patrimônio público e fundações, saúde, e eleitoral. 1.7 ÓRGÃOS AUXILIARES São Órgãos Auxiliares do MPRN: os Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOPs); 16 a Comissão de Concurso; o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF); os Órgãos de Apoio Administrativo; os Estagiários; os Grupos de Atuação Especial; o Gabinete de Segurança Institucional (GSI); o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Enfatizamos que além desses órgãos outros poderão vir a ser criados. Outrossim, faz-se importante um breve panorama acerca dos Órgãos Auxiliares que compõem o Ministério Público Potiguar. 1.7.1 Centros de Apoio Operacional Os Centros de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça (CAOPs) são Órgãos Auxiliares da atividade funcional do Ministério Público, segundo previsão dos arts. 8º e 81 da Lei Complementar Estadual nº 141, de 09.02.1996 e arts. 8º e 33 da Lei nº 8.625, de 12.02.1993. Compete aos CAOPs apresentar ao Procurador-Geral de Justiça propostas e sugestões para: elaboração da política institucional e de programas específicos; alterações legislativas ou a edição de normas jurídicas; realização de convênios; realização de cursos, palestras e outros eventos; edição de atos e instruções tendentes à melhoria do serviço. Os CAOPs detêm ainda as atribuições: acompanhar políticas nacional e estadual afetas às suas áreas; estimular a integração entre Promotorias de Justiça, auxiliando-as com material técnico-jurídico e recursos necessários ao funcionamento; 17 prestar auxílio aos órgãos de execução do Ministério Público na preparação e proposição de medidas processuais; zelar pelo cumprimento das obrigações do Ministério Público, decorrentes de convênios firmados; receber representação e expedientes dessa natureza, e outras. As áreas de atuação elencadas, a seguir, constituem as divisões nas quais se encontram as atividades dos CAOPs: • Defesa da Infância e da Juventude; • Defesa do Consumidor, da Saúde, da Educação, dos Direitos Humanos e atribuição residual sobre as demais matérias cíveis; • Defesa do Meio Ambiente e dos Bens e Direitos de Valor Artístico, Estético, Histórico, Turístico e Paisagístico; • Defesa das Pessoas com Deficiência, do Idoso, das Comunidades Indígenas, das Minorias Étnicas; • Defesa do Patrimônio Público, Combate à Sonegação Fiscal e Tutela das Fundações; • Criminais. 1.7.2 Comissão de Concurso À Comissão de Concurso, como órgão auxiliar de natureza transitória, incumbe realizar a seleção de candidatos ao ingresso na carreira do MP, sendo constituída sempre que há necessidade de provimento dos cargos iniciais. 1.7.3 Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional O Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF) é órgão auxiliar do Ministério Público destinado a realizar cursos, seminários, congressos, simpósios, pesquisas, encontros, estudos e publicações, visando ao aprimoramento profissional e cultural dos membros da Instituição, de auxiliares e servidores, bem como a melhor execução de seus serviços e racionalização de seus recursos materiais. 18 O CEAF atua no planejamento, na organização, na execução e no suporte aos eventos internos, sejam eles voltados para o aperfeiçoamento funcional, sejam para a divulgação dos trabalhos e campanhas do MPRN. Atua, ainda, na coordenação da política de estágios. 1.7.4 Órgãos de Apoio Administrativo A Diretoria Geral é o órgão responsável pela supervisão e direção dos serviços afetos aos órgãos de Apoio Técnico e Administrativo da Instituição. Cabe, ainda, à Diretoria Geral, além do exercício de atribuições delegadas pelo Procurador-Geral de Justiça, conduzir processos disciplinares e sindicâncias de servidores. 1.7.5 Estagiários Os Estagiários constituem órgão auxiliar do Ministério Público e são designados pelo Procurador-Geral de Justiça, após regular processo de seleção para o exercício transitório de funções auxiliares aos membros e servidores do Ministério Público, nas áreas finalísticas e de suporte administrativo. 1.8 OUVIDORIA-GERAL A Ouvidoria-Geral é um órgão do Ministério Público que tem a função de contribuir para o aperfeiçoamento e a melhoria dos padrões e mecanismos de transparência, presteza, eficiência e segurança dos serviços e das atividades desenvolvidas pela Instituição, além do fortalecimento da cidadania. Compete à Ouvidoria-Geral: receber e emitir manifestações sobre reclamações, críticas, comentários, elogios e sugestões acerca dos serviços da Instituição; encaminhar as reclamações e os pedidos de providências aos órgãos de execução; representar, nos casos legais, ao Conselho Nacional do Ministério Público; divulgar o papel institucional à sociedade. 19 2 RECURSOS DO MINISTÉRIO PÚBLICO A ordem do dia no Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, visando à necessidade constante da otimização, tem sido a melhor utilização possível dos recursos públicos. Todos os esforços foram realizados para melhor planejar e acompanhar a execução do orçamento. Como veremos neste segundo momento do relatório, a Instituição tem obedecido fielmente aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) e providenciado sua execução orçamentária e financeira alinhada à legislação e aos objetivos traçados no Planejamento Estratégico, ferramenta importante que norteou a gestão. 2.1 RESPONSABILIDADE FISCAL Em observância aos arts. 37 e 165,§ 3º da Constituição Federal; 48, 52, 54 e 55, § 2º da Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, bem como à Resolução nº 012/2007 – TCE/RN, o Ministério Público providenciou a publicação dos respectivos relatórios de Gestão Fiscal no exercício 2010. O MPRN tem obedecido aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, conforme demonstrado na Tabela 1, fechando o terceiro quadrimestre de 2010 com o percentual de 1,64% da Receita Corrente Líquida para despesa com pessoal. Ressalte-se que o percentual constitucional estabelecido é de 2,00% da Receita Corrente Líquida do Estado. Tabela 1 – Lei de Responsabilidade Fiscal Despesa com pessoal, 2010 Lei de Responsabilidade Fiscal – Despesa com pessoal 1° Quadrimestre / 2010 1,59% 2° Quadrimestre / 2010 1,60% 3° Quadrimestre / 2010 1,64% 20 2.2 RECURSOS ORÇAMENTÁRIOS E FINANCEIROS A execução orçamentária e financeira do MPRN está alinhada à programação contida no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e no Orçamento Anual (LOA), e mantém vínculo direto com os objetivos definidos no Planejamento Estratégico da Instituição. A Tabela 2 apresenta a execução do orçamento do MPRN em 2009 e 2010. Tabela 2 – Orçamento do MPRN, anos 2009/2010 Execução Orçamentária MPRN 2009/2010 Tipo de despesa Pessoal Manutenção e Funcionamento Investimentos TOTAL 2009 2010 Variação 21,05% R$ 94.964.930,33 R$ 114.958.358,57 57,70% R$ 6.044.090,23 R$ 9.531.322,48 R$ 6.023.581,71 R$ 6.404.368,18 R$ 107.032.602,27 R$ 130.894.049,23 6,32% 22,29% A elevação da despesa com pessoal, manutenção e funcionamento reflete o crescimento pelo qual passa essa Instituição que tem investido na recomposição do seu quadro de pessoal – até então extremamente deficitário –, e na melhoria da estrutura física e de trabalho, em muitos casos, com unidades instaladas de maneira precária. 2.3 CAPTAÇÃO DE RECURSOS EXTRAORÇAMENTÁRIOS No ano de 2010, o MPRN teve aprovado junto ao Ministério da Justiça o convênio, conforme adiante detalhado: Objeto: Estruturação, no âmbito do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, da 72ª Promotoria de Justiça da Comarca de Natal e criação do Núcleo de Apoio ao Combate à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher, para efetivação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/06), em observância às diretrizes do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania Valor: R$ 258.768,54 21 Situação: Os recursos já estão disponíveis ao MPRN. Atualmente, já se encontram em tramitação os procedimentos administrativos visando à aquisição de bens e serviços para conclusão do projeto. 2.4 QUADRO DE PESSOAL O Ministério Público Estadual incrementou sua força de trabalho em 2010, como mostra a Tabela 3, promovendo o provimento de 36 cargos de Promotor de Justiça Substituto para atender, quase que na totalidade, às Comarcas do interior do Estado, em razão de existirem várias Promotorias de Justiça vagas. Ademais, busca-se proporcionar uma estrutura de apoio às Promotorias de Justiça, que, em muitos casos, não dispunham de um servidor sequer, o que impedia o atendimento satisfatório à população. Tabela 3 – Quadro de Pessoal, anos 2009 e 2010 (comparativo da evolução) Evolução do Quadro de Pessoal do MPRN (cargos providos) Cargo Procuradores de Justiça 2009 2010 Variação (%) 21 21 0,00% 162 198 22,22% Analista do MP 12 25 108,30% Técnico do MP 230 316 37,40% Auxiliar do MP 36 36 0,00% Gestores 13 52 300,00% Assessor Ministerial 48 48 0,00% - 110 - Estagiários 288 350 21,52% TOTAL 810 1.156 42,72% 346 42,72% Promotores de Justiça Assistentes Ministeriais* CRESCIMENTO 2010; 2009 * Cargo novo na estrutura do MPRN. 22 Não obstante o avanço observado, o MPRN ainda possui um grande déficit funcional frente às inúmeras atribuições constitucionais, tanto na atividade fim, diretamente relacionada às demandas judiciais e extrajudiciais, quanto na seara administrativa da atividade meio. Nesse contexto, ainda em 2010, foram criadas vagas, como demonstra a Tabela 4, cujo preenchimento será dado por meio de processo seletivo neste ano de 2011. Esses cargos serão destinados ao apoio técnico especializado aos Promotores e Procuradores de Justiça, bem como ao suporte administrativo à Procuradoria-Geral de Justiça. Tabela 4 – Vagas criadas em 2010 e que serão preenchidas em 2011 Cargo Vagas Analista de Inteligência Oficial de Diligência Analista do MP Técnico do MP Assistente Ministerial 4 4 36 4 80 2.5 INVESTIMENTOS E PATRIMÔNIO Na perspectiva de estruturar as unidades ministeriais do MPRN, no ano de 2010 foram investidos em torno de R$ 1.400.000,00 na aquisição de bens e equipamentos, conforme apresenta a Tabela 5. Tabela 5 – Demonstrativo do investimento na aquisição de bens e equipamentos, ano 2010 Descrição Bebedouro para garrafão de 20 (vinte) litros Persianas horizontais em alumínio Veículos tipo motocicleta Cadeiras Suporte de teto para TV 42” Armário em aço Cadeira diretor Coleção Tratado de Direito Privado Condicionador de ar split Quantidade 35 30 8 525 1 90 75 1 Total R$ 13.529,85 R$ 6.033,60 R$ 93.022,64 R$ 324.700,00 R$ 1.539,00 R$ 30.345,30 R$ 50.400,00 R$ 8.000,00 9 R$ 30.789,76 23 Persianas verticais em PVC Condicionador de ar janela Placa de exposição em vidro Mesa reta Mesa em L Armários Gaveteiros Mesa para reunião Freezer vertical Fragmentadora Nobreak Switch TOTAL 9 R$ 1.133,42 30 100 40 50 100 90 20 2 20 280 10 1.907 R$ 52.832,40 R$ 7.000,00 R$ 22.470,40 R$ 62.302,00 R$ 131.598,40 R$ 33.926,80 R$ 14.487,20 R$ 4.286,00 R$ 10.366,60 R$ 184.105,00 R$ 321.289,00 R$ 1.404.157,37 Tais equipamentos foram destinados, predominantemente, à estruturação das Promotorias de Justiça da Capital e do interior do Estado. 