CLIPPING COMBUSTÍVEIS 24/setembro/2012 1. CARRO TERÁ QUE SER 12% MAIS ECONÔMICO PARA TER INCENTIVO O Globo Eliane Oliveira, Roberta Scrivano ─ Após se reunirem com a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), técnicos do governo fecharam ontem os últimos detalhes do decreto com as regras do novo regime automotivo, que vai vigorar de 2013 a 2017. Um ponto forte é a exigência de maior eficiência energética das montadoras, que terão de cumprir meta de redução de 12% do consumo de combustível por quilômetro rodado em cinco anos para ter direito a incentivos fiscais. Segundo uma fonte, as empresas que superarem a meta, obtendo redução de 15% no consumo, terão desconto adicional de um ponto percentual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Quem conseguir queda de 18% terá decréscimo de dois pontos percentuais. O bônus virá a partir de 2018. Até o início da noite de ontem, a expectativa de fontes envolvidas no assunto era que o decreto fosse publicado ainda hoje no Diário Oficial da União. As montadoras terão ainda de investir em peças e tecnologias nacionais para conseguirem os incentivos fiscais — o principal é uma queda de 30 pontos percentuais do IPI. Carros importados por empresas não instaladas no Brasil continuarão recolhendo normalmente o tributo. Será estabelecida uma cota anual para automóveis estrangeiros, de cerca de cinco mil unidades. O novo regime é denominado Programa de Incentivo à Inovação Tecnológica e Adensamento da Cadeia Produtiva de Veículos Automotores, ou simplesmente InovarAuto. As negociações entre governo e fabricantes começaram há três meses. Um pacote para as motocicletas ─ A exemplo das montadoras de veículos, os fabricantes de motos também negociam com o governo um pacote com incentivos ao setor. O objetivo é conter demissões e interromper a queda de 17,5% nas vendas e de 16% na produção de motocicletas registrada de janeiro CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 1 a agosto, na comparação com igual período de 2011. A medida deve contemplar facilidades de financiamento para compra das motos via Banco do Brasil (BB). Na última sexta-feira, o Banco Central começou a preparar o terreno para o pacote, com a publicação da circular 3.609, que autorizou os bancos a deduzirem do depósito compulsório os financiamentos de motocicletas. Desde janeiro, somente 17% dos pedidos de empréstimo para compra dos veículos de duas rodas foram aprovados, segundo José Eduardo Gonçalves, diretor-executivo da Abraciclo, associação que representa os fabricantes de motocicletas no país. Como 80% das motos vendidas no Brasil são pagas em parcelas, a dificuldade para conseguir financiamento é indicada como o principal entrave ao crescimento do setor: — “Interesse em comprar há, mas conseguir empréstimo é muito difícil. O próximo passo é pôr uma linha de financiamento específica para a compra de motos no BB” — defendeu Wilson Périco, presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam). A negociação dos incentivos intensificou-se entre maio e junho, quando as demissões na Zona Franca de Manaus superaram nove mil, de um total de 48 mil empregados. Até o fim de agosto, as demissões chegaram a 14 mil. Os fabricantes chegaram a pedir redução do PIS/Cofins nos moldes das desonerações dadas à indústria de carros, mas a proposta não foi aceita pelo governo. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 2 2. ATRASO NA COLHEITA DA CANA RETARDA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL E AÇÚCAR Agência Brasil Marli Moreira / Edição: Carolina Pimentel ─ O volume de chuvas maior que o normal no final do primeiro semestre do ano retardou a colheita da cana-de-açúcar na região Centro-Sul do país, o que trouxe lentidão ao processamento do produto para a fabricação de álcool e de açúcar. A moagem da safra que, normalmente, termina em novembro, deverá prosseguir até o final da primeira quinzena de dezembro em pelo menos 33 usinas, informou hoje (20) o presidente interino da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Antonio de Padua Rodrigues. A entidade representa as empresas responsáveis por mais de 50% da produção nacional de cana e 60% de etanol. Novas projeções da Unica indicam que, até o dia 1º de setembro, foram processadas 307,60 milhões de toneladas, contra 339,51 milhões no mesmo período da safra passada. Com mais chuva no início da colheita, entre abril e junho, a produtividade por hectare apresentou melhor resultado, segundo Pádua. Em agosto, foram produzidas 76,6 toneladas de cana por hectare, contra 66,8 toneladas em igual mês do ano passado. O aproveitamento da cana para fabricação de álcool e açúcar, no entanto, diminuiu em 3,28% por causa da baixa no teor de sacarose. Até o início de setembro, a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada da matéria-prima totalizou 129,49 quilos, montante menor que o registrado no ano passado (132,56 quilos). A revisão na estimativa da safra atual mostra que a moagem irá crescer 1,87% - passando