LITERATURA DE SABAL
Nome Científico: Serenoa sepens (Bartram) J.K.Small
Sinônimos Científicos: Brahea serrulata H. Wendl., Sabal serrulata (Michx.)
Schult f., Sabal serrulatum Schult f., Serenoa serrulata (Michx.) Hook. F. ex B.D.
Jacks.
Nomes Populares: Sabal, Saw palmetto
Família Botânica: Arecaceae
Parte Utilizada: Frutos
Descrição:
Palmeira de pequeno porte, semelhante a outras Arecaceae ornamentais. É nativa
da Flórida.
Constituintes Químicos Principais: Ácidos graxos, ácidos cáprico, caprílico,
láurico, palmítico, oleico, linoleico e linolênico, esteróis, campesterol, estigmasterol,
beta-sitosterol, polissacarídeos carotenoides, flavonoides, rutina, isoquercetina,
canferol.
Indicação e Usos:
O principal uso atual dos frutos do sabal é o tratamento de sintomas urológicos da
hiperplasia prostática benigna. Também tem sido utilizado como diurético, sedativo,
agente endócrino, antisséptico e para o tratamento de distúrbios envolvendo os
hormônios sexuais.
Pequenas quantidades da planta podem ser sedativas. Pesquisas concluíram que o
sabal é mais efetivo como suplemento natural do que até que as drogas mais
usadas para tratamento de hiperplasia prostática benigna (HPB), uma doença de
incidência comum em homens com mais de 40 anos, caracterizada pelo inchaço da
próstata a níveis anormais, ocorrendo o inchaço do canal da uretra e impedindo o
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fluxo normal da urina, causando dificuldade para urinar e perda da pressão do jato
de urina, além de outros efeitos adversos.
Vem sendo empregado contra o câncer benigno da próstata, pois evita que a
testosterona seja convertida em dehidrotestosterona (DHT), hormônio responsável
pela multiplicação das células da próstata, que, quando ocorre de forma anormal,
causa o aumento da mesma. É recomendado também contra todo tipo de desordem
dos sistemas genital e urinário, incluindo inflamações, rupturas e entupimento de
vias.
O sabal é também considerado um tônico reprodutivo para os homens e mulheres e
pode ajudar até no tratamento da “cistite da lua de mel”, onde ocorre irritação
excessiva em decorrência da relação sexual em excesso.
Farmacocinética: O sabal inibiu, in vitro, as isoenzimas CYP2D6, CYP2C9 e
CYP3A4 do citocromo P450. Entretanto, um estudo clínico com pacientes tratados
com debrisoquina, um substrato modelo para a CYP2D6, apontou que o sabal não
apresentou efeito sobre essa isoenzima, e outros estudos clínicos sugeriram que os
efeitos in vitro reportados para a CYP3A4 e CYP2D6 podem não ser clinicamente
relevantes.
Estocagem e validade:
Deve ser estocado hermeticamente fechado, ao abrigo da luz solar direta e do
calor. Prazo de validade: 36 meses a partir da data de fabricação.


Poderá ocorrer formação de precipitado e/ou turbidez durante a estocagem,
sem alterar as propriedades.
Alterações da cor são esperadas por modificações dos compostos coloridos
das plantas.
Efeitos Colaterais: Podem ocorrer, raramente, distúrbios estomacais.
Contraindicações: É contraindicado na gestação e lactação.
Revisão de Interação:
A resposta ao tratamento anticoagulante em pacientes que também ingeriram sabal
pode aumentar. O sabal não parece ter efeito clinicamente relevante sobre a
maioria das isoenzimas do citocromo P450, e não foram encontradas outras
interações.
a) Sabal + Anticoagulantes
A INR de um paciente tratado com varfarina aumentou moderadamente
após a ingestão de sabal. Tem-se associado esse produto também ao
aumento da INR em pacientes que não estão ingerindo anticoagulantes. Um
sangramento excessivo durante a cirurgia foi observado em outro paciente
que ingeriu sabal.
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Evidências experimentais: O saw palmetto pode inibir, in vitro, a isoenzima
CYP2C9 do citocromo P450, mas não se sabe se esse efeito é clinicamente
relevante.
Mecanismo: Os autores sugeriram que a causa do que aconteceu seja
possivelmente devido à presença da vitamina E na preparação com o sabal,
mas a vitamina E, normalmente, não afeta a INR. Evidências experimentais
sugerem que o sabal inibe a isoenzima CYP2C9 do citocromo P450, que é
uma importante rota no metabolismo da varfarina.
Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas a um relato de
caso e um estudo experimental de relevância clínica desconhecida. Devido a
vários outros fatores que podem influenciar o controle anticoagulante, não é
possível atribuir com segurança uma mudança na INR especificamente a
uma interação medicamentosa, levando em consideração um único relato de
caso sem outras evidências. Seria melhor aconselhar os pacientes a discutir
o uso de qualquer produto fitoterápico que eles desejem utilizar e aumentar
o monitoramento se este for aconselhável. Casos de uso não contínuo
devem ser relatados, uma vez que podem ser úteis como possíveis casos de
efeitos adversos.
b) Sabal + Benzodiazepínicos
Nenhuma interação farmacocinética parece ocorrer entre sabal e o
alprazolam ou o midazolam
Evidências clínicas: Em um estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, a
administração de 320mg de sabal diariamente por 16 dias não afetou a
farmacocinética de uma dose única de 2mg de alprazolam administrado no
14º dia. Em outro estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, a utilização
de 160mg de sabal duas vezes ao dia por 28 dias não afetou o metabolismo
de uma dose única de 8mg de midazolam.
Evidências experimentais: Estudos experimentais sugerem que o sabal pode
inibir a isoenzima CYP3A4 do citocromo P450.
Mecanismo: O midazolam é metabolizado pela isoenzima CYP3A4 do
citocromo P450. O estudo in vitro sugeriu que o sabal inibiu essa rota ou o
metabolismo, mas esse efeito não parece ser clinicamente relevante.
Importância e conduta: Os resultados desses estudos sugerem que o sabal
não altera o metabolismo do alprazolam ou do midazolam, e, portanto,
nenhum ajuste na posologia desses benzodiazepínicos seria necessário
durante o uso contínuo. O midazolam é utilizado como um fármaco modelo
para avaliar a atividade da CYP3A4, e, portanto, esses resultados também
sugerem a improbabilidade de uma interação farmacocinética entre sabal e
outros substratos da CYP3A4.
c) Sabal + Cafeína
O sabal não parece afetar a farmacocinética da cafeína.
Evidências clínicas: Em um estudo randomizado, 12 indivíduos saudáveis
foram tratados com uma dose de 160mg de sabal duas vezes ao dia,
durante 28 dias, e com uma dose única de 100mg de cafeína no final do
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tratamento com o sabal. A farmacocinética da cafeína não foi alterada pelo
sabal.
Mecanismo: A cafeína é metabolizada pela isoenzima CYP1A2 do citocromo
P450. O sabal não parece inibir essa rota do metabolismo.
Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas ao estudo
citado, que sugere a improbabilidade, na maioria dos pacientes, de que o
sabal aumente os níveis de cafeína. A cafeína é utilizada como um fármaco
modelo para a avaliação da atividade da CYP1A2, e, portanto, esses
resultados também sugerem a improbabilidade de uma interação
farmacocinética entre o sabal e os outros substratos da CYP1A2.
d) Sabal + Clorzoxazona
O sabal não parece afetar a farmacocinética da clorzoxazona.
Evidências clínicas: Em um estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, o
metabolismo de uma dose única de 250mg de clorzoxazona não foi afetado
por uma dose de 160mg de sabal administrada duas vezes ao dia.
Mecanismo: A clorzoxazona é utilizada como substrato modelo para a
avaliação da isoenzima CYP2E1 do citocromo P450. O sabal não parece inibir
essa rota do metabolismo.
Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas ao estudo
citado, que sugere improbabilidade de que o sabal aumente os níveis da
clorzoxazona. A clorzoxazona é utilizada como um fármaco modelo para a
avaliação da atividade da CYP2E1, e, portanto, esses resultados também
sugerem improbabilidade de uma interação farmacocinética entre sabal e
outros substratos da CYP2E1.
e) Sabal + Dextrometorfano
O sabal não parece afetar o metabolismo do dextrometorfano.
Evidências clínicas: Em um estudo realizado com 12 indivíduos saudáveis, a
administração de 320mg de sabal diariamente, por 15 dias, não afetou o
metabolismo de uma dose única de 30mg do dextrometorfano administrado
no 14ºdia.
Mecanismo: O dextrometorfano é utilizado como substrato modelo da
isoenzima CYP2D6 do citocromo P450. O sabal não parece inibir essa rota do
metabolismo.
Importância e conduta: As evidências parecem ser limitadas ao estudo
citado, que sugere improbabilidade de que o sabal aumente os níveis do
dextrometorfano. O dextrometorfano é utilizado como um fármaco modelo
para a avaliação da atividade da CYP2D6, e, portanto, esses resultados
também sugerem improbabilidade de uma interação farmacocinética entre
sabal e outros substratos da CYP2D6.
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Referências Bibliográficas:
1. WILLIAMSON, E.; DRIVER, S.; BAXTER, K. Interações Medicamentosas
de Stockley: Plantas Medicinais e Medicamentos Fitoterápicos.
Editora Artemed, Porto Alegre – RS, 2012.
2. SABAL.
Disponível
em:
<http://www.plantasmedicinaisefitoterapia.com/plantas-medicinais-sawpalmetto.html>
3. SABAL.
Disponível
em:
<http://www.plantamed.com.br/plantaservas/especies/Serenoa_repens.htm
>
4. SABAL.
Disponível
em:
<http://www.plantasquecuram.com.br/ervas/sabal.html#.UXfi3Z25d94>
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