1 ANO 6 – N° 33 – PUBLICAÇÃO MENSAL DA COOPERATIVA CASTROLANDA – FEVEREIRO 2009 SAFRA Castrolanda deve receber mais de 300 mil toneladas BALANÇO Cooperativa registra melhor desempenho P. 3 LEITE: Média recorde de preço em 2008 P. 4 EXPORTAÇÃO: Oportunidade para o Brasil P. 11 2 Geral EDITORIAL Nosso grande segredo: “a União” Diretor Presidente Frans Borg Diretor Vice-Presidente Richard Hendrik Borg Diretor Secretário José Hilton Prata Ribeiro Conselheiros Hans Jan Groenwold Willem Berend Bouwman Armando Rabbers Cláudio Henrique Kugler Conselho Fiscal Jan Ate de Jager Hendrikus Salomons’61 Mário de Araújo Barbosa Albert Reinder Barkema Elizete Telles Petter José Carlos Sandrini Comitê de Agricultores Eltje Jan Hendrik E. Groenwold Peter Greidanus Luiz Fernando Tonon Maurício Barkema Jean Leonard Bouwman Frederik de Jager Comitê de Bovinocultores Sandro Aurélio Hey Jan Loman Luiz Carlos Prestes Junior Jeferson Napoli Armando de Paula Carvalho Filho Roberto Meindert Borg Comitê de Suinocultores Armando Rabbers Elizete Telles Petter Peter Greidanus Bernard Willem Bouwman Rudolfo Ernesto Bosmuller Roelof Rabbers’58 Comitê de Crédito Richard Hendrik Borg Mário de Araújo Barbosa Gerrit Jan van Arragon Comitê de Bataticultores Jan Ate de Jager Jean Leonard Bouwman Bernard David van de Riet Comitê UBL Popke Ferdinand van der Vinne José Hilton Prata Ribeiro Ronald Rabbers Teunis J. Groenwold Gilberto Wolf Comitê Gado de Corte Claudio Henrique Kugler Pablo Borg Erik Petter Hinderikus Borg Mauro Cesar de Faria Tarcísio Bartmeyer Comitê Expansão de Áreas Frans Borg Roelof Kiers Roelof Rabbers’58 Maurício Barkema Eltje J. H. E. Groenwold Armando Rabbers Batata Frita Humberto Rogerio P. Castro Bert Loman Osmar Tadashi Okubo Gerentes Popke Ferdinad van der Vinne Marco Antonio do Prado Mauro Cesar de Faria Marcio Copacheski Cleudiney Iank Edmilton Aguiar Lemos Diagramação e Impressão Kugler Artes Gráficas Jornalista Responsável Leila Gomes - MTB 6584 Tiragem 1200 exemplares Periodicidade: Mensal Contato: [email protected] Fone: (42) 3234-8084 Contato Comercial: Agromídia (11) 5092-3305 Guerreiro Agromarketing: (44) 3026-4457 *É permitida a reprodução desde que citada a fonte. Escreva para a Redação Envie seus comentários e opiniões sobre as reportagens publicadas para [email protected] “Mais uma vez as cooperativas evidenciaram o seu importante papel na defesa sócio-econômica de mais de 500 mil cooperados no Paraná e principalmente o papel que possuem no desenvolvimento dos municípios e regiões em que estão presentes”, disse o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) João Paulo Kosloviski, na abertura do Encontro Estadual de Cooperativas, em dezembro do ano passado. Nós conseguimos imaginar o Estado do Paraná sem o sistema cooperativista forte? Ou ainda, o município de Castro, sem a Castrolanda? É a união que faz a diferença em qualquer sociedade organizada. É o pensar e o agir juntos! Em 2008, a movimentação econômica das cooperativas do Paraná em todos os seus ramos, ultrapassou R$ 22 bilhões, recorde dos últimos anos, beneficiando mais de 2,2 milhões de paranaenses, entre cooperados, colaboradores e familiares. Outro número que demonstra o potencial de crescimento do setor no Estado é o volume de investimentos. No planejamento estratégico 2005/2010 das cooperativas paranaenses eram previstos investimentos de R$ 3,5 bilhões em apenas 5 anos, mas , esta meta já foi superada. Os novos investimentos já somam R$ 3,7 bilhões. Este crescimento das cooperativas gera oportunidades e viabiliza a atividade econômica de milhares de paranaenses. Responsáveis por mais de 1.100 postos de trabalho, as cooperativas paranaenses estão presentes em diversos ramos, tendo como principal característica o fato de dinamizar a economia local das regiões onde estão inseridas. Sem um sistema organizado nós produtores seríamos reféns de um mercado altamente concentrado, ou seja, na mão de poucos e muitos grandes. Seria como voltar no tempo dos feudais, pagando resultados aos poderosos. Cabe a nós mesmos o sucesso e o futuro do sistema, pois dependemos da fidelidade e união dos associados em torno da Cooperativa. Em momentos podemos até não estarmos satifeitos com o sistema, porém devemos nos manifestar para tentar corrigí-lo, antes de abandoná-lo. São os associados que constróem a Cooperativa que querem. Frans Borg Diretor Presidente “O AGRONEGÓCIO NÃO SABE A FORÇA QUE TEM. SE SOUBESSE, MUDARIA OS RUMOS DA POLÍTICA ECONÔMICA DO BRASIL”. A afirmação é de Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e atual coordenador do Conselho Superior de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo. RESGATE HISTÓRICO Armazém Central O armazém central da Colônia Castrolanda, em janeiro de 1953. Servia como depósito de forragens e adubos químicos da Cooperativa. Uma as primeiras culturas exploradas pelos holandeses durante a formação da Colônia foi o arroz, depois veio a batata doce considerada como um bom alimento para o gado e logo iniciaram as tentativas de cultivo de milho, cevada, trigo, ervilhas, centeio e batatas inglesas, culturas que no início não davam o resultado esperado. Informações extraídas do livro Castrolanda 50 anos: 1951-2001, de C. H. L. Kiers-Pot NOVOS ASSOCIADOS MATRÍCULA NOME DO ASSOCIADO ATIVIDADE PRINCIPAL 1753 JERONIMO SILVEIRA RIBEIRO PECUÁRIA DE LEITE 1754 CRISTHIANO SOARES DA SILVA PECUÁRIA DE LEITE ENQUETE O gabinete do presidente Lula gastou 31% a mais em 2008. Você acha que o governo brasileiro deveria congelar os salários a exemplo de Obama para conter gastos ou isto desaqueceria a economia brasileira? Veja a opinião dos visitantes do site da Castrolanda! Não, desaqueceria a economia brasileira 14,29% Sim, para enfrentar a crise seria uma medida inteligente 85,71% Corporativo Castrolanda realiza pré-assembléia BALANÇO: 3 TRANSPARÊNCIA: Café com a Diretoria Cooperativa registra melhor desempenho