de 509 milhões para 518,5 milhões de toneladas de cana. A produção de açúcar deverá ficar 1,21% abaixo do estimado no começo da safra, porém será 4,46% superior à obtida no ano passado, totalizando 32,7 milhões de toneladas. A previsão para a fabricação de etanol anidro é crescer 19,42%, com 8,3 bilhões de litros, enquanto o etanol hidratado deve cair em 12,29% em relação à estimativa anterior, passando de 21,4 bilhões para 21,05 bilhões de litros. Em 2013, Pádua prevê que o governo deverá aumentar a porcentagem da mistura do álcool anidro à gasolina, com a proporção subindo de 20% para 25%. Ele, no entanto, defende que as regras sejam estipuladas antes do início da próxima safra. “Deveremos ter de volta os mesmos níveis de três anos atrás, mas é importante que o governo sinalizasse isso antes para dar mais segurança ao abastecimento”, disse. A revisão das estimativas também indica alteração no volume de etanol para exportação que ficou 50% acima da previsão anterior, devendo atingir 2,55 bilhões de litros, contra 1,7 bilhão. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 3 3. EVENTO REÚNE AGENTES AMBIENTAIS PARA TRATAR DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL Assessoria de Comunicação da Abieps ─ A atuação dos Órgãos Ambientais no setor de Postos de Serviços tem crescido cada vez mais. É de responsabilidade dos agentes ambientais fiscalizar os empreendimentos que estão sendo construídos, com o objetivo de verificar se o Posto pode funcionar sem nenhum risco de contaminação ao solo ou qualquer dano ao meio ambiente. Uma década depois do surgimento da Resolução CONAMA 273/00 (Conselho Nacional do Meio Ambiente), a adequação ambiental em Postos de Serviços tem sido uma batalha que envolve todos os membros do setor. E é seguindo essa linha que a ABIEPS – Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços – irá promover o I Encontro de Agentes Ambientais do Nordeste. O evento reunirá os agentes ambientais da região Nordeste para esclarecimentos e interpretações das exigências das Resoluções CONAMA 273/00 e 420/09, as quais tratam sobre o Licenciamento Ambiental dos Postos, Sistemas Retalhistas de Combustíveis e Áreas Contaminadas. “A certificação exigida no âmbito da Resolução CONAMA assegura a padronização da metodologia e atendimento às normas, o que equaliza a qualidade dos produtos e serviços”, explica o Assessor da Diretoria da ABIEPS e um dos palestrantes do Encontro, Edgard José Laborde. “Além de preservar a saúde a segurança do meio ambiente”, conclui. Entre os assuntos debatidos estão os impactos ambientais causados por fontes poluidoras, esclarecimentos e aplicação sobre as Resoluções CONAMA 273/00 e 420/09, a Lei Complementar 140/11, a importância das ações de fiscalização e a responsabilidade dos agentes ambientais nesse processo. O I Encontro de Agentes Ambientais do Nordeste será realizado na cidade de Recife (PE), no dia 03 de outubro e já tem um grande número de confirmações de Órgãos Ambientais dos Estados e Munícipios da região Nordeste. Treinamento para instaladores ─ Junto com o I Encontro de Agentes Ambientais do Nordeste, a ABIEPS promove o Curso para Instaladores de SASC (Sistema de Armazenamento Subterrâneo de Combustíveis) e Serviço de Ensaio de Estanqueidade. Essa é a segunda edição que ocorre em Recife, a primeira, em 2010, teve mais de 70 participantes inscritos. Voltado para instaladores, técnicos, engenheiros e demais agentes do mercado de postos de combustíveis, o treinamento oferece conhecimentos para promover instalações corretas e seguras nos postos, obedecendo rigorosamente às normas e portarias vigentes no mercado. O curso é um pré-requisito obrigatório para obter a certificação das Portarias 009 e 259 do INMETRO. Os temas abordados são as Exigências Ambientais, Investigação de Passivo Ambiental, Procedimentos de Emergência e uso de EPI, requisitos para certificação das Portarias 009 e 259, características e os procedimentos de instalações dos equipamentos – unidades de filtragem, unidades abastecedoras, tanques subterrâneos e tubulações. As inscrições para o Curso para Instaladores de SASC e Serviço de Ensaio de Estanqueidade podem ser feitas através do telefone (11) 2579-1771 ou pelo e-mail [email protected]. CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 4 Serviço ─ I Encontro de Agentes Ambientais do Nordeste Data: 03 de outubro Horário: 09h30 às 18h Local: Recife Monte Hotel – Recife (PE) ─ Curso para Instaladores de SASC e Serviço de Ensaio de Estanqueidade Data: 04 e 05 de outubro Horário: 09h00 às 17h Local: Recife Monte Hotel – Recife (PE) Sobre a ABIEPS ─ A Associação Brasileira da Indústria de Equipamentos para Postos de Serviços reúne e representa os fabricantes de equipamentos e prestadores de serviços de todo território nacional, que atuam diretamente junto ao mercado de distribuição de derivados de petróleo e energias renováveis. Constituída em 21 de Agosto de 2001, a entidade tem por objetivo interagir de forma contínua