2.6 NOVAS SEDES Na busca por melhorar a infraestrutura de funcionamento das unidades do MPRN, no ano de 2010, foram inauguradas seis novas Sedes de Promotorias de Justiça nas Comarcas, conforme demonstra o Quadro 1. COMARCAS Angicos Alexandria Areia Branca Apodi Caraúbas Santana do Matos Quadro 1 – As seis novas sedes inauguradas em 2010 24 2.7 TERRENOS DOADOS No exercício 2010, foram doados seis terrenos para construção das sedes das Promotorias de Justiça das Comarcas do Interior do Estado, conforme demonstrativo no Quadro 2. COMARCAS Poço Branco São Gonçalo do Amarante São Miguel Lajes Arês Taipu Quadro 2 – Comarcas onde a Instituição teve terrenos doados 2.8 LICITAÇÕES No ano de 2010, foram homologados 56 procedimentos licitatórios para aquisição de bens, serviços e materiais de interesse do Ministério Público, conforme mostra a Tabela 6. Analisando-se, comparativamente, o valor apresentado na pesquisa mercadológica e no valor final adjudicado obteve-se uma economia em torno de R$ 4.500.000,00. A utilização do pregão eletrônico oportunizou uma grande economia para Administração, tendo em vista que essa modalidade amplia a competitividade possibilitando preços mais vantajosos para o MPRN. Tabela 6 – Licitações 2010 LICITAÇÕES 2010 Modalidade Quantidade Valor estimado Convite 4 R$ 212.192,40 Concorrência 1 R$ 1.431.956,40 Pregão Presencial 16 R$ 1.665.119,23 Pregão Eletrônico 35 R$ 10.388.104,12 TOTAL 56 R$ 13.697.372,15 Valor licitado Redução R$ 161.568,89 R$ 50.623,51 R$ 1.362.271,08 R$ 69.685,32 R$ 1.447.772,94 R$ 217.346,29 R$ 6.320.050,13 R$ 4.068.053,99 R$ 9.291.663,04 R$ 4.405.709,11 25 2.9 AQUISIÇÃO DE LIVROS E PERIÓDICOS No decorrer do ano de 2010 foram realizados investimentos na aquisição de obras jurídicas, periódicos e assinaturas de jornais, que se encontram disponíveis na Biblioteca Institucional, consoante a relação a seguir: 220 Títulos de livros; renovação das Revistas: Direito do Consumidor; Direito Tributário e Finanças Públicas; Direito Ambiental; Revista dos Tribunais; Revista Brasileira de Ciências Criminais; Revista Trimestral de Jurisprudência; Revista Consulex; Revista de Processo; Revista IOB de Direito penal e Processual Penal; e Revista Brasileira de Direito das Famílias e Sucessões; renovação das assinaturas de periódicos; coleção de 16 DVDs do VI Congresso de Direito de Família em Belo Horizonte, Minas Gerais; aquisição de 188 Vade Mecum; Assinatura de 188 CDs Juris Síntese IOB. Registre-se, ainda, que foram disponibilizadas obras jurídicas de interesse das Promotorias e Procuradorias de Justiça, mediante realização de consulta aos membros do Ministério Público. Recebidas as sugestões das unidades ministeriais, efetuou-se a implantação de acervo setorial, tendo sido atendidos 121 órgãos do MPRN, como demonstra-se na Tabela 7. Tabela 07 – Órgãos que receberam novo acervo setorial Órgãos do MP Procuradorias de Justiça Promotorias de Justiça da Capital Promotorias de Justiça do Interior do Estado CAOPs e GAECO Quantidade 18 41 55 7 26 Ressalte-se que se encontra em fase de implantação o acervo setorial em 3 Promotorias de Justiça da Comarca de Natal, e 5 Promotorias de Justiça da Comarca do Interior. Tais unidades serão atendidas tão logo sejam enviados os livros por parte do fornecedor contratado. 2.10 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Para proporcionar aos membros e servidores da Instituição melhores condições de trabalho e, por consequência, melhor condição de atendimento à população, o Ministério Público do Rio Grande do Norte investiu, substancialmente, na modernização de sua estrutura de Tecnologia de Informação. 2.10.1 Implantação do projeto de conectividade O projeto de conectividade representa um importante passo para a modernização tecnológica do MPRN. A interligação das Comarcas, em rede única e segura, viabilizará maior integração entre os pontos de presença do MP no Estado; reduzirá custos com comunicação convencional, deslocamentos e, principalmente, tornará possível a implantação de diversos sistemas de controle e produtividade. Um verdadeiro avanço no sentido de aprimorar o atendimento ao usuário fim da Instituição que é a sociedade. Na implantação desse Projeto, foram investidos cerca de R$ 2.000.000,00 distribuídos na contratação de empresa especializada, ativação de links e locação de rádios comunicadores. Ao todo, foram conectados aproximadamente 900 computadores em 70 prédios distribuídos por todo o Estado. Os links de dados variam de 512Kbps nas Comarcas menores até 10.000Kbps nos locais de maior concentração de pessoas. Tais taxas podem ser ampliadas em até três vezes, dependendo da demanda dos futuros serviços. Atualmente, a Diretoria de Tecnologia da Informação (DTI) junto à empresa contratada, monitora continuamente o serviço garantindo a disponibilidade 24 horas por dia nos 7 dias da semana. 27 2.10.2 Aquisição de novos equipamentos A DTI, objetivando modernizar a infraestrutura de Tecnologia da Informação (TI) e prover equipamentos mais eficientes para os membros e servidores da Instituição, sugeriu uma série de aquisições que tornaram o trabalho mais seguro e célere, um investimento da ordem de R$ 1.000.000,00. Algumas das aquisições foram: 250 notebooks para os membros da Instituição; 100 computadores, destinados às áreas administrativas, técnicas, e ao GAECO; certificados digitais para todos os membros da Instituição e servidores para acesso ao Sistema Integrado de Automação; aquisição de equipamento do tipo Firewall para a área de segurança. 2.10.3 Independência no provimento dos serviços on-line O Ministério Público do Rio Grande do Norte, também no ano de 2010, iniciou o processo de independência estrutural da Coordenação de Informática do Estado (COTIC). Tal feito visa a garantir maior sigilo das informações, segurança e autonomia nos processos de desenvolvimento e disponibilização de serviços. 2.10.4 Informatização das taxas de serviços cartoriais Pretende-se, com a implantação do sistema do Fundo de Reaparelhamento do Ministério Público do Rio Grande do Norte (FRMP), administrar com maior eficiência os recursos oriundos dos serviços cartoriais. Estima-se um crescimento de arrecadação em 30%, o que representará maiores investimentos e crescimento da Instituição no ano corrente. 28 3 GESTÃO NO MINISTÉRIO PÚBLICO Consolidamos nosso Planejamento Estratégico, que foi concebido por meio de ampla discussão, tanto interna, quanto externa, com a participação de organizações públicas parceiras e representantes da sociedade civil. Dialogando, traçamos nossos principais desafios na área de atuação finalística e nas áreas de eficiência operacional, administrativa e institucional. Realizamos também nossa reestruturação administrativa com a adoção de um novo modelo de gestão por resultados e novo organograma organizacional. Implantamos o Plano de Carreira, Cargos e Remuneração dos Servidores ((PCCR), e criamos o Fórum de Discussão Institucional com vista a estimular o debate dos nossos principais assuntos. 3.1 GESTÃO ESTRATÉGICA O Ministério Público Estadual elaborou o seu primeiro Planejamento Estratégico, concebido por meio de uma ampla discussão entre membros e servidores da Instituição, organizações públicas parceiras e representantes da sociedade civil organizada. Diante disso, foi possível traçar os principais desafios da Instituição, na área de atuação finalística bem como os desafios nas áreas de eficiência operacional, administrativa e institucional. Como desdobramento desse processo, foram elaborados os seguintes instrumentos de execução: Plano Geral de Atuação (PGA): traz as metas institucionais para as áreas de infância e juventude, meio ambiente, defesa da saúde e educação, defesa do patrimônio público e combate à sonegação fiscal, defesa das pessoas com deficiência e combate à criminalidade. Plano Geral Operacional (PGO): apresenta objetivos e metas relacionados ao desenvolvimento institucional e à modernização administrativa da Instituição. 29 Para gerenciar e avaliar os resultados da Instituição, o MPRN desenvolveu uma ferramenta própria, o sistema Projectus,1 que gerência objetivos e projetos institucionais, serve ainda de instrumento de transparência e comunicação. Tal sistema ficará disponível na intranet do MPRN a fim de possibilitar a consulta e o acompanhamento por parte dos membros e servidores. Diante disso, todos os projetos administrativos e finalísticos, frutos do PGA e do PGO são acompanhados e avaliados, sistematicamente, pela Administração Superior. 3.2 FÓRUM DE DISCUSSÃO INSTITUCIONAL O Fórum de Discussão Institucional constitui-se um canal de discussão e democratização da gestão, momento em que são debatidos assuntos de impacto no MPRN. No ano de 2010 foram realizados dois eventos, ocasião em que foram abordados temas tais que: o fortalecimento da atuação institucional; a otimização da atuação do Ministério Público no Processo Civil e; definição de prioridades administrativas e institucionais. 3.3 PLANO DE CARGOS, CARREIRA E REMUNERAÇÃO O Plano de Carreira, Cargos e Remuneração (PCCR) dos Servidores Efetivos dos Serviços Auxiliares de Apoio Administrativo do Ministério Público do Rio Grande do Norte foi instituído por meio da Lei Complementar Estadual no 425, de 18 de Junho de 2010. Tal projeto foi alicerçado nas diretrizes de qualidade e produtividade dos serviços públicos prestados pelo Ministério Público; na valorização do servidor; qualificação profissional; progressão funcional, baseada na avaliação de desempenho funcional; remuneração compatível com a natureza da função, a complexidade do cargo e a qualificação do ocupante. 1 No site < www.mp.rn.gov.br> é possível encontrar informações detalhadas sobre o processo de gestão estratégica. 30 O Plano de Carreira implementado está alinhado às modernas práticas de gestão de pessoas na Administração Pública, pautado em critérios meritocráticos, de forma que o aperfeiçoamento funcional e a avaliação de desempenho são critérios a serem observados para permitir a progressão do servidor na carreira. 3.4 MODERNIZAÇÃO ADMINISTRATIVA A reestruturação administrativa do Ministério Público permitiu a concepção de um novo modelo de gestão organizacional, consubstanciado nos seguintes produtos: novo organograma da estrutura organizacional; definição de nova política remuneratória para os cargos de provimento em comissão; redefinição de critérios objetivos e meritocráticos para concessão de gratificações; dimensionamento da força de trabalho dos servidores efetivos e comissionados. A partir daí, foi possível definir a adequada estrutura de apoio administrativo para viabilizar o suporte necessário à efetiva atuação dos órgãos de execução. Esse projeto foi fruto de uma parceria celebrada entre o Ministério Público e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 3.5 DESCENTRALIZAÇÃO ADMINISTRATIVA O MPRN instituiu, como mecanismo de redução de custos, a descentralização das atividades administrativas, mediante implantação de almoxarifados regionalizados, descentralização dos serviços de transporte e notificações, além da realização de despesas de pequeno vulto, por meio da utilização de adiantamento de numerário. Tal medida reduz as despesas com deslocamento de veículos e servidores para atender demandas nas Promotorias de Justiça do interior do Estado. 31 3.6 VISITAS INSTITUCIONAIS ÀS UNIDADES MINISTERIAIS A Procuradoria-Geral de Justiça promoveu visitas institucionais a todas as Comarcas do interior do Estado, cujo objetivo foi comprovar de perto as condições de trabalho de membros e servidores do Ministério Público. Com essas visitas, foi possível elaborar um diagnóstico detalhado de toda a estrutura da Instituição, identificando potencialidades e levantando falhas que precisam ser corrigidas. Após a realização das visitas, foram elaboradas estratégias por parte da administração para atender aspectos operacionais e estruturais deficitários. 