de sua existência POR Leila Gomes PRODUTOS Entre os principais produtos que geram receita para a Cooperativa estão: soja, fertilizantes, milho, suínos, leite concentrado e o leite. No faturamento a área agrícola ocupa 29,8%, Insumos 23,2%, Leite 15,8%, Suínos 9,8%, Insumos Pecuários 12,8%, Batatas 4% e outros serviços 4,6%. “Há um equilíbrio na distribuição. Não estamos dependentes de nenhuma classe de produtos”, disse Prado. BATATA DORÉ Em assuntos gerais da pré-assembléia o gerente geral da Cooperativa, Popke Ferdinand van der Vinne, comentou da possibilidade do lançamento de um novo produto: batata doré. “Por enquanto estamos somente fazendo um teste. A nossa intenção é que esta fase dure em torno de um ano, se der resultado vamos investir no desenvolvimento deste produto”, disse. PRÉ-ASSEMBLÉIAS Durante o mês de dezembro foram realizadas pré-assembléias por atividades, oportunidade em que foram tratados os interesses de cada área: agrícola, carnes e de leite. A Assembléia Geral Ordinária será realizada no dia 13 de fevereiro, às 14horas, no Memorial da Imigração Holandesa, na Colônia Castrolanda, em Castro. Divulgação Diversos associados participaram no dia 30 de janeiro (sexta-feira) da préassembléia de Balanço da Cooperativa Castrolanda. De acordo com o gerente de negócios corporativo, Marco Antonio Prado o objetivo é detalhar os números já auditados do ano e o bom desempenho da Cooperativa. “É o melhor ano da existência da Castrolanda”, disse o presidente da Cooperativa, Frans Borg. O movimento bruto totalizou R$ 901,1 milhões, 45% maior comparativamente ao exercício anterior, originado a partir do aumento de volume de produção, dos preços dos insumos agrícolas e preços médios das commodities no primeiro semestre. As sobras líquidas do exercício, antes das destinações estatutárias, totalizaram R$ 36.1 milhões. A proposta de distribuição de valores relativos ao exercício de 2008 totalizam R$ 11 milhões, entre pagamento de bonificações de sementes, sobras técnicas, remuneração de capital social e distribuição de sobras em espécie. A reunião foi realizada no auditório do DAT Dando as boas-vindas a um grupo de associados, o presidente da Cooperativa Castrolanda Frans Borg esclareceu o objetivo do chamado “café com a diretoria”, na terça-feira, 3 de fevereiro na Cooperativa. “Convidamos justamente os associados que questionaram alguns itens na pré-assembléia e que pontualmente não tiveram resposta”, disse Borg. Segundo o presidente a intenção da diretoria executiva é reunir mensal- mente com associados para discutir assuntos propostos pelo quadro social e até mesmo fatos pessoais. “A idéia é que o associado possa ter um horário aberto com a diretoria. Este processo de comunicação informal atende diretamente a relação de transparência da Castrolanda. É um ponto forte que temos e esta reunião completa o que já vem sendo feito através das pré-asssembléias, pré-assembléia de balanço e assembléia geral. É o melhor ano RESULTADO: Cooperativas da existência da brasileiras tiveram superávit Castrolanda. de US$ 3,45 bilhões em 2008 POR Só Notícias As cooperativas brasileiras tiveram saldo de US$ 3,45 bilhões na balança comercial em 2008, o que representa um crescimento de 14,76% em relação a 2007. As exportações totalizam US$ 4,01 bilhões, e as importações, US$ 558,48 milhões. O complexo soja foi o principal responsável pelas vendas externas do setor, com embarques de US$ 1,27 bilhões. Os números foram divulgados agora há pouco pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB). Ainda de acordo com os dados da enti- dade, o faturamento das cooperativas do país cresceu cerca de 15% em 2008 em relação a 2007, apesar da crise econômica mundial. No ano passado, o setor faturou R$ 83 bilhões, ante R$ 72 bilhões de 2007. O número de cooperativas e de associados também cresceu no país, segundo os números das OCB. Em 2007, o Brasil tinha 7.672 cooperativas e 7.687.568 associados. O setor fechou o ano passado com 7.682 cooperativas e 7.887.707 associados. Divulgação Frans Borg Matriz em Castro COOPERATIVISMO COOPERATIVA: UMA SOCIEDADE DE PESSOAS A cooperativa é uma sociedade civil formada por pessoas unidas voluntariamente para satisfazer necessidades e aspirações comuns, sendo organizada para defesa econômica e social dos cooperados. É pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa própria e democraticamente controlada através da singularidade de voto de cada cooperado, independente do capital por ele aportado. Além da finalidade do desenvolvimento econômico dos associados, as cooperativas são reconhecidas por suas características sociais em função dos muitos benefícios que prestam a seus cooperados., colaboradores, familiares e às comunidades onde estão inseridas. Enquanto em outras sociedades o lucro é distribuído para os acionistas na proporção de seu capital, o retorno econômico ao cooperado é sempre proporcional à sua participação nas operações da cooperativa. Negócios Leite LEITE: Cenário de incertezas no mercado 2008 revela média recorde de preço dos últimos anos POR Leila Gomes A produção leiteira em 2008 atingiu um volume superior a 2007. Os índices apontam que as empresas processadoras, sejam laticínios ou cooperativas, receberam 10,2% a mais do produto. Os dados são do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Foram produzidos 26,9 bilhões de litros. Minas Gerais lidera como estado de maior produção, com um volume de 7,3 bilhões de litros, seguido do Rio Grande do Sul com 2,9 bilhões e o Paraná 2,7 bilhões de litros. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ranking nacional, Castro é o município com maior produção do país. Em 2007 atingiu um volume de produção de 135,67 milhões de litros. Henrique Costales Junqueira, gerente de negócios leite da Cooperativa avalia que os preços do leite, no cenário nacional estimularam o produtor a reforçar a alimentação do rebanho e elevar a oferta, porém o excesso de produto derrubou os preços. “O mercado de lácteos vem apresentando dificuldades crescentes desde o início do segundo semestre de 2008. No mercado externo, o último leilão de leite em pó realizado pela Fonterra em janeiro apresentou nova queda de preço de 9,3%, totalizando queda de 55% no segundo semestre”. Ele comenta que no mercado interno, o preço de venda do leite “spot” (praticado entre empresas) em Minas Gerais atingiu em dezembro o valor de R$ 0,53/litro. Além da queda de preços, com a crise financeira muitas empresas enfrentam dificuldades, ocasionando atrasos ou prorrogações nas datas de pagamento aos produtores. No Rio Grande do Sul o produtor recebeu em média R$ 0,5197/litro, Goiás R$ 0,5398/litro, Minas Gerais R$ 0,5628, São Paulo R$ 0,6015, Paraná R$ 0,5339/litro. A média nacional do preço líquido foi de R$ 0,5566/litro. Rogério Wolf, coordenador de produção leiteira da Cooperativa acredita que o Paraná está distante do mercado consumidor. “O Paraná compete com outros concorrentes que apresentam uma localização geográfica muito mais atrativa. Em Minas Gerais ou São Paulo, por exemplo, todo o leite captado é absorvido praticamente dentro do próprio estado. Além disso, existem outros fatores como os incentivos fiscais, disposição logística para captação e distribuição de produto que acabam tendo uma influência significativa no preço pago aos produtores”, disse. Comparado a 2007 a chamada “média Brasil”, ou “média ponderada” dos 7 estados considerados pelo Cepea (RS, SC, PR, SP, MG, GO e BA) foi maior nos 12 pagamentos referentes a produção de dezembro de 2007 a novembro de 2008. Sem desconto de frete e de impostos o produtor recebeu em 2008, R$ 0,7001/litro. Aumento de 1,93% em relação ao valor médio de 2007, que era de R$ 0,6869/litro. “O ano de 2008 foi um ano polarizado. Iniciou com bons Arquivo 4 Propriedade de Antonio Wacherski preços e a partir do segundo semestre o cenário se inverteu: preços baixos e alto custo de produção. Porém nós temos as nossas particularidades. Para o Pool ABC a Usina de Beneficiamento de Leite (UBL) foi muito importante e estratégica no momento de queda dos preços, auxiliando na redução do volume ofertado para o mercado spot. Esse relacionamento está sendo amadurecido e o sistema caminha em sintonia”, garante o coordenador. JANEIRO O coordenador de produção leiteira avalia que historicamente o momento é de recuperação. “O ano começou mal para o setor leiteiro e prever qualquer coisa num momento de crise econômica como este é muito difícil. O que se espera é um equilíbrio do mercado e a expectativa de recuperação de preço é grande”, analisa Wolf. Com a crise financeira global pode haver queda de produção e consumo. “Devido as demissões e férias coletivasd ninguém sabe como isso pode interferir no consumo de produtos lácteos”, avalia. Wolf diz que a intenção do Pool ABC é desenvolver uma nova proposta comercial para evitar as grandes oscilações dos preços. Buscamos contratos comerciais com balizamento de preços em índices oficiais. “Desta maneira pretendemos evitar as oscilações de preços do período de entressafra para safra”. Os índices do Cepea mostram que o preço de janeiro, referente ao leite entregue em dezembro ficou praticamente inalterado em relação ao pagamento anterior, com leve alta de 0,006 centavos por litro. Wolf defende que o sistema adotado pelas Cooperativas Batavo e Castrolan- da garante segurança ao produtor. “O Pool ABC está localizado num estado exportador de leite, num país que até recentemente importava o produto. A missão do sistema é buscar a maior rentabilidade em termos de preço para o produtor”, comenta. O gerente Junqueira também destaca os pontos fortes do processo de comercialização do Pool. Ele revela que sistema de comercialização e o sistema de fomento das Cooperativas Batavo e Castrolanda foram o suporte ao crescimento de 68,1%, ou seja, 100 milhões de litros por ano. Número estimado dos últimos 7 anos. “Nosso sistema garante prazo médio de pagamento aos cooperados de 18 dias. O mercado leva em média 35 dias. Além disso, não há atrasos devido ao suporte técnico e financeiro das cooperativas. Outro fator de relevância é a uniformidade dos preços praticados aos cooperados, através do respeito da tabela de preços praticada que foca tanto volume como qualidade”. E finaliza. “Nosso sistema não tem uma visão imediatista. A força resulta da participação e da união de seus integrantes. Adequações frente ao novo cenário são necessárias, porém, não se pode perder o foco da responsabilidade com a sociedade”. EXPORTAÇÃO O Brasil tem conquistado seu espaço no mercado internacional e tem grandes chances de se consolidar como um dos principais exportadores de lácteos do mundo. No ano passado o resultado da balança comercial foi superou 2007, com superávit de US$ 297,67 milhões. Entre os principais destinos dos lácteos exportados pelo Brasil está a Venezuela, que adquiriu 74,67 mil toneladas de produtos. Os dados do Cepea revelam que o fato de mais da metade da exportação estar com um único comprador traz riscos para o setor, principalmente no atual cenário de crise internacional, ponde a principal receita da Venezuela está atrelada ao petróleo, produto que registrou forte queda em 2008. PRINCIPAIS CLIENTES Comercialização de leite pool - 2008 Negócios Leite EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DO POOL DE LEITE ABC EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA CASTROLANDA 5 Negócios Agrícola SAFRA: Máquinas no campo para a colheita de verão Ventania, a nova Unidade de Recebimento de Cereais da Castrolanda entra em funcionamento POR Leila Gomes mesmo do plantio. “É toda uma programação prévia, devemos lembrar que tudo começa muito tempo antes, no planejamento com a área técnica, todo o trabalho no campo e nas vistorias semanais em todas as glebas de cada propriedade aplicando as