e representar o associado junto às instituições, empresariado, órgãos fiscalizadores, reguladores e governamentais, atuando de forma ética e transparente, além de promover ações contínuas no sentido de agregar e transferir maior conhecimento por intermédio de conferências, debates, painéis, congressos, feiras, eventos e treinamentos. Informações para imprensa William Nunes Comunicação Telefones: (11) 2579-1771 / 96395-4867 E-mail: [email protected] Site: www.abieps.com.br --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 5 4. A POLÍTICA DE COMBUSTÍVEIS E O MERCADO DO AÇÚCAR O Estado de S. Paulo (Editorial Econômico) ─ Empresas especializadas no agronegócio já preveem um aumento da adição do álcool anidro à gasolina, dos 20% atuais para 25%, no ano que vem. A expectativa se justifica, pois o Brasil está importando volume crescente de gasolina e diesel, em detrimento da balança comercial e da conta corrente do balanço de pagamentos. A consultoria Datagro prevê que o superávit de açúcar no mercado global cairá à metade, entre a safra atual e a safra 2012/2013, limitando-se a 3,06 milhões de toneladas. A Organização Internacional do Açúcar estimou o superávit em 5,86 milhões de toneladas. As projeções de oferta e demanda do mercado de açúcar e álcool são especialmente importantes para o Brasil, maior produtor mundial de açúcar, com excedente exportável estimado em 23,5 milhões de toneladas, até abril. Em 2011, as exportações brasileiras de açúcar e etanol renderam US$ 16,4 bilhões. Entre os primeiros oito meses de 2011 e 2012, as exportações de açúcar em bruto caíram 23,9%, de US$ 6,8 bilhões para US$ 5,3 bilhões; e de açúcar refinado, 31,5%, de US$ 2,2 bilhões para US$ 1,5 bilhão. As condições do mercado global estão sendo avaliadas in loco pelas empresas brasileiras. Uma equipe da Datagro foi à Índia, segundo maior produtor mundial de açúcar, para visitar os canaviais atingidos pela seca - a oferta indiana poderá cair em 2,35 milhões de toneladas. Na União Europeia, os estoques diminuíram e se prevê quebra da produção, de 19,4 milhões para 18,3 milhões de toneladas. Na Rússia, maior consumidora do açúcar brasileiro, também está prevista a redução da oferta. O superávit só não cairá mais porque se prevê uma elevação da produção da China, de 11,5 milhões para 13,7 milhões de toneladas. No Brasil, entre abril e setembro, conforme as projeções da União da Indústria de Cana-deAçúcar (Unica), houve aumento da produção e da moagem (+1,87%). O clima seco favoreceu a produtividade das lavouras no Centro-Sul. A oferta de álcool tenderá, portanto, a aumentar, o que já tem ocorrido. Se isso se confirmar, os produtores de cana poderão socorrer a Petrobras. Como afirmou ao jornal Valor o presidente da Datagro, Plinio Nastari, "se o retorno se confirmar, a demanda pelo biocombustível (álcool) crescerá 2 bilhões de litros e pressionará menos a commodity (açúcar)". O etanol deverá ser favorecido pelo aumento da demanda norte-americana, mas é improvável que haja produto suficiente no Brasil para exportar. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 6 5. ARGENTINA FIXA IMPOSTO SOBRE EXPORTAÇÃO DE BIODIESEL EM 19,11% Portal G1/Economia/Agronegócios - Fonte: Agência Estado ─ O imposto inicial de exportação de biodiesel será de 19,11%, com atualização a cada 15 dias, conforme detalhou o vice-ministro de Economia, Axel Kicillof, em conversa com jornalistas nesta quinta-feira (20). A aplicação de alíquotas móveis foi anunciada quarta-feira à noite pela presidente Cristina Kirchner, apenas um mês após a elevação do imposto de 12% para 32% com uma incidência real sobre o preço FOB (sem taxas, frete ou impostos) de exportação da ordem de 24%. Kicillof disse que a indústria de biodiesel "está madura e em condições de competir sem incentivos especiais". O governo vai fixar também uma margem de rentabilidade de 4% para o setor. A atualização será feita por uma comissão integrada por técnicos dos ministérios de Economia e de Planejamento e da Secretaria de Comércio. A Argentina é líder mundial na exportação de biodiesel e as empresas produtoras reclamavam ao governo medidas para corrigir a elevação das retenções, em agosto, porque afetou gravemente a rentabilidade do setor. As câmaras setoriais alertaram para o risco de fechamento das empresas menores. "A diferença do preço do óleo de soja (insumo do combustível) e do biodiesel passou de 2 mil pesos para mil pesos em agosto. O nível de retenções tem que se ajustar a essa mudança e isso vai ocorrer mil vezes", justificou Kicillof. No ano passado, a Argentina exportou 1,7 milhão de toneladas no valor de US$ 2,1 bilhões - mais da metade foi para o mercado espanhol, que proibiu a entrada do produto em abril. O saldo é absorvido pelo consumo interno, já que a lei obriga a mistura de 7% de biodiesel nos combustíveis derivados de petróleo. O governo tem a intenção de elevar esse porcentual a 10%. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- CLIPPING DO SINDIPOSTO Página 7