1
ANO 6 – N° 33 – PUBLICAÇÃO MENSAL DA COOPERATIVA CASTROLANDA – FEVEREIRO 2009
SAFRA
Castrolanda deve receber
mais de 300 mil toneladas
BALANÇO
Cooperativa
registra melhor
desempenho P. 3
LEITE:
Média recorde
de preço
em 2008 P. 4
EXPORTAÇÃO:
Oportunidade
para o Brasil P. 11
2
Geral
EDITORIAL
Nosso grande segredo: “a União”
Diretor Presidente
Frans Borg
Diretor Vice-Presidente
Richard Hendrik Borg
Diretor Secretário
José Hilton Prata Ribeiro
Conselheiros
Hans Jan Groenwold
Willem Berend Bouwman
Armando Rabbers
Cláudio Henrique Kugler
Conselho Fiscal
Jan Ate de Jager
Hendrikus Salomons’61
Mário de Araújo Barbosa
Albert Reinder Barkema
Elizete Telles Petter
José Carlos Sandrini
Comitê de Agricultores
Eltje Jan Hendrik E. Groenwold
Peter Greidanus
Luiz Fernando Tonon
Maurício Barkema
Jean Leonard Bouwman
Frederik de Jager
Comitê de Bovinocultores
Sandro Aurélio Hey
Jan Loman
Luiz Carlos Prestes Junior
Jeferson Napoli
Armando de Paula Carvalho Filho
Roberto Meindert Borg
Comitê de Suinocultores
Armando Rabbers
Elizete Telles Petter
Peter Greidanus
Bernard Willem Bouwman
Rudolfo Ernesto Bosmuller
Roelof Rabbers’58
Comitê de Crédito
Richard Hendrik Borg
Mário de Araújo Barbosa
Gerrit Jan van Arragon
Comitê de Bataticultores
Jan Ate de Jager
Jean Leonard Bouwman
Bernard David van de Riet
Comitê UBL
Popke Ferdinand van der Vinne
José Hilton Prata Ribeiro
Ronald Rabbers
Teunis J. Groenwold
Gilberto Wolf
Comitê Gado de Corte
Claudio Henrique Kugler
Pablo Borg
Erik Petter
Hinderikus Borg
Mauro Cesar de Faria
Tarcísio Bartmeyer
Comitê Expansão de Áreas
Frans Borg
Roelof Kiers
Roelof Rabbers’58
Maurício Barkema
Eltje J. H. E. Groenwold
Armando Rabbers
Batata Frita
Humberto Rogerio P. Castro
Bert Loman
Osmar Tadashi Okubo
Gerentes
Popke Ferdinad van der Vinne
Marco Antonio do Prado
Mauro Cesar de Faria
Marcio Copacheski
Cleudiney Iank
Edmilton Aguiar Lemos
Diagramação e Impressão
Kugler Artes Gráficas
Jornalista Responsável
Leila Gomes - MTB 6584
Tiragem
1200 exemplares
Periodicidade: Mensal
Contato: [email protected]
Fone: (42) 3234-8084
Contato Comercial: Agromídia (11) 5092-3305
Guerreiro Agromarketing: (44) 3026-4457
*É permitida a reprodução desde
que citada a fonte.
Escreva para a Redação
Envie seus comentários e
opiniões sobre as reportagens
publicadas para
[email protected]
“Mais uma vez as cooperativas evidenciaram o seu importante papel na defesa sócio-econômica de mais de 500 mil
cooperados no Paraná e principalmente o papel que possuem no desenvolvimento dos municípios e regiões em que
estão presentes”, disse o presidente da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) João Paulo Kosloviski, na
abertura do Encontro Estadual de Cooperativas, em dezembro do ano passado.
Nós conseguimos imaginar o Estado do Paraná sem o sistema cooperativista forte? Ou ainda, o município de Castro,
sem a Castrolanda?
É a união que faz a diferença em qualquer sociedade organizada. É o pensar e o agir juntos!
Em 2008, a movimentação econômica das cooperativas do Paraná em todos os seus ramos, ultrapassou R$ 22 bilhões,
recorde dos últimos anos, beneficiando mais de 2,2 milhões de paranaenses, entre cooperados, colaboradores e familiares.
Outro número que demonstra o potencial de crescimento do setor no Estado é o volume de investimentos. No planejamento estratégico 2005/2010 das cooperativas paranaenses eram previstos investimentos de R$ 3,5 bilhões em
apenas 5 anos, mas , esta meta já foi superada. Os novos investimentos já somam R$ 3,7 bilhões.
Este crescimento das cooperativas gera oportunidades e viabiliza a atividade econômica de milhares de paranaenses.
Responsáveis por mais de 1.100 postos de trabalho, as cooperativas paranaenses estão presentes em diversos ramos,
tendo como principal característica o fato de dinamizar a economia local das regiões onde estão inseridas.
Sem um sistema organizado nós produtores seríamos reféns de um mercado altamente concentrado, ou seja, na mão
de poucos e muitos grandes. Seria como voltar no tempo dos feudais, pagando resultados aos poderosos.
Cabe a nós mesmos o sucesso e o futuro do sistema, pois dependemos da fidelidade e união dos associados em torno
da Cooperativa. Em momentos podemos até não estarmos satifeitos com o sistema, porém devemos nos manifestar
para tentar corrigí-lo, antes de abandoná-lo. São os associados que constróem a Cooperativa que querem.
Frans Borg
Diretor Presidente
“O AGRONEGÓCIO NÃO SABE A FORÇA QUE TEM. SE SOUBESSE,
MUDARIA OS RUMOS DA POLÍTICA ECONÔMICA DO BRASIL”.
A afirmação é de Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e atual coordenador do Conselho
Superior de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas e da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo.
RESGATE HISTÓRICO
Armazém Central
O armazém central da Colônia Castrolanda, em janeiro de 1953. Servia como
depósito de forragens e adubos químicos da Cooperativa. Uma as primeiras
culturas exploradas pelos holandeses durante a formação da Colônia foi o
arroz, depois veio a batata doce considerada como um bom alimento para
o gado e logo iniciaram as tentativas de cultivo de milho, cevada, trigo, ervilhas, centeio e batatas inglesas, culturas que no início não davam o resultado
esperado.