técnicas mais avançadas de produção e condução de lavouras, que resultam em aumentos anuais de produtividades, rompendo tetos antes tidos como inacessíveis”. Divulgação 6 Castrolanda deve receber mais de 300 mil toneladas Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam uma queda de produção para esta safra. A expectativa é que sejam produzidas 137 milhões de toneladas, 7,6% inferior à obtida na safra 2007/2008, quando atingiu 144,1 milhões de toneladas. A maior redução é observada no milho, primeira safra (5,1 milhões de toneladas), seguida da soja (2,3 milhões de toneladas). No Paraná os dados do IBGE mostram que o Estado continua na liderança como maior produtor nacional de grãos. Porém a falta de chuvas, a fase restritiva de créditos que os produtores estão passando e os altos custos de produção são fatores que devem reduzir a produção estimada inicialmente, com previsão de queda de aproximadamente 6,6%. O Paraná deve produzir 28,5 milhões de toneladas na safra 2009. Ainda segundo o IBGE, a maior redução na produção do Paraná também pode ser observada nas lavouras de milho da primeira safra. A produção, que foi de 9,7 milhões de toneladas no ano passado, deverá ser de 7,02 milhões em 2009, uma queda prevista de 27,6%. Inicialmente a área plantada foi menor em 7,5% em relação ao plantio do ano passado e posteriormente as lavouras foram atingidas pela estiagem que assolou a Região Sul, com mais intensidade nos Estados do Paraná e do Rio Grande do Sul. A produção de soja deverá ser 5,6% menor, caindo de 11,89 milhões de toneladas em 2008 para uma previsão de 11,23 milhões de toneladas em 2009. A cultura também foi afetada pela estiagem que provocou a falta de umidade do solo. O feijão da primeira safra sentiu os efeitos do clima, mas não há redução na previsão de safra em relação à colheita do ano passado. Isso porque a área plantada no Estado aumentou 31,7%, portanto a estimativa inicial de produção era maior. Assim, a previsão de produção de feijão no Paraná é de 453.521 toneladas em 2009, que representa um crescimento de 9,7% em relação a 2008. Porém, esse volume é 22,1% menor que a estimativa inicial para a cultura, que previa uma colheita de 581.886 toneladas. SAFRA NA CASTROLANDA Na Castrolanda a previsão é de receber mais de 300 mil toneladas. Na matriz cerca de 137 mil toneladas, em Piraí do Sul 55 mil toneladas, em Ponta Grossa 39 mil toneladas, Curiúva 20 mil toneladas, Itaberá 37 mil e Ventania (nova Unidade) cerca de 20 mil toneladas. O milho é o produto que deve ocupar maior espaço dos armazéns, seguido da soja. O gerente de negócios agrícola Márcio Copacheski fala das expectativas desta safra. “Apesar das perspectivas de quebras de safra nas principais regiões produtoras do Paraná, esperamos uma safra próxima da normalidade com pequeno decréscimo na Castrolanda, pois nos municípios onde atuamos a seca afetou, porém em percentuais bem menores que a média do Estado”, avalia. Copacheski conta que na Castrolanda foi investido cerca de R$ 20 milhões em infraestrutura para recepção, secagem e armazenagem com o objetivo de atender 100% das necessidades e expectativas de seus associados. “A cooperativa pretende com isso, oferecer ao associado toda a segurança para que a sua produção que esta no campo possa ser colhida dentro do período adequado com todo o suporte logístico e técnico na secagem e armazenagem”. Os recursos foram aplicados em diversas áreas. “Um exemplo é a implantação de uma nova unidade completa em Ventania, ampliando nossa área de atuação, na construção de novos silos, estruturas de recepção, tombadores de maior capacidade, adequação ambiental na captação de particulados e no aumento da capacidade de secagem de cereais”, conta. O trabalho de uma safra começa antes UNIDADES A meta da Castrolanda é reduzir custos para o associado. Para isso as 5 Unidades estão localizadas em pontos que abrangem a região dos associados. “Hoje a Castrolanda atua em 2 estados e abrange uma condição climática mais ampla, reduzindo com isso os riscos na produção nas diversas culturas que atuamos. Com isso desenvolvemos nos últimos anos pacotes tecnológicos para a produção em regiões de clima quente, uma realidade antes apenas voltada para a região fria nos arredores do município de Castro. Com esse aumento de atuação se fez necessário desenvolver paralelamente toda a infraestrutura física e de pessoas para garantir nossa sustentabilidade”, diz Copacheski. VENTANIA A partir da segunda quinzena de fevereiro a Unidade já vai receber produto. As obras finais devem ser concluídas até a primeira quinzena de fevereiro, estando pronta para receber a produção regional. “Queremos com isso desenvolver e fortalecer nossa posição na região, além de ampliar nosso quadro de associados”, antecipa o gerente. GERAÇÃO DE EMPREGOS De acordo com dados do setor de Gestão de Pessoas da Cooperativa, para esta safra foram contratados 140 profissionais temporários. Somente na matriz 80 destes vão auxiliar nos trabalhos da safra. “A safra impulsiona e aquece a economia como um todo. É um trabalho temporário, mas também é uma porta de entrada para a empresa. Muitos que já foram temporários hoje estão efetivos. O trabalho bem feito tem o seu reconhecimento”, comenta o coordenador da Área de Gestão de Pessoas da Cooperativa, Amilton Pires Ribas. REGULAGEM DE MÁQUINAS Para evitar perdas na colheita a regulagem de máquinas e a manutenção dos equipamentos são fundamentais. De acordo com Leandro Gimenez, coordenador de Mecanização Agrícola e Agricultura de Precisão da Fundação ABC dependendo da máquina pode ocorrer perdas distintas. “São perdas por desperdício dos insumos como sementes, fertilizantes, agrotóxicos, perdas por danos causados às plantas como aqueles decorrentes da má distribuição de fertilizantes e agrotóxicos e perdas na colheita, como as que ocorrem na produção de grãos ou de biomassa, caso dos cultivos para