FILOSOFIAS DE BASE – I HUMANISMO E EXISTENCIALISMO Prof. Ms. Helen Messias Guzmán Especialização em Gestalt-terapia-NECPAR FILOSOFIAS DE BASE DO CONCEITO DE PESSOA: • HUMANISMO • EXISTENCIALISMO • FENOMENOLOGIA OBJETOS DE ESTUDO DAS 2 FILOSOFIAS • 1- HUMANISMO • Objeto de estudo: O resgate e a valorização do humano. • 2 - EXISTENCIALISMO • Objeto de estudo: A existência, seus existenciais, o sentido da realidade. (RIBEIRO, 2012) HUMANISMO • Tem suas raízes no séculos XIII e XIV, firmando-se nos séculos XV e XVI. • Nasce como uma antidoutrina religiosa, uma antileologia…surge em uma época que o dogmatismo tinha deformado o Homem e o próprio Deus. (RIBEIRO, 2011) • O Humanismo recoloca Deus e o Homem em seus devidos lugares. • Através do HUMANISMO, o Homem consegue recuperar sua natureza, sua origem, seu destino mutilados por uma visão religiosa por demais dogmática e autoritária do ser humano, visto até então como vítima de um eterno pecado a ser punido e espiado. ( RIBEIRO, 2011) • O Humanismo cristão passa a realçar o vigor do Homem, como pessoa, ou seja; como ser autônomo, dotado de consciência e responsabilidade… A PSICOLOGIA HUMANISTA: • Iniciador: ABRAHAM MASLOW • 1954- Mala direta com 125 autores • 1961- Journal of Humanistic Psychology/ comitê ed.: Kurt Goldstein, Rollo May, Erich Fromm e Clark Moustakas. • 1963- I Congresso da Associação Americana de Psicologia Humanista/ Filadélfia • 1964- A Psicologia Humanista estrutura-se como terceira força da Psicologia. Primeiras Idéias do Novo Movimento: • Idéia de oposição ao comportamentalismo e à Psicanálise; • A pessoa é mais que a soma de suas partes; • Ela é afetada por seu relacionamento com outras pessoas; • Ela é um ser consciente; • Ela tem possibilidade de escolhas; • Ela apresenta um caráter intencional. ( ARCARO in Pinto, 2009) Idéias Centrais do Humanismo: • O ser humano apresenta possibilidade de escolha, ou seja capacidade de livre arbítrio. • O ser humano tem o privilégio de ser livre. Esta idéia não se refere a uma visão utópica de plena liberdade, mas na convicção de que o próprio indivíduo é uma das fontes de determinação de seu comportamento e de sua experiência subjetiva. ( ARCARO in Pinto, 2009, p. 15) • Outra idéia é a crença numa tendência do ser humano para a auto-realização e crescimento. Fundamentando-se nas idéias de Goldstein, tal crença afirma que o Homem é orientado pela necessidade do ser humano de efetivar ao máximo seu potencial e atingir o estado mais amplo e sofisticado que for capaz. Esta crença compreende que se a pessoa tiver suas necessidades mais básicas e individuais satisfeitas, tenderá a se voltar para interesses como os sociais e espirituais. (ARCARO, in Pinto, 2009) • Fazendo um paralelo entre as idéias de Arcaro e de nosso mestre , Assim como o universo tem o instinto para a perfeição, constituindo-se teleologicamente na direção do positivo, do perfeito, do melhor resultado, assim também a pessoa humana herdou esse gene cósmico para o positivo, para o inteiro, para o integrado, para o perfeito, para a melhor organização. ( RIBEIRO, 2011, p. 79) • Outra idéia do Humanismo é tomar a experiência subjetiva como referência básica para a compreensão…..postura esta de teor fenomenológico. Esta postura significa buscar o significado da experiência vivida nos próprios fenômenos que a constituem e não em estruturas teóricas explicativas. • Interesse nos aspectos mais característicos do ser humano. Para os humanistas devemos abordar as peculiaridades do comportamento das pessoas. Discordam das estratégias que procuram conhecer o Homem através de pesquisas com animais. Valorizam investigações de experiências humanas e estudos de indivíduos saudáveis. • Para o Humanismo o ser humano é compreendido através de uma ótica holista. (BONAIN JR, 1995) Consiste em numa compreensão integral da totalidade do Homem ao invés de analisá-lo em partes, acreditando que ele seja mais do que a soma dessas partes. Os Humanistas rejeitam as comcepções reducionistas da psicanálise e do comportamentalismo. Enfoque psicossomático do Homem que também está indissociavelmente ligado ao seu ambiente e influenciado por ele. ( ARCARO in Pinto, 2009) • Enfoque psicossomático do Homem que também está indissociavelmente ligado ao seu ambiente e influenciado por ele. ( ARCARO in Pinto, 2009) Lembrando Ponciano( 2012) ao afirmar, A pessoa humana pertence ao Universo como uma criação privilegiada dele.O Universo-Terra é o centro do homem e compete a ele, como uma de suas partes, ser seu guardião e defensor. • O Humanismo acredita que o ser humano apresente um caráter eminentemente dialogal. Coerente com a teoria de campo de Lewin, acredita que o Homem não existe, realmente, como indivíduo isolado, pois só se define e se realiza no encontro com o outro. • Os psicoterapeutas humanistas acreditam que o relacionamento de pessoa para pessoa seja o mais favorável para o crescimento do indivíduo e sua autorealização. Por isso, se adota nas psicoterapias humanistas um modelo de psicoterapia relacional. • Os Humanistas também propõem que o indivíduo busque uma existência mais espontânea, autêntica e auto-consciente, crendo na importância do terapeuta relacionar-se empática e autenticamente com o cliente. • É uma corrente que visa como objetivo fundamental da psicoterapia, o crescimento e a autonomia psicológica do cliente. Substitue o termo paciente por cliente. É a postura Humanística que, sem esquecer os limites pessoais, os fracassos e impossibilidades de mudanças, aqui e agora, procura fazer uma reflexão a partir do positivo, do criativo, do que é ainda potencialmente transformador; enfim, daquilo que talvez sem o perceber, o cliente tem à sua disposição, como principal e, às vezes, única porta de saída para sua recuperação e renascimento. (RIBEIRO, 1985, p. 30) • O Homem é um ser se fazendo….não é isto ou aquilo de forma definitiva, mas está sendo neste momento e pode vir a ser outra “coisa”num momento seguinte… • Dizer que uma criança é teimosa é cristalizar seu momento presente em seu campo atual, em uma “essência” que não condiz com a visão processual de ser humano em Gestalt-terapia. ( AGUIAR, 2005)