Informações extraídas do livro Castrolanda 50 anos: 1951-2001, de C. H. L. Kiers-Pot
NOVOS ASSOCIADOS
MATRÍCULA
NOME DO ASSOCIADO
ATIVIDADE PRINCIPAL
1753
JERONIMO SILVEIRA RIBEIRO PECUÁRIA DE LEITE
1754
CRISTHIANO SOARES DA SILVA
PECUÁRIA DE LEITE
ENQUETE
O gabinete do presidente Lula gastou 31% a
mais em 2008. Você acha que o governo brasileiro deveria congelar os salários a exemplo de
Obama para conter gastos ou isto desaqueceria
a economia brasileira?
Veja a opinião dos visitantes do site da Castrolanda!
Não, desaqueceria
a economia brasileira
14,29%
Sim, para enfrentar
a crise seria uma
medida inteligente
85,71%
Corporativo
Castrolanda
realiza pré-assembléia
BALANÇO:
3
TRANSPARÊNCIA:
Café com a Diretoria
Cooperativa registra melhor desempenho
de sua existência
POR Leila Gomes
PRODUTOS
Entre os principais produtos que geram receita para a Cooperativa estão:
soja, fertilizantes, milho, suínos, leite
concentrado e o leite. No faturamento
a área agrícola ocupa 29,8%, Insumos
23,2%, Leite 15,8%, Suínos 9,8%, Insumos Pecuários 12,8%, Batatas 4% e
outros serviços 4,6%. “Há um equilíbrio
na distribuição. Não estamos dependentes de nenhuma classe de produtos”, disse Prado.
BATATA DORÉ
Em assuntos gerais da pré-assembléia
o gerente geral da Cooperativa, Popke
Ferdinand van der Vinne, comentou da
possibilidade do lançamento de um
novo produto: batata doré. “Por enquanto estamos somente fazendo um
teste. A nossa intenção é que esta fase
dure em torno de um ano, se der resultado vamos investir no desenvolvimento deste produto”, disse.
PRÉ-ASSEMBLÉIAS
Durante o mês de dezembro foram realizadas pré-assembléias por atividades,
oportunidade em que foram tratados
os interesses de cada área: agrícola,
carnes e de leite. A Assembléia Geral
Ordinária será realizada no dia 13 de
fevereiro, às 14horas, no Memorial da
Imigração Holandesa, na Colônia Castrolanda, em Castro.
Divulgação
Diversos associados participaram no
dia 30 de janeiro (sexta-feira) da préassembléia de Balanço da Cooperativa
Castrolanda. De acordo com o gerente
de negócios corporativo, Marco Antonio
Prado o objetivo é detalhar os números
já auditados do ano e o bom desempenho da Cooperativa.
“É o melhor ano da existência da Castrolanda”, disse o presidente da Cooperativa, Frans Borg. O movimento
bruto totalizou R$ 901,1 milhões, 45%
maior comparativamente ao exercício
anterior, originado a partir do aumento de volume de produção, dos preços
dos insumos agrícolas e preços médios
das commodities no primeiro semestre.
As sobras líquidas do exercício, antes
das destinações estatutárias, totalizaram R$ 36.1 milhões. A proposta de
distribuição de valores relativos ao exercício de 2008 totalizam R$ 11 milhões,
entre pagamento de bonificações de
sementes, sobras técnicas, remuneração de capital social e distribuição de
sobras em espécie.
A reunião foi realizada no auditório do DAT
Dando as boas-vindas a um grupo de
associados, o presidente da Cooperativa Castrolanda Frans Borg esclareceu o
objetivo do chamado “café com a diretoria”, na terça-feira, 3 de fevereiro na
Cooperativa. “Convidamos justamente
os associados que questionaram alguns itens na pré-assembléia e que
pontualmente não tiveram resposta”,
disse Borg.
Segundo o presidente a intenção da
diretoria executiva é reunir mensal-
mente com associados para discutir
assuntos propostos pelo quadro social
e até mesmo fatos pessoais. “A idéia
é que o associado possa ter um horário
aberto com a diretoria. Este processo
de comunicação informal atende diretamente a relação de transparência
da Castrolanda. É um ponto forte que
temos e esta reunião completa o que
já vem sendo feito através das pré-asssembléias, pré-assembléia de balanço
e assembléia geral.
É o melhor ano RESULTADO: Cooperativas
da existência da brasileiras tiveram superávit
Castrolanda. de US$ 3,45 bilhões em 2008
POR Só Notícias
As cooperativas brasileiras tiveram
saldo de US$ 3,45 bilhões na balança
comercial em 2008, o que representa
um crescimento de 14,76% em relação
a 2007. As exportações totalizam US$
4,01 bilhões, e as importações, US$
558,48 milhões. O complexo soja foi
o principal responsável pelas vendas
externas do setor, com embarques de
US$ 1,27 bilhões. Os números foram divulgados agora há pouco pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Ainda de acordo com os dados da enti-
dade, o faturamento das cooperativas
do país cresceu cerca de 15% em 2008
em relação a 2007, apesar da crise
econômica mundial. No ano passado, o
setor faturou R$ 83 bilhões, ante R$ 72
bilhões de 2007. O número de cooperativas e de associados também cresceu
no país, segundo os números das OCB.
Em 2007, o Brasil tinha 7.672 cooperativas e 7.687.568 associados. O setor
fechou o ano passado com 7.682 cooperativas e 7.887.707 associados.
Divulgação
Frans Borg
Matriz em Castro
COOPERATIVISMO
COOPERATIVA: UMA SOCIEDADE DE PESSOAS
A cooperativa é uma sociedade civil formada por pessoas unidas voluntariamente para satisfazer necessidades e aspirações comuns, sendo organizada para defesa econômica e
social dos cooperados. É pessoa jurídica de direito privado, sem finalidade lucrativa própria e democraticamente controlada através da singularidade de voto de cada cooperado,
independente do capital por ele aportado. Além da finalidade do desenvolvimento econômico dos associados, as cooperativas são reconhecidas por suas características sociais
em função dos muitos benefícios que prestam a seus cooperados., colaboradores, familiares e às comunidades onde estão inseridas. Enquanto em outras sociedades o lucro é
distribuído para os acionistas na proporção de seu capital, o retorno econômico ao cooperado é sempre proporcional à sua participação nas operações da cooperativa.
