UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIA DA NUTRIÇÃO CÁSSIA SURAMA OLIVEIRA DA SILVA RELAÇÃO ENTRE OS VALORES DE PROTEÍNA C-REATIVA-us, LEUCÓCITOS E LINFÓCITOS E O CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL DE VITAMINAS COM AÇÃO EM IDOSOS: UM ESTUDO ANTIOXIDANTE EPIDEMIOLÓGICO CLÍNICO JOÃO PESSOA-PB 2014 CÁSSIA SURAMA OLIVEIRA DA SILVA RELAÇÃO ENTRE OS VALORES DE PROTEÍNA C-REATIVA-us, LEUCÓCITOS E LINFÓCITOS E O CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL DE VITAMINAS COM AÇÃO EM IDOSOS: UM ESTUDO ANTIOXIDANTE EPIDEMIOLÓGICO CLÍNICO Dissertação apresentada ao Programa de PósGraduação em Ciências da Nutrição, Centro de Ciências da Saúde, da Universidade Federal da Paraíba, para obtenção do título de Mestre em Ciências da Nutrição. Orientadora: Profa. Dra. Maria José de Carvalho Costa Co-orientador: Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima JOÃO PESSOA-PB 2014 S586r Silva, Cássia Surama Oliveira da. Relação entre os valores de proteína C-reativa-us, leucócitos e linfócitos e o consumo alimentar habitual de vitaminas com ação antioxidante em idosos: um estudo epidemiológico clínico / Cássia Surama Oliveira da Silva.-- João Pessoa, 2014. 104f. : il. Orientadora: Maria José de Carvalho Costa Coorientador: Roberto Teixeira Lima Dissertação (Mestrado) – UFPB/CCS 1. Nutrição. 2. Idoso. 3. Leucócitos. 4. Proteína C-reativa. 5. Vitaminas antioxidantes. UFPB/BC CDU: 612.39(043) CÁSSIA SURAMA OLIVEIRA DA SILVA RELAÇÃO ENTRE OS VALORES DE PROTEÍNA C-REATIVA-us, LEUCÓCITOS E LINFÓCITOS E O CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL DE VITAMINAS COM AÇÃO ANTIOXIDANTE EM IDOSOS: UM ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO CLÍNICO Data de Defesa: João Pessoa, ___/___/2014 BANCA EXAMINADORA ___________________________________________ Profa. Dra. Maria José de Carvalho Costa Orientadora Titular (UFPB/CCS/PPGCN) ____________________________________________ Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima Co-Orientador (UFPB/CCS/PPGCN) ____________________________________________ Profa. Dra. Maria da Conceição Rodrigues Gonçalves Membro interno – Titular (UFPB/CCS/PPGCN) ___________________________________________ Prof. Dr. Rodrigo Pinheiro de Toledo Vianna Examinador Interno – Suplente (UFPB/CCS/PPGCN) ___________________________________________ Profa. Dra. Mônica Maria Osório de Cerqueira Examinador Externo – Titular (UFPE/CCS/PPGCN) ___________________________________________ Profa. Dra. Luiza Sonia Rios Asciutti Examinador Externo - Suplente (FCM/PB) Dedico este trabalho a Deus,minha fonte de inspiração e renovação, a toda minha família especial minha amada mãe Nércia e a minha atenciosa mestra, Profa. Maria José de Carvalho Costa. AGRADECIMENTOS À Deus, por conceder-me a oportunidade nesta existência de participar desse mestrado em nutrição. A São Francisco de Assis pelo exemplo de humildade e sabedoria mostrado em sua caminhada que serviu, serve e servirá de exemplo para a minha vida e que me guiou e ouviu minhas preces. A espiritualidade pela assistência prestada a esta criatura. A minha amada mamãe Nércia Oliveira da Silva pelo amor e dedicação concedidos na minha criação, que apesar da pouca instrução, foi sábia em me dar a oportunidade e incentivo para o acúmulo de conhecimento profissional e humano e dos meus irmãos, Cassiano e Cássio por acreditarem no meu potencial. Obrigada! Amo vocês incondicionalmente! A minha família, meu esposo Reginaldo e filhas Letícia e Mariana, que são fortaleza da minha caminhada, pela paciência e compreensão na minha ausência. A minha orientadora Maria José, não tenho palavras para expressar minha gratidão, pela confiança, pelos ensinamentos, pelas orientações e pelo respeito e amizade que construímos durante o mestrado, meu muito obrigada. A Mussara pela capacidade em direcionar as pessoas que estão ao seu redor e pelo encorajamento e incentivo na caminhada do mestrado. A Fernanda, Chistiane, Rafaela, Raquel,Débora, Danielle pela amizade construída nessa caminhada e em especial a amiga de todos os momentos Maristelli Morais. As minhas queridas amigas Kátia Danniella e Kelly Dannúbya por estarem comigo dividindo momentos bons e ruins, apesar da distância física,mas sempre com palavras de incentivo e animo. Aos secretários da Pós-Graduação, Carlos e Marcos, que me ajudaram em muitos momentos da maneira mais paciente e alegre possível. As principais amigos Luciana, Jousianny, Ianna, Camyla, Lydiane, Evi, Helena e Arlison que compartilharam essa caminhada nos momentos de alegrias, cansaço, angústias e desânimo. As amigas de trabalho ST Francicleide e Sônia pelo suporte na minha ausência e principalmente pelo apoio e compreensão. A minha amiga ST Paula pela palavra de apoio. Muito obrigada. Ao diretor executivo Coronel Thelman pela sensibilidade da importância desse trabalho para a minha vida. À equipe do Hospital da Polícia Militar Edson Ramalho por toda a compreensão. À escola de enfermagem Rosa Mística pelo o apoio e carinho. À Professora Doutora Luiza Asciutti por participar da Banca e por muito contribuir com discussões, correções e sugestões que me permitiram concluir este trabalho. Aos Professores Doutor Roberto Teixeira, Doutor Rodrigo Vianna e Doutora Maria Conceição e Doutora Mônica Osório por aceitarem participar da Banca e pela oportunidade de crescimento, aprendizado, realização profissional e pessoal. Aos idosos e seus familiares, por acolherem em seus domicílios toda a equipe, confiarem e contribuírem com a Ciência da Nutrição, efetivando a concretização deste trabalho. A todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para este trabalho, meus sinceros agradecimentos. “Deus não escolhe os preparados; Mas prepara os escolhidos...” Autor desconhecido RESUMO O consumo de vitaminas de ação antioxidante pode contribuir para a promoção da saúde, do bem-estar e longevidade em idosos. Neste contexto, a presente pesquisa teve como objetivo principal avaliar a relação entre os valores de proteína c-reativa ultra sensível (PCR-us), leucócitos e linfócitos e o consumo alimentar habitual de vitaminas com ação antioxidante, considerando a inexistência de estudo. Adotou-se delineamento epidemiológico transversal, utilizando-se uma amostragem estratificada da população de idosos do município de João Pessoa/Paraíba/Brasil. Participaram do estudo 174 idosos com idade entre 60 e 90 anos, de diferentes condições socioeconômicas, portadores ou não de doenças crônico-degenerativas e em uso ou não de medicamentos. Aplicaram-se questionários para obtenção de informações socioeconômicas, demográficas, epidemiológicas e de consumo alimentar e realizaram-se a avaliação nutricional e análises bioquímicas. Quanto ao consumo alimentar habitual das vitaminas com ação antioxidante, o consumo médio de vitamina A, β-caroteno, vitamina E e vitamina C foram de 1994,39±1421,24 (µg RAE/dia), 5959,29±4739,66 (µg/dia), 6,01±4,44 (mg/dia) e 162,10±118,12 (mg/dia), respectivamente. Para verificar a correlação entre as variáveis do estudo utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. Houve correlação negativa entre os valores de leucócito e vitamina E (r = -0,29, p = 0,0316), β-caroteno (r = 0,32, p = 0,0189) e vitamina A (r = -0,36, p = 0,0062). Não foi encontrada correlação significativa entre os valores de leucócito e vitamina C, como também entre PCR-us e o consumo alimentar habitual dessas vitaminas. Não encontrou-se relação entre as variáveis do estudo ao aplicar-se a regressão línea múltipla. Com base nas correlações encontradas entre os valores de leucócitos e as vitaminas mencionadas, a ingestão dessas vitaminas, seria ainda mais justificada, considerando-se também, a sua importância na adequação dos valores de leucócitos. Palavras-chaves: Idoso. Leucócitos. Proteína C-reativa . Vitaminas antioxidantes. ABSTRACT The intake of vitamins with antioxidant effect may contribute to the betterment of the elderly’s health, well-being, and longevity. In this context, the present research had as it main objective to assess the relation among high sensitivity C-Reactive Protein (hs-CRP), leukocytes and lymphocytes and the habitual eating intake of vitamins with antioxidant effect, while taking into consideration the lack of study on it. The cross-sectional epidemiological design was the one adopted using a stratified representative sample of the elderly population from the city of João Pessoa/Paraíba/Brazil. The study included 174 elderly people aged between 60 and 90 years old, from different socioeconomic conditions, with or without chronic-degenerative diseases, taking some medicine or not. Questionnaires were applied to obtain socioeconomic, demographic, epidemiological and food consumption information and there were nutritional assessment and biochemical analyzes. Regarding the habitual intake of vitamins with antioxidant effect, the average consumption of vitamin A, β-carotene, vitamin E and vitamin C were 1994,39±1421,24 (µg RAE/day), 5959,29±4739,66 (µg/day), 6,01±4,44 (mg/day) e 162,10±118,12 (mg/day), respectively. To verify the correlation among the variables of the study, Spearman correlation coefficient was used. There was a negative correlation between the values of leukocytes and vitamin E (r = -0.29, p = 0.0316), β carotene (r = -0.32, p = 0.0189) and vitamin A (r = - 0.36, p = 0.0062). No significant correlation was found between the values of leukocyte and vitamin C, as well as between PCR-us and the habitual eating intake of these vitamins. No relation was found among study variables when the multiple linear regression was applied. Based on the correlations found, for the first time in elderly, among the values of leukocytes with vitamin B, β-carotene, and vitamin E, the intake of these vitamins would be even more taking into consideration also its importance in the adequacy of the leukocyte values. Keywords: Elderly . Leukocytes. C-reactive protein. Vitamins antioxidants. LISTA DE ILUSTRAÇÕES ILUSTRAÇÕES DA DISSERTAÇÃO Figura 1 - Mapa do município de João Pessoa dividido por Distritos Sanitários.......... 32 Figura 2 - Mapa utilizado no sorteio de quadras, João Pessoa/PB................................ 33 Figura 3 - Diagrama dos cálculos para definição da amostra dos cinco distritos do município de João Pessoa.............................................................................. Figura 4 - Esquema de sorteio aleatório de casas.......................................................... Figura 5 - Fluxograma do trabalho de campo realizado no município de João Pessoa 39 41 42 ILUSTRAÇÕES DE OUTROS RESULTADOS ENCONTRADOS Figura 1 - Correlação entre os valores de leucócitos (/mm3) e o consumo habitual de vitaminas com ação antioxidante.................................................................. 