3.7 QUALIDADE DE VIDA E RESPONSABILIDADE SOCIOAMBIENTAL O Programa de Qualidade de Vida no Ministério Público do Rio Grande do Norte estrutura-se alinhado à proposta de humanização do MPRN e orientado pelas diretrizes estratégicas de Modernização da Política de Gestão de Pessoas, dentre as quais se destacam a valorização das pessoas e o desenvolvimento de ações voltadas para tal fim. Em dezembro de 2010, com o processo de Modernização Administrativa foi instituído o Setor de Bem-Estar, Saúde e Segurança no Trabalho, que, entre outras atribuições, gerencia o Programa de Qualidade de Vida no MPRN. O Programa de Qualidade de Vida está ancorado em três eixos de atuação: • saúde e bem-estar no trabalho; • cultura, lazer e integração; • responsabilidade socioambiental. Nos quadros 3; 4; 5; e 6 apresentamos as principais ações desenvolvidas por esses eixos de atuação no ano de 2010. 32 ÁREA DE SAÚDE Plantão Psicológico Campanha de prevenção a Influenza A-H1N1 Quadro 03 – Principais atividades no eixo saúde CULTURA E LAZER Atividades comemorativas ao dia da Páscoa Exposição fotográfica Comemoração do Dia da Mulher Comemoração do Dia das Crianças Quadro 04 – Principais atividades no eixo cultura, lazer e integração RESPONSABILIDADE SOCIAL MP- Cidadão – Arrecadação de Notas Fiscais para atendimento a instituições beneficentes Padrinho por um dia – tendo sido beneficiadas 121 crianças com presentes do Dia da Criança. Doação de presentes para idosos, totalizando 81 idosos atendidos no Lar da Vovozinha; Associação Espírita e Espaço Solidário; Centro Social Pastoral Nossa Senhora da Conceição. Decoração Natalina com material reciclado Quadro 05 – Principais atividades na área da responsabilidade social RESPONSABILIDADE AMBIENTAL Campanha de coleta seletiva de papéis Campanha de coleta seletiva de pilhas Campanha de coleta e reciclagem Utilização da Ecofonte como padrão de impressão Quadro 06 – Principais atividades na área da responsabilidade ambiental 33 3.8 PERÍCIAS TÉCNICAS O Ministério Público Estadual, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), por meio da Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (FUNPEC), viabilizou a realização de perícias técnicas que servem de subsídio e fundamentação para intervenção dos membros do Ministério Publico. Para tanto, a UFRN disponibiliza o seu quadro docente para realização das perícias nas mais diversas áreas. No ano de 2010, foram realizadas 176 perícias, conforme apresentado na Tabela 8. Tabela 8 – Perícias realizadas no ano 2010 ÁREA Contábil Engenharia Ambiental Arquitetura Médica Ortopedia Médica Psiquiatria Química Psicologia Administração Pedagogia Publicidade TOTAL GERAL QUANTIDADE 44 laudos 50 laudos 17 laudos 54 laudos 01 laudo 03 laudos 01 laudo 01 laudo 02 laudos 01 laudo 02 laudos 176 laudos Com o propósito de atender às demandas de perícias técnicas das Promotorias de Justiça das regiões Oeste e Alto Oeste do Estado foi celebrado convênio com a Fundação Guimarães Duque e a Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA), o que permitiu a realização de 51 perícias, conforme consta demonstrado na Tabela 9. 34 Tabela 9 – Perícias realizadas no Oeste e Alto Oeste TIPO Contábil Engenharia Meio Ambiente Arquitetura Serviço Social Topografia Educação Física TOTAL GERAL QUANTIDADE 21 12 5 6 5 1 1 51 3.9 PROCESSO SELETIVO PARA PROVIMENTO DE CARGOS COMISSIONADOS O Ministério Público do Rio Grande do Norte, durante o ano de 2010, realizou dois processos seletivos para o provimento dos cargos comissionados para atividades gerenciais e de suporte técnico. Inicialmente, foi deflagrado procedimento de seleção para 110 cargos de Assistentes Ministeriais para atuarem junto às Promotorias de Justiça e aos CAOPs, realizado mediante aplicação de provas de conhecimentos gerais e específicos. Em seguida, realizou-se seleção para 19 cargos de gestores, por intermédio de amplo processo de divulgação, análise curricular e entrevistas. Ambos os processos seletivos foram conduzidos observando-se os princípios da impessoalidade e publicidade, tendo sido amplamente divulgados pelos veículos de comunicação. Tais procedimentos foram pautados na necessidade de se estabelecer critérios objetivos e meritocráticos para preenchimento desses cargos. 35 3.10 OTIMIZAÇÃO DA INTERVENÇÃO NO PROCESSO CIVIL O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte iniciou um processo de reorientação de algumas atividades a fim de contribuir para uma maior efetividade da atuação do MP no papel de defensor da sociedade, permitindo-lhe assumir, efetivamente, seu novo perfil constitucional. Diante disso, após uma ampla discussão interna, realizada durante um dos fóruns de discussão, foi proposta uma otimização da atuação no processo civil, consistente na intervenção facultativa pelo Órgão de Execução do MP, acaso não se vislumbre interesse público ou social relevante a reclamar sua tutela. Assim, poderá dar à intervenção caráter meramente formal, declinando as razões e os fundamentos do seu posicionamento. Consequência dessa discussão, a Procuradoria-Geral de Justiça e Corregedoria-Geral do Ministério Público editaram a Recomendação Conjunta n° 004/2010, cujo teor fixa orientações funcionais, sem caráter normativo, sobre a intervenção do Ministério Público no Processo Civil. Esse projeto institucional objetiva, fundamentalmente, potencializar a atuação do Ministério Público na defesa dos interesses difusos, coletivos e transindividuais homogêneos. 3.11 PLANO DE SEGURANÇA INSTITUCIONAL Criação e instituição da Política de Segurança do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte e definição do Plano de Segurança, nas áreas de Tecnologia da Informação, Recursos Humanos, de Materiais, Áreas e Instalações. 3.12 MODIFICAÇÃO DAS ATRIBUIÇÕES DAS PROMOTORIAS DE JUSTIÇA Amplo diagnóstico foi realizado, tendo em vista a necessidade de adequar as atribuições das Promotorias de Justiça para atender, satisfatoriamente, às demandas apresentadas. Com isso, foi gerada a nova configuração de vários órgãos de execução, consoante apresentado no Quadro 7. 36 RESOLUÇÕES ASSUNTOS DATAS N° 12/2009 08/01/2010 Redefine e altera as atribuições das Promotorias de Justiça da Comarca de Natal Nº 001/2010 Redefine e altera as atribuições da 1ª e da 3ª Promotorias de Justiça da Comarca de Assu 15/04/2010 Nº 002/2010 Altera as atribuições de Promotorias de Justiça da Comarca de Natal, redefinidas pela Resolução nº 012/2009 – CPJ 01/06/2010 Nº 005/2010 Fixa as atribuições das Promotorias de Justiça da Comarca de Parnamirim 16/10/2010 Nº 010/2010 Altera atribuições de 22/12/2010 Promotorias de Justiça da Comarca de Natal – Sonegação Fiscal 22/12/2010 Redefine e altera as atribuições das Promotorias de Justiça na Comarca de Apodi Nº 011/2010 Quadro 7 – Modificações das Atribuições das Promotorias de Justiça 3.13 CAPACITAÇÃO E APERFEIÇOAMENTO FUNCIONAL O MPRN realizou bem como viabilizou a participação de seus integrantes em vários eventos destinados à capacitação e ao aperfeiçoamento funcional com o propósito de desenvolver habilidades e profissionalizar os membros, servidores, estagiários e demais colaboradores do Parquet potiguar. O Quadro 8 mostra a relação dos eventos realizados durante o ano de 2010. 37 CEAF: EVENTOS – 2010 Curso de Identificação de Fraudes – Pólo Natal Lei de Diretrizes Nacionais para o Saneamento Básico Recurso Especial e Extraordinário Curso de Atualização em Processo Civil Seminário 18 Anos da Lei de Improbidade Administrativa Curso de Atualização em Gestão Ambiental Curso Avançado sobre Gestão Pública, Tributária, Administrativa e Financeira Curso de Direito Penal Seminário Eca 20 Anos – Nova Lei da Adoção: O Direito à Convivência Familiar em Foco 2º Congresso de Direito Administrativo do Rio Grande do Norte Curso Superior de Tecnologia em Gestão Pública Curso de Adaptação para Ingresso na Carreira do MPRN Curso de Adaptação – Servidores de Tecnologia da Informação Curso de Pós-Graduação em Direito Material e Processual do Direito da Família e Sucessões IV Congresso Brasileiro de Direitos Humanos, Sociedade e Estado Curso de Pós-Graduação em Processo Civil Encontro Jurídico Sobre as Mudanças nos Códigos Processuais Palestra sobre a Nova Lei da Adoção Curso de Adaptação – Servidores da Área Administrativa III Jornada de Capacitação dos Servidores do Ministério Público do RN Curso Básico de Capacitação em Inteligência 6ª Reunião do Colégio de Diretores de Escolas dos Ministérios Públicos do Brasil (CDEMP) Curso de Instrumentalização de Processo (PADES 2010/2011) Qualidade na Prestação do Serviço de Copa (PADES 2010/2011) I Encontro do Memorial do Ministério Público do Estado do RN Palestra “Direitos Humanos sob a Perspectiva Étnico-Racial no Brasil” Curso de Sonegação Fiscal 38 Oficina de Perícia Forense em Crime de Tortura Curso de Instrumentalização de Processo Curso de Adaptação para Ingresso na Carreira do MPRN Curso de Adaptação para Assistentes Ministeriais Quadro 12 – Eventos, ano 2010 4 RESULTADOS DAS ATIVIDADES DO MINISTÉRIO PÚBLICO O Ministério Público do Rio Grande do Norte registrou um resultado histórico no tocante ao atendimento à população no ano de 2010. Foram mais de 100 mil feitos judiciais resolvidos no ano passado. Também mereceu destaque a atuação extrajudicial da Instituição, sempre buscando a resolução mais ágil para o cidadão e evitando sobrecarregar o Poder Judiciário. Foram mais de 58 mil atividades extrajudiciais, em 2010. Esses e outros resultados das atividades da Instituição, como a atuação dos Procuradores de Justiça, que teve um incremento de 38%, considerando as demandas processuais de 2010 frente ao ano anterior, são assuntos tratados de forma detalhada neste tópico do relatório. 4.1 ATIVIDADES DA PROCURADORIA-GERAL DE JUSTIÇA A Procuradoria-Geral de Justiça realizou atividades na área criminal e cível, no cumprimento de suas funções como Órgão da Administração Superior e Órgão de Execução. Matéria Criminal As atividades realizadas na área criminal, quanto aos processos e procedimentos judiciais, encontram-se demonstrados na Tabela 9. 39 Tabela 9 – Procedimentos judiciais na área criminal 1) Inquérito policial 2) Artigo 28 do CPP Diligências Pareceres e promoções diversos 5 3 Pedidos de arquivamento - Denúncias 2 Outros (audiência) - Despachos 25 Decisões 10 Outros 3) Ação penal pública originária Suspensão condicional do processo Diligências Pareceres e promoções diversos 12 27 Alegações finais 7 Embargos de declaração - Agravo de Instrumento – RecursoEspecial Outros - Recurso Especial 2 Outros 5 1 - 5) Conflito de atribuições Decisões 8 6) Pedido de prisão temporária Petição - Outros - Denúncia - Requerimento 2 Petição 2 Ação Penal 1 Recurso Especial 1 4) Ação penal privada originária 7) Pedido de quebra de sigilo Bancário 8) Feitos criminais diversos Pareceres e promoções diversos Alegações finais Procedimento Investigatório do MP – Denúncia 40 Pareceres e promoções diversos 8 Cautelar - requerimento - Execução Penal 6 9) Notícia crime Decisão - 10) Habeas Corpus Informações - Parecer - 11) Representação criminal Petição 1 12) Conflito de jurisdição Despacho 2 13) Ciente 12 TOTAL 142 Os procedimentos extrajudiciais, na área criminal, estão relacionados na Tabela 10. Tabela 10 – Procedimentos extrajudiciais na área criminal 1) Investigações Desmembramentos Remessas à 1ª instância 1 Remessas a outros órgãos - Diligências 56 Arquivamentos 51 Oferecimentos de denúncias 14 Ajuizamento de ação de improbidade - Medidas Cautelares 1 Outros (Prorrogação de PIC) 3) Solicitação de providências 413 Pareceres e promoções diversos Audiência 2) Consultas diversas 5 18 92 Pedido de Quebra de Sigilo Bancário e Telefônico Parecer preliminar 2 Parecer final - Outros - - Encaminhamentos de requisição 41 Devoluções de diligências à 1ª instância - Remessas de informações 4) Conflito de atribuições 5) Processo Administrativo Disciplinar – TJRN - Arquivamento - Outros 4 - Decisões Despachos Razões TOTAL 654 Matéria cível Os processos e procedimentos judiciais realizados na área