Negócios Leite
LEITE:
Cenário de incertezas no mercado
2008 revela média recorde de preço dos últimos anos
POR Leila Gomes
A produção leiteira em 2008 atingiu
um volume superior a 2007. Os índices
apontam que as empresas processadoras, sejam laticínios ou cooperativas,
receberam 10,2% a mais do produto.
Os dados são do Centro de Estudos
Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Foram produzidos 26,9 bilhões
de litros. Minas Gerais lidera como estado de maior produção, com um volume de 7,3 bilhões de litros, seguido do
Rio Grande do Sul com 2,9 bilhões e o
Paraná 2,7 bilhões de litros.
De acordo com o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE), no
ranking nacional, Castro é o município
com maior produção do país. Em 2007
atingiu um volume de produção de
135,67 milhões de litros.
Henrique Costales Junqueira, gerente
de negócios leite da Cooperativa avalia
que os preços do leite, no cenário nacional estimularam o produtor a reforçar a alimentação do rebanho e elevar
a oferta, porém o excesso de produto
derrubou os preços. “O mercado de
lácteos vem apresentando dificuldades
crescentes desde o início do segundo
semestre de 2008. No mercado externo, o último leilão de leite em pó realizado pela Fonterra em janeiro apresentou nova queda de preço de 9,3%,
totalizando queda de 55% no segundo
semestre”.
Ele comenta que no mercado interno, o preço de venda do leite “spot”
(praticado entre empresas) em Minas
Gerais atingiu em dezembro o valor
de R$ 0,53/litro. Além da queda de
preços, com a crise financeira muitas
empresas enfrentam dificuldades, ocasionando atrasos ou prorrogações nas
datas de pagamento aos produtores.
No Rio Grande do Sul o produtor recebeu em média R$ 0,5197/litro, Goiás R$ 0,5398/litro, Minas Gerais R$
0,5628, São Paulo R$ 0,6015, Paraná
R$ 0,5339/litro. A média nacional do
preço líquido foi de R$ 0,5566/litro.
Rogério Wolf, coordenador de produção leiteira da Cooperativa acredita
que o Paraná está distante do mercado
consumidor. “O Paraná compete com
outros concorrentes que apresentam
uma localização geográfica muito mais
atrativa. Em Minas Gerais ou São Paulo, por exemplo, todo o leite captado é
absorvido praticamente dentro do próprio estado. Além disso, existem outros
fatores como os incentivos fiscais, disposição logística para captação e distribuição de produto que acabam tendo
uma influência significativa no preço
pago aos produtores”, disse.
Comparado a 2007 a chamada “média
Brasil”, ou “média ponderada” dos 7
estados considerados pelo Cepea (RS,
SC, PR, SP, MG, GO e BA) foi maior nos
12 pagamentos referentes a produção
de dezembro de 2007 a novembro de
2008. Sem desconto de frete e de impostos o produtor recebeu em 2008, R$
0,7001/litro. Aumento de 1,93% em relação ao valor médio de 2007, que era
de R$ 0,6869/litro. “O ano de 2008 foi
um ano polarizado. Iniciou com bons
Arquivo
4
Propriedade de Antonio Wacherski
preços e a partir do segundo semestre
o cenário se inverteu: preços baixos e
alto custo de produção. Porém nós temos as nossas particularidades. Para
o Pool ABC a Usina de Beneficiamento
de Leite (UBL) foi muito importante e
estratégica no momento de queda dos
preços, auxiliando na redução do volume ofertado para o mercado spot. Esse
relacionamento está sendo amadurecido e o sistema caminha em sintonia”,
garante o coordenador.
JANEIRO
O coordenador de produção leiteira
avalia que historicamente o momento é
de recuperação. “O ano começou mal
para o setor leiteiro e prever qualquer
coisa num momento de crise econômica como este é muito difícil. O que se
espera é um equilíbrio do mercado e a
expectativa de recuperação de preço é
grande”, analisa Wolf.
Com a crise financeira global pode
haver queda de produção e consumo.
“Devido as demissões e férias coletivasd ninguém sabe como isso pode
interferir no consumo de produtos lácteos”, avalia.
Wolf diz que a intenção do Pool ABC é
desenvolver uma nova proposta comercial para evitar as grandes oscilações
dos preços. Buscamos contratos comerciais com balizamento de preços
em índices oficiais. “Desta maneira
pretendemos evitar as oscilações de
preços do período de entressafra para
safra”.
Os índices do Cepea mostram que o
preço de janeiro, referente ao leite entregue em dezembro ficou praticamente inalterado em relação ao pagamento
anterior, com leve alta de 0,006 centavos por litro.
Wolf defende que o sistema adotado
pelas Cooperativas Batavo e Castrolan-
da garante segurança ao produtor. “O
Pool ABC está localizado num estado
exportador de leite, num país que até
recentemente importava o produto. A
missão do sistema é buscar a maior
rentabilidade em termos de preço para
o produtor”, comenta.
O gerente Junqueira também destaca
os pontos fortes do processo de comercialização do Pool. Ele revela que sistema de comercialização e o sistema
de fomento das Cooperativas Batavo e
Castrolanda foram o suporte ao crescimento de 68,1%, ou seja, 100 milhões
de litros por ano. Número estimado dos
últimos 7 anos. “Nosso sistema garante prazo médio de pagamento aos cooperados de 18 dias. O mercado leva
em média 35 dias. Além disso, não
há atrasos devido ao suporte técnico
e financeiro das cooperativas. Outro
fator de relevância é a uniformidade
dos preços praticados aos cooperados,
através do respeito da tabela de preços
praticada que foca tanto volume como
qualidade”.
E finaliza. “Nosso sistema não tem
uma visão imediatista. A força resulta
da participação e da união de seus integrantes. Adequações frente ao novo
cenário são necessárias, porém, não se
pode perder o foco da responsabilidade
com a sociedade”.
EXPORTAÇÃO
O Brasil tem conquistado seu espaço
no mercado internacional e tem grandes chances de se consolidar como um
dos principais exportadores de lácteos
do mundo. No ano passado o resultado
da balança comercial foi superou 2007,
com superávit de US$ 297,67 milhões.
Entre os principais destinos dos lácteos
exportados pelo Brasil está a Venezuela, que adquiriu 74,67 mil toneladas de
produtos. Os dados do Cepea revelam
que o fato de mais da metade da exportação estar com um único comprador
traz riscos para o setor, principalmente
no atual cenário de crise internacional,
ponde a principal receita da Venezuela
está atrelada ao petróleo, produto que
registrou forte queda em 2008.