silagens e forrageiras”, disse o coordenador. “Para ter uma idéia do valor das perdas, supondo que 5% dos insumos utilizados para a cultura da soja sejam desperdiçados o valor para esta safra seria de R$ 36,5 e no caso do milho algo em torno de R$ 57,7”, exemplifica. Segundo Gimenez, intuitivamente os produtores sempre dão maior importância para as perdas na colheita, que são as mais simples de mensurar, entretanto, se somar os erros decorridos nos ajustes das máquinas utilizadas durante todo o processo de produção, as perdas podem ser maiores que aquelas presentes na colheita. “Há muita discussão no que se refere a limites de tolerância para perdas de colheita de grãos, naturalmente devemos ajustar as colhedoras para que elas obtenham o melhor resultado”. Ele ressalta que uma colhedora representa um custo fixo enorme numa unidade agrícola, e que deve ser explorada para que se colha o maior número de toneladas possível para que seu custo seja diluído ou que, ainda mais preocupante, não se tenha que adquirir uma colhedora a mais para colher uma pequena quantidade de grãos. “Na região dos Campos Gerais onde o clima não permite longas janelas para a realização da colheita, na maior parte das vezes é inevitável realizar a colheita com alguma perda, temos, entretanto que restringi-las a um limite econômico que vai depender de cada sistema de produção. De modo geral perdas de 1 a 2 sc/ha de milho e soja são toleráveis. No caso do feijão, trata-se de uma cultura mais exigente quanto à colheita, as características da área, da cultivar utilizada e as condições climáticas fazem com que as perdas sejam mais difíceis de evitar, podem ocorrer até 6 sc/ha em áreas muito difíceis de colher, mas o limite em áreas favoráveis ao desenvolvimento da cultura e onde o manejo tenha sido realizado de modo adequado, deve ser semelhante ao encontrado para soja”. O coordenador destaca a importância de uma boa regulagem das máquinas. “Assegurar a redução de desperdícios e os danos às culturas a um mínimo possível e inevitável, dada a tecnologia hoje disponível, e assegurar que não se perca parte da produção e do resultado econômico durante a colheita que é o momento final da safra, quando todos os investimentos já foram realizados. Um conceito muito importante que também deve ser lembrado é o do custo de pontualidade, que pode ser descrito como todos aqueles custos advindos da realização de uma operação agrícola fora do momento adequado para exemplificar podem citar uma semeadura fora da data recomendada ou uma colheita atrasada. Máquinas mal Negócios Agrícola dos Estados Unidos segundo os analistas deve deixar o mercado ainda mais instável. Os preços de soja devem ficar me torno de R$ 47,00 a R$ 52,00 dependendo da cotação do dólar e das condições climáticas na América do Sul. Quanto ao milho vai depender do mercado externo da soja. Caso continue fir- Modernas estruturas de secadores em Ventania me, pode sustentar o mercado de milho em níveis próximos a R$ 21,50, caso o dólar se mantenha a R$ 2,35. A influência dos preços do milho no segundo semestre deve ser de acordo com a produção do milho safrinha. As perdas podem elevar o preço do produto. Divulgação PREÇOS De acordo com os analistas do Departamento Comercial da Cooperativa às vésperas da colheita da safra de verão dos Campos Gerais a volatilidade dos preços pode preocupar os agricultores. A seca atingiu as regiões do Noroeste do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina, Paraná e o Sudoeste do Mato Grosso do Sul, além dos países vizinhos como a Argentina, Uruguai e o Paraguai, diminuindo drasticamente a oferta de produtos na América do Sul. Os analistas comentam que nas últimas notícias fala-se numa quebra de 16 milhões de toneladas de milho e 13 milhões de toneladas de soja. Com uma situação de consumo normal eles acreditam que estas quebras seriam o suporte de preços ainda maiores do que os já vistos, porém como o consumo mundial vem caindo, o marcado mostra um pouco de dificuldades em elevar os preços. Para os analistas o mercado deve continuar com os olhos voltados ao clima da América do Sul, especialmente as chuvas da região, que afetam diretamente os preços. A previsão é que a partir de abril, quando a safra na América do sul estiver definida, a preocupação com o clima vá para os Estados Unidos, com o início do plantio. Segundo o último levantamen- to de dados, a área de milho deve sofrer uma redução em relação a última safra. A soja no entanto, deve aumentar em torno de 2 milhões de hectares de área plantada. Todas estas incertezas em relação a produção na América do Sul e a indefinição de plantio e produção da safra Divulgação ajustadas e, portanto mal utilizadas podem causar estas perdas, pois reduzem a capacidade operacional”, finaliza. 7 Novo tombador na Matriz Negócios Agrícola Informe Técnico Depois da seca no PR, secretário recomenda investir na safrinha Programação A definição literal de “programação” é: “programa ou plano de uma empresa”. Ao depararmos com esta definição ela nos parece simples, vaga, até mesmo não explicativa. Mas se avaliarmos com um pouco de cautela e visão administrativa podemos perceber a grande complexidade que esta envolve, pois o plano de uma empresa contém todo o seu planejamento estratégico, toda sua estrutura tanto física como de pessoas. Nós aqui na Cooperativa Castrolanda estamos no período de mais uma “programação”, a programação para a safra de Inverno 2009, e esta concretiza toda a definição da palavra, pois é o início de todos os processos e procedimentos da Cooperativa como um todo, para uma nova safra que se inicia. Ela é gerada através do contato entre o cooperado com seu Assistente Técnico, sendo este o ponto de partida os responsáveis pelo início do planejamento. E é através dela que saberemos a área que será plantada, quais as culturas serão plantadas, qual será a necessidade de sementes e quais