cível, no exercício de 2010, encontram-se dispostos na Tabela 11. Tabela 11 – Procedimentos judiciais realizados na área cível 1) ADI 2) Precatório 3) Reclamação ao TJ Parecer preliminar Parecer final 2 4 Petição 2 Razões finais 1 Embargos de Declaração 2 Contrarrazões em AI em Recurso Especial Contrarrazões em AI em Recurso Extraordinário 1 4 Outros (Contrarrazões em Recurso Extraordinário) Outros Parecer preliminar Parecer final 2 2 114 198 Outros - Parecer Preliminar - Parecer Final 1 Embargos de Declaração 1 Outros 42 4) Reclamação ao STJ 5) Reclamação ao STF 6) Representação ao CNJ 7) Representação ao PGR 8) Feitos cíveis Diversos Razões - Outros - Razões - Outros - Agravo Interno Razões - Outros Razões para ajuizamento de ADI 1 1 Solicitação de interposição de Recurso Extraordinário Ação Rescisória – Parecer Ação Civil Pública – Petição Embargos de Declaração Mandado Segurança – Recurso Ordinário Mandado de Segurança – Petição Mandado de Segurança – Informações Mandado de Segurança – Agravo Instrumento Mandado de Segurança – Parecer Mandado de Segurança – Despacho Mandado de Segurança – Outros Agravo de Instrumento – Remessa à 1ª Instância Agravo de Instrumento – Parecer Agravo de Instrumento – Despacho Agravo de Instrumento – Recurso Especial Agravo de Instrumento – Recurso Extraordinário Agravo de Instrumento – Contrarrazões Agravo de Instrumento – Embargos de declaração Agravo de Instrumento– Pedido de reconsideração Agravo de Instrumento – Petição Agravo de Instrumento – Contrarrazões ao Recurso Especial Agravo de Instrumento – Contrarrazões a Recursos Extraordinários Ação Interna – Razões Ação Interna – Contrarrazões 2 1 1 1 17 5 4 1 26 3 21 7 5 4 2 2 3 1 1 1 43 Recurso Extraordinário – Razões Recurso Especial – Razões Recurso Especial – Agravo de Instrumento Recurso Especial – Razões Apelação Cível – Embargos de Declaração Apelação Cível – Parecer Apelação Cível – Recurso Especial Apelação Cível – Contrarrazões ao Agravo Interno Apelação Cível – Agravo de Instrumento em Resp Apelação Cível – Petição Ação Ordinária – Petição Ação Ordinária – Despacho Ação Ordinária – Outros Ação Cível Originária – Parecer Ação Cível Originária – Petição Ação Cautelar – Petição inicial Ação Cautelar – Reconsideração Outros Pedido de suspensão liminar – Agravo 9)Processos Diversos Agravo em Suspensão de Tutela – Petição Reclamação trabalhista – Despacho 1 1 Reclamação trabalhista – Ofício 5 Reclamação Trabalhista – contestação 2 Reclamação Constitucional – Peticão inicial 1 Recurso Extraordinário – Agravo 1 10) Processos Razões Administrativos Disciplinares 11) Procedimento Despacho de Controle 12) Ciente TOTAL 2 3 1 4 3 5 1 1 1 4 1 3 1 4 1 1 15 1 1 36 544 44 Os procedimentos extrajudiciais na área cível estão mostrados na Tabela 12. Tabela 12 – Procedimentos extrajudiciais realizados na área cível 1) Intervenção 2) Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) Diligências Pareceres e promoções diversos Arquivamentos - Ajuizamentos de ações - Outros - Diligências 33 Pareceres e promoções diversos 2 Arquivamentos 5 Ajuizamentos de ações 9 Outros 3) Conflito de atribuições 4) Processo Administrativo – Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) 5) Procedimentos diversos Despacho Decisão Outros 3 4 - Razões Informações Ofício Outros Ajuizamento de ação de improbidade Ajuizamento de Mandado de Segurança Remessas à 1ª Instância Diligências 3 10 8 8 1 17 Arquivamentos 8 Parecer preliminar 2 Recomendação 2 Parecer final 1 Inquérito Civil Público – Despacho 16 Inquérito Civil Público – Diligências 15 45 Inquérito Civil Público – Arquivamentos Inquérito Civil Público – Decisão 1 15 Inquérito Civil Público – Outros 6) Processo Administrativo – TJRN 7) Remoção Compulsória TOTAL 2 1 8 Petição Inicial de Mandado de Outros Razões Finais Outros Relatório Final 2 1 1 178 Matéria administrativa Os principais pronunciamentos da Coordenadoria Jurídica quanto à matéria administrativa encontram-se elencados na Tabela 13, contendo o resumo de atuação da Procuradoria-Geral de Justiça na área administrativa correspondente aos processos e procedimentos nessa área. .Tabela 13 – Feitos jurídicos/administrativos 1) Licitação Parecer preliminar Parecer final Outros 2) Contratos Parecer preliminar Parecer final Outros 3) Convênios Parecer preliminar Parecer final Outros 4) Servidor Público Parecer preliminar Parecer final Outros 5) Adiantamento de numerário Parecer preliminar 221 336 40 223 46 Parecer final 5 Outros 6) Consultas diversas Parecer preliminar Parecer final 110 Informações ao CNMP Outros 7) Despachos 8) Projetos 9) Diversos Projeto de Resolução Projeto de Lei Minuta de Portaria Recomendação Informações ao CNMP Informações à PGE Resposta a ofício Executivo Legislativo Judiciário AMPERN Administração superior do MP 10) Reuniões institucionais Departamentos e setores da PGJ Defensoria Pública 1 8 170 16 16 3 1 9 1 1 3 4 5 9 411 212 - CAOPs Promotoria da Infância Governador Convocação Obrigatória Corregedoria Advogados Equipe 11) Atendimento 12) Palestra para novos servidores 13) Minuta de texto para publicação 14) Entrevista TOTAL 7 1 2 9 2 4 23 2 1 1 1.857 47 No tocante à atuação da Procuradoria-Geral de Justiça, nas suas competências de Órgão de Execução, vale destacar o oferecimento de 14 denúncias junto ao Tribunal de Justiça contra autoridades, com prerrogativa de foro. Ademais, foram impetradas nove Ações Diretas de Inconstitucionalidade contra leis que ferem a Constituição Estadual, além de 50 recursos a decisões do Tribunal de Justiça. 4.2 ATIVIDADES DO COLÉGIO DE PROCURADORES DE JUSTIÇA O Colégio de Procuradores de Justiça (CPJ), como Órgão da Administração Superior e como Órgão de Execução, realizou em 2010, as atividades relacionadas na Tabela 14. Tabela 14 – Atividades realizadas pelo CPJ ATIVIDADE Sessões Ordinárias realizadas Sessões Extraordinárias realizadas Leis Complementares Lei Ordinária Resoluções QUANTIDADE 11 10 10 1 12 As deliberações, relacionadas no Quadro 19, foram promovidas pelo Colégio de Procuradores de Justiça e vieram a se concretizar em leis complementares de interesse do MPRN. LEIS DESCRIÇÃO DATA DA PUBLICAÇÃO Lei Complementar nº 410, Dispõe sobre alteração da Lei de 08 de Janeiro de 2010 Complementar nº 404, de 24 de novembro de 2009 Lei Complementar nº 413, Dispõe sobre a extinção de cargos do de 08 de Janeiro de 2010 quadro de serviços auxiliares de apoio administrativo do Ministério Público do Rio Grande do Norte Lei Complementar nº 414, Altera e revoga dispositivos da Lei 09.01.2010 09.01.2010 09.01.2010 48 de 08 de Janeiro de 2010 Complementar Estadual nº 141, de 9 de fevereiro de 1996, que dispõe sobre a Lei Orgânica do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte Lei Complementar nº 425, Dispõe sobre o Plano de Carreira, Cargos de 08 de Junho de 2010 e Remuneração dos Servidores Efetivos dos Serviços Auxiliares de Apoio Administrativo do Ministério Público do Rio Grande do Norte e dá outras providências Lei Complementar nº 427, Altera a Lei Complementar Estadual nº de 08 de Junho de 2010 141, de 09 de fevereiro de 1996, que dispõe sobre a Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte, para redefinir os requisitos para processamento do pedido de remoção por permuta e reorganizar a elaboração da escala de férias dos membros do Ministério Público do Rio Grande do Norte Lei Complementar nº 444, Dispõe sobre a criação de cargos no de 10 de Setembro de âmbito do Ministério Público do Rio Grande 2010 do Norte Lei Complementar nº 445, Altera a Lei Complementar Estadual nº de 29 de Novembro de 141, de 09 de fevereiro de 1996, que dispõe 2010 sobre a Lei Orgânica e Estatuto do Ministério Público do Rio Grande do Norte Lei Complementar nº 446, Dispõe sobre a estrutura administrativa do de 29 de Novembro de Ministério Público do Rio Grande do Norte 2010 Lei Complementar nº 447, Dispõe sobre a extinção e criação de de 29 de Novembro de cargos, com respectivas atribuições e 2010 remunerações, do Quadro de Servidores dos Serviços Auxiliares de Apoio Administrativo do Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte Lei Complementar nº 448, Dispõe sobre a criação de Gratificações de 29 de Novembro de Especiais no âmbito do Ministério Público 2010 do Estado do Rio Grande do Norte e dá outras providências Lei Ordinária nº 9.419, de Dispõe sobre o Fundo de 29 de Novembro de 2010 Reaparelhamento do Ministério Público (FRMP) e dá outras providências 09/06/10 09.06.2010 11.09.2010 30.11.2010 30.11.2010 30/11/10 30.11.2010 30.11.2010 Quadro 19 – Eventos realizados no ano de 2010 4.3 ATIVIDADES DO CONSELHO SUPERIOR DO MINISTÉRIO PÚBLICO O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), no ano de 2010, atuou na coordenação do Concurso Público para ingresso na Carreira do Ministério Público, cuja homologação permitiu a nomeação de 36 Promotores de Justiça Substitutos. 49 O CSMP, como Órgão da Administração Superior e como Órgão de Execução, realizou as atividades elencadas na Tabela 15. Tabela 15 – Atividades do CSMP ATIVIDADE Sessões realizadas Processos recebidos Processos devolvidos Processos julgados QUANTIDADE 34 2.377 2.388 2.299 Dentre as atividades realizadas pelo CSMP, registre-se a edição da Resolução nº 005/2006 – CSMP, que trata da definição de critérios objetivos para as promoções e remoções por merecimento na carreira do MPRN. 4.4 ATIVIDADES DA CORREGEDORIA-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO Apresentamos, na Tabela 16, o resumo do relatório da Corregedoria-Geral do Ministério Público no ano de 2010. Tabela 16 – Atividades da Corregedoria-Geral do MPRN ATIVIDADES DA CORREGEDORIA GERAL DO MPRN Atividade Ofícios expedidos Ofícios circulares Portarias Recomendações Atos conjuntos (PGJ / CGMP) Avisos Editais Outros atos Encontros CNCGMPEU Eventos realizados pela CGMP Correições Inspeções Avaliação trabalhos (estágio probatório) Atendimento ao público Pareceres em Processos de Promoção e Remoção Quantitativo 542 1 7 2 3 17 5 2 5 2 3 38 97 415 39 Importante destacar a realização de 415 atendimentos ao público no ano de 2010, bem como a efetivação de 38 inspeções junto às Promotorias de Justiça. 50 4.5 ATIVIDADES DA OUVIDORIA DO MINISTÉRIO PÚBLICO Foram realizados 772 atendimentos pela Ouvidoria do Ministério Público do Rio Grande do Norte, tendo sido realizados 550 atendimentos por e-mail, 161 por telefone e outros 61 pessoalmente. Na Tabela 17, apresentam-se os números de atendimentos por matéria. Tabela 17 – Atendimento ao público RELATÓRIO DE ATENDIMENTO AO PÚBLICO Matéria / Assunto Atendimentos Cidadania 26 Patrimônio Público 126 Meio Ambiente 50 Criminal 27 Educação 25 Infância e Juventude 3 Administrativo 58 Consumidor 54 Saúde 57 Família 0 Minorias 15 Fazenda Pública 19 Eleitoral 2 Sonegação Fiscal 1 Outros 305 Ademais, foi implantado, no âmbito da Ouvidoria, sistema informatizado para gerenciamento das informações, com o propósito de dar agilidade aos encaminhamentos deflagrados pela unidade. 4.6 ATIVIDADES DOS CENTROS DE APOIO Neste tópico, serão apresentadas as principais atividades desenvolvidas pelos Centros de Apoio Operacionais às Promotorias de Justiça. 