PRINCIPAIS CLIENTES
Comercialização de leite pool - 2008
Negócios Leite
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DO POOL
DE LEITE ABC
EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO DA
CASTROLANDA
5
Negócios Agrícola
SAFRA:
Máquinas no campo para a colheita de verão
Ventania, a nova Unidade de Recebimento de Cereais da Castrolanda entra em funcionamento
POR Leila Gomes
mesmo do plantio. “É toda uma programação prévia, devemos lembrar que
tudo começa muito tempo antes, no
planejamento com a área técnica, todo
o trabalho no campo e nas vistorias
semanais em todas as glebas de cada
propriedade aplicando as técnicas mais
avançadas de produção e condução de
lavouras, que resultam em aumentos
anuais de produtividades, rompendo
tetos antes tidos como inacessíveis”.
Divulgação
6
Castrolanda deve receber mais de 300 mil toneladas
Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimam uma
queda de produção para esta safra.
A expectativa é que sejam produzidas
137 milhões de toneladas, 7,6% inferior
à obtida na safra 2007/2008, quando
atingiu 144,1 milhões de toneladas. A
maior redução é observada no milho,
primeira safra (5,1 milhões de toneladas), seguida da soja (2,3 milhões de
toneladas).
No Paraná os dados do IBGE mostram
que o Estado continua na liderança
como maior produtor nacional de grãos.
Porém a falta de chuvas, a fase restritiva de créditos que os produtores estão
passando e os altos custos de produção são fatores que devem reduzir a
produção estimada inicialmente, com
previsão de queda de aproximadamente 6,6%. O Paraná deve produzir 28,5
milhões de toneladas na safra 2009.
Ainda segundo o IBGE, a maior redução
na produção do Paraná também pode
ser observada nas lavouras de milho da
primeira safra. A produção, que foi de
9,7 milhões de toneladas no ano passado, deverá ser de 7,02 milhões em
2009, uma queda prevista de 27,6%.
Inicialmente a área plantada foi menor
em 7,5% em relação ao plantio do ano
passado e posteriormente as lavouras
foram atingidas pela estiagem que assolou a Região Sul, com mais intensidade nos Estados do Paraná e do Rio
Grande do Sul.
A produção de soja deverá ser 5,6%
menor, caindo de 11,89 milhões de
toneladas em 2008 para uma previsão de 11,23 milhões de toneladas em
2009. A cultura também foi afetada
pela estiagem que provocou a falta de
umidade do solo.
O feijão da primeira safra sentiu os
efeitos do clima, mas não há redução
na previsão de safra em relação à colheita do ano passado. Isso porque a
área plantada no Estado aumentou
31,7%, portanto a estimativa inicial de
produção era maior. Assim, a previsão
de produção de feijão no Paraná é de
453.521 toneladas em 2009, que representa um crescimento de 9,7% em
relação a 2008. Porém, esse volume é
22,1% menor que a estimativa inicial
para a cultura, que previa uma colheita
de 581.886 toneladas.
SAFRA NA CASTROLANDA
Na Castrolanda a previsão é de receber
mais de 300 mil toneladas. Na matriz
cerca de 137 mil toneladas, em Piraí do
Sul 55 mil toneladas, em Ponta Grossa
39 mil toneladas, Curiúva 20 mil toneladas, Itaberá 37 mil e Ventania (nova
Unidade) cerca de 20 mil toneladas.
O milho é o produto que deve ocupar
maior espaço dos armazéns, seguido
da soja.
O gerente de negócios agrícola Márcio
Copacheski fala das expectativas desta safra. “Apesar das perspectivas de
quebras de safra nas principais regiões
produtoras do Paraná, esperamos uma
safra próxima da normalidade com pequeno decréscimo na Castrolanda, pois
nos municípios onde atuamos a seca
afetou, porém em percentuais bem menores que a média do Estado”, avalia.
Copacheski conta que na Castrolanda
foi investido cerca de R$ 20 milhões
em infraestrutura para recepção, secagem e armazenagem com o objetivo de
atender 100% das necessidades e expectativas de seus associados. “A cooperativa pretende com isso, oferecer ao
associado toda a segurança para que a
sua produção que esta no campo possa ser colhida dentro do período adequado com todo o suporte logístico e
técnico na secagem e armazenagem”.
Os recursos foram aplicados em diversas áreas. “Um exemplo é a implantação de uma nova unidade completa
em Ventania, ampliando nossa área de
atuação, na construção de novos silos,
estruturas de recepção, tombadores de
maior capacidade, adequação ambiental na captação de particulados e no
aumento da capacidade de secagem
de cereais”, conta.
O trabalho de uma safra começa antes
UNIDADES
A meta da Castrolanda é reduzir custos para o associado. Para isso as 5
Unidades estão localizadas em pontos
que abrangem a região dos associados.
“Hoje a Castrolanda atua em 2 estados
e abrange uma condição climática mais
ampla, reduzindo com isso os riscos na
produção nas diversas culturas que
atuamos. Com isso desenvolvemos nos
últimos anos pacotes tecnológicos para
a produção em regiões de clima quente, uma realidade antes apenas voltada
para a região fria nos arredores do município de Castro. Com esse aumento
de atuação se fez necessário desenvolver paralelamente toda a infraestrutura
física e de pessoas para garantir nossa
sustentabilidade”, diz Copacheski.
VENTANIA
A partir da segunda quinzena de fevereiro a Unidade já vai receber produto.
As obras finais devem ser concluídas
até a primeira quinzena de fevereiro,
estando pronta para receber a produção regional. “Queremos com isso desenvolver e fortalecer nossa posição na
região, além de ampliar nosso quadro
de associados”, antecipa o gerente.
GERAÇÃO DE EMPREGOS
De acordo com dados do setor de Gestão de Pessoas da Cooperativa, para
esta safra foram contratados 140 profissionais temporários. Somente na matriz 80 destes vão auxiliar nos trabalhos
da safra. “A safra impulsiona e aquece
a economia como um todo. É um trabalho temporário, mas também é uma
porta de entrada para a empresa. Muitos que já foram temporários hoje estão
efetivos. O trabalho bem feito tem o seu
reconhecimento”, comenta o coordenador da Área de Gestão de Pessoas da
Cooperativa, Amilton Pires Ribas.