cultivares, quais defensivos e fertilizantes precisarão ser comprados, quanto de POR Último Segundo - Agrolink Andrea Toniolo Kubaski é engenheira agrônoma e coordenadora de comercialização de cereais da Castrolanda. Informações adicionais: ([email protected]) recursos serão necessários tanto para financiamentos como para a aquisição dos insumos, fazendo mover diretamente o setor de compras e financeiro. Poderemos estimar a produção que será recebida, movimentando outros setores como logística, recebimento secagem e armazenagem. No decorrer da safra todos os setores da cadeia agrícola vão sendo envolvidos, bem como informática, gestão de pessoas, jurídico, comunicação entre outros dando o suporte necessário para que todas as etapas possam ser cumpridas da melhor maneira possível. Quanto mais detalhada e próxima da realidade for nossa programação mais assertividade terão todos os envolvidos nos processos, já que ela é base de nossos trabalhos a engrenagem que move muitas outras e que faz o desenvolvimento do plano de nossa empresa se concretize. Divulgação 8 O secretário da Agricultura em exercício do Paraná, Herlon Goelzer de Almeida, recomendou hoje aos produtores que plantem milho safrinha e feijão para tentar recuperar as perdas sofridas na safra de verão por causa da seca. Em reunião com prefeitos e agricultores no município de São Miguel do Iguaçu, Almeida disse que é preciso investir na segunda safra para fazer a economia girar. “A melhor mensagem que levamos ao agricultor dos municípios cuja atividade econômica é dependente da agricultura é plantar a safrinha”, disse, segundo nota do governo do Estado. Ainda conforme a nota, Almeida disse que não deverão faltar recursos para o plantio, as perspectivas de mercado são animadoras e o clima deverá ser favorável. De acordo com ele, as regiões oeste e sudoeste do Paraná foram as mais castigadas pela estiagem no fim do ano passado, que atingiu as culturas na sua fase mais sensível. O resultado foi a quebra de 23,5% da safra de grãos de verão prevista no Estado e de 37% no oeste do Paraná. A expectativa com as colheitas de soja, milho e feijão era colher 3,7 milhões de toneladas na região oeste e agora a colheita deverá atingir 2,37 milhões de toneladas de grãos. Vida Profissional ENTREVISTA EDMILTON AGUIAR LEMMOS “Atender também o CONSUMIDOR FINAL agregando valor através de nossa qualidade” Leia a seguir, a entrevista com o gerente de operações da Usina de Beneficiamento de Leite (UBL), que assumiu a Fábrica há pouco mais de dois meses. Castrolanda Notícias: Edmilton, conte um pouco de você e de seu histórico profissional. Edmilton: Sou administrador de empresas com especialização em processamento de alimentos, além de formação na área de Química Industrial e Contabilidade, atuando há 26 anos no setor lácteo em empresas como Kraft Foods, Parmalat e Bom Gosto, exercendo funções de diretoria e gerência, nas áreas industriais, desenvolvimento de novos produtos e comercial. Castrolanda Notícias: Qual sua expectativa para o desenvolvimento do seu trabalho na Castrolanda? Edmilton: Espero trazer grande contribuição através de experiência adquirida durante minha passagem por outras empresas do setor. O desafio de participar de um projeto de criação de uma marca onde a qualidade é o seu principal atributo é motivante. Espero que juntos, cooperativa e cooperados consigamos superar este desafio, pois vejo nestes poucos dias que estou fazendo parte do quadro da cooperativa que o interesse coletivo é a mola propulsora desta organização. Castrolanda Notícias: Qual é a posição da Fábrica no momento? Edmilton: Após o início das atividades da Usina no ano passado, ocorreram vários problemas operacionais. Porém desde julho/2008 a fábrica já opera em plena carga, focando agora a otimização de seus processos e busca constante da redução dos custos operacionais, além de estar preparando seu corpo funcional, através de treinamentos e capacitações para suportar a nova fase de investimentos que estão por vir. Castrolanda Notícias: Qual será o investimento para a segunda fase? Edmilton: Ainda estamos em fase de estudos para definirmos o melhor caminho onde focar nossos investimentos, uma vez que o momento atual é complexo e duvidoso em função da crise que assola a economia mundial no momento, e sem previsão correta para melhorias. Mas a tendência é de que diversifiquemos estes investimentos em várias frentes, para termos mais opções de comercialização e abertura de mercado, nos possibilitando escolher os produtos com melhor margem a fim de gerar melhores resultados para a UBL. o que nos dá credibilidade para atender nossos clientes com qualquer produto que nos propusermos a fornecer. Castrolanda Notícias: Quais são as oportunidades que os produtores podem esperar? Edmilton: Nosso planejamento está baseado inicialmente em fornecimento a terceiros, através de confecção de marcas próprias, e paralelamente lançarmos a marca Castrolanda, e assim construindo uma marca Premium, criando o seu consumidor cativo, este que não esta apenas atrás do menor preço e sim aceitando remunerar produtos de qualidade reconhecida por ele. Esperamos que esta estratégia de criação de uma marca forte e reconhecida, seja o pilar que no futuro irá garantir uma melhor remuneração aos nossos produtores. Castrolanda Notícias: Pretende desenvolver novos produtos: o que favorece isso? Castrolanda Notícias: A expansão da fábrica pode resultar numa maior independência do mercado? Edmilton: Sim, este é um dos nossos principais objetivos aqui na UBL, pretendemos mesclar produtos de alto volume que nos possibilite um melhor rateio de custos, com produtos de grande valor agregado, aproveitando a excelência de qualidade do leite Castrolanda. Pretendemos também trabalhar com grandes clientes, como fornecedor de matéria-prima, mas com produtos diferenciados, e que possam nos agregar valor. Toda esta estratégia esta baseada