51 4.6.1 CAOP da Infância e Juventude Atribuições: Defesa dos direitos das crianças e adolescentes e combate à violência sexual infanto-juvenil. Nesse sentido, na Tabela 18 observamos os atendimentos internos. Tabela 18 – Atendimentos internos, ano 2010 ATIVIDADE Atendimentos internos TOTAL DE ATENDIMENTOS 405 No Quadro 10, observam-se as campanhas e os eventos de capacitação realizados pelo CAOPIJ. ATIVIDADE Campanha contra a violência sexual OBJETIVO Combater a violência sexual contra crianças e adolescentes. Resultado: Foram distribuídos kits com folders, cartazes, camisas, spots de rádio para estimular a denúncia de violência contra crianças e adolescentes através do disque 100. Quadro 10 – Campanhas preventivas e educativas No Quadro 11, tem-se a relação dos cursos e treinamentos, desenvolvidos pelo CAOPIJ, e seus respectivos objetivos. ATIVIDADE OBJETIVO Seminário 20 Anos do Estatuto da Capacitar membros e servidores do Criança e do Adolescente, realizado no MP acerca do Direito à Convivência dia 12 de julho de 2010, destinado a Familiar e Comunitária, bem como as membros e servidores do MP. alterações apresentadas pela Lei 12.010/09 que trouxe profundas transformações no Estatuto da Criança e Adolescente. Capacitar membros e servidores do MP acerca do Direito à Convivência Curso Prático sobre a Lei 12.010/09, Familiar e Comunitária, bem como as destinado a Promotores de Justiça e alterações apresentadas pela Lei Juízes de Direito. 12010/09, que trouxe profundas transformações no Estatuto da Criança e Adolescente. Quadro 11 – Cursos e treinamentos 52 No Quadro 12, demonstra-se a atividade de orientação funcional, realizada pelo CAOPIJ. ATIVIDADE Elaboração do Manual de Atuação Funcional OBJETIVO Orientar a atuação do Membro do MP na defesa da infância e juventude. Quadro 12 – Atividades de orientação funcional do CAOPIJ No Quadro 13, encontram-se elencados os principais projetos desenvolvidos pelo CAOPIJ, em consonância com o Plano Geral de Atuação (PGA). ATIVIDADE OBJETIVO Elevar o padrão de atendimento dos serviços, equipamentos e programas Projeto Conviver – Sistema Único de socioassistenciais desenvolvidos Assistência Social (SUAS) pelos Municípios, no amparo à criança, ao adolescente e às suas famílias Resultado: Cerca de 86% dos Promotores de Justiça aderiram à meta para instaurar inquérito civil, visando à fiscalização e à implementação de programas de atendimento à família, destinados à efetiva garantia do direito à convivência familiar e comunitária de crianças e adolescentes. Projeto Conviver – Cadastro Estimular a criação e implementação, pelo Poder Judiciário, dos cadastros para adoção, por meio dos quais – uma vez exauridas as possibilidades de permanência da criança junto a sua família natural – busca-se agilizar a colocação de crianças e adolescentes em família substituta (adoção, no caso), de forma a se evitar o abrigamento dos pequenos e assegurar-lhes o direito de viver em uma família que os ame e proteja. Ações/status do Projeto: O CAOPIJ, além do fornecimento de material de apoio para a sociedade e os atores das redes de proteção local – especialmente os da Saúde, da Assistência Social, do Conselho Tutelar e dos Conselhos dos Direitos –, deu início à articulação com o Poder Judiciário a fim de se implementar os cadastros de adoção em todas as Comarcas do RN. Outrossim, iniciou o cadastramento dos membros do Parquet Potiguar, com atribuição na área da Infância e Juventude, junto ao Cadastro Nacional de Adoção (CNA) instituído pelo Conselho Nacional de Justiça visando a reunir informações sobre crianças e adolescentes em condições de serem adotados, e pretendentes habilitados à adoção em todo o Brasil. Quadro 13 – Projetos institucionais e interinstitucionais do CAOPIJ 53 4.6.2 CAOP Cidadania Atribuições: Defesa do direito do consumidor, da saúde, dos direitos humanos, da educação e, como não há nenhum CAOP Cível, apresenta também atribuição residual sobre as demais matérias cíveis não incluídas na área de interesse dos demais centros. A seguir, a Tabela 19, demonstra-nos a quantidade dos atendimentos internos realizados aos membros do MPRN durante o ano de 2010; o Quadro14 demonstra-nos o que tem sido feito no âmbito de campanhas preventivas e educativas; o Quadro 15 traz-nos informações acerca dos manuais e orientações para a atuação ministerial; e o Quadro 16 traz-nos o demonstrativo dos projetos institucionais e parcerias. Tabela 19 – Atendimentos internos ATIVIDADE Atendimentos internos TOTAL DE ATENDIMENTOS 602 ATIVIDADE OBJETIVO Programa Aprendendo a Ser Cidadão Atualizar o conteúdo das cartilhas de com o Ministério Público Saúde e Cidadania do Programa. Quadro 14 - Campanhas Preventivas e Educativas ATIVIDADE OBJETIVO Manual de Atuação Funcional Elaborar Manuais de Orientação para atuação ministerial nas áreas de educação, saúde e defesa do consumidor. Resultado: capacitação de todos os membros do MPRN com atribuição nas áreas de educação, saúde e defesa de consumidor. Quadro 15 – Manuais e Orientações ATIVIDADE Projeto Nascer com Dignidade: melhorando o cuidado materno-infantil OBJETIVO • Disseminar o conhecimento da realidade da atenção ao prénatal, ao parto, ao puerpério e 54 ao recém-nascido em todos os municípios do Estado, bem como a implementação, por intermédio dos meios judiciais e extrajudiciais cabíveis, dos parâmetros estabelecidos na legislação vigente e nos protocolos do Ministério da Saúde para essa atenção; de • reduzir os índices morbimortalidade materna e neonatal, que ainda estão longe do preconizado pela Organização Mundial de Saúde, notadamente, quando se leva em conta que, no Rio Grande do Norte, aproximadamente 76% dos óbitos de recém-nascidos e 80% dos óbitos maternos são decorrentes de causas evitáveis, diretamente relacionadas à baixa qualidade da atenção perinatal. Resultado: O Projeto teve seu pré-lançamento em 05 de novembro de 2010, para os Promotores de Justiça dos 09 (nove) municípios considerados prioritários no Plano Operativo Estadual para a Redução da Mortalidade Infantil (assim considerados pelo fato de responderem, juntos, por mais de 50% dos óbitos maternos e neonatais do Estado), os quais já instauraram os respetivos Inquéritos Civis e expediram recomendações aos gestores municipais de saúde. Em fevereiro de 2011, o Projeto tem seu lançamento para os demais municípios do Estado, em eventos em Natal, Mossoró e Caicó, a partir dos quais se procederá ao acompanhamento das respectivas ações. Capacitar os membros do Ministério Público para uma melhor compreensão Conhecendo o Fundo de Manutenção e sobre a forma de financiamento da Desenvolvimento da Educação Básica e educação pública, em especial no de Valorização dos Profissionais da tocante às verbas que compõem o Educação (FUNDEB) FUNDEB, bem como quanto à sua destinação legal. Ações e Status do Projeto: planejou-se a sua implementação por meio de curso prático a ser realizado em parceria com o MEC, bem como com a entrega de material de suporte, contendo orientações teóricas e práticas sobre a composição e utilização das verbas do FUNDEB. O material de suporte já foi entregue aos Promotores de Justiça Substitutos, durante o último curso de formação, e será entregue aos demais Promotores de Justiça com atribuição na defesa da educação, durante a Capacitação em Temas de Educação, que será realizada nos dias 31/03/2011 e 01/04/2011. 55 Movimento Articulado de Defesa do Consumidor (MADECON) • promover a articulação e integração dos órgãos que integram o sistema de defesa do consumidor e outros correlatos; • desenvolver metas, definir diretrizes e estratégias para a promoção de ações que visem a dar maior eficiência às atividades realizadas nos órgãos que atuam nessa área, bem como que visem à conscientização da sociedade acerca da necessidade da efetivação dos seus direitos, no tocante às relações de consumo, mediante campanhas educativas, por exemplo; e, ainda, que visem à efetivação de ações de fiscalização conjuntas, tudo em conformidade com as deliberações ocorridas nas reuniões mensais ordinárias. Ações e Status do Projeto: o movimento, que estava paralisado havia alguns meses, foi retomado em meados de 2010, por iniciativa do Ministério Público, cujo representante ocupa atualmente a sua Secretaria Executiva. As reuniões ordinárias vêm ocorrendo regularmente, com frequência mensal, na sede da Procuradoria Geral de Justiça, delas decorrendo diversas deliberações e articulações em prol da otimização da defesa do consumidor. Quadro 16 – Projetos institucionais e parcerias 4.6.3 CAOP Criminal Atribuições: área criminal. Podemos observar na Tabela 20 o número de atendimentos internos realizados em 2010 aos membros do MPRN; no Quadro 17 temos o demonstrativo dos cursos e treinamentos; no Quadro 18, o resumo das atividades articuladas pelo CAOPCRIM; no Quadro 19, os projetos institucionais e parcerias; e no Quadro 20 a participação do coordenador como membro em conselhos e movimentos nacionais. 56 Tabela 20 - Atendimentos internos ATIVIDADE Atendimentos internos TOTAL DE ATENDIMENTOS 619 ATIVIDADE Participação como expositor Participação como palestrante Curso de aperfeiçoamento dos novos Promotores de Justiça Substitutos Seminário “Diálogos abertos – Macaíba em contexto de violências: O que fazer? A quem recorrer? É necessário discutir?”, promovido pela CODEM, realizado na Casa da Cultura de Macaíba. Quadro 17 – Cursos e treinamentos ATIVIDADE Elaboração do Manual de Atuação Funcional; Envio para todos os Membros do MPRN da Resolução nº 36, do CNMP, com as alterações trazidas pela Resolução nº 51, do mesmo órgão. Elaboração de Atuação Funcional dos Promotores de Justiça relativo à área criminal. OBJETIVO Dar conhecimento a todos os membros sobre os pedidos e a utilização das interceptações telefônicas. Auxiliar o trabalho dos Promotores de Justiça na atuação nas diversas vertentes do Direito Criminal. Discutir a implementação do Estatuto Implementação do Estatuto do Torcedor do Torcedor no campeonato estadual de futebol 2010 no RN. Tratar, em reuniões com o ViceGovernador e Secretário de Segurança Pública, acerca da: Discussão e articulação quanto à • agilização do Concurso da realização do Concurso da Polícia Civil; Polícia Civil; e à questão dos presos em DPs • questão dos presos custodiados em delegacias de polícia. Quadro 18 – Resumo das atividades articuladas pelo CAOPCRIM 57 ATIVIDADE • Erradicação de presos em Delegacias de Polícias, unidades militares e centros de detenção provisória sem previsão normativa e condições de funcionamento. • • • • Padronização do Controle Externo da Atividade Policial • Assistentes Ministeriais OBJETIVO/TAREFA Mapear a atuação, por parte dos membros do Ministério Público, buscando agrupar a situação das Comarcas de acordo com os problemas detectados e com a fase de atuação já existente, buscando, sempre que possível, a uniformização dos procedimentos; coletar material legislativo estadual relativo ao Sistema Penitenciário Estadual; e Elaborar material para instauração de Inquérito Cívil (IC), Ação Civil Pública (ACP) e despachos, quesitos de perícias a serem utilizados pelos membros. Acompanhar a implantação, no âmbito do MPRN, do Provimento n.