REGULAGEM DE MÁQUINAS
Para evitar perdas na colheita a regulagem de máquinas e a manutenção dos
equipamentos são fundamentais. De
acordo com Leandro Gimenez, coordenador de Mecanização Agrícola e Agricultura de Precisão da Fundação ABC
dependendo da máquina pode ocorrer
perdas distintas. “São perdas por desperdício dos insumos como sementes,
fertilizantes, agrotóxicos, perdas por
danos causados às plantas como aqueles decorrentes da má distribuição de
fertilizantes e agrotóxicos e perdas na
colheita, como as que ocorrem na produção de grãos ou de biomassa, caso
dos cultivos para silagens e forrageiras”, disse o coordenador.
“Para ter uma idéia do valor das perdas, supondo que 5% dos insumos utilizados para a cultura da soja sejam desperdiçados o valor para esta safra seria
de R$ 36,5 e no caso do milho algo em
torno de R$ 57,7”, exemplifica.
Segundo Gimenez, intuitivamente os
produtores sempre dão maior importância para as perdas na colheita, que
são as mais simples de mensurar, entretanto, se somar os erros decorridos
nos ajustes das máquinas utilizadas durante todo o processo de produção, as
perdas podem ser maiores que aquelas
presentes na colheita. “Há muita discussão no que se refere a limites de
tolerância para perdas de colheita de
grãos, naturalmente devemos ajustar
as colhedoras para que elas obtenham
o melhor resultado”.
Ele ressalta que uma colhedora representa um custo fixo enorme numa unidade agrícola, e que deve ser explorada
para que se colha o maior número de
toneladas possível para que seu custo
seja diluído ou que, ainda mais preocupante, não se tenha que adquirir uma
colhedora a mais para colher uma pequena quantidade de grãos. “Na região
dos Campos Gerais onde o clima não
permite longas janelas para a realização da colheita, na maior parte das
vezes é inevitável realizar a colheita
com alguma perda, temos, entretanto
que restringi-las a um limite econômico
que vai depender de cada sistema de
produção. De modo geral perdas de 1
a 2 sc/ha de milho e soja são toleráveis. No caso do feijão, trata-se de uma
cultura mais exigente quanto à colheita, as características da área, da cultivar utilizada e as condições climáticas
fazem com que as perdas sejam mais
difíceis de evitar, podem ocorrer até 6
sc/ha em áreas muito difíceis de colher, mas o limite em áreas favoráveis
ao desenvolvimento da cultura e onde
o manejo tenha sido realizado de modo
adequado, deve ser semelhante ao encontrado para soja”.
O coordenador destaca a importância
de uma boa regulagem das máquinas.
“Assegurar a redução de desperdícios
e os danos às culturas a um mínimo
possível e inevitável, dada a tecnologia
hoje disponível, e assegurar que não se
perca parte da produção e do resultado econômico durante a colheita que
é o momento final da safra, quando
todos os investimentos já foram realizados. Um conceito muito importante
que também deve ser lembrado é o do
custo de pontualidade, que pode ser
descrito como todos aqueles custos advindos da realização de uma operação
agrícola fora do momento adequado
para exemplificar podem citar uma semeadura fora da data recomendada ou
uma colheita atrasada. Máquinas mal
Negócios Agrícola
dos Estados Unidos segundo os analistas deve deixar o mercado ainda mais
instável. Os preços de soja devem ficar
me torno de R$ 47,00 a R$ 52,00 dependendo da cotação do dólar e das
condições climáticas na América do Sul.
Quanto ao milho vai depender do mercado externo da soja. Caso continue fir-
Modernas estruturas de secadores em Ventania
me, pode sustentar o mercado de milho
em níveis próximos a R$ 21,50, caso o
dólar se mantenha a R$ 2,35. A influência dos preços do milho no segundo
semestre deve ser de acordo com a
produção do milho safrinha. As perdas
podem elevar o preço do produto.
Divulgação
PREÇOS
De acordo com os analistas do Departamento Comercial da Cooperativa às
vésperas da colheita da safra de verão
dos Campos Gerais a volatilidade dos
preços pode preocupar os agricultores.
A seca atingiu as regiões do Noroeste
do Rio Grande do Sul, Oeste de Santa Catarina, Paraná e o Sudoeste do
Mato Grosso do Sul, além dos países
vizinhos como a Argentina, Uruguai e o
Paraguai, diminuindo drasticamente a
oferta de produtos na América do Sul.
Os analistas comentam que nas últimas notícias fala-se numa quebra de
16 milhões de toneladas de milho e 13
milhões de toneladas de soja. Com uma
situação de consumo normal eles acreditam que estas quebras seriam o suporte de preços ainda maiores do que
os já vistos, porém como o consumo
mundial vem caindo, o marcado mostra um pouco de dificuldades em elevar
os preços. Para os analistas o mercado
deve continuar com os olhos voltados
ao clima da América do Sul, especialmente as chuvas da região, que afetam
diretamente os preços.
A previsão é que a partir de abril, quando a safra na América do sul estiver definida, a preocupação com o clima vá
para os Estados Unidos, com o início do
plantio. Segundo o último levantamen-
to de dados, a área de milho deve sofrer uma redução em relação a última
safra. A soja no entanto, deve aumentar em torno de 2 milhões de hectares
de área plantada.
Todas estas incertezas em relação a
produção na América do Sul e a indefinição de plantio e produção da safra
Divulgação
ajustadas e, portanto mal utilizadas podem causar estas perdas, pois reduzem
a capacidade operacional”, finaliza.
7
Novo tombador na Matriz
Negócios Agrícola
Informe Técnico
Depois da seca no PR, secretário
recomenda investir na safrinha
Programação
A definição literal de “programação”
é: “programa ou plano de uma empresa”. Ao depararmos com esta
definição ela nos parece simples,
vaga, até mesmo não explicativa.
Mas se avaliarmos com um pouco
de cautela e visão administrativa
podemos perceber a grande complexidade que esta envolve, pois
o plano de uma empresa contém
todo o seu planejamento estratégico, toda sua estrutura tanto física
como de pessoas.
Nós aqui na Cooperativa Castrolanda estamos no período de mais
uma “programação”, a programação para a safra de Inverno 2009, e
esta concretiza toda a definição da
palavra, pois é o início de todos os
processos e procedimentos da Cooperativa como um todo, para uma
nova safra que se inicia.
