O Renascimento
TARNAS, Richard. “O Renascimento”. In: A epopéia do
pensamento Ocidental: para compreender as idéias
que moldaram nossa visão de mundo. Trad. Beatriz
Sidou: Rio de Janeiro; Bertrand Brasil, 2008. p. 246 a
254.
CONCEITOS IMPORTANTES:
1 – Humanismo:
A visão de mundo da Antiguidade Clássica era como
uma norma e modelo comum para guiar todas as
atividades culturais.
2 – Renascimento:
Grande movimento cultural expresso em produções
de arte, literária, filosófica e científica. A herança
medieval apresenta-se no elemento religioso
inserido na condição humana.
3- Antropocentrismo:
“O homem como centro do universo”. A valorização do
homem não é uma invenção renascentista: ela já existia
em outros tempos. A novidade é a constância desse
discurso que chegou a atualidade.
4- Racionalismo:
A necessidade de uma explicação lógica e de métodos
que levavam ao estabelecimento de princípios
explicáveis pela razão.
5- Ascensão da burguesia:
Necessidade de afirmação social que demandava novos
padrões, sem reprodução dos que era medieval entre
os nobres e o clero, sem romper com a religiosidade.
CAUSAS DO RENASCIMENTO:
• A Peste Negra (1348-1350) – área urbana e o
campo.
• A Guerra dos Cem Anos (1337-1453) –
Inglaterra contra a França.
• Universidades esclerosadas
“Vicejavam a magia negra e a veneração ao
demônio; havia flagelação grupal, dança da
morte nos cemitérios, missas negras, a
Inquisição, tortura, gente queimada nas
fogueiras”. (p. 247)
“Modernas”: As invenções do Oriente - bússola
magnética, a pólvora, relógio mecânico e a imprensa.
PÓLVORA:
“Surgimento de nações-estados separadas mas
internamente coesas, o que significava não
apenas a derrubada das estruturas feudais
medievais, mas também o reforço das forças
seculares contra a Igreja Católica”.(p. 248)
IMPRENSA:
“Sem ela, a Reforma se teria limitado a uma
disputa teológica relativamente pequena em
alguma província germânica”. (p. 248)
BÚSSOLA:
“(...) as explorações do Globo (...) deram grande impulso
à inovação intelectual, refletindo e estimulando a nova
investigação
científica
do
mundo
natural
(...).Inesperadamente revelando os erros e a ignorância
dos geógrafos antigos, as descobertas dos exploradores
deram início ao intelecto moderno um novo
entendimento de sua própria competência e até
superioridade sobre os antes insuperados mestres da
Antiguidade (...)”. p. 248.
Centros urbanos mais avançados da Europa:
FLORENÇA, MILÃO, VENEZA, URBINO, UDINE e outras.
(contato com as grandes civilizações do oriente – Mar
Mediterrâneo)
“O pequeno tamanho das
cidades-estados italianas, sua
independência da autoridade
externamente sancionada e
sai vitalidade comercial e
cultural proporcionaram o
cenário político em que
poderia florescer um novo
espírito de individualismo
audacioso, criativo e muitas
vezes implacável”.
p. 249
“O Estado em si era
considerado algo a ser
compreendido e
manipulado pela vontade
e inteligência humanas,
uma visão política que
fazia das cidades-estados
italianas as precursoras
do Estado Moderno”.
p. 249.
“Marcada pelo
individualismo secular,
pela força de vontade,
pela multiplicidade de
interesses e impulsos,
pela inovação criativa e
por um desejo de
desafiar as limitações
tradicionais da atividade
humana, esse espírito em
pouco tempo passou a
disseminar-se por toda a
Europa, proporcionando
os traços de caráter da
Modernidade”. p. 250.
“(...) Abandonando o
ideal de pobreza
monástica, o Homem do
Renascimento adotou as
riquezas da vida que a
fortuna pessoal permitia;
artistas e estudiosos
humanistas floresceram
nesse novo ambiente
cultural subsidiado pelas
elites comerciais e
aristocráticas da Itália”.
p. 250.
Papa Júlio II
Igreja Católica – Madre Igreja:
-Mediadora entre Deus e os
Homens.
- Matriz da cultura ocidental.
-Elementos:
JUDAÍSMO;
HELENISMO;
ESCOLASTICISMO;
HUMANISMO;
PLATONISMO;
ARISTOTELISMO;
MITO PAGÃO;
REVELAÇÃO BÍBLICA.
“A integração dos contrários no Renascimento fora prevista (...).
Com os humanistas cristãos do Renascimento, a ironia e reserva,
a atividade mundana e a erudição clássica serviam à causa cristã
de maneiras que a Era Medieval não havia testemunhado. Aqui
um evangelismo letrado e ecumênico parecia substituir as
devoções dogmáticas de uma era mais primitiva. Umas
intelectualidade crítica religiosa procurava suplantar a
superstição religiosa ingênua. O filósofo Platão e o apóstolo
Paulo foram unidos e sintetizados para produzir uma nova
philosophia Christi”. p. 251
“TENTE MOVER O MUNDO.O PRIMEIRO
PASSO SERÁ MOVER A SI MESMO”.
“(...) Não foi acidental para a natureza do Renascimento
(nem talvez deixasse de estar relacionado a seu novo
sentido da perspectiva artística) o fato de que, enquanto
os estudiosos medievais viam a História dividida em dois
períodos, antes e depois de Cristo, com o seu momento
apenas ligeiramente separado da era romana em que
nascera Cristo, os historiadores renascentistas
obtivessem uma perspectiva do passado decisivamente
nova: pela primeira vez a História foi percebida e
definida como uma estrutura tripartite – Antiga,
Medieval e Moderna – e que assim diferenciava
nitidamente as eras clássicas e medieval; o
Renascimento estava na Vanguarda do novo tempo”.
P. 254.
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