º 03/2010 do TJRN relativo à tramitação dos inquéritos policiais diretamente no Ministério Público; e Elaborar minuta de Termo de Cooperação Técnica entre o MPRN e a Corregedoria Geral da Secretaria de Estado da Segurança Pública e da Defesa Social (SESED) a respeito da troca de informações sobre condutas ilícitas e procedimentos disciplinares de servidores da Polícia Civil e do Instituto Técnico de Perícia (ITEP), e militares da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do RN, bem como a criação de banco de dados por parte do CAOP-Criminal. Elaborar programa para edital para processo seletivo de formação de cadastro de Assistentes Ministeriais, 58 relativamente às disciplinas de Direito Penal e Processo Penal; • Elaborar prova teórica da Disciplina de Direito Penal para processo de seleção de Assistentes Ministeriais. Quadro 19 – Projetos institucionais e parcerias PARTICIPAÇÃO COMO MEMBRO PERMANENTE EM CONSELHOS E MOVIMENTOS NACIONAIS • Participação como membro do Conselho Deliberativo do Programa Estadual de Proteção às Testemunhas (PROVITA); • Participação como membro do Comitê Estadual de Combate e Prevenção à Tortura; • Participação como membro no Gabinete de Gestão Integrada de Segurança Pública Estadual (GGI-E); • Participação como membro do Grupo Nacional em Defesa dos Direitos Humanos (GNDH), na subcomissão Comissão Permanente de Defesa dos Direitos Humanos COPEDH; e • Participação e acompanhamento da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (ENASP) relativamente às metas dos grupos coordenados pelo CNJ e CNMP. Quadro 20 – Participação como membro em Conselhos 4.6.4 CAOP Meio Ambiente Atribuições: Defesa do meio ambiente, do patrimônio histórico e paisagístico. Na Tabela 21 tem-se o demonstrativo do total de atendimentos internos. Tabela 21 – Atendimentos internos ATIVIDADE Atendimentos internos TOTAL DE ATENDIMENTOS 223 Nos quadros 22, 23 e 24 tem-se informadas as atividades de auxílio na elaboração do Manual de Atuação Funcional e dos informativos institucionais, bem como a relação de palestras e cursos ministrados pela Coordenação do CAOPMA . 59 ATIVIDADE Elaboração do Manual de Atuação Funcional OBJETIVO Auxiliar o trabalho dos colegas na atuação, sobretudo, dos Promotores de Justiça substitutos, nas diversas vertentes do Direito Ambiental. Quadro 22 – Manuais e Orientações ATIVIDADE OBJETIVO Auxílio na elaboração dos Informativos Divulgar notícias do meio Institucionais. ambiente nos cenários internacional, nacional e local, divulgar ações de promotorias e do próprio Centro de Apoio, além de eventos importantes para a área e anexar jurisprudência e legislação ambientais. Resultado: Foram elaborados 15 informativos no ano de 2010. Programa Cidade Saneada Realizar saneamento do Estado do Rio Grande do Norte. Ação e status do Projeto: Elaboração, em conjunto com o CAOP do Patrimônio Público, da minuta de resolução, regulamentando o acesso aos cargos de assistentes ministeriais e participação nas discussões da versão final do documento Quadro 23 – Projetos institucionais e parcerias PALESTRAS E CURSOS MINISTRADOS PELO CAOP MEIO AMBIENTE Participação como palestrante do Fórum de responsabilidade empresarial e consumo sustentável. Mesa Redonda da semana do Meio Ambiente Centro de Biociências – UFRN (Maio), como palestrante. Seminário Eólica (Junho), como palestrante. Seminário de legislação ambiental para o setor elétrico (Outubro), como palestrante. Quadro 24 – Cursos e treinamentos 60 4.6.5 CAOP Inclusão Atribuições: Defesa dos direitos do idoso, das pessoas com deficiência e minorias étnicas. Na Tabela 22, encontra-se o número total de atendimentos do CAOPINC. Tabela 22 - Atendimentos internos ATIVIDADE Atendimentos internos TOTAL DE ATENDIMENTOS 974 A quantidade e os tipos de laudos elaborados pelos técnicos do CAOPINC estão demonstrados na Tabela 23. Tabela 23 - Laudos elaborados por técnicos do CAOP Inclusão ATIVIDADE Laudos de arquitetura: Laudos Técnicos de Acessibilidade Serviço Social: Relatórios e questionários Declarações e certidões TOTAL DE LAUDOS 56 54 141 No Quadro 25, encontram-se elencadas as palestras e os cursos ministrados pelo CAOPINC. PALESTRAS E CURSOS MINISTRADOS PELO CAOPINC Seminário sobre Acessibilidade promovido pelo MPSC. Tema da Palestra: Aprendendo com a prática: Programas desenvolvidos pelo Ministério Público. 7º Congresso Estadual de Profissionais do Sistema CONFEA/CREA – auditório do MPRN, organizado pelo CREA/RN. Tema: O Direito à Acessibilidade e o Ministério Público. Congresso da ABMP, em Brasília/DF (palestra e participação). Tema: Educação Inclusiva para crianças e adolescentes com deficiência: desafios pedagógicos e o papel da Justiça. 61 PALESTRAS E CURSOS MINISTRADOS PELO CAOPINC Palestra para os estudantes do Curso de Fisioterapia da UFRN sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. VI Seminário Nacional sobre Educação Inclusiva – Prêmio Experiências Educacionais Inclusivas (palestra e participação). Tema: A Escola aprendendo com as diferenças. Seminário Acessibilidade: A Garantia da Dignidade da Pessoa com Deficiência (palestra e participação), promovido pelo MPRJ. Tema: Aprendendo com a prática. Palestra em Curso para Promotores de Justiça do Estado de Pernambuco sobre a importância dos Conselhos de Direitos dos Idosos. Palestra no Curso de Adaptação para servidores do MPRN. Palestra no Curso de Formação para Promotor de Justiça Substituto do MPRN. Palestra sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência à Educação e a Convenção sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência – Programa PISAI – SENAI – em Santa Cruz. Coordenação de mesa no 1º Congresso Internacional de Ciência, Ética e Educação Integrada. Seminário Inclusão: Direito à Diversidade – Tema: Marcos Legais da Educação Inclusiva. Currais Novos/RN. Curso de Capacitação para Conselheiros do Conselho Estadual de Direitos do Idoso. Tema: O Papel do Conselheiro como Agente Público. Palestra em Reunião Técnica da Secretaria de Educação Especial do MEC. Tema: O Direito à Educação de Pessoas com Transtornos Globais de Desenvolvimento. Seminário sobre Educação Inclusiva em Nova Cruz/RN. Tema: Os Marcos Legais da Educação Inclusiva e o Papel do Ministério Público. Três palestras sobre acessibilidade em Cursos de Capacitação para Síndicos e Administradores de Condomínios promovido pelo CREA/RN. Palestra em Seminário sobre Acessibilidade realizado em Recife/PE. Curso de atualização sobre acessibilidade para os Técnicos da Secretaria Municipal de Educação de Natal. Curso de atualização sobre acessibilidade para os Técnicos da UFRN. 62 PALESTRAS E CURSOS MINISTRADOS PELO CAOPINC Curso de atualização sobre acessibilidade para Secretários de Técnicos do Município de Jucurutu. Quadro 25 – Cursos e treinamentos No Quadro 26, temos o demonstrativo dos projetos institucionais e parcerias. ATIVIDADE Inclusão de Crianças e Adolescentes com Deficiência na Rede Regular de Ensino OBJETIVO Incluir todas as crianças e adolescentes na rede regular de ensino. Ações e status do Projeto: Dando efetividade à meta institucional coordenada pelo CAOP Inclusão, foi realizado um levantamento sobre os serviços de apoio relacionados à educação inclusiva que são ofertados aos alunos com deficiência, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação nos diversos Municípios do Rio Grande do Norte. Também, por meio de articulação com a Federação dos Municípios do RN, foram efetuadas duas reuniões com Prefeitos Municipais e Secretários de Educação acerca da necessidade de adequação da rede de ensino municipal para inclusão de alunos com deficiência. O Centro de Apoio presidiu, ainda, reunião técnica com os Promotores de Justiça com atuação na área de Direitos da Pessoa com Deficiência e da Saúde, a qual teve a participação da equipe da Secretaria de Educação Especial do Ministério da Educação. Como resultado parcial desse projeto, muitos Promotores de Justiça já realizaram audiências com os pais das crianças e adolescentes excluídos da sala de aula comum e expediram recomendações para que fosse providenciada a devida matrícula daqueles na escola. Lançamento da Campanha de Esclarecimento sobre o Empréstimo Consignado para Pensionistas e Aposentados. Esclarecer aos idosos as principais informações que devem ser obtidas ao assinar um empréstimo, alertando-os sobre os problemas decorrentes de um endividamento. Ações e status do Projeto: A Campanha foi lançada em outubro de 2010 e contou com a distribuição de folderes que foram encartados nos jornais de grande circulação de Natal. O conteúdo da campanha foi traduzido em trovas, sendo gravado CD com repentista para distribuição junto às rádios de todos os Municípios do Rio Grande do Norte. Após a confecção de novos folderes, serão eles distribuídos nos postos de serviços do INSS, dos Correios, pelo IPERN e pelas Promotorias de Justiça. Quadro 26 – Projetos institucionais e parcerias 63 4.6.6 CAOP do Patrimônio Público Atribuições: Defesa do patrimônio público, combate à sonegação fiscal e ao nepotismo. A Tabela 24 mostra o número de atendimentos internos, realizados pelo CAOP-PP. Tabela 24 – Atendimentos internos ATIVIDADE Atendimentos internos TOTAL DE ATENDIMENTOS 637 O Quadro 27 traz a relação das atividades desenvolvidas e seus objetivos. ATIVIDADE OBJETIVO Fornecer técnicas e meios de investigação para os Promotores de Justiça com atribuição na Curso de investigação de fraudes em defesa do patrimônio público das licitações. Comarcas de Natal e Mossoró em investigações de fraudes em licitações. Ações e status do Projeto: treinamento com o propósito de capacitar membros do MP acerca da investigação de fraudes em licitações. Curso de sonegação fiscal com enfoque Fornecer técnicas e meios de no processo administrativo tributário e instrução para os Promotores de nos aspectos penais e processuais Justiça com atribuição em sonegação fiscal. penais do crime tributário. Ações e status do Projeto: treinamento com o propósito de capacitar membros do MP acerca da sonegação fiscal, enfocando o processo administrativo tributário e os aspectos penais e processuais penais do crime tributário. No Seminário foram debatidos os seguintes temas: • o papel do Ministério Público Realização do Seminário Lei de na aplicação da lei de Improbidade Administrativa: 18 anos. improbidade administrativa: desafios e perspectivas; •Sujeitos passivos da ação de improbidade administrativa; 64 • a aplicabilidade da LIA aos agentes políticos; • dano moral coletivo decorrente da prática de atos de improbidade administrativa; • a necessidade de comprovação de dano ao erário e os tipos de atos de improbidade administrativa; • dolo, culpa, poder de gestão e improbidade administrativa; • o elemento subjetivo necessário à configuração do ato de improbidade administrativa; • improbidade Administrativa por violação a princípios: aplicabilidade, delimitação e perspectivas; Ações e status do Projeto: atender diretriz do Comissão de Combate à Corrupção e Defesa do Patrimônio Público – COPEPP. Quadro 27 – Atividades desenvolvidas e seus objetivos. O Quadro 28 traz informações acerca da elaboração do Manual de Atuação Funcional em defesa do patrimônio público. ATIVIDADE Elaboração do Manual de Atuação Funcional em defesa do patrimônio público OBJETIVO Orientar quais diligências executar nos casos mais recorrentes. Ações e status do Projeto: o manual foi distribuído em meio digital e criptografado para os membros do Ministério Público, o qual tem um enfoque prático e visa a Quadro 28 – Manuais e Orientações No Quadro 29 observam-se outras atividades desenvolvidas pelo CAOP-PP. ATIVIDADE Apresentação de proposta de aperfeiçoamento da resolução que define os critérios objetivos de merecimento. Elaboração, em conjunto com o CAOP do Meio Ambiente, de minuta de resolução regulamentando o acesso aos cargos de assistentes ministeriais e participação nas discussões da versão final do documento Quadro 29 – Outras atividades 65 4.7 ATIVIDADES DOS ÓRGÃOS DE EXECUÇÃO Encontram-se relatadas, neste tópico, as atividades das Procuradorias de Justiça. 