102 LISTA DE QUADROS QUADROS DA DISSERTAÇÃO Quadro 1 - Critérios para estratificação final da amostra........................................... 34 Quadro 2 - Estratificação dos bairros por renda......................................................... 35 Quadro 3 - Cálculo da estimativa do tamanho da amostra......................................... 35 Quadro 4 - Amostra de quadras por bairro................................................................. 36 Quadro 5 - Valores de referência do IMC.................................................................. 43 Quadro 6 - Valores de referência do IMC.................................................................. 43 Quadro 7 - Valores de referência de vitaminas (A, E e C)......................................... 45 Quadro 8 - Valores de referência da PCR-us.............................................................. 46 Quadro 9 - Valores de referência de leucócito e linfócito.......................................... 47 QUADRO DE OUTROS RESULTADOS ENCONTRADOS Quadro 10 - Estudos realizados com consumo de vitaminas A, β-caroteno e vitamina E nos últimos seis anos............................................................. 104 LISTA DE TABELAS TABELAS DO ARTIGO Tabela 1 - Características da amostra do estudo.......................................................... 96 Tabela 2 - Consumo médio habitual de vitaminas com ação antioxidante.................. 97 Tabela 3 - Correlação entre os valores de PCR-us (mg/dL) e leucócitos com o consumo habitual de vitaminas com ação antioxidante............................. 98 TABELAS DE OUTROS RESULTADOS ENCONTRADOS Tabela 1 - Características da população representativa de idosos do município de João Pessoa/PB/Brasil, 2008-2010............................................................. Tabela 2 - Consumo médio habitual de vitaminas de vitamina A, β-caroteno, vitamina C vitamina E dos idosos de João Pessoa/PB/Brasil.................... Tabela 3 - 100 101 Correlação entre linfócitos(/mm3) e o consumo médio habitual de vitamina com ação antioxidante................................................................ 103 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AVE Acidente Vascular Encefálico CCS Centro de Ciências da Saúde CD3 Cytotoxic T lymphocytes CD4 Helper T lymphocytes CD8 Cytotoxic T lymphocytes CD58 Cytotoxic T lymphocytes CNPq Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico DCNT Doença Crônica Não - Transmissíveis DCV Doença Cardiovascular EPIC The European Prospective Investigation into cancer and Nutrition DIC Doença Infecto Contagiosa DM2 Diabetes Mellitus tipo 2 EAR Estimated Average Requirement EARs Estimated Average Requirements EPIC The European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition EUA Estados Unidos da Américas FAPESQ-PB Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba FNT-α Tumor Necrosis Factor α HOMA-IR Homeostasis Model Assessment of Insulin Resistance HP 2000 Healthy people 2000 HP 2010 Healthy people 2010 HP 2020 Healthy people 2020 HULW Hospital Universitário Lauro Wanderley IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IDEME Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba I DISANDNT/JP Primeiro diagnóstico e intervenção da situação alimentar, nutricional e das doenças não transmissíveis mais prevalentes da população do município deJoãoPessoa/PB IL-1 Interleukin-1 IL-6 Interleukin-6 IL-8 Interleukin-8 IMC Índice de Massa Corporal IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano NIESN Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Saúde e Nutrição NHANES Third National Health and Nutrition Examination Survey PAI- 1 Plasminogen activator inhibitor-1 PAD Pressão Arterial Diastólica PAS Pressão Arterial Sistólica PCR Proteína C-reativa PCR-us Proteína c-reativa ultra-sensível PPGCN Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição QQFCA Questionário Quantitativo de Frequência do Consumo Alimentar RE Retinol Equivalente UFPB Universidade Federal da Paraíba WHO World Health Organizathion SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO……………………………………………………………… 18 2 REVISÃO DE LITERATURA....................................................................... 20 2.1 CONSUMO DE MICRONUTRIENTES E DOENÇAS CRÔNICAS.............. 20 2.2 PCR E CONSUMO DE MICRONUTRIENTES.............................................. 25 2.3 LEUCÓCITOS E DOENÇA CRÔNICA.......................................................... 28 3 MATERIAIS E MÉTODOS........................................................................... 32 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO............................................................... 32 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA........................................................................... 33 3.2.1 Critérios de inclusão........................................................................................ 35 3.2.2 Critérios de exclusão........................................................................................ 39 3.3 QUESTÕES ÉTICAS........................................................................................ 40 3.4 COLETA DE DADOS....................................................................................... 40 3.5 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA.............................................................. 42 3.5.1 Peso.................................................................................................................... 42 3.5.2 Altura................................................................................................................ 43 3.5.3 Índice de Massa Corporal (IMC)................................................................... 43 3.6 AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICO.............................................................. 44 3.6.1 Renda Familiar................................................................................................ 44 3.6.2 Escolaridade..................................................................................................... 44 3.7 AVALIAÇÃO DIETÉTICA.............................................................................. 44 3.8 OUTROS ESTILOS DE VIDA......................................................................... 3.9 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA...................................................................................... 45 45 3.9.1 Dosagem de proteína C-reativa...................................................................... 46 3.9.2 Dosagem de leucócitos e linfócitos................................................................... 46 3.10 TRATAMENTO ESTATÍSTICO...................................................................... 47 REFERÊNCIAS............................................................................................... 48 Apêndice A - Termo de Consentimento Livre e Esclarecido............................ 60 Apêndice B - Identificação do distrito, número do caso e USF........................ 61 Apêndice C - Caracterização socioeconômica e demográfica.......................... 62 Apêndice D - Caracterização epidemiológica................................................... 63 Apêndice E - Inquérito de frequência de consumo alimentar........................... 64 Apêndice F - Avaliação antropométrica........................................................... 71 Apêndice G - Ficha de encaminhamento para coleta de sangue e intervenção 72 Anexo A - Parecer do Comitê de Ética.............................................................. 73 ARTIGO........................................................................................................... 74 OUTROS RESULTADOS ENCONTRADOS.............................................. 99 18 1 INTRODUÇÃO Os micronutrientes podem modificar respostas relacionadas ao sistema imunológico inato e reduzir o risco de inúmeras doenças crônicas (ASTRUP; BUGEL, 2010). A ingestão de micronutrientes (vitaminas A, vitamina C, vitamina E) tem a capacidade de melhorar o funcionamento do sistema imune e modular o estresse oxidativo (GARCIA-BAILO et al., 2011; BADAWI et al., 2010; SOORY, 2009; MAGGINI et al., 2007). Os micronutrientes com propriedade antioxidante (vitaminas A, E e C) podem possuir um importante papel na prevenção e no tratamento da obesidade e comorbidades associadas quando incluído em um padrão alimentar saudável, e também podem participar dos mecanismos protetores desses alimentos e modular o estado inflamatório e oxidante associado à obesidade (BRESSAN et al., 2009). Além disso, o consumo de micronutrientes com capacidade antioxidante poderia inibir vários processos pró-aterogênicos na parede endotelial e prevenir a aterosclerose e suas manifestações clínicas (SCHEURIG et al., 2008).Os compostos antioxidantes bioativos presentes principalmente em frutas e vegetais tem sido considerados de grande relevância na nutrição e na prevenção e tratamento de doenças crônicas (YANG; LAMBERT; SANG, 2009). O envelhecimento está associado a um estado de baixo grau de inflamação que torna o idoso vulnerável a diversas doenças. O sistema imunológico com o envelhecimento sofre alterações em todos os leucócitos que afetam as funções imunológicas inata e adaptativa (DESAI; GROLLEAU-JULIUS; YUNG, 2010), como também inúmeros parâmetros imunológicos são diferentes em comparação aos jovens, sugerindo que as funções da imunidade inata e adquirida em idosos está relacionada com o estado de saúde (CARUSO et al., 2009). O envelhecimento está relacionado ao comprometimento do sistema imunológico e tem sido positivamente associada com a proteína C-reativa (PCR) (DEVARAJ; SIEGEL; JIALAL, 2011), fibrinogênio e hemocisteina (NGUYEN et al., 2009) e, também, com inflamação sistêmica de baixo grau (ROCHA; FOLCO, 2011; IKEOKA; MADER; PIEBER, 2010; KARALIS et al., 2009), tendo como, contribuinte várias citocinas com destaque para PCR, por ser a mais estudada na literatura, estando também associada a marcadores inflamatórios tais como Interleucina-6 (IL-6) [interleukin-6 (IL-6)], IL-1 (DALMAS et al., 2011) e Factor de Necrose Tumoral-α (TNF-α) [Tumor Necrosis Factor-α (TNF-α)](MCCLUNG; KARL, 2009). 