Ela é gerada através do contato entre o cooperado com seu Assistente Técnico, sendo este o ponto de
partida os responsáveis pelo início
do planejamento. E é através dela
que saberemos a área que será
plantada, quais as culturas serão
plantadas, qual será a necessidade de sementes e quais cultivares,
quais defensivos e fertilizantes precisarão ser comprados, quanto de
POR Último Segundo - Agrolink
Andrea Toniolo Kubaski é engenheira agrônoma e coordenadora de comercialização de cereais da Castrolanda.
Informações adicionais: ([email protected])
recursos serão necessários tanto
para financiamentos como para
a aquisição dos insumos, fazendo mover diretamente o setor de
compras e financeiro. Poderemos
estimar a produção que será recebida, movimentando outros setores
como logística, recebimento secagem e armazenagem.
No decorrer da safra todos os setores da cadeia agrícola vão sendo
envolvidos, bem como informática,
gestão de pessoas, jurídico, comunicação entre outros dando o suporte necessário para que todas as
etapas possam ser cumpridas da
melhor maneira possível.
Quanto mais detalhada e próxima
da realidade for nossa programação mais assertividade terão todos
os envolvidos nos processos, já que
ela é base de nossos trabalhos a
engrenagem que move muitas
outras e que faz o desenvolvimento do plano de nossa empresa se
concretize.
Divulgação
8
O secretário da Agricultura em exercício do Paraná, Herlon Goelzer
de Almeida, recomendou hoje aos
produtores que plantem milho safrinha e feijão para tentar recuperar as perdas sofridas na safra de
verão por causa da seca. Em reunião com prefeitos e agricultores no
município de São Miguel do Iguaçu,
Almeida disse que é preciso investir na segunda safra para fazer a
economia girar. “A melhor mensagem que levamos ao agricultor dos
municípios cuja atividade econômica é dependente da agricultura é
plantar a safrinha”, disse, segundo
nota do governo do Estado. Ainda
conforme a nota, Almeida disse que
não deverão faltar recursos para o
plantio, as perspectivas de mercado são animadoras e o clima deverá ser favorável. De acordo com
ele, as regiões oeste e sudoeste do
Paraná foram as mais castigadas
pela estiagem no fim do ano passado, que atingiu as culturas na sua
fase mais sensível. O resultado foi a
quebra de 23,5% da safra de grãos
de verão prevista no Estado e de
37% no oeste do Paraná. A expectativa com as colheitas de soja, milho
e feijão era colher 3,7 milhões de
toneladas na região oeste e agora
a colheita deverá atingir 2,37 milhões de toneladas de grãos.
Vida Profissional
ENTREVISTA
EDMILTON AGUIAR LEMMOS
“Atender também o
CONSUMIDOR FINAL agregando
valor através de nossa qualidade”
Leia a seguir, a entrevista com o gerente de operações da Usina de
Beneficiamento de Leite (UBL), que assumiu a Fábrica há pouco mais de
dois meses.
Castrolanda Notícias: Edmilton,
conte um pouco de você e de
seu histórico profissional.
Edmilton: Sou administrador de
empresas com especialização em
processamento de alimentos, além
de formação na área de Química
Industrial e Contabilidade, atuando
há 26 anos no setor lácteo em empresas como Kraft Foods, Parmalat
e Bom Gosto, exercendo funções
de diretoria e gerência, nas áreas
industriais, desenvolvimento de novos produtos e comercial.
Castrolanda Notícias: Qual sua
expectativa para o desenvolvimento do seu trabalho na
Castrolanda?
Edmilton: Espero trazer grande
contribuição através de experiência
adquirida durante minha passagem
por outras empresas do setor. O desafio de participar de um projeto de
criação de uma marca onde a qualidade é o seu principal atributo é
motivante. Espero que juntos, cooperativa e cooperados consigamos
superar este desafio, pois vejo nestes poucos dias que estou fazendo
parte do quadro da cooperativa que
o interesse coletivo é a mola propulsora desta organização.
Castrolanda Notícias: Qual é a
posição da Fábrica no
momento?
Edmilton: Após o início das atividades da Usina no ano passado,
ocorreram vários problemas operacionais. Porém desde julho/2008 a
fábrica já opera em plena carga, focando agora a otimização de seus
processos e busca constante da
redução dos custos operacionais,
além de estar preparando seu corpo funcional, através de treinamentos e capacitações para suportar
a nova fase de investimentos que
estão por vir.
Castrolanda Notícias: Qual será
o investimento para a segunda
fase?
Edmilton: Ainda estamos em fase
de estudos para definirmos o melhor caminho onde focar nossos
investimentos, uma vez que o momento atual é complexo e duvidoso em função da crise que assola
a economia mundial no momento,
e sem previsão correta para melhorias. Mas a tendência é de que
diversifiquemos estes investimentos em várias frentes, para termos
mais opções de comercialização e
abertura de mercado, nos possibilitando escolher os produtos com
melhor margem a fim de gerar melhores resultados para a UBL.
o que nos dá credibilidade para atender nossos
clientes com qualquer
produto que nos propusermos a fornecer.
Castrolanda Notícias: Quais são
as oportunidades que os produtores podem esperar?
Edmilton: Nosso planejamento
está baseado inicialmente em fornecimento a terceiros, através de
confecção de marcas próprias, e
paralelamente lançarmos a marca
Castrolanda, e assim construindo
uma marca Premium, criando o seu
consumidor cativo, este que não
esta apenas atrás do menor preço
e sim aceitando remunerar produtos de qualidade reconhecida por
ele. Esperamos que esta estratégia
de criação de uma marca forte e
reconhecida, seja o pilar que no futuro irá garantir uma melhor remuneração aos nossos produtores.
Castrolanda Notícias: Pretende
desenvolver novos produtos: o
que favorece isso?
Castrolanda Notícias: A expansão da fábrica pode resultar
numa maior independência do
mercado?