4.7.1 Atividades das Procuradorias de Justiça Além das atividades dos Procuradores de Justiça junto ao Colégio de Procuradores, o Parquet de Segunda Instância atuou representando o Ministério Público perante às Câmaras Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do RN, tendo sido registrado no ano de 2010, um incremento da ordem de 38% nas demandas processuais. Foram mais de 14,7 mil processos movimentados nas Procuradorias de Justiça o ano passado, conforme demonstrado na Tabela 25. Tabela 25 – Movimentação processual da Segunda Instância Processos Janeiro Fevereiro Março Abril Maio Junho Julho Agosto Setembro Outubro Novembro Dezembro Subtotal Cíveis 321 841 671 892 829 971 781 588 530 1.164 1.079 695 9.362 Delegações Delegações Habeas Criminais Retornos cíveis criminais corpus 57 76 16 87 151 62 139 22 75 119 61 97 20 87 169 53 87 30 56 229 56 168 37 92 207 43 196 21 80 76 55 169 29 102 166 40 92 22 106 187 31 182 23 109 142 44 114 21 81 113 53 163 39 79 212 37 92 14 78 91 592 1.575 294 1.032 1.862 TOTAL 14.717 Fonte: Secretaria Especial do Colégio de Procuradores de Justiça. Registre-se que na execução de suas atividades junto ao Colégio de Procuradores, mediante composição de Comissões, os Procuradores de Justiça atuaram na elaboração dos seguintes projetos: 66 Especialização das Procuradorias de Justiça; Modificação do Regimento Interno e Lei Orgânica do MPRN; Modificação das atribuições das Promotorias de Justiça. 4.7.2 Atividades das Promotorias de Justiça Os Promotores de Justiça, como Órgãos de Execução, realizaram, no ano de 2010, as seguintes atividades: Área Criminal Na Tabela 26 tem-se o resumo da atuação dos Promotores de Justiça na área criminal, destacando-se, que comparativamente a 2009, houve um o crescimento da ordem de 54,71% na atuação Extrajudicial e 74,96% de feitos instaurados. Tabela 26 – Resumo da atuação dos Promotores de Justiça na área criminal ÁREA CRIMINAL Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 71816 6778 37 41369 1216 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral Área Cível Nesta área, o Parquet Potiguar, considerando as atividades judiciais, alcançou a marca de 11.163 atuações, tais como, lavratura de pareceres escritos, requerimentos, audiências, dentre outras atividades. Notadamente na área cível, foi registrado em 2010 um aumento de 380% nas instaurações de feitos extrajudiciais em comparação com 2009. Entre os feitos, merece destaque a instauração de inquéritos civis e procedimentos preparatórios, conforme dados da Tabela 27. 67 Tabela 27 – Resultado da atuação na área cível ÁREA CÍVEL Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 11163 759 9434 48 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Conflito Agrário Na Tabela 28 seguem as atividades desempenhadas pelo Ministério Público na área de Conflito Agrário. Tabela 28 – Resultado das atividades na área do conflito agrário ÁREA CONFLITO AGRÁRIO Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 0 2 0 6 0 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Consumidor Na defesa do consumidor, no ano de 2010, houve um incremento da atuação do MP nas atividades extrajudiciais, correspondendo a um aumento em torno de 60,28% quando comparado ao exercício 2009, conforme mostra a Tabela 29. Tabela 29 – Resultados das atividades na área de defesa do consumidor ÁREA CONSUMIDOR Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 163 4470 30 127 352 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. 68 Área Direitos Humanos e Cidadania A seguir, apresentam-se as informações relativas à atuação do MPRN de 1ª Instância na defesa dos direitos humanos e na promoção da cidadania, como mostra a Tabela 30. Tabela 30 – Resultados das atividades na área de Direitos Humanos e Cidadania ÁREA DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 49 1572 20 19 203 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Educação Abaixo, apresenta-se o resumo da atuação do Parquet na defesa da educação no Estado do Rio Grande do Norte, destacando-se a instauração de feitos extrajudiciais, tais como, instauração de inquéritos civis, procedimentos preparatórios, dentre outros, obtendo o número de 1.177 feitos instaurados em 2010, conforme Tabela 31. Tabela 31 – Resultados das atividades na área de Educação ÁREA EDUCAÇÃO Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 28 4971 5 13 1177 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. 69 Área Eleitoral O MPRN, no exercício de suas funções junto à Justiça Eleitoral, realizou os seguintes feitos no ano de 2010, como mostra a Tabela 32. Tabela 32 – Resultados das atividades na área Eleitoral ÁREA ELEITORAL Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 58 8 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Falimentar A seguir, apresenta-se os números relativos à atuação do Ministério Público nos feitos de natureza falimentar, conforme Tabela 33. Tabela 33 – Resultados das atividades na área Falimentar ÁREA FALIMENTAR Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 248 167 - Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Família O Ministério Público, na defesa do direito da família, realizou no ano de 2010 as seguintes atividades, como mostra a Tabela 34. 70 Tabela 34 – Resultados das atividades na área de Família ÁREA FAMÍLIA Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 42024 2832 0 20633 227 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Infância e Juventude Na defesa da infância e juventude foram registradas as seguintes ações desenvolvidas pelo Parquet de 1ª Instância, conforme a Tabela 35. Tabela 35 – Resultados obtidos na área da Infância e Juventude ÁREA INFÂNCIA E JUVENTUDE Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 14963 6521 10 9.082 595 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Juizados Especiais A atuação do MPRN junto aos Juizados Especiais, apresentou os seguintes números, como mostra a Tabela 36. Tabela 36 – Resultados das atividades nos Juizados Especiais ÁREA JUIZADOS ESPECIAIS Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados 2010 28696 9690 - Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. 71 Área Meio Ambiente Dentre as atividades desenvolvidas na defesa do Meio Ambiente, foram realizados os seguintes feitos pelos Órgãos de Execução de 1ª Instância, conforme mostra a Tabela 37. Tabela 37 – Resultados das atividades na área do Meio Ambiente ÁREA MEIO AMBIENTE Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados Ano de 2010 173 6531 31 127 683 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Minorias Esta área corresponde à atuação do Ministério Público na defesa do idoso, pessoa com deficiência e minorias étnicas, no ano de 2010. Destaca-se o aumento no recebimento de feitos judiciais na ordem de 792,45% comparado ao exercício 2009, como mostra a Tabela 38. Tabela 38 – Resultados das atividades na área da Pessoa com deficiência, Idoso e Minorias ÁREA INCLUSÃO Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados Ano de 2010 78 5945 18 473 916 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. 72 Área Patrimônio Público e Fundações Abaixo, apresenta-se o resumo da atuação do MPRN na defesa do Patrimônio Público no exercício de 2010, conforme a Tabela 39. Tabela 39 – Resultados das atividades na área do Patrimônio Público e Fundações ÁREA PATRIMÔNIO PÚBLICO E FUNDAÇÕES Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados Ano de 2010 653 12223 63 606 1690 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Registros Públicos A seguir, temos a consolidação da atuação do MPRN na área de Registros Públicos, apresentada na Tabela 40. Tabela 40 – Resultados das atividades na área de Registros Públicos ÁREA REGISTROS PÚBLICOS Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados Ano de 2010 13798 520 0 10375 131 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Área Saúde Na defesa da saúde, foram consolidadas as seguintes ações no ano de 2010, como consta na Tabela 41. 73 Tabela 41 – Resultados das atividades na área da Saúde ÁREA SAÚDE Atividades Atividades Judiciais Atividades Extrajudiciais Ações Civis Públicas Feitos Judiciais Recebidos Feitos Extrajudiciais Instaurados Ano de 2010 266 5022 46 121 724 Fonte: Diretoria da Corregedoria Geral. Destaque o crescimento de autuação de feitos extrajudiciais em 16,59%, tais como, inquéritos civis, procedimentos preparatórios, dentre outros, se comparado ao ano de 2009. 5 COMUNICAÇÃO, CAMPANHAS PREVENTIVAS E EDUCATIVAS A comunicação no Ministério Público foi repensada com vistas a atender uma diretriz do Planejamento Estratégico da Instituição que apontava para a necessidade de aproximação e o diálogo maior com a sociedade. Um novo portal na Internet, um novo programa de televisão e o fortalecimento do boletim informativo interno foram algumas ações que serão vistas adiante neste tópico do relatório e que contribuíram para que o MP pudesse publicizar melhor sua atuação, tanto interna, quanto externamente. 5.1 PORTAL DE NOTÍCIAS DO MPRN O Ministério Público do Estado do Rio Grande do Norte (MPRN) produziu uma reformulação na área de comunicação social para estreitar o diálogo com a sociedade e cumprir mais efetivamente a função de publicizar sua atuação. O primeiro passo foi a transformação do site institucional em Portal de Notícias, o que permitiu à Instituição construir o seu próprio veículo de comunicação, contribuindo, profissionalmente, para formar e informar a sociedade de maneira ágil e objetiva. 74 O Portal de Notícias foi inaugurado no dia 3 março 2010. Ainda buscando aperfeiçoar a comunicação com o cidadão, o Ministério Público aderiu às novas mídias, ingressando nas redes sociais com contas no twitter e no flickr para divulgação exclusiva da atividade institucional. Internamente, a comunicação também foi reformulada para facilitar o fluxo de informações, tanto no âmbito administrativo, quanto na atividade fim – que contempla a atuação de Procuradores e Promotores de Justiça, foi desenvolvido e executado o projeto de instalação da intranet, que oferece ferramentas de comunicação as quais otimizam o trabalho de membros e servidores, redundando em maior eficiência e eficácia na prestação do serviço público. 5.2 BOLETIM INFORMATIVO “SEMANA DO MP” Reformulamos também o boletim interno com notícias da Instituição. A publicação que passou a se chamar “Semana do MP”, é impressa e distribuída em todas as unidades do Ministério Público, além de ser envida também por e-mail a todos os membros e servidores. 5.3 PROGRAMA DE TELEVISÃO “MP INFORMA” O programa de televisão “MP Informa” é mais um canal de diálogo com a sociedade. Em parceria com a Assembleia Legislativa, diretamente, com a TV Assembleia, o Ministério Público exibe a cada 15 dias o programa que prioriza a audiência heterogênea, com linguagem acessível a todos os públicos, buscando informar o cidadão, leigo em matéria jurídica, sobre como fazer valer seus direitos. O programa tem perfil educativo para contribuir com a construção permanente da consciência democrática e cidadã. Toda a produção e execução é feita por profissionais da Diretoria de Comunicação, contando com a participação de um Promotor de Justiça na apresentação. Nas reportagens, os membros do Ministério Público fazem contato direto com a população nas ruas, esclarecendo dúvidas jurídicas de maneira a facilitar o acesso do cidadão aos serviços prestados pela Instituição. 