19 Os valores de leucócitos e PCR prever a mortalidade de idosos de forma independente (WILLEMS et al., 2010). Indivíduos com valores elevados de PCR e leucócitos foram significativamente associados com riscos de resistência à insulina, mais precisamente do que um deles sozinho, considerando que a PCR pode ser um biomarcador mais eficaz do que leucócitos (XU et al., 2011). Em um estudo realizado no sul da Alemanha constatou-se que o consumo elevado de vitamina E com outras vitaminas foi significativamente associado com menores níveis de proteína C-reativa ultra sensível (PCR-us) (SCHEURIG et al., 2008). Em outro estudo, observou-se associação entre níveis de β-caroteno com leucócitos e proteína C-reativa ultra sensível (VAN HERPEN-BROEKMANS et al., 2004). Considerando a inexistência de estudos na literatura consultada sobre a relação entre os valores de leucócitos e PCR-us como consumo alimentar habitual de vitamina com ação antioxidante em idosos, este estudo é pertinente, e tem como objetivo principal avaliar a relação entre os valores de leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual de vitamina A, βcaroteno, vitamina C e vitamina E e como objetivos específicos: avaliar o consumo alimentar habitual de vitaminas com ação antioxidante e analisar os valores de PCR, leucócitos e linfócitos nos idosos. 20 2 REVISÃO DE LITERATURA 2.1 CONSUMO DE MICRONUTRIENTES E DOENÇAS CRÔNICAS As principais causas de mortalidade em idosos, foram as DCNT, sendo responsáveis por 70% das mortes em indivíduos idosos ≥ 65 anos no Estados Unidos da América (EUA) (HERON, 2011). Com o processo de envelhecimento da população, há uma estimativa mundial de 36 milhões em 2008 para 52 milhões em 2030, ao número de pessoas que morrem devido as DCNT (WHO, 2010). Troesch, Eggersdorfer e Weber. (2012), em países ocidentais, observaram uma associação entre consumo inadequado de vitaminas e DCNT, em dados de inquéritos de consumo alimentar, mesmo em idosos saudáveis. As ingestões de várias vitaminas foram abaixo das recomendações em indivíduos adultos, realizado na Alemanha, Reino Unido, Holanda e EUA (TROESCH et al., 2012). Em estudo de meta-análise observou-se um efeito preventivo significativo do consumo de β-caroteno, vitamina C e vitamina E em neoplasia cervical (MYUNG et al., 2011). O estudo de Kim et al. (2010) ao relacionar o consumo de vitaminas antioxidantes e neoplasia cervical observou-se que os indivíduos que estavam no quartil mais elevado de consumo de vitamina A, β-caroteno e vitamina C apresentaram menor risco de neoplasia cervical em relação ao quartil mais baixo. Analisou-se 432 mulheres com idade entre 20 a 75 anos, no período entre 2006 a 2007. Os compostos antioxidantes bioativos presentes principalmente em frutas e vegetais tem sido considerados de grande relevância na nutrição e na prevenção e tratamento de doenças crônicas (YANG; LAMBERT; SANG, 2009). Os micronutrientes com propriedade antioxidante (vitaminas A, E e C) podem possuir um importante papel na prevenção e no tratamento da obesidade e comorbidades associadas quando incluído em um padrão alimentar saudável, e também podem participar dos mecanismos protetores desses alimentos e modular o estado inflamatório e oxidante associado à obesidade (BRESSAN et al., 2009). Além disso, o consumo de micronutrientes com capacidade antioxidante poderia inibir vários processos próaterogênicos na parede endotelial e prevenir a aterosclerose e suas manifestações clínicas (SCHEURIG et al., 2008). A prevalência de deficiência de micronutrientes em indivíduos obesos ou sobrepeso foram maiores em relação aos indivíduos com o IMC (Índice de Massa Corporal) normal (LEAO; SANTOS, 2012; CALDER et al., 2011). As conseqüências dessas deficiências têm efeitos significativos sobre as complicações da obesidade, como distúrbios metabólicos, 21 resistência a insulina e aterosclerose (CARPENTIER et al., 2013). Logo, uma parte significativa da população pode ser acometida pela deficiência de micronutrientes, considerando a prevalência mundial da obesidade, mesmo em países ocidentais ricos (DAMMS-MACHADO; WESER; BISCHOFF, 2012). Ravindran et al. (2011) constataram que o consumo inadequado de vitamina C, refletido pelo baixo consumo de frutas e vegetais, foi associado ao tabagismo,considerado fatores de risco para a deficiência de vitamina C, em duas (norte e sul) comunidades pobres da Índia, em idoso com idade ≥ 60 anos. Nessas comunidades foram evidenciadas concentrações adequadas de vitamina C em 10% e 25%, norte e sul, respectivamente. Os pesquisadores observaram que são necessárias um conjunto de medidas, incluindo política agrícola,desencorajar o uso do cigarro, promover a conscientização dessas comunidades através da educação para melhorar o consumo de alimentos ricos em vitamina C e contratação de nutricionistas locais, enfatizando a necessidade de informações sobre o estado nutricional dos idosos. Em dados mundiais observou-se que mais de três quarto da população consomem menos do que o mínimo recomendado de cinco porções diárias de frutas e vegetais (HALL et al., 2009). Os autores colocam que a ingestão insuficiente destes alimentos contribuem em aproximadamente 14% de câncer gastrointestinal, 11% das Doenças Infecto Contagiosas (DIC) e 9% das mortes por Acidente Vascular Encefálico (AVE) e aproximadamente 2,9% de mortalidade em geral no mundo (WHO, 2009). Os estudos intitulados Pessoas Saudáveis 2000 [Healthy People 2000 (HP 2000)], HP 2010 e HP 2020 (U. S. DEPARTMENT OF HEALTH..., 2010) onde os pesquisadores recomendam aumentar o consumo de frutas e vegetais, para todos os norte-americanos com idade entre dois anos e mais velhos, como também nas diretrizes mais recentes, ressalta-se a importância da variedade no consumo desses vegetais (com coloração de verde-escuro, vermelho e laranja), que irá contribuir para uma ingestão adequada de micronutrientes, fibras e infinidade de outros compostos bioativos importantes. O aumento do consumo de frutas e vegetais é visto como um grande problema de saúde pública (U.S. DEPARTMENT OF AGRICULTURE..., 2010), considerando que o consumo adequado destes alimentos pode reduzir o risco das principais causas de morbidade e mortalidade, incluindo obesidade (MICHIMI; WIMBERLY, 2010), diabetes tipo 2 (DM2) (CARTER et al., 2010) e doença cardíaca (AATOLA et al., 2010). As vitaminas antioxidantes, fibras, folato e grande número de não-nutrientes fitoquímicos como os carotenóides e polifenóis presentes nesses alimentos possuem potenciais cardioprotetores (CHONG; MACDONALD; LOVEGROVE, 2010). Assim, observou-se em estudos epidemiológicos que o 22 consumo desses alimentos reduziu o risco de DCV (Doença Cardiovascular) (DAUCHET; AMOUYEL; DALLONGEVILLE, 2009) e menor risco de ganho de peso (BUIJSSE et al., 2009; MOZAFFARIAN et al., 2011). Há fortes evidências que dietas ricas em vitaminas antioxidantes podem ser consideradas um fator importante para os efeitos antiinflamatório, imunomodulador e antihipertensivo(VASDEV; STUCKLESS; RICHARDSON, 2011). Logo, orientações nutricionais aos idosos devem valorizar o consumo de grande variedade de alimentos de todos os grupos e escolher alimentos ricos desses nutrientes com o intuito de assegurar que o consumo de vitamina atinja os níveis recomendados (TOFFANELLO et al., 2011). Além disso, observou-se que uma medida preventiva de baixo custo para reduzir a alta prevalência de obesidade, adiposidade e inflamação, foi melhorar o estado nutricional com vitaminas e minerais (GARCÍA et al., 2012). Avaliando idosos com idade entre 60-93 anos, na África do Sul, em estudo transversal, observou-se baixa ingestão dietética e alta prevalência de deficiência de vitamina A e E em235 idosos. Os autores concluíram que são necessárias estratégias de intervenção de base sustentáveis nesta comunidade para resolver esta vulnerabilidade nutricional. A ingestão de vitamina A foi de 426±666 µg ER/dia [Equivalente de retinol (ER)] [Retinol Equivalents (RE)] em homens e 368± 811 µg ER/dia em mulheres, a média de ingestão de vitamina E para homens e mulheres foi de 5,4 ±5,2 mg/dia e 4,0 ±0,5 mg/dia, respectivamente. Quase um terço dos idosos consumiram menos do que 100% da necessidade média estimada (RAE) [Estimated Average Requirement (EAR)] para ambas as vitaminas (OLDEWAGE-THERON; SAMUEL; DJOULDE, 2010). Sebastian et al. (2007) constataram que indivíduos mais velhos não consomem quantidade suficiente de nutriente proveniente de alimento, em 4384 indivíduos,com idade entre 51 anos ou mais. O consumo médio de vitamina E em homens e mulheres, com idade ≥ 71anos, foram de 6,2±0,4 mg/dia e 4,5±0,2 mg/dia, respectivamente. Em resultado de estudo transversal, realizado na Nigéria,observou-se que o consumo de vitamina A variou de 269 - 487 µg/dia e vitamina C variou 24,8 - 42,8 mg/dia, em 240 idosos com idade ≥ 60 anos. Logo, constatou-se a necessidade de programas específicos para o idoso com o intuito de melhorar seu estado nutricional através da diversificação da dieta e boas práticas de preparação de alimentos devido à carência da dieta em vitaminas e minerais. Assim, um fator que compromete a situação nutricional da população idosa nos países em desenvolvimento é a ingestão inadequada de alimentos durante a maior parte de sua infância e a vida adulta (OLAYIWOLA et al., 2012). 23 Toffanello et al. (2011) observaram que a ingestão diária de vitamina A foi 1.347 ±725,4 µg ER/dia em homens e 1.079 µg ER/dia em mulheres, no início do estudo, em 1988, valores que excederam o valor de referência (700 µg Retinol/dia- recomendação europeia). Após dez anos (1998), houve uma redução média de 577µg ER/dia e 355µg ER/dia em homens e mulheres, respectivamente, o que representa que mais de 50% da amostra eram deficientes dessa vitamina. A ingestão diária média de vitamina C foi superior a 100 mg/dia em ambos os sexos e ocasiões, superior ao valor de referência europeia de 30 mg/dia. A análise incluiu 78 idosos italianos saudáveis com idade entre 70-75 anos, que participaram da reavaliação em 1999. A média de IMC foi 26 kg/m2 em homens e 25 kg/m2 em mulheres, não havendo mudança após dez anos. Jablonowska-lietz, Jarosz, Nowicka. (2013) observaram que a ingestão média foram 1076±748 µg RAE/dia de vitamina A (incluindo 46% de retinol e de 55% de beta-caroteno), 107±62mg/dia de vitamina C e 10,1±5,1 mg/dia de vitamina E. A ingestão dessas vitaminas foram maiores em homens em relação às mulheres. A ingestão dietética de vitamina antioxidante foi avaliada por registros individuais de três dias. Avaliou-se 182 adultos poloneses saudáveis. Em estudo realizado com 106 adultos coreanos (33 homens e 73 mulheres) que viviam em Seul, área metropolitana, com idades entre 20-59 anos, constatou-se que o consumo médio de vitamina A foi de 531,84 ± 226,42 µg RAE/dia, sendo na idade entre 50-59 anos foi de 532,09± 184,11 µg RAE/dia. Os autores concluíram queo consumo de vitamina A foi adequado em adultos coreanos, apesar de 17 % dos indivíduos tinha o consumo médio abaixo do valor de referência (KIM; KIM; CHO, 2012). Em pesquisa realizada por García et al. (2012) observou-se que a deficiência de micronutrientes pode estar contribuindo para o aumento da obesidade e sobrepeso. Logo, os autores sugeriram que o consumo adequado de micronutrientes auxilia no tratamento e prevenção da obesidade. Avaliando 580 mulheres com idade 25-55 anos em seis comunidades rurais do México, em estudo transversal, observou- se níveis baixo de vitamina