Humanismo Século XV Introdução O teatro português e, consequentemente, o brasileiro tem suas raizes no século XV, com a obra de Gil Vicente, o mais significativo representante do Humanismo em Portugal. Transição O Humanismo foi o movimento que caracterizou a época de transição entre a Idade Média e o Renascimento. Atitude Crítica Assumindo uma atitude crítica constante em relação aos homens e às instituições da sua época, Gil Vicente vale-se da proteção real para censurar fidalgos, comerciantes e até mesmo o clero, denunciando vícios e frquezas humanas. Humanismo-Contexto Histórico No final da Idade Média, a Europa passa por profundas transformações: a imprensa é aperfeiçoada, permitindo maior divulgação de livros; a expansão marítima, impulsionada graças ao desenvolvimento da construção naval e à invenção da bússula, propicia o desenvolvimento do comércio. O Mercantilismo Surge o Mercantilismo e com ele a economia baseada exclusivamente na agricultura perde em importância para outras atividades. A Burguesia Nas pequenas cidades, chamadas burgos, surge uma nova classe social a burguesia, composta por mercadores, comerciantes e artesãos. Nobreza-clero-povo O espírito medieval, baseado na hierarquia nobreza-clero-povo, começa a desestruturar-se. O homem medieval preso ao feudo e ao senhor feudal adquire nova consciência. O Homem descobre o homem A ideia de que o destino estivesse traçado por forças superiores, que caracterizava o homem como um ser passivo, vai sendo substituída pela crença de que ele é o mentor de seu próprio destino. Antropocentrismo O misticismo medieval começa a desaparecer, e o Teocentrismo dá lugar ao Antropocentrismo. O saber O homem valoriza o saber: consome mais livros, difunde novas ideias e volta sua atenção para a cultura de gregos e latinos, porque nela identifica o novo espírito da época. Os Humanistas Surgem os humanistas: homens da Igreja, artistas e professores protegidos por mecenas (pessoas que patrocinavam a arte com suas posses). Movimento Cultural O Humanismo foi, portanto, o movimento cultural que, a par do estudo e da imitação dos autores grecolatinos, praticou um ato de fé pela natureza humana. Fez do homem objeto do conhecimento, reivindicando para ele uma posição de importância no contexto universal, sem, contudo, negar a existência de Deus.