75 5.4 PROGRAMA APRENDENDO A SER CIDADÃO COM O MINISTÉRIO PÚBLICO O “Programa Aprendendo a Ser Cidadão com o Ministério Público” passou por reformulações importantes na gestão que se finda. A nova face deste projeto permitiu ações de mobilização social que visam a discutir temas atuais e nevrálgicos para a construção da cidadania, como a responsabilidade do eleitor. Durante a campanha eleitoral de 2010, o Aprendendo a ser Cidadão capitaneou uma ação estadual pelo voto limpo, em parceria com a OAB/RN, vários órgãos e a sociedade civil organizada, que incentivou o cidadão a não vender e nem trocar seu voto. A ação foi primorosa no desenvolvimento e na execução de uma campanha publicitária, que incluiu mensagens veiculadas nas emissoras de rádio e televisão, cartazes, adesivos de carros, camisetas, bandeiras. O ponto alto foi a carreata que cortou a Capital da zona sul à zona norte divulgando a mensagem da campanha intitulada Vote Limpo. Com o objetivo de trabalhar outros temas que envolvem a construção e o aperfeiçoamento da cidadania, foram reformulados cartilhas educativas e folders institucionais para distribuição com o cidadão em eventos tais como o Justiça na Praça, além da disponibilização nas Promotorias de Justiça durante o atendimento ao público. As mensagens educativas do Aprendendo a ser Cidadão, sobre direito e cidadania, também ganharam novo espaço. Dentro do programa de televisão MP Informa o Promotor de Justiça, coordenador do Aprendendo a ser Cidadão, apresenta reportagens relativas à formação da cidadania, sempre priorizando a linguagem acessível ao público. Campanhas preventivas e educativas 1 Salve a Água Potável de Natal – A campanha teve o objetivo de conscientizar a população sobre a necessidade de proteger o último manancial de água potável da capital, que tinha recursos federais assegurados e precisavam ser aplicados. Foi exibido um VT nas emissoras de televisão públicas e privadas do Estado, convocando o natalense a participar de um abaixo assinado eletrônico disponibilizado no Portal do Ministério Público na Internet, em favor da liberação da 76 verba para execução da obra de saneamento no San Vale, local onde se encontra o manancial. O resultado da campanha foi apresentado e pressionou o Governo do Estado e o Ministério das Cidades a assinarem convênio para esgotamento sanitário de toda aquela região da cidade. 2 Cidade Saneada – O Centro de Apoio às Promotorias de Justiça do Meio Ambiente lançou campanha de incentivo às prefeituras de municípios do interior do Estado com o objetivo de que cada cidade conclua seu Plano Municipal de Saneamento Básico, determinado pela Lei Nacional de Saneamento Básico. Foram feitas reuniões com a municipalidade e encartado informativo nos jornais de maior circulação no Rio Grande do Norte. 3 Combate à exploração infanto-juvenil – Com base no aumento do número de denúncias ao Disque 100 – serviço que recebe queixas sobre exploração sexual infanto-juvenil – o Ministério Público lançou campanha nos veículos de comunicação, incentivando a denúncia. Foi publicado anúncio nos jornais de maior circulação do Estado e veiculado VT informativo (apresentado por cantores de expressão nacional) em todas as emissoras de televisão, públicas e privadas. 4 Empréstimo consignado – O Centro de Apoio às Promotorias de Justiça de Defesa do Idoso lançou a campanha de orientação ao idoso sobre como evitar o endividamento doméstico. Em parceria com o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) e Instituto de Previdência do Estado do Rio Grande do Norte (IPERN), o Ministério Público anexou ao contracheque dos idosos folder informativo, produzido com linguagem visual e escrita acessível. Outras peças produzidas: anúncio de jornal, spot de rádio e cordel. Esta última, apresentada nas feiras livres, priorizando o interior do Estado, onde ficam as cidades preferidas pelas quadrilhas de estelionatários que atacam o aposentado. O objetivo da campanha é esclarecer o idoso sobre os riscos de entregar o cartão do banco e a senha a qualquer pessoa, seja ela estranha ou da família. Por meio de uma série de reportagens de uma semana de duração, a campanha informou a população sobre as sanções impostas pela lei para quem explora o idoso, inclusive os parentes que cometem esse tipo de crime. 77 5 Vote Limpo – Campanha que despertou o eleitor para a importância do voto livre e consciente, foi realizada pelo MPRN, Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio Grande do Norte (OAB/RN), Movimento Articulado de Combate à Corrupção (MARCCO), Associação do Ministério Público do Rio Grande do Norte (AMPERN), Comitê 9840 e vários outros órgãos e organismos da sociedade, e teve como ponto alto a realização de carreata na véspera das últimas eleições, alertando o eleitor para que ele não vendesse seu voto. 6 Selo Verde – A Promotoria de Defesa do Meio Ambiente assinou um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com os 109 postos de combustíveis de Natal para que todos se adéquem à lei ambiental e evitem poluir o lençol freático com vazamentos. As empresas estão reformando suas estruturas para atender às exigências legais e à medida que cumprem todos os requisitos recebem o Selo Verde, que atesta o respeito ao meio ambiente. Peças publicitárias produzidas: o próprio selo verde, spot de rádio e VT com orientações ao consumidor sobre como escolher o posto ambientalmente correto. 7 Conselhos Escolares – Para aumentar a participação dos pais nos Conselhos Escolares, a Promotoria de Educação lançou campanha para dar visibilidade à eleição de conselheiro. Foi desenvolvido panfleto informativo e distribuído em todas as escolas da capital às vésperas da eleição, explicando o que é o conselho, como participar, e a importância de votar, bem como a escolha dos representantes. 78 CONSIDERAÇÕES FINAIS Corroboramos, diante do exposto neste relatório, que o exercício 2010 foi extremamente positivo na história do Ministério Público do Rio Grande do Norte, tendo sido marcado pela busca incansável da eficiência e efetividade das nossas ações, tanto no que diz respeito à atividade fim, dos nossos Procuradores e Promotores de Justiça, quanto à atividade meio, as ações da Administração Superior da Instituição. Ressaltamos a nossa política de melhor utilização possível dos recursos públicos. Nesse sentido, vimos que o MPRN consolidou seu primeiro Planejamento Estratégico, concebido por meio de uma ampla discussão entre membros e servidores, organizações públicas parcerias e representantes da sociedade civil organizada. Fato, esse, que nos possibilitou traçar os principais desafios, na área de atuação finalística bem como nas áreas de eficiência operacional, administrativa e institucional. Podemos asseverar que, diante da implantação de mecanismos de racionalização dos gastos, a Instituição descentralizou suas atividades administrativas com a adoção dos almoxarifados regionalizados, como também dos serviços de notificação e transporte, e realização de despesas de pequeno vulto, mediante a utilização de adiantamento de numerário. Tais medidas possibilitaram a redução de despesas com deslocamentos de veículos e servidores para atender demandas nas Promotorias de Justiça no interior do Estado. A reestruturação administrativa, sugerida a partir de consultoria externa, em parceria com a UFRN, permitiu a concepção de um novo modelo de gestão, consubstanciado em novo organograma organizacional; permitiu também a definição de nova política remuneratória; a redefinição de critérios objetivos e meritocráticos para a concessão de gratificações; além do melhor dimensionamento da nossa força de trabalho. Em observância aos artigos 37 e 165, § 3° da const ituição federal; artigos 48, 52, 54 e 55, § 2° da Lei Complementar n° 101, d e 04 de maio de 2000; bem como à Resolução n° 012/2007, do Tribunal de Contas do Estado, o MPRN providenciou a publicação do relatório de gestão fiscal no exercício 2010, que 79 mostra que temos obedecido aos limites impostos pela Lei de Responsabilidade Fiscal, fechando o terceiro quadrimestre de 2010 com o percentual de 1,64% da receita corrente líquida para despesa com pessoal, quando o percentual constitucional estabelecido para o MP é de 2,00% da receita corrente líquida do Estado. Destacamos, também, que a execução orçamentária e financeira do MP potiguar está alinhada à programação contida no Plano Plurianual (PPA), na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e na Lei de Orçamento Anual (LOA), com vínculo direto com os objetivos do planejamento estratégico da Instituição. Os nossos orçamentos para os anos de 2009 e 2010 foram muito semelhantes. Tivemos um orçamento executado em 2009 de pouco mais de R$ 107 milhões (mais precisamente, R$ 107.032.602,27). E um orçamento executado de R$ 130.894.049,23 no ano de 2010. Isso representa uma variação positiva de 22,29% referente ao orçamento executado no ano passado comparado com o ano anterior. A maior parcela, desse percentual de incremento, ocorreu com a elevação de nossa despesa com pessoal e a recomposição desse quadro – até então extremamente deficitário; com a melhoria da estrutura física de trabalho, tendo em vista que ainda em muitos casos nos encontramos instalados precariamente, fato que nos levou a priorizar investimentos nesse campo, assim como com a manutenção e o funcionamento da Instituição, o que reflete o crescimento pelo qual passa o MPRN. É preciso registrar, ademais, que o Ministério Público incrementou sua força de trabalho com o provimento de 36 cargos de Promotor de Justiça Substitutos para atender, quase que na totalidade, às Comarcas do interior do Estado. Contudo, não obstante o avanço observado, temos um déficit funcional frente às inúmeras atribuições, sejam na atividade fim diretamente relacionada às demandas judiciais e extrajudiciais, seja na seara administrativa da atividade meio. A interligação de todas as nossas unidades, com rede única e segura, viabilizando maior integração entre os pontos de presença do MP em todo o Estado, reduzindo os custos com a comunicação convencional, foi um investimento que fizemos da ordem de R$ 2 milhões de reais. 80 Em 2010 iniciamos o processo de independência estrutural da Coordenação de Informática do Estado (COTIC), provendo nossos serviços on-line através da internet, garantindo maior sigilo nas informações, segurança e autonomia. Tivemos destaque em nossa atuação extrajudicial, sempre buscando a resolução mais ágil para o cidadão, evitando sobrecarregar o Judiciário. Foram mais de 58 mil atividades extrajudiciais realizadas ano passado, um incremento de 11% em relação ao ano anterior. Notadamente na matéria cível, alcançamos no ano passado um aumento de 380% nas instaurações de feitos extrajudiciais, em comparação com 2009. Na área criminal, também comparativamente ao ano de 2009, registramos, ainda, crescimento na atuação de nossos Promotores de Justiça, com variação de 54,71% no campo extrajudicial e de 74,96% nos feitos instaurados. Quanto às atividades dos nossos Procuradores de Justiça, a nossa Segunda Instância atuou representando o Ministério Público junto às Câmaras Cíveis e Criminais do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte registrando também incremento. Houve aumento da ordem de 38%, considerando as demandas processuais em 2010 comparadas ao ano imediatamente anterior. Faz-se importante destacar, no tocante à atuação da Procuradoria-Geral de Justiça enquanto Órgão de Execução, o oferecimento de 14 denúncias junto ao Tribunal de Justiça contra autoridades com prerrogativas de foro, 50 recursos à decisões do mesmo Tribunal, além do ajuizamento de nove ações diretas de inconstitucionalidade contra leis que ferem a Constituição Estadual. O MPRN atuou significativamente nas suas diversas áreas, à exemplo da infância e da juventude; da cidadania; criminal; do meio ambiente; do patrimônio público. Precisamos evidenciar também que todo nosso trabalho não seria eficaz, sem o apoio e a colaboração dos integrantes da nossa Instituição – membros e servidores – bem como da parceria estabelecida com os poderes de estado. Nas diversas áreas de atuação funcional do Ministério Público Potiguar, considerando a relevância das prioridades eleitas, as nossas atividades de execução refletem os bons resultados de nosso trabalho, enquanto Instituição protetora dos direitos fundamentais, que quer ser reconhecida cada vez mais pela sua luta para a transformação da realidade social. 81