C e A e que foram associadas com obesidade, adiposidade e concentrações de leptina. Assim, as deficiências de micronutrientes continuam sendo um problema de saúde pública em inúmeras regiões do mundo, não apenas em regiões pobres, mas também em países desenvolvidos (GARCÍA et al., 2009), nesse sentido pesquisadores também observaram que indivíduos obesos tinham menores concentrações de vitamina C do que não-obesos (AASHEIM et al., 2008). Em estudo de Coorte realizado na Europa intitulado Investigação Prospectiva Europeia sobre Câncer e Nutrição [The European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition 24 (EPIC)], desenvolvido entre 1995-2000, observou-se que o consumo de vitamina C variou entre 80 mg/dia a 230 mg/dia e que o consumo dessa vitamina foi mais evidente em homens do que em mulheres. Avaliou-se 36.034 indivíduos com idade entre 35 a 75 anos, que foram recrutados em 27 centros de dez países europeus, utilizou-se o recordatório de 24 horas para avaliar o consumo das vitaminas. Os pesquisadores constataram que o consumo de vitamina C foi menor entre os indivíduos com IMC elevado (≥ 30 Kg2/mg) e associado com maior grau de instrução (OLSEN et al., 2009). Um estudo realizado na Europa que teve por objetivo analisar a prevalência do consumo inadequado de alguns micronutrientes em adulto (com idade entre 19-64 anos) e idoso (com idade superior a 64 anos) observou-se que o consumo de vitamina C apresentou maior prevalência de consumo inadequado em idosos (VIÑAS et al., 2011). No EPIC observou-se que o consumo médio de β-caroteno variou entre 1901µg/dia a 3907 µg/dia em homens e 1520 µg/dia a 4590 µg/dia em mulheres. Os estudiosos encontraram associação significativa entre baixo consumo de β-caroteno com baixo grau de escolaridade que foi evidente em mulheres. Em relação ao consumo médio de vitamina E,esse variou entre 9,3 mg/dia a 20,1 mg/dia. No geral, os homens consumiram 14,5 mg/dia o que foi significativamente superior a 11,1 mg/dia nas mulheres. Em ambos, homens e mulheres, indivíduos com IMC < 25 kg/m2 tinham significativamente maior ingestão de vitamina E do que aquelas com IMC elevado (≥ 30 kg/m2) (JENAB et al., 2009). Analisando, 815 indivíduos com idade entre 18 a 77 anos, idade média de 42,5 anos, realizado na Espanha, evidenciou-se que o consumo médiode β-caroteno foi de 2217,8 (2217,7-2218) µg/dia, A dieta foi avaliada através do método de registro alimentar estimado, superior a 3 dias, em dias não consecutivos, incluindo finais de semanas e feriados (ROMEU et al., 2013). Segundo Hamulka, Wawrzyniak e Sulich. (2012), o consumo médio de β-caroteno foi de6,3mg/dia, analisando 512 adultos com idade entre 18-97 anos, no período entre 2010 a 2011, utilizando-se questionário de frequência alimentar para avaliar o consumo de carotenóides. Os participantes que possuíam maior nível de escolaridade consumiam quantidades significativamente maiores de carotenóides em relação ao nível de escolaridade primário e constataram maior consumo de β-caroteno em mulheres do que em homens. 25 2.2 PCR E CONSUMO DE MICRONUTRIENTES O envelhecimento é seguido pelo desenvolvimento de inflamação sistêmica de baixo grau denominado “inflamação do envelhecimento” (BARTLETT et al., 2012; ZULIANI et al., 2009), caracterizada pelo aumento da PCR e citocinas pró- inflamatórias (BARTLETT et al., 2012), e considerada como preditor de fragilidade (BAYLIS et al., 2013). A inflamação do envelhecimento está vinculada ao desenvolvimento de diversas patologias relacionadas com a idade que incluem DCV (LIBBY et al., 2010), câncer (GRIVENNIKOV; KARIN, 2011), osteoporose (LENCEL; MAGNE, 2011), síndrome metabólica (MONTEIRO; AZEVEDO, 2010), síndrome de fragilidade (ERSHLER, 2007) e doença de Alzheimer (MORALES; FARIAS; MACCIONI, 2010). A PCR é considerada um marcador inflamatório (BRONCEL; KOZIROÌ; CHOJNOWSKA-JEZIERSKA, 2008), sendo sintetizada principalmente pelo fígado mediante a estimulação do TNF-α e a IL- 6 (DEVARAJ; SINGH; JIALAL, 2009) e foi descoberta em uma substância presente no soro de pacientes com pneumonia pneumocócica, que reagiu com polissacarídio C de Streptococcus pneumonia (TILLETT; FRANCIS, 1930). No estudo de Cartier et al. (2009), foi observado uma associação positiva entre a idade e concentração de PCR-us. Nesse sentido, em outro estudo realizado com chineses, no qual observou-se que 36,56% dos indivíduos idosos (> 90 anos) tiveram valores de PCR-us (Proteína c-reativa ultra-sensível) >3mg/L e entre os indivíduos de meia- idade (40 a 59 anos) 16,79% apresentaram essa elevação nesse marcador, constatou-se que PCR-us foi significativamente maior com o avanço da idade (ZHAI et al., 2012). Além disso, os principais fatores de risco relacionados com a idade que compromete a saúde foram obesidade, estresse e tabagismo, e que esses fatores foram positivamente associados aos marcadores inflamatórios sistêmicos (MACAULAY; AKBAR; HENSON, 2013). Hirata et al. (2012) constataram que tabagismo e IMC em homens e mulheres japoneses foram associados com maiores valores da PCR-us, no período de 2004 a 2006, com idade entre 49-76 anos. Em estudo transversal que incluiu 2.999 homens com idade entre 50-85 anos, observou-se que o tabagismo foi expressivamente associado com níveis elevados de leucócitos e PCR e que parar de fumar reduziu os valores desses marcadores (LAO et al., 2009). O aumento de tecido adiposo é bastante comum no envelhecimento, que é uma preocupação crescente em outras faixas etárias devido ao comprometimento com a saúde (FLEGAL et al., 2010; OGDEN; CARROL, 2010). Segundo relatório de National Health and Nutrition Examination Survey (NHANES), a prevalência da obesidade em mulheres de 60 a 79 26 anos foi de 42,3%, em comparação com uma prevalência de 31,9 % em mulheres com idade entre 20 a 39 anos (FLEGAL et al., 2012).Enfatizando que a obesidade, entre as mulheres mais velhas representa um grave problema de saúde pública (ROSSEN et al., 2013). Estudos observaram a associação positiva entre os índices de obesidade e marcadores inflamatórios, principalmente PCR em mulheres (BOCHUD et al., 2009), mas também com outros marcadores inflamatórios, tanto em homens como em mulheres (NIJHUIS et al., 2009). Em estudo transversal, realizado em Porto, Portugal, com 1060 indivíduos (675 mulheres e 385 homens), com idade ≥ 18 anos,que tinha por objetivo estudar as associações entre o consumo de vitaminas antioxidantes, frutas, vegetais e fibras com a PCR-us, observouse que o consumo de vitamina C e vitamina E foram associado negativamente com PCR- us em homens (OLIVEIRA; RODRIGUEZ-ARTALEJO; LOPES, 2009). Scheurigetal. (2008); evidenciaram a associação entre PCR e ingestão de vitaminas, principalmente a combinação de vitamina E com outras vitaminas, como a vitamina C, vitamina B1, B2, B6, B12, niacina, ácido fólico, ácido pantotênico e selênio. Em estudo transversal, que utilizou-se dados do monitoramento de tendências e determinantes da DCV, em 2.045 mulheres e 2.172 homens, com idades entre 25-75 anos, no período de 1994 a 1995. Na identificação de indivíduos em risco de DCV, os valores de PCR podem ser importantes, para quantificar a eficácia das intervenções e prevenção da DCV (BOEKHOLDT; KASTELEIN, 2010), mas há controversas, por serem utilizados em inúmeras patologias, tais como câncer e doença do pulmão, tornando-os bastante inespecífico, como demonstrou-se na meta-análise realizado por pesquisadores no estudo denominado Emerging Risk Factors Collaboration (2010), ao observarem que os valores de PCR não possuem valor de relevância na predição ou direcionamento de doença coronária ou AVE (WALD; BESTWICK, 2010). A variedade do consumo de frutas e vegetais e não a quantidade foi associada com menor valor de PCR em população adulta mais velha (45 a 75 anos), onde foram avaliados aproximadamente1200 porto riquenho, observando-se redução da inflamação. A variedade do consumo de frutas e vegetais foi associada com menor concentração sérica de PCR após ajuste para idade, sexo, tabagismo, álcool, porções de frutas e vegetais, leucócitos, pressão arterial diastólica (PAD), diabetes, uso de medicação antiinflamatória não-esteróide, ingestão de energia e vitamina B-6, circunferência da cintura, estresse percebido e renda. Logo, uma dieta variada poderá fornecer inúmeros nutrientes necessários para obter proteção contra doenças crônicas (BHUPATHIRAJU; TUCHER; 2011). Nos dados referentes ao National Health and Nutrition Examination Survey 1999-2002 (NHANES 1999-2002), em estudo transversal, observaram que o consumo de vitamina C, 27 vitamina E e caroteno foram inversamente associados a valores de PCR-us > 3mg/l, em 8.335 participantes com idade entre 19-70 anos. Nessa população, a concentração média da PCR-us foi 4,14 mg/l. Os autores sugeriram que essas associações inversas poderiam esta relacionado com os mecanismos potenciais para o efeito benéfico da ingestão antioxidantes em mediadores de riscos de DCV em estudos observacionais (FLOEGEL et al., 2011). Nanri et al. (2007), observaram que o consumo elevado de carotenóides e vitamina C, mas não de vitamina E, foram inversamente associado ao valor da PCR-us. Além disso, o aumento do consumo de frutas e vegetais foram associados a níveis menores de PCR-us devido ao efeito antiinflamatório. Entretanto, em outro estudo, constatou-se que o consumo de vitamina C, vitamina E e β-caroteno não foram associados com PCR-us e outros marcadores, em 5181 indivíduos, com idade entre 45-84 anos (OLIVEIRA OTTO et al., 2011). Kubota et al. (2010), observaram que as concentrações séricas de vitamina C foram inversamente associada com níveis de PCR-us em homens e mulheres japoneses, principalmente entre os não-fumantes, mulheres com peso normal e pós-menopausa. Avaliouse 778 homens e 1.404 mulheres saudáveis, com idades entre 40-69 anos, em estudo transversal. Em um estudo realizado no sul da Alemanha constatou-se que o consumo elevado de vitamina E com outras vitaminas foi significativamente associado com menores níveis de PCRus (SCHEURIG et al., 2008).Van Herpen-Broekmans et al. (2004) observaram que níveis de βcaroteno foram inversamente associado com leucócitos total e PCR-us, em 379 adultos holandeses, enquanto que níveis de vitamina E foi positivamente associado com PCR-us. Fredrikson et al. (2004) evidenciaram que o consumo elevado de β -caroteno, vitamina C e fibras foi associado com baixos níveis de PCR-us. Resultados apresentados por Helmersson et al. (2009) refletem que a associação entre o consumo de vitamina C e α tocoferol, mas não de β-caroteno, sendo esses inversamente associados com PCR-us e IL-6, após sete anos, em 704 homens suecos com 70 anos de idade. Assim, estudos transversais e prospectivos consistentes demonstraram que o consumo elevado de vitamina C, vitamina E e carotenóides foram associados com menores níveis de inflamação de baixo grau. No entanto, não foi claro que a PCR deva ser considerada como o melhor marcador para inflamação de baixo grau em relação a qualquer outra medidas mediadoras, que incluem inúmeras citocinas, receptores solúveis de citocinas, quimiocinas, moléculas de adesão solúveis e outros (CALDER et al., 2011). 