Edmilton: Sim, este é um dos nossos principais objetivos aqui na
UBL, pretendemos mesclar produtos de alto volume que nos possibilite um melhor rateio de custos,
com produtos de grande valor agregado, aproveitando a excelência de
qualidade do leite Castrolanda. Pretendemos também trabalhar com
grandes clientes, como fornecedor
de matéria-prima, mas com produtos diferenciados, e que possam
nos agregar valor. Toda esta estratégia esta baseada na qualidade
reconhecida nacionalmente do leite produzido por nossa cooperativa,
Edmilton: Acreditamos muito que
isto seja possível, pois hoje dependemos totalmente do fornecimento
de matéria-prima para terceiros, e
estamos sujeitos a oscilações inerentes ao mercado de leite “SPOT”,
não importando os custos de produção de nossos produtores, então
somente através de uma diversificação do nosso mix de produtos ofertados e que poderemos optar em
concentrar nossa força de venda,
nos produtos em que obtivermos
melhor remuneração. A ampliação
de nossa indústria também esta
ligada diretamente a criação de
nossa marca, pois nos possibilitará
atingir o consumidor final, criando
uma opção de melhor remuneração
e nos tornando menos vulneráveis,
pois estamos hoje dependentes de
uma quantidade muito pequena de
parceiros.
Castrolanda Notícias: Qual a
avaliação que você faz da real
situação dos produtores com
os altos custos de produção e
baixos preços recebidos?
Edmilton: Hoje dispomos da maior
produtividade e melhor qualidade
de leite no mercado nacional, porém os nossos custos são elevados em comparação com outros
produtores que utilizam somente
pastagens ou regime de semiconfinamento como base de sua
alimentação para o gado, aliado a
isto as cotações do leite no mercado internacional estão situados
abaixo dos nossos custos de produção, além do Brasil ter se tornado
auto-suficiente na produção de lácteos, ajudando a pressionar para
baixo as cotações internas. Por isso
vejo como grande oportunidade
de reverter este quadro hoje vivido
por nossos cooperados, a diversificação, ou seja, podermos atender
também o consumidor final, agregando valor através de nossa qualidade reconhecida.
99
Corporativo
Feinco movimenta
setor da ovinocaprinocultura
ANOTE:
EM CIMA DA HORA:
Show Tecnológico
de Verão terá
duração de 3 dias
Mais de 3.000 animais participam de exposição e julgamentos
POR Leila Gomes
Divulgação
10
Local: Centro de Exposições Imigrantes São Paulo - SP
Endereço: Rodovia dos Imigrantes,
km 1,5 - Água Funda - São Paulo - SP
Site oficial da Feinco 2009
http://www.agrocentro.com.br
Criadores de ovinos e caprinos têm encontro marcado no Centro de Exposições
Imigrantes em São Paulo de 10 a 14 de
março. A feira reúne cerca de 3.000
animais, de 20 diferentes raças ovinas
e caprinas. Num espaço de 40 mil m²,
no ano passado a feira obteve um considerável crescimento, bateu recorde e se
consolidou como o maior evento do setor
na América Latina. Foram realizados 13
leilões, que, juntos, movimentaram R$
10.383.920,40 milhões, superando em
145% a marca registrada no ano anterior,
de R$ 4,2 milhões. “Sem dúvida alguma,
nesta edição, nos tornamos referência
mundial. Além da renda gerada com os
leilões, a feira também viabilizou o fechamento de inúmeros negócios e contribuiu
para que muitos outros sejam concretizados durante o ano. Nosso objetivo foi
alcançado”, revela Décio Ribeiro dos Santos, organizador da Feinco.
Em 2008, mais de 20 mil pessoas passaram pelo local e puderam conferir as novidades e atrações apresentadas pelos
mais de 150 expositores que apostaram
na Feinco para promoverem suas marcas
e produtos.
Entre os dias 17,18 e 19 de fevereiro,
a Fundação ABC realiza no campo experimental de Ponta Grossa, a 12ª edição do Show Tecnológico de Verão. O
objetivo do evento deste ano é discutir
avanços no setor de agricultura, como
monitoramento do clima e investimentos em biotecnologia.
A Fundação ABC disponibilizará ônibus
para os associados das Cooperativas.
Na Castrolanda as inscrições podem
ser feitas na Diretoria, com Ana Julia.
Nos dias 17 e 18 o evento é aberto ao
público em geral. Já no dia 19, somente para associados das Cooperativas. A
programação completa está disponível
no site www.fundacaoabc.org.br
O Show Tecnológico de Verão faz parte das comemorações dos 25 anos da
Fundação ABC, comemorado em outubro deste ano.
Arquivo
FOTO EM DESTAQUE
A foto em destaque é de Raul Rabbers. Ele tirou no
Oranje-Vrijmarktt 2008, do estande de Joop Kassies
(floricultura). O Oranje é uma festa tradicional dos holandeses. O nome Vrijmarkt quer dizer “Feira –Livre”.
A 10º Oranje Vrijmarkt será realizada no dia 25 de
abril em frente ao Memorial da Imigração Holandesa
na Castrolanda. Nesta data também será comemorado os 100 anos do nascimento da Rainha Juliana,
mãe da atual Rainha Beatrix e também o aniversário do Príncipe herdeiro da coroa : Prince Willem Alexandro . Se você também tem uma foto interessante
e gostaria de publicá-la na seção Foto em Destaque
do Castrolanda Notícia, por favor, envie sua foto para
o email: [email protected]
Participe!
Corporativo
O mundo come,
as cooperativas botam a mesa
EXPORTAÇÃO:
Divulgação
Divulgação
POR Agência de Notícias Brasil Árabe
Mesmo com os entraves da crise internacional, o PIB (Produto Interno Bruto)
e o comércio mundial manterão taxas
positivas de aumento, apesar da desaceleração no ritmo de crescimento.
Os países emergentes continuarão a
elevar a média geral de crescimento
do PIB mundial, pois suas economias
estão fortemente influenciadas pelos
respectivos mercados internos. Diante
deste quadro é que o estudo realizado
pela Gerência de Mercados (Germerc),
da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) mostra que as exportações
das cooperativas agrícolas brasileiras
apresentarão evoluções significativas
nos próximos anos. Devem passar de
US$ 4,62 bilhões em 2010 para US$
8,42 bilhões em 2015. Em 2030, as
vendas externas do setor deverão chegar a US$ 23,36 bilhões. No ano passado, as exportações das cooperativas
brasileiras somaram US$ 4,01 bilhões,
um crescimento de 21,49 % em relação
a 2007.
AGREGAÇÃO DE VALOR
Além de registrar crescimento constante em suas exportações, o estudo mostra também um outro fator altamente
positivo na expansão do comércio exterior das cooperativas brasileiras: a
elevação também constante de agregação de valor em suas vendas externas.