na qualidade reconhecida nacionalmente do leite produzido por nossa cooperativa, Edmilton: Acreditamos muito que isto seja possível, pois hoje dependemos totalmente do fornecimento de matéria-prima para terceiros, e estamos sujeitos a oscilações inerentes ao mercado de leite “SPOT”, não importando os custos de produção de nossos produtores, então somente através de uma diversificação do nosso mix de produtos ofertados e que poderemos optar em concentrar nossa força de venda, nos produtos em que obtivermos melhor remuneração. A ampliação de nossa indústria também esta ligada diretamente a criação de nossa marca, pois nos possibilitará atingir o consumidor final, criando uma opção de melhor remuneração e nos tornando menos vulneráveis, pois estamos hoje dependentes de uma quantidade muito pequena de parceiros. Castrolanda Notícias: Qual a avaliação que você faz da real situação dos produtores com os altos custos de produção e baixos preços recebidos? Edmilton: Hoje dispomos da maior produtividade e melhor qualidade de leite no mercado nacional, porém os nossos custos são elevados em comparação com outros produtores que utilizam somente pastagens ou regime de semiconfinamento como base de sua alimentação para o gado, aliado a isto as cotações do leite no mercado internacional estão situados abaixo dos nossos custos de produção, além do Brasil ter se tornado auto-suficiente na produção de lácteos, ajudando a pressionar para baixo as cotações internas. Por isso vejo como grande oportunidade de reverter este quadro hoje vivido por nossos cooperados, a diversificação, ou seja, podermos atender também o consumidor final, agregando valor através de nossa qualidade reconhecida. 99 Corporativo Feinco movimenta setor da ovinocaprinocultura ANOTE: EM CIMA DA HORA: Show Tecnológico de Verão terá duração de 3 dias Mais de 3.000 animais participam de exposição e julgamentos POR Leila Gomes Divulgação 10 Local: Centro de Exposições Imigrantes São Paulo - SP Endereço: Rodovia dos Imigrantes, km 1,5 - Água Funda - São Paulo - SP Site oficial da Feinco 2009 http://www.agrocentro.com.br Criadores de ovinos e caprinos têm encontro marcado no Centro de Exposições Imigrantes em São Paulo de 10 a 14 de março. A feira reúne cerca de 3.000 animais, de 20 diferentes raças ovinas e caprinas. Num espaço de 40 mil m², no ano passado a feira obteve um considerável crescimento, bateu recorde e se consolidou como o maior evento do setor na América Latina. Foram realizados 13 leilões, que, juntos, movimentaram R$ 10.383.920,40 milhões, superando em 145% a marca registrada no ano anterior, de R$ 4,2 milhões. “Sem dúvida alguma, nesta edição, nos tornamos referência mundial. Além da renda gerada com os leilões, a feira também viabilizou o fechamento de inúmeros negócios e contribuiu para que muitos outros sejam concretizados durante o ano. Nosso objetivo foi alcançado”, revela Décio Ribeiro dos Santos, organizador da Feinco. Em 2008, mais de 20 mil pessoas passaram pelo local e puderam conferir as novidades e atrações apresentadas pelos mais de 150 expositores que apostaram na Feinco para promoverem suas marcas e produtos. Entre os dias 17,18 e 19 de fevereiro, a Fundação ABC realiza no campo experimental de Ponta Grossa, a 12ª edição do Show Tecnológico de Verão. O objetivo do evento deste ano é discutir avanços no setor de agricultura, como monitoramento do clima e investimentos em biotecnologia. A Fundação ABC disponibilizará ônibus para os associados das Cooperativas. Na Castrolanda as inscrições podem ser feitas na Diretoria, com Ana Julia. Nos dias 17 e 18 o evento é aberto ao público em geral. Já no dia 19, somente para associados das Cooperativas. A programação completa está disponível no site www.fundacaoabc.org.br O Show Tecnológico de Verão faz parte das comemorações dos 25 anos da Fundação ABC, comemorado em outubro deste ano. Arquivo FOTO EM DESTAQUE A foto em destaque é de Raul Rabbers. Ele tirou no Oranje-Vrijmarktt 2008, do estande de Joop Kassies (floricultura). O Oranje é uma festa tradicional dos holandeses. O nome Vrijmarkt quer dizer “Feira –Livre”. A 10º Oranje Vrijmarkt será realizada no dia 25 de abril em frente ao Memorial da Imigração Holandesa na Castrolanda. Nesta data também será comemorado os 100 anos do nascimento da Rainha Juliana, mãe da atual Rainha Beatrix e também o aniversário do Príncipe herdeiro da coroa : Prince Willem Alexandro . Se você também tem uma foto interessante e gostaria de publicá-la na seção Foto em Destaque do Castrolanda Notícia, por favor, envie sua foto para o email: [email protected] Participe! Corporativo O mundo come, as cooperativas botam a mesa EXPORTAÇÃO: Divulgação Divulgação POR Agência de Notícias Brasil Árabe Mesmo com os entraves da crise internacional, o PIB (Produto Interno Bruto) e o comércio mundial manterão taxas positivas de aumento, apesar da desaceleração no ritmo de crescimento. Os países emergentes continuarão a elevar a média geral de crescimento do PIB mundial, pois suas economias estão fortemente influenciadas pelos respectivos mercados internos. Diante deste quadro é que o estudo realizado pela Gerência de Mercados (Germerc), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que as exportações das cooperativas agrícolas brasileiras apresentarão evoluções significativas nos próximos anos. Devem passar de US$ 4,62 bilhões em 2010 para US$ 8,42 bilhões em 2015. Em 2030, as vendas externas do setor deverão chegar a US$ 23,36 bilhões. No ano passado, as exportações das cooperativas brasileiras somaram US$ 4,01 bilhões, um crescimento de 21,49 % em relação a 2007. AGREGAÇÃO DE VALOR Além de registrar crescimento constante em suas exportações, o estudo mostra também um outro fator altamente positivo na expansão do comércio exterior das cooperativas brasileiras: a elevação também constante de agregação de valor em suas vendas externas. Os dados revelam ainda