28 2.3 LEUCÓCITOS E DOENÇA CRÔNICA A resposta imune envolve a imunidade inata e adaptativa. Os linfócitos T desempenham papeis importantes na adaptação da resposta imune e que podem ser identificadas como linfócitos T auxiliares e citotóxicos. Os linfócitos T auxiliares (CD4)[ [Helper T lymphocytes] expressam a proteína CD4 na sua superfície, regula a resposta imune através da proteína de citocina que ativam macrófagos, células assassinas naturais e de linfócitos B. Os linfócitos T citotóxicos (CD8) [Cytotoxic T lymphocytes] expressam a glicoproteína CD8 na sua superfície que medeiam alvo citotóxico e morte de células infectadas por vírus e tumores, também estão implicados na rejeição de transplante (JANEWAY et al., 2005). A obesidade,síndrome metabólica e DCV comprometem a função imune, que provoca alterações nas contagens de leucócitos, como resposta mediadora das células imune (MENG et al., 2012; HEREDIA;GÓMEZ-MARTÍNEZ; MARCOS, 2012; EL-HAFEZ; EL-AZIZ, 2012; HANLEY et al., 2009; KIM et al., 2008; TAMAKOSHI et al., 2007). Em estudo transversal, realizado no Centro de Promoção a Saúde (Center for Health Promotion) investigou-se a relação entre contagem total e diferencial de leucócitos com obesidade, diabetes, hipertensão, dislipidemia e síndrome metabólica. A análise incluiu 15.654, com faixa etária de 14-90 anos, mediana de 46 anos, sendo 8380 homens e 7274 mulheres, de classe média alta e estabeleceu como critérios de exclusão portadores de hepatite B e C, fazendo uso de medicamentos anti-hipertensivos, anti-glicemiantes, anti-dislipidemicos e valores anormais de leucócitos (< 3.800 ou > 10.000/µL). Os autores observaram que a contagem total e diferencial de leucócitos aumentam com a presença de obesidade e as demais patologias. Além disso, essa relação significativa persistiu após o ajuste para idade, sexo, tabagismo, consumo de álcool, escolaridade e renda familiar (KIM et al., 2008). A obesidade caracteriza-se por comprometer a função imune, que provoca alterações nas contagens de leucócitos, como resposta mediadora das células imune, sabendo-se que o comprometimento da função imune contribui para a patogênese da obesidade. Os estudos observaram que o tecido adiposo visceral e obesidade abdominal em relação a gordura corporal total apresentam impacto maior no processo inflamatório, havendo um fleedback entre a inflamação local do tecido adiposo e alterações da resposta imune na obesidade, ambos contribuindo para desenvolvimento de complicações metabólicas (HEREDIA; GÓMEZ- MARTÍNEZ; MARCOS, 2012). 29 Oda (2013), ao comparar a PCR-us e leucócitos como preditor da síndrome metabólica de uma população japonesa, demonstraram que as duas variáveis igualmente prever o desenvolvimento da síndrome metabólica, mas são pobres preditores para indivíduos onde a obesidade não foi predominante. Odagiri et al. (2011), avaliando 5073 indivíduos, sendo 3.946 homens e 1.132 mulheres, com idade média de 42,5 anos, sem síndrome metabólica no início do estudo, em estudo de coorte, observaram que a estratificação dos leucócitos foi útil para prever o desenvolvimento futuro de síndrome metabólica em ambiente clínico. Logo, os leucócitos são mais úteis do que PCR-us, em ambiente clínico e check-up de saúde, universalmente disponível e o custo da análise é inferior à PCR-us. A contagem total de leucócito e seus subconjuntos foram associados a síndrome metabólica e seus componentes (obesidade, dislipidemia e hiperglicemia), que podem ser considerados marcadores apropriados e úteis, enfatizando que são medidas simples, prontamente disponível e de baixo custo, para a avaliação de risco adicional da síndrome metabólica podendo ser utilizado como biomarcador precoce para prever DCV do que os componentes da síndrome metabólica. No estudo de coorte longitudinal que foi iniciado em 2005, em que participaram 6.513 indivíduos chineses, de classe média alta e residente em área urbana,observou-se 255 casos de síndrome metabólica levando a uma densidade de incidência total de 11,45/1.000 pessoas/ano (255/22.279 pessoas/ano) (MENG et al., 2012). A contagem de leucócito foi definido como marcador de inflamação sistêmica, considerado como um fator de risco de mortalidade das DCV, em populações japoneses (TAMAKOSHI et al., 2007). Este marcador inflamatório pode ser utilizado, quando não há disponibilidade de realizara PCR-us, em sindrome metabólica, de forma alternativa, salientando que a PCR-us se sobrepõe em relação ao leucócito nesta situação, considerando queos valores de leucócitos são bastante utilizados na prática clínica (NORDESTGAARD et al., 2010; ODA; KAWAI, 2010). Além do mais, observou-se que a contagem de leucócitos e neutrófilos foram positivamente associadas com fatores de riscos cardiovasculares em indivíduos saudáveis da população ocidental e asiática (ODA; KAWAI, 2010). Estudo de base transversal tem observado que a contagem de leucócitos e seus subconjuntos (neutrófilos, monócitos, linfócitos, basófilos e eosinófilos) tiveram associações diferenciais com fatores de risco cardiovasculares em japoneses supostamente saudáveis, com idade média de 49,3±5,75 anos, logo, a contagem de leucócitos e seus subconjuntos podem ser utilizados para avaliar o risco de DCV. Neste estudo observou-se que o desenvolvimento de DCV associado com o tabagismo pode elevar a contagem de leucócitos e seus subconjuntos, destacando que o fumo foi positivamente associado com todas as contagem de subconjuntos de 30 leucócitos (MOCHIZUKI et al., 2012). Estudiosos afirmam que o fumo é considerado fator de risco para DCV(GASTALDELLI; FOLLI; MAFFEI, 2010). Otsuka et al. (2008) realizaram um estudo transversal, no Japão, ano de 2002, em que participaram 1.492 homens e 316 mulheres, com idade > 40 anos. Nesse estudo analisou-se a relação entre leucócitos e sete hábitos insalubres [hábitos alimentares inadequados, obesidade, tabagismo, ingestão de álcool, sono prejudicado, sedentarismo e estresse], considerados fatores de risco para mortalidade e em seguida agrupou-se as práticas saudáveis. Os autores observaram que os valores de leucócitos foram significativamente menores em indivíduos com peso normal (IMC < 25 Kg/m2) e não fumantes, enquanto que obesidade e tabagismo foram associados de forma independentemente com valores elevados de leucócitos, como também em homens fumantes (+20 cigarros/dia). Logo, a aquisição de uma prática saudável constatou-se diminuição no valor de leucócitos. Além disso, parar de fumar ou diminuir, em homens, considerou-se importante para evitar a inflamação de baixo grau. Em estudos de coorte, realizado no Japão, o primeiro estudo de coorte prospectivo para examinar as associações entre consumo de frutas e vegetais e o risco de câncer e DCV simultaneamente numa população Asiática, observou-se menor risco de mortalidade relacionada com DCV em indivíduos que apresentaram maior consumo de frutas e vegetais, participaram do estudo 77.891 homens e mulheres, com idade entre 45-74 anos, foi aplicado questionário de frequência alimentar validado em nove áreas, onde identificou-se 3.230 casos de câncer e 1.386 casos de DCV, o consumo de frutas e vegetais variavam entre 186 g/dia no quartil mais baixo para 733 g/dia no quartil mais elevado, ressaltando que o consumo desses alimentos foram maior em indivíduos mais velhos (58,1±7,7 anos ) (TAKACHI et al., 2008). O consumo de frutas foi associada à redução da mortalidade por DCV entre homens e mulheres japoneses, no estudo de Coorte Colaborativo para Avaliação de Risco de Câncer no Japão (The Japan Collaborative Cohort Study), participaram 25.206 homens e 34.279 mulheres com idades entre 40-79 anos, que foram acompanhados por 13 anos (1988-1990), enfatizando que os participantes com maior consumo de frutas fumavam menos, tinham menor média de ingestão de etanol, caminhavam mais e tinham ensino superior (NAGURA et al., 2009). O maior consumo de fibra solúvel e insolúvel, especialmente fruta e fibras de cereais contribuíram para a prevenção da doença coronária em homens e mulheres japonesas (ESHAK et al., 2010). Em estudos de coorte realizados no Japão observou-se que indivíduos com elevado consumo de frutas e vegetais (TAKACHI et al., 2008), frutas (NAGURA et al., 2009) e fibras (ESHAK et al., 2010) apresentaram menor risco de mortalidade relacionada com DCV. Assim, 31 os valores elevados na contagem dos subconjuntos de leucócitos podem estar relacionado à redução do consumo dos referidos alimentos que provoca aumento de DCV e consequentemente aumento da mortalidade (MOCHIZUKI et al., 2012). 32 3 MATERIAIS E MÉTODOS 3.1 CARACTERIZAÇÃO DO ESTUDO O presente estudo foi realizado nos cinco Distritos Sanitários do município de João Pessoa/PB, demarcado pela Secretaria de Saúde do Município, de base populacional, de corte transversal. A pesquisa foi desenvolvida no período de julho de 2008 a janeiro de 2010. Trata-se de um subprojeto inserido em um projeto intitulado: “Primeiro diagnóstico e intervenção da situação alimentar, nutricional e das doenças não transmissíveis mais prevalentes da população do município de João Pessoa/PB” (I DISANDNT/JP) que teve como entidades participantes Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição (PPGCN), em parceria com a Prefeitura Municipal de João Pessoa, Secretaria de Saúde do Estado/Núcleo de Ciência e Tecnologia e Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Saúde e Nutrição (NIESN), sendo financiado pelos seguintes órgãos: o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Saúde e Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado da Paraíba (FAPESQ-PB). Figura 1- Mapa do município de João Pessoa dividido por Distritos Sanitários Fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa-PB. 33 Figura 2 - Mapa utilizado no sorteio de quadras, João Pessoa/PB Fonte: Prefeitura Municipal de João Pessoa-PB. 3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA Fez-se uma amostragem para o município utilizando informações direcionada pela prefeitura, como mapas do município, número de quadras por bairro, números de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) (Figuras 1 e 2) e dados do Instituto Brasileiro de Geografia 34 e Estatística (IBGE, 2007), para a realização do I DISANDNT/JP, mais recente estudo de base populacional com enfoque em saúde e nutrição realizado em João Pessoa. O cálculo da amostra foi conduzido por uma amostragem estratificada (COCHRAN, 1977) representativa da população da cidade de João Pessoa, que utilizou este método devido à presença de