Os dados revelam ainda que, no ano
passado, as cooperativas brasileiras
tiveram um índice de agregação médio
de 0,57 US$ por quilo exportado, maior,
portanto, em 37,51% quando comparado ao crescimento do valor agregado
das exportações médias brasileiras
como um todo.
MAIS ALIMENTOS
Tal informação, segundo o economista
Marcos Matos, da Gerência de Mercados da OCB, aumenta a competitividade das cooperativas brasileiras no mercado internacional. Os dados mostram
que, nos últimos anos, as cooperativas
têm aumentando sua pauta de exportações de produtos do agronegócio, com
ênfase naqueles elaborados e semielaborados do complexo soja, do setor
sucroalcooleiro, carnes, café, cereais e
laticínios.
LIÇÃO DE CASA
Para que as projeções de crescimento venham a se consolidar, o cooperativismo agrícola brasileiro, que já é
considerado um dos mais avançados
do mundo, vai ampliar sua forma de
atuação no comércio mundial levando
em consideração alguns fatores, como
as estratégias de comercialização para
ampliar sua participação nos mercados
tradicionais e na conquista de novos
mercados, principalmente os países
emergentes. “Eles podem ser o grande
mercado das cooperativas brasileiras
nos próximos anos, pois, mesmo com a
crise econômica mundial, as previsões
do Fundo Monetário Internacional (FMI)
mostram, por exemplo, que economias
emergentes irão crescer 3,3%, enquanto as chamadas economias avançadas
irão crescer apenas 0,5%”, explica Matos, lembrando que grande parte dos
países emergentes precisam importar
alimentos para garantir as necessidades de consumo da população.
PAÍSES ÁRABES
E entre as nações emergentes, os 22
países árabes que já importam regularmente produtos agropecuários das cooperativas brasileiras. No ano passado,
por exemplo, apenas a Arábia Saudita
importou das cooperativas brasileiras
US$ 205 milhões, respondendo por
5,11% das exportações do setor para
o mundo. Matos destaca ainda as importações feitas pelos Emirados Árabes
Unidos US$ 161 milhões, Egito US$ 130
milhões e Argélia que, no ano passado,
comprou das cooperativas brasileiras
US$ 30 milhões.
ESTIMATIVAS
Marcos Matos estima que, no ano
passado, os 22 países árabes compraram das cooperativas brasileiras algo
em torno de US$ 500 milhões. Diante
da evolução das vendas externas às
nações daquela região do mundo, o
estudo da OCB é taxativo: “o Oriente
Médio também apresenta estimativas
ascendentes na demanda por alimentos”. Para dar uma idéia do potencial
comprador de produtos do agronegócio
pelo mundo árabe, o professor de Economia da Universidade Federal do Paraná, Eugenio Stefanello, informa que
os árabes importam entre 50% e 80%
dos alimentos que consomem.
PRIORIDADE
E, na opinião de Stefanello, esse é um
dos mercados que deve ser considerado como uma prioridade para o Brasil
e, claro, pelas suas cooperativas agrícolas. O professor tem boas razões para
defender uma maior atenção do agronegócio brasileiro, incluindo as cooperativas, com o mercado árabe. Dados
de 2006 mostram, por exemplo, que
os países daquela região compraram
do mundo, em produtos da cadeia produtiva do agronegócio, US$ 46 bilhões.
De acordo com Marcos Matos, da OCB,
no ano passado, as cooperativas com
vendas de mais de US$ 500 milhões
para os árabes, contribuíram com mais
de 10% da receita das exportações
do agronegócio do país para o mundo
árabe. Os números consolidados da
Câmara de Comércio Árabe Brasileira
revelam que, em 2008, o agronegócio
brasileiro respondeu por 62% do total
das vendas externas do país para o
mundo árabe, que somaram US$ 9,8
bilhões. “Pelo potencial da região e
pelo constante crescimento da demanda por alimentos, as cooperativas agrícolas brasileiras tem condições de triplicar suas exportações para os países
árabes”, garante o economista.
OPORTUNIDADES
Ao elencar as oportunidades, a curto,
médio e longo prazo, para a ampliação
das exportações do cooperativismo brasileiro para o mundo, o estudo elaborado pela Gerência de Mercados da OCB
destaca o crescimento populacional e a
elevação da demanda por alimentos.”A
população mundial passou de 6,5 milhões de habitantes em 2005 para 8,3
milhões no ano passado, expansão de
27,69%. A Ásia terá 5 bilhões de habitantes em 2030 e a África saltará de
0,9 bilhão de habitantes para 1,5 bilhão em 2030”, avalia o estudo.
CARNES
Segundo a OCB, como resultado do
aumento populacional e da renda, no
período entre 1989/1991 e 2050, o
sul da Ásia deverá registrar um crescimento de 260% no consumo per capita
de carnes, passando de 5 quilos por
pessoa para 18 quilos em 2050. Para
o Leste da Ásia, o estudo projeto uma
expansão no consumo de carnes será
de 223%. Dessa forma, a região consumirá 73 quilos de carnes por pessoa,
anualmente, frente à demanda per capita de 22,60 quilos em 1989/91.
AUMENTO DA DEMANDA
Analisando o potencial de mercado da
África Sub-Saariana no mesmo período,
a OCB prevê que o aumento na demanda será de 83,67% e, para a América
Central e Caribe, a elevação na demanda per capita será de 110,28%, atingindo o patamar de 90 quilos de carnes,
anualmente, demandados por pessoa
em 2050.
OPORTUNIDADE PARA O BRASIL
O estudo deixa claro que a crescente
necessidade pelo alimento no mundo
promoverá oportunidade para o Brasil,
com ênfase ao Sistema Cooperativista
Brasileiro. “Para tanto, se justificam
esforços visando a promoção e a expansão da oferta de produtos do agronegócio nacional, o que inclui o apoio
aos produtores rurais e cooperativas,
investimentos em infra-estrutura (modais de transporte, portos e sistemas
de armazenamento), redução da carga
tributária e seguro nas modalidades rural e renda”, afirma Matos. De acordo
com a OCB, além desses fatores, o Brasil deve priorizar os acordos comerciais,
buscando pela queda de barreiras aos
produtos brasileiros, de modo a ampliar
mercados para uma parcela considerável dos países emergentes.
O Cooperativismo
agrícola brasileiro
é considerado
um dos mais
avançados
do mundo
11
12
Download

Castrolanda deve receber mais de 300 mil toneladas