que, no ano passado, as cooperativas brasileiras tiveram um índice de agregação médio de 0,57 US$ por quilo exportado, maior, portanto, em 37,51% quando comparado ao crescimento do valor agregado das exportações médias brasileiras como um todo. MAIS ALIMENTOS Tal informação, segundo o economista Marcos Matos, da Gerência de Mercados da OCB, aumenta a competitividade das cooperativas brasileiras no mercado internacional. Os dados mostram que, nos últimos anos, as cooperativas têm aumentando sua pauta de exportações de produtos do agronegócio, com ênfase naqueles elaborados e semielaborados do complexo soja, do setor sucroalcooleiro, carnes, café, cereais e laticínios. LIÇÃO DE CASA Para que as projeções de crescimento venham a se consolidar, o cooperativismo agrícola brasileiro, que já é considerado um dos mais avançados do mundo, vai ampliar sua forma de atuação no comércio mundial levando em consideração alguns fatores, como as estratégias de comercialização para ampliar sua participação nos mercados tradicionais e na conquista de novos mercados, principalmente os países emergentes. “Eles podem ser o grande mercado das cooperativas brasileiras nos próximos anos, pois, mesmo com a crise econômica mundial, as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) mostram, por exemplo, que economias emergentes irão crescer 3,3%, enquanto as chamadas economias avançadas irão crescer apenas 0,5%”, explica Matos, lembrando que grande parte dos países emergentes precisam importar alimentos para garantir as necessidades de consumo da população. PAÍSES ÁRABES E entre as nações emergentes, os 22 países árabes que já importam regularmente produtos agropecuários das cooperativas brasileiras. No ano passado, por exemplo, apenas a Arábia Saudita importou das cooperativas brasileiras US$ 205 milhões, respondendo por 5,11% das exportações do setor para o mundo. Matos destaca ainda as importações feitas pelos Emirados Árabes Unidos US$ 161 milhões, Egito US$ 130 milhões e Argélia que, no ano passado, comprou das cooperativas brasileiras US$ 30 milhões. ESTIMATIVAS Marcos Matos estima que, no ano passado, os 22 países árabes compraram das cooperativas brasileiras algo em torno de US$ 500 milhões. Diante da evolução das vendas externas às nações daquela região do mundo, o estudo da OCB é taxativo: “o Oriente Médio também apresenta estimativas ascendentes na demanda por alimentos”. Para dar uma idéia do potencial comprador de produtos do agronegócio pelo mundo árabe, o professor de Economia da Universidade Federal do Paraná, Eugenio Stefanello, informa que os árabes importam entre 50% e 80% dos alimentos que consomem. PRIORIDADE E, na opinião de Stefanello, esse é um dos mercados que deve ser considerado como uma prioridade para o Brasil e, claro, pelas suas cooperativas agrícolas. O professor tem boas razões para defender uma maior atenção do agronegócio brasileiro, incluindo as cooperativas, com o mercado árabe. Dados de 2006 mostram, por exemplo, que os países daquela região compraram do mundo, em produtos da cadeia produtiva do agronegócio, US$ 46 bilhões. De acordo com Marcos Matos, da OCB, no ano passado, as cooperativas com vendas de mais de US$ 500 milhões para os árabes, contribuíram com mais de 10% da receita das exportações do agronegócio do país para o mundo árabe. Os números consolidados da Câmara de Comércio Árabe Brasileira revelam que, em 2008, o agronegócio brasileiro respondeu por 62% do total das vendas externas do país para o mundo árabe, que somaram US$ 9,8 bilhões. “Pelo potencial da região e pelo constante crescimento da demanda por alimentos, as cooperativas agrícolas brasileiras tem condições de triplicar suas exportações para os países árabes”, garante o economista. OPORTUNIDADES Ao elencar as oportunidades, a curto, médio e longo prazo, para a ampliação das exportações do cooperativismo brasileiro para o mundo, o estudo elaborado pela Gerência de Mercados da OCB destaca o crescimento populacional e a elevação da demanda por alimentos.”A população mundial passou de 6,5 milhões de habitantes em 2005 para 8,3 milhões no ano passado, expansão de 27,69%. A Ásia terá 5 bilhões de habitantes em 2030 e a África saltará de 0,9 bilhão de habitantes para 1,5 bilhão em 2030”, avalia o estudo. CARNES Segundo a OCB, como resultado do aumento populacional e da renda, no período entre 1989/1991 e 2050, o sul da Ásia deverá registrar um crescimento de 260% no consumo per capita de carnes, passando de 5 quilos por pessoa para 18 quilos em 2050. Para o Leste da Ásia, o estudo projeto uma expansão no consumo de carnes será de 223%. Dessa forma, a região consumirá 73 quilos de carnes por pessoa, anualmente, frente à demanda per capita de 22,60 quilos em 1989/91. AUMENTO DA DEMANDA Analisando o potencial de mercado da África Sub-Saariana no mesmo período, a OCB prevê que o aumento na demanda será de 83,67% e, para a América Central e Caribe, a elevação na demanda per capita será de 110,28%, atingindo o patamar de 90 quilos de carnes, anualmente, demandados por pessoa em 2050. OPORTUNIDADE PARA O BRASIL O estudo deixa claro que a crescente necessidade pelo alimento no mundo promoverá oportunidade para o Brasil, com ênfase ao Sistema Cooperativista Brasileiro. “Para tanto, se justificam esforços visando a promoção e a expansão da oferta de produtos do agronegócio nacional, o que inclui o apoio aos produtores rurais e cooperativas, investimentos em infra-estrutura (modais de transporte, portos e sistemas de armazenamento), redução da carga tributária e seguro nas modalidades rural e renda”, afirma Matos. De acordo com a OCB, além desses fatores, o Brasil deve priorizar os acordos comerciais, buscando pela queda de barreiras aos produtos brasileiros, de modo a ampliar mercados para uma parcela considerável dos países emergentes. O Cooperativismo agrícola brasileiro é considerado um dos mais avançados do mundo 11 12