heterogeneidade sobre a variável renda, refletida sobre as quadras. A estratificação por renda foi utilizada partindo-se do princípio que existe relação entre renda, prevalência de doenças e nutrição (KAC; SICHIERI; GIGANTE, 2007).A informação sobre a classificação por renda dos bairros do município foi obtida pelo IBGE. Os critérios utilizados para a estratificação encontram-se no quadro 1. Quadro 1 - Critérios para estratificação final da amostra CRITÉRIOS PARA ESTRATIFICAÇÃO (9 ESTRATOS) ESTRATIFICAÇÃO FINAL (10 ESTRATOS) Bairro de baixa renda sem comunidades Estrato1: bairros de baixa renda sem comunidades Bairro de média renda sem comunidades Estrato2: bairros de média renda sem comunidades Bairro de alta renda sem comunidades Estrato 3: bairros de alta renda sem comunidades Bairro de baixa renda com comunidades pequenas Estrato 4: bairros de baixa renda com comunidades pequenas Estrato 5: bairros de baixa renda com comunidades pequenas (com 2 bairros, comunidades pequenas demais proporcionalmente ao tamanho do bairro) Bairro de média renda com comunidades pequenas Bairro de alta renda com comunidades pequenas Bairro de baixa renda com comunidades grandes Estrato 6: bairros de média renda com comunidades pequenas Estrato 7: bairros de alta renda com comunidades pequenas Estrato 8: bairros de baixa renda com comunidades grandes Estrato 9: bairros de baixa renda com comunidades grandes (com 2 bairros, comunidades muito maiores, proporcionalmente ao tamanho do bairro, do que os outros bairros do estrato) Bairro de média renda com comunidades grandes Bairro de alta renda com comunidades grandes Estrato 10: bairros de media renda com comunidades grandes Nenhum bairro se enquadrou nesse critério Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008-01/2010. A estratificação feita por bairro resultou em dez estratos, ao invés de nove como era esperado (Quadro 1 e 2). Nenhum bairro de alta renda com comunidades grandes foi encontrado, diminuindo assim um estrato. Dentre os bairros com comunidades grandes, dois deles, São José e Varjão, foram introduzidos em um estrato diferente, pois as suas comunidades eram maiores, proporcionalmente ao tamanho do bairro, do que os outros bairros do estrato (Estrato 9, Quadro 1). Algo semelhante ocorreu para bairros de baixa renda com comunidades 35 pequenas, só que, neste caso, dois bairros, Mangabeira e Gramame, foram consideradas com comunidades pequenas demais proporcionalmente ao tamanho do bairro, sendo colocados assim em outro estrato (Estrato 5, Quadro 1). Ao final obteve-se o seguinte resultado geral para a estratificação (Quadro 2) e para o cálculo da amostra (Quadro 3). Quadro 2 - Estratificação dos bairros por renda ESTRATO Nº DE BAIRROS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Total 10 13 5 9 9 2 9 4 5 2 2 Total 60 Nº DE MÉDIA Nº DE DESVIO QUADRAS QUADRAS PADRÃO 1269 610 990 1398 1280 933 483 1081 107 187 Total8338 97,6154 122,0000 110,0000 155,3333 640,0000 103,6667 120,7500 216,2000 53,5000 93,5000 - 62,5220 34,0470 71,8579 70,7547 77,0000 53,7417 53,1594 89,4257 49,4419 32,5000 - Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008-01/2010. Quadro 3 - Cálculo da estimativa do tamanho da amostra BAIRROS MÉDIA Sh (Nh*Sh)2 Nº Wh Nh 13 97,6154 62,5220 79340,47314 268,6875096 0,152194771 41 5 122,0000 34,0470 20768,68604 0,073159031 20 9 110,0000 71,8579 71139,30559 0,118733509 32 9 155,3333 70,7547 98915,01775 0,167666107 46 2 640,0000 77,0000 98560,0000 Fi 0,153514032 42 9 130,6667 53,7417 50141,02798 0,032224455 0,111897337 31 4 120,7500 53,1594 25675,9905 0,057927561 16 5 216,2000 89,4257 96669,20696 0,129647397 35 2 53,5000 49,4419 5290,281703 0,012832814 4 2 93,5000 32,5000 6077,50000 0,022427441 7 269 274 60 3,05342E+11 Soma Sh= desvio padrão/ Wh = Peso de cada estrato /Nh = população de cada estrato / Fi = correção. Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008-01/2010. 36 Assim, o total de bairros a serem visitados correspondentes aos cinco Distritos Sanitários do município de João Pessoa foi de 60, totalizando 8338 quadras, com uma estimativa de visitas em 274 quadras (Quadro 3). Após definido o número de quadras a serem amostradas para cada bairro (Quadro 4), realizou-se o sorteio das mesmas, que utilizou o mapa do município com as quadras numeradas (Figura 4), gerando números aleatórios com distribuição uniforme. Utilizou-se o software Core R Development Team (2006) para o sorteio. A quadra sorteada serviu de referência para a seleção dos domicílios a serem visitados, os quais foram definidos por sorteio com o auxílio de instrumentos de aleatoriedade (dados e moedas). Aplicou-se uma amostragem sistemática para calcular qual seria a razão utilizada para a escolha das residências a serem visitadas na quadra. O fator de sistematização encontrado foi sete, de forma que, sorteada e visitada a primeira casa de uma quadra, as restantes seriam visitadas a cada sete casas. Quadro 4 - Amostra de quadras por bairro BAIRRO ESTRATO Nº DE QUADRAS DISTRITO INDUSTRIAL 1 1,871174153 ERNESTO GEISEL 1 6,903987392 JD. VENEZA 1 5,516737589 MANDACARU 1 2,097005516 MUÇUMAGRO 1 3,290685579 PENHA 1 0,67749409 PLANALTO DA BOA ESPERANÇA 1 2,645453113 ROGER 1 2,064743893 VALENTINA 1 6,645894405 BARRA DE GRAMAME 1 4,290795902 COSTA DO SOL 1 0,354877857 MUMBABA 1 2,484144996 MUSSURÉ 1 2,097005516 ÁGUA FRIA 2 1,90347541 JD SÃO PAULO + CONJ. ANATÓLIA 2 4,548983607 CENTRO 2 4,613508197 CUIÁ 2 3,677901639 JAGUARIBE 2 4,936131148 AEROCLUBE 3 2,968161616 BAIRRO DOS ESTADOS 3 4,22640404 BESSA 3 4,903919192 JD. OCEANIA 3 4,290929293 Continua 37 Conclusão BAIRRO ESTRATO Nº DE QUADRAS PEDRO GONDIM 3 2,258383838 PONTA DOS SEIXAS 3 1,000141414 PORTAL DO SOL 3 9,001272727 TAMBAÚ 3 1,806707071 JOÃO AGRIPINO 3 1,484080808 B. DAS INDUSTRIAS 4 4,000286123 COSTA E SILVA + ERNANI SATIRO 4 6,677896996 CRUZ DAS ARMAS 4 5,548783977 FUNCIONARIOS + GROTÃO 4 7,355364807 OITIZEIRO 4 7,419885551 PARATIBE 4 7,032761087 JD 13 DE MAIO + PADRE ZÉ 4 4,355150215 EXPEDICIONARIOS 4 1,000071531 ILHA DO BISPO 4 1,709799714 MANGABEIRA 5 23,13445313 GRAMAME 5 18,16554688 BRISAMAR 6 2,742229368 CASTELO BRANCO 6 5,419935691 CIDADE DOS COLIBRIS 6 1,838906752 JD CIDADE UNIVERSITARIA 6 6,161950697 TAMBIA + JD DAS ACÁCIAS 6 1,193676313 TAMBAUZINHO 6 1,838906752 TORRE 6 5,419935691 VARADOURO 6 2,355091104 BAIRRO DOS IPÊS 6 3,129367631 ALTIPLANO CABO BRANCO 7 3,838550725 CABO BRANCO 7 2,032173913 MANAIRA 7 6,773913043 MIRAMAR 7 2,935362319 ALTO DO CEU 8 4,065568918 JOAO PAULO II + VIEIRA DINIZ 8 4,549565217 JOSÉ AMERICO 8 6,969546716 ALTO DO MATEUS 8 7,098612396 CRISTO 8 12,19670675 SÃO JOSE 9 0,644859813 VARJÃO 9 2,805140187 BANCARIOS 10 4,062994652 TRINCHEIRAS 10 1,967005348 Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008-01/2010. O número de quadras (Quadro 4), foi arredondado de forma que a soma das quadras de cada estrato não fosse inferior ao obtido anteriormente (274 quadras), preservando a 38 significância adotada de 0,05. Observa-se também que alguns bairros estão juntos, pois foi seguida a divisão utilizada nos mapas. Após conclusão do procedimento de campo foram computadas 274 quadras, sendo todas visitadas, as quais compreenderam 722 domicílios. As quadras que não apresentaram residências foram submetidas a novo sorteio de forma aleatório, utilizando-se o software Core R Development Team (2006), de maneira a minimizar perdas. Em relação à estimativa, 21 quadras não foram visitadas após reconhecimento da área devido à presença de bairros sem residências delimitadas (terrenos, sítios, etc...) e bairros comerciais. A população total encontrada nos domicílios visitados foi de 2030 indivíduos, sendo 260 idosos que representaram 12,81%. Dessa população total, 855 indivíduos não foram inseridos no estudo devido ao protocolo metodológico utilizado na amostragem, permanecendo no estudo um total de 1175 indivíduos assim selecionados. Dos 260 idosos foram excluídos seis idosos com distúrbio neuropsiquiátrico, e de acordo com o critério metodológico, 42 idosos, considerando que cada grupo de faixa etária só poderia ser representado por um indivíduo idoso,quando encontra-se mais de 1 idoso no domicílio sorteado e que resultou em 48 idosos excluídos, totalizando 212 idosos. As perdas de indivíduos idosos na amostragem ocorreram devido às perdas relacionadas aos dados antropométricos (n=5) e bioquímicos (n=9), totalizando 198 idosos, e à impossibilidade de coleta de sangue, seja por desistência, mudança de endereço ou impossibilidade de punção venosa (n=17) e não continuidade de aplicação dos questionários em relação aos dados dietéticos (n=7) que resultou em 24 perdas, finalizou em 174 idosos. O total de idosos (n=260) representou 12,81 % de toda a população encontrada nos domicílios sorteados (n=2030). Quanto à população idosa selecionada (n=212) essa frequência foi de 18% de toda a população selecionada (n=1175) e após as perdas (n=42) finalizando com 174 idosos que corresponde a 14,47 % da população selecionada (n= 1175), proporções superiores ao percentual de idosos do referido município que é de 9,12 %, segundo dados do Instituto de Desenvolvimento Municipal e Estadual da Paraíba (IDEME, 2008) (Figura 3). 3.2.1 Critérios de inclusão • Indivíduos com idade entre 60 e 90 anos; • Indivíduos idosos de diferentes condições socioeconômicas; • Indivíduos idosos portadores ou não de doenças crônico-degenerativas; • Indivíduos idosos usuários ou não de medicamentos. 39 3.2.2 Critérios de exclusão • Idosos com distúrbios neuropsiquiátricos; • Idosos portadores de doenças crônicas degenerativas descompensadas. • Idosos usuários de suplementos vitamínicos e minerais. Figura 3- Diagrama dos cálculos para definição da amostra dos cinco distritos do município de João Pessoa 9 bairros 7 bairros 11 bairros 12 bairros 21 bairros Classificados em 10 extratos de renda 1822 quadras 1260 quadras 2170 quadras 166 domicílios sorteados de forma aleatória 123 domicílios sorteados de forma aleatória 179 domicílios sorteados de forma aleatória 1050 quadras 90 domicílios sorteados de forma aleatória 2036 quadras 164 domicílios sorteados de forma aleatória Total de indivíduos encontrados nos domicílios sorteados = 2030 (desses, 260 idosos) Destes, 1175 indivíduos de todas as faixas etárias foram selecionados 54 idosos selecionados e avaliados nas residências sorteadas 43 idosos selecionados e avaliados nas residências sorteadas 31 idosos selecionados e avaliados nas residências sorteadas 33 idosos selecionados e avaliados nas residências sorteadas 51 idosos selecionados e avaliados nas residências sorteadas Total de idosos selecionados e avaliados = 212 [Após critério utilizado no protocolo amostral (N =48): Quando dois ou mais idosos estavam presente na casa (n=42); Idosos Neuropsiquiátricos (n=6)]. Idosos não completaramos dados (N=1): Bioquímicos (n=1). Idosos não completaram os dados (N=2): Bioquímicos (n=2). Idosos não completaram os dados (N=4): Bioquímicos (n=3); Antropométrico (n=1). Idosos não completaram os dados (N=3): Bioquímicos (n=3). Idosos não completaram os dados (N=4): Antropométricos (n=4). PERDAS = 24: Não realizaram punção sanguínea seja por desistência, mudança de endereço ou impossibilidade de punção sanguínea (n=17); Indivíduos com dados dietéticos insuficientes (n=7). 51 idosos apresentaram dados completos 39 idosos apresentaram dados completos 27 idosos apresentaram dados completos 22 idosos apresentaram dados completos 188 indivíduos apresentaram dados completos. Perdas (N =14): Antropométricas (n=5) e Bioquímicas (n=9). Finalizando, 174 idosos. Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008-01/2010. 35 idosos apresentaram dados completos 40 3.3 QUESTÕES ÉTICAS O protocolo de pesquisa do projeto intitulado “Primeiro diagnóstico e intervenção da situação alimentar, nutricional e das doenças não transmissíveis mais prevalentes da população do município de João Pessoa/PB”, ao qual está vinculado o presente trabalho foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da UFPB, sob o protocolo nº 0493 (Anexo A), segundo as normas éticas para pesquisa envolvendo seres humanos, constantes da Resolução 196/96 do Conselho Nacional da Saúde/Comissão Nacional de Ética em Pesquisa. Após o sorteio do domicílio, os pesquisadores apresentaram-se aos moradores, relatando o objetivo do estudo e solicitando a participação na pesquisa, sendo respeitadas as diretrizes éticas que regem as pesquisas com seres humanos, portanto, para que fosse válida a participação do domicílio na pesquisa os indivíduos incluídos deram o seu consentimento mediante a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (APÊNDICE A). 3.4 COLETA DE DADOS As visitas domiciliares e a aplicação dos questionários da pesquisa foram realizadas por equipes de pesquisadores do Departamento de Nutrição do Centro de Ciências da Saúde – graduandos do Curso de Nutrição – e mestrandos do PPGCN da UFPB, devidamente e previamente treinados no início da coleta de dados e após realização do estudo piloto. As equipes treinadas, após reconhecerem a quadra sorteada, foram instruídas a sortear o domicílio a ser visitado, com o auxílio de dados de jogo, da seguinte forma: numera-se de forma imaginária, a casa da esquina da quadra, atribuindo-se os números 1 e 2; a casa à direita da esquina os números 3 e 4; e a casa à esquerda da esquina os números 5 e 6. Em seguida, joga-se o dado e o número sorteado corresponde à casa que será primeiramente visitada (Figura 4). Ao término da entrevista no primeiro domicílio, a equipe sorteava a direção a ser seguida pela quadra, com o auxílio de moedas, da seguinte forma: cara, a equipe seguia pela esquerda; coroa pela direita. Após sorteada e visitada a primeira casa, as restantes foram visitadas uma a cada sete. Na figura 4, observa-se um exemplo de esquema de sorteio de casas levando em consideração o sorteio da casa da esquina, iniciando pelo lado direito, onde as casas circuladas representam aquelas sorteadas a cada sete. 41 Se o responsável pela casa sorteada não autorizasse autorizasse a pesquisa, a equipe sorteava uma entre as seis casas posteriores àquela que não havia autorizado a pesquisa, para que não ocorressem corressem perdas de domicílios. Em cada residência sorteada sendo constatada a presença de indivíduo com idade igual ou superior superior a 60 anos, este era convidado a participar da pesquisa por meio de aplicação dos questionários, avaliação nutricional e coleta sanguínea. Se na residência sorteada houvesse mais de um idoso, realizava-se realizava se sorteio, com o auxílio de moedas ou dados de jogos, gos, de apenas um deles para participação na pesquisa. O pesquisador responsável, após o término da aplicação dos questionários e avaliação nutricional, comunicava-se se com o idoso para viabilizar a análise bioquímica. A coleta da amostra sanguínea foi realizada zada pela equipe do projeto, com profissionais de nível superior (enfermeiro), sempre acompanhado do mestrando responsável pela pesquisa. O esquema do trabalho de campo pode ser observado no fluxograma acima (Figura 5). Figura 4 - Esquema de sorteio aleatório de casas Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008--01/2010. 42 Figura 5 - Fluxograma do trabalho de campo realizado no município de João Pessoa AMOSTRA DA POPULAÇÃO DA CIDADE DE JOÃO PESSOA - PB SELEÇÃO ALEATÓRIA DAS QUADRAS E DOMICÍLIOS SELEÇÃO DA AMOSTRA DOS IDOSOS NOS DOMICÍLIOS VISITADOS QUESTIONÁRIO DEMOGRÁFICO E SÓCIOECONÔMICO QUESTIONÁRIO EPIDEMIOLÓGICO DAS FAMÍLIAS QUESTIONÁRIO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA ENCAMINHAMENTO DOS IDOSOS AOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE(ACS) PARA INTERVENÇÃO, SE NECESSÁRIO AGENDAMENTO PARA A COLETA SANGUÍNEA PUNÇÃO SANGUÍNEA EM JEJUM NO DOMICÍLIO LABORATÓRIOS LAB. DE ANÁLISES CLÍNICAS DO HULW (PCR) LAB. ROSEANE D. ANÁLISE DE LEUCÓCITOS Fonte: I DISANDNT/JP, 07/2008-01/2010. 3.5 AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA 3.5.1 Peso Para a mensuração do peso, foi utilizada uma balança digital eletrônica, da marca PLENNA, modelo Lumina mea 02550, com capacidade de até 150 Kg e precisão de 100 g. Os idosos foram pesados, vestidos, preferencialmente, com roupas leves e sem sapatos, sem objeto 43 algum nos bolsos, nas mãos ou na cabeça, conforme recomendação de Kac, Sichieri e Gigante (2007). Para o registro do peso, o procedimento de pesagem foi realizado três vezes e obtida a média. 3.5.2 Altura Para verificar a medidas de estatura utilizou-se uma fita métrica elaborada por técnicos da Fundação de Assistência ao Estudante e utilizada no Programa Mundial de Alimentos, não extensível de 2 m de comprimento, fixada com fita adesiva numa parede plana sem rodapé, em um lugar iluminado, que permitisse uma boa leitura. Registrou-se a medida do idoso quando este encontrava-se em pé, posicionado de costas para a parede, sem dobrar os joelhos (KAC; SICHIERI; GIGANTE, 2007). A leitura foi realizada três vezes para se obter a média. 3.5.3 Índice de Massa Corporal (IMC) O indicador utilizado para avaliar o estado nutricional foi o Índice de Massa Corporal (IMC) segundo classificação da Organização Mundial de Saúde, World Health Organization, (WHO) (1998) e Lipschitz (1994). Quadro 5 - Valores de referência do IMC IMC (kg/m2) CLASSIFICAÇÃO < 18,5 Baixo Peso ≥18,5 e < 24,9 Eutrofia ≥25 e <29,9 Sobrepeso ≥ 30 Obesidade Fonte: WHO, 1998. Quadro 6 - Valores de referência do IMC IMC (kg/m2) CLASSIFICAÇÃO <22 Baixo Peso ≥22 e < 27 Eutrofia > 27 Sobrepeso Fonte: LIPSCHITZ, 1994. 44 3.6 AVALIAÇÃO SOCIOECONÔMICA 3.6.1 Renda Familiar As informações sobre a renda familiar foram obtidas junto às famílias visitadas por meio da aplicação de questionários, abordando aspectos socioeconômicos. Os dados sobre renda familiar permitiram classificar as famílias em: Classes E, até R$ 768,00 (até U.S. $ 428,64), Classe D, maior que R$ 768,00 e menor que R$ 1.115,00 (> U.S. $ 428,64 – U.S. $ 622,31), Classe C, entre R$ 1.115,00 – R$ 4.807,00 (> U.S. $ 622,31 – U.S. $ 2.682,93) e Classe AB, maior que R$ 4.807,00 (> U.S. $ 2.682,93), de acordo com a classificação de Néri (2009). 3.6.2 Escolaridade A escolaridade foi determinada com base em informações sobre a educação escolar da mãe ou responsável pela alimentação da família, de acordo com o sistema educacional brasileiro, sendo classificadas em anos de ensino: 0 anos (analfabeto), até 9 anos (corresponde aos estudos até fundamental) e >9 anos (a partir do ensino médio até superior). 3.7 AVALIAÇÃO DIETÉTICA O inquérito alimentar foi realizado por meio do Questionário Quantitativo de Frequência do Consumo Alimentar (QQFCA), método este que utilizou um álbum de desenhos de alimentos com medidas caseiras nas três dimensões (pequena, média, grande e extragrande), desenhados com base no peso real do consumo médio de alimentos validados para esta população, com intuito de aproximar e apresentar a forma mais eficaz em relação a quantificar o tamanho das porções consumidas, minimizando prováveis deficiências de memória dos indivíduos estudados (LIMA et al., 2008; LIMA et al., 2007; ASCIUTTI et al., 2005; GIBSON, 1990). O QQFCA foi validado, a partir de três recordatórios de 24 horas aplicados em diferentes intervalos de tempo, para a população de mulheres do município de João Pessoa/PB/Brasil, sendo este estudo de validação executado em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição da Universidade Federal da Paraíba (LIMA et al., 2008; LIMA et al., 2007). 45 A quantificação do consumo de vitaminas (A, C e E) foi realizada com o auxílio do aplicativo de informática Dietsys (versão 3.0) (BLOCK, 1988). Adotou-se como referência para o consumo de vitaminas (A, E e C) o Estimated Average Requirement (EAR) (OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006). Os valores de referência utilizados encontra-se descrito no quadro 6. Quadro 7 - Valores de referência de vitaminas (A, E e C) VITAMINAS EAR Masculino Feminino A (µg de Retinol/dia) 625 500 E (mg/dia) 12 12 C (mg/dia) 75 60 Fonte: OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006. Para o consumo de β-caroteno, como não há recomendações, utilizou-se como valor de referência um consumo diário de 3000 a 6000µg/dia desse carotenóide (OTTEN; HELLWIG; MEYERS, 2006). 3.8 OUTROS ESTILOS DE VIDA A quantificação do consumo de álcool foi realizada com o auxílio do aplicativo de informática Dietsys (versão 3.0) (LIMA et al., 2008). Considerou-se não sedentário o indivíduo que realizava atividade física regular, pelo menos 30 minutos e seis vezes por semana ou no mínimo 150 minutos por semana (AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 2011). Quanto ao hábito de fumar, os indivíduos informavam se o tinham ou não e, em caso afirmativo, quantos cigarros fumavam por dia. Da mesma forma para o hábito de ingerir bebida alcoólica e sendo a resposta afirmativa o indivíduo informava o tipo, se fermentada ou destilada, a quantidade em medidas caseiras e a frequência ingerida. 3.9 AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA A coleta de amostra sanguínea foi realizada nos domicílios visitados correspondentes aos Distritos Sanitários do município de João Pessoa, por enfermeiros, pesquisadores da 46 equipe. Foi colhida uma alíquota de 4,0 mL de sangue venoso, por flebotomia cubital, realizada após jejum de 8 horas, pela manhã, utilizando-se seringas e agulhas descartáveis. 3.9.1 Dosagem de Proteína C-Reativa A análise da PCR foi realizada no Laboratório de Análises Clínicas do HULW. No método, a PCR sérica provoca uma aglutinação das partículas de látex cobertas com anticorpos anti-proteína c-reativa humana. A aglutinação das partículas de látex é proporcional à concentração de PCR e pode ser quantificada por turbidimetria (PRICE et al., 1987). A PCR foi determinada pelo método de aglutinação de partículas por látex (quantitativo), utilizando o Kit BioSystems PCR-hs Latex (BioSystems: reagents & instruments, Barcelona, Spain). Os pontos de corte da PCR-hs para níveis adequados estão descritos no quadro abaixo: Quadro 8 - Valores de referência da PCR-hs Níveis Feminimo Masculino Feminimo Masculino adequados 60 - 65 anos 60 - 65 anos > 65 anos > 65 anos PCR-hs < 8,5 < 7,9 < 6,6 < 6,8 (mg/dL) Fonte: HERBETH; SIEST; HENNY, 2001. 3.9.2 Dosagem de leucócitos e linfócitos As amostras de leucócitos e linfócitos foram analisadas pelo método de impedância elétrica utilizando-se o aparelho Pentra 120 da marca Horiba/ABX que usa a citometria de fluxo. Foram utilizados os parâmetros descrito no Quadro 9 com os respectivos valores de referência para faixa etária de maiores de 60 anos. 47 Quadro 9 - Valores de referência de leucócito e linfócito Valor de referência Leucócito Linfócito (20-40%) 4.200 - 11.000/ mm3 840 - 4.400 / mm3 Fonte: MACEDO, 2002, WHO, 2001. 3.10 TRATAMENTO ESTATÍSTICO Os testes estatísticos aplicados envolveram inicialmente uma estatística descritiva representada pela frequência simples. Utilizou-se medidas de posição como tendência central e de dispersão (média, desvio padrão e percentual). Quanto à normalidade da distribuição foi utilizado o teste de normalidade de Lilliefors, que é uma derivação do teste de KolmogorovSmirnov, caracterizando a distribuição das variáveis como paramétricas. Para verificar a existência da associação entre os valores de leucócitos e PCR-us, com as demais variáveis da pesquisa foi aplicado o teste de exato de Fisher. Para ajustar as variáveis da pesquisa em relação aos valores de leucócitos e PCR-us, foi utilizada a Regressão Linear Múltiplas, com base nos seguintes modelos: PCR-us = βo+β1vitamina A+β2 β-caroteno + β3vitamina C + β4 vitamina E + β5leucócitos + β6 linfócitos +β7 sexo + β8 IMC + β9 escolaridade + β10 renda + β11 morbidade + β12 consumo de medicação antiinflamatório não esteróide + β13tabagismo + β14 álcool + β15 A. física + β16 leucócito + β17linfócito; Leucócitos = βo+β1vitamina A+β2 β-caroteno+ β3vitamina C + β4 vitamina E + β5leucócitos + β6 linfócitos +β7 sexo + β8 IMC + β9 escolaridade + β10 renda + β11 morbidade + β12 consumo de medicação antiinflamatório não esteróide + β13 tabagismo + β14 álcool + β15 A. física + β16 PCR-us+ β17 leucócito + β18 linfócito. Aplicou-se o mesmo modelo para as vitaminas (vitamina A, β-caroteno,vitamina C e vitamina E). Aplicou-se ainda a Regressão Linear Múltipla com base no seguinte modelo: IMC = βo + β1Vitamina A +β2 β-caroteno + β3 vitamina C + β4 vitamina E + β5 PCR-us + β6 leucócitos + β7 linfócitos. Para conferir a correlação linear entre as variáveis, objeto do presente estudo, leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual das vitaminas (vitamina A, β-caroteno, vitamina C e vitamina E), foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman devido à não normalidade dos dados. Adotou-se nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos. 48 REFERÊNCIAS AASHEIM, E. T.; HOFSO, D.;HJELMESAETH, J.; BIRKELAND, K. I.;BOHMER, T. Vitamin status in morbidly obese patients: a cross-sectional study. American Journal Clinical Nutrition, v. 87, p. 362-369, 2008. AATOLA, H. Lifetime fruit and vegetable consumption and arterial pulse wave velocity in adulthood: the cardiovascular risk in young Finns study. Circulation, v. 122, p. 2521-2528, 2010. AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE (2011). 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Elevated C-reative protein levels and metabolic syndrome in the elderly: The role of central obesity Data from the In Chiantis study. Atherosclerosis, v. 203, n. 2, p. 626-632, 2009. 60 Apêndice A – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências da Saúde Núcleo Interdisciplinar de Estudos em Saúde e Nutrição Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO Tendo em vista o desenvolvimento do estudo sob o título “primeiro diagnóstico da situação nutricional e do consumo alimentar e sua relação com as doenças não-transmissíveis mais prevalentes em João Pessoa/PB”, a ser realizado com a população do município de João Pessoa/PB, vimos por meio deste, solicitar sua colaboração na participação deste estudo. Trata-se de um estudo populacional que irá analisar informações familiares sobre condições sócioeconômicas, consumo alimentar, doenças mais comuns, qualidade dos alimentos consumidos e higiene dentária. Participarão do estudo, crianças menores de 2 anos de idade, crianças, adolescentes, adultos, mulheres gestantes e idosos. Para obtenção de dados e informações serão aplicados, por uma visitadora devidamente capacitada, questionários por meio de visitas domiciliares, a serem agendadas conforme sua autorização e conveniência. Nesse sentido, solicitamos sua participação e/ou autorização à participação de crianças e idosos de sua família, para a realização de: [ ] Responder informações sócio-econômicas e consumo alimentar; [ ] Submeter-se, e a seus familiares (criança e idoso) à tomada de medidas de peso, altura, circunferência e dobras cutâneas, para avaliação nutricional; [ ] Recolhimento de amostras de comidas que serão consumidas pela família; [ ] Coleta de sangue, para análise bioquímica de anemia e hipovitaminose A; [ ] Responder informações sobre higiene dentária; [ ] Responder informações sobre armazenamento de alimentos. Destacamos neste termo que: Sua participação se dará de forma voluntária, sem prejuízo de qualquer natureza, seja para sua pessoa ou de seus familiares, que por acaso venham a acessar os serviços de saúde; Poderá, a qualquer momento, não mais participar do estudo, seja durante o fornecimento dos dados ou mesmo depois de já registrados nos questionários; Receberá todas as informações necessárias ao total esclarecimento sobre a natureza e procedimentos desenvolvidos no estudo, particularmente àqueles que dizem respeito à sua participação direta e/ou de seus familiares. Esclarecemos ainda que, durante todo o desenvolvimento do estudo, seguiremos o que determina a Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde que trata sobre ética em pesquisa envolvendo seres humanos. Por esta razão, pedimos que, após esclarecido e de livre vontade, assine este termo, uma vez que concorda em colaborar voluntariamente neste estudo, e que não tem nenhuma dúvida sobre sua participação. Participante ou responsável: ___________________________________________ Profª. Dra. Maria José Carvalho Costa Responsável pela Pesquisa direito) Impressão dactiloscópica (polegar Contato: UFPB/NIESN. Campus Universitário. Centro de Ciência da Saúde. Castelo Branco s/n. CEP: 58.059-900. João Pessoa/PB. E-mail: [email protected]: (083) 3235-5333 – 3216-7417. 61 Apêndice B - Identificação do Distrito, número do caso e USF PRIMEIRO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DA SITUAÇÃO ALIMENTAR, NUTRICIONAL E DE DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS MAIS PREVALENTES DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB INSTITUIÇÕES EXECUTORAS: UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NUTRIÇÃO NÚCLEO INTERDISCIPLINAR DE ESTUDOS EM SAÚDE E NUTRIÇÃO PREFEITURA MUNICIPAL DE JOÃO PESSOA/PB SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Maria José de Carvalho Costa VICE-COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima Equipe responsável pelos objetivos específicos: Doutora Edilene A. Monteiro Doutora Julia E. V. Sette Doutora Annes J. B. Barreto Prof. Dr. Luiza Sônia Rios Asciuti Prof. Dr. Maria Amélia Amado Rivera Prof. Dr. Roberto Teixeira Lima Prof. Dr. João Andrade da Silva Prof. Dr. Maria Jose Cariri do N. Benigna Prof. Dr. Rosália Gouveia Filizola Prof. Dr. Ana Maria Melo Prof. Dr. Fabio Correia Sampaio Prof. Dr. Ignácio Tavares de Araújo Júnior Prof. Dr. Ronei Marcos de Moraes INSTITUIÇÕES FINANCIADORAS: CONSELHO NACIONAL DE PESQUISA/CNPq MINISTÉRIO DA SAÚDE FUNDAÇÃO DE APOIO À PESQUISA DO ESTADO DA PARAÍBA/FAPESQ-PB João Pessoa/2008 Informações confidenciais. Garantido o sigilo pessoal. Data da entrevista: ____/_____/____ Caso no: ________. DS:____ USF:________________________ Nome do Agente Comunitário de Saúde:_____________________________________ Pesquisador responsável pelas informações:_________________________________ Apêndice C - Caracterização sócioeconômica e demográfica 1. CARACTERIZAÇÃO SÓCIO-ECONÔMICA E DEMOGRÁFICA DAS FAMÍLIAS: (Composição e caracterização da família ou grupo de convivência no momento da pesquisa) Nº 1 Nome Grau de Parentesco (*) Data de Idade nascimento Responsável / Respondente 2 Gênero Renda Quem recebe renda Bens de consumo da 1 – M Escolaridade (anos completos) familiar (emR$) (marcar com X) família 2-F [ ] Aparelho de som/rádio Legenda da escolaridade: [ ] Aparelho de televisão 1= Ensino básico incompleto [ ] Videocassete 2= Ensino básico completo [ ] DVD []Microcomputador de mesa 3 4 5 6 Observações adicionais 3=Ensino fundamental incompleto 4= Ensino fundamental completo 5= Ensino médio incompleto [ ] Microcomputador portátil 6= Ensino médio completo [ ] Automóvel 7= Ensino superior incompleto [ ] Geladeira 8= Ensino superior completo [ ] Freezer [ ] Máquina de lavar roupa [ ] Máquina de lavar louça [ ] Aspirador de pó [ ] Forno de microondas [ ] Telefone celular [ ] Telefone fixo 7 [ ] Máquina fotográfica digital []Aparelho de ar-condicionado 8 9 Outros: 10 11 [ ]____________________ [ ]____________________ [ ]____________________ 12 ( * ) Grau de parentesco dos membros da família em relação ao responsável/respondente. 62 Apêndice D - Caracterização epidemiológica 2. CARACTERIZAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS FAMÍLIAS: (Composição e caracterização da família ampliada no momento da pesquisa) Caso Nº:_____DS:___ USF:_________________ o N Situação Consumo de ou medicamentos, morbidade suplementos referida ou chás Morbidade Por causa (*) Pai Mãe Irmão Tipo Nº de Atividade Nº vezes Tempo Peso ao Idade Fuma de parto Cigarros física de ativ. da ativ. Gestacional nascer Sim/Não C/N p/dia (Sim/Não) p/semana (min.) (em semanas) (g) (**) (***) 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 ( * ) Para os Em situação de morbidade referida, descrever a principal, acrescentando AQUI as demais, por ordem de gravidade:________________________________________________________________________________________________ adultos da família. (* *) Para as crianças < de 2 anos de idade. (* * *) C = cesário, N= normal. P.S.: Identificar com uma circunferência na numeração correspondente, o familiar encaminhado para intervenção, e preencher o formulário específico (pág.13). 63 64 Apêndice E - Inquérito de Frequência de Consumo Alimentar Caso Nº:_____ DS:___ USF:_______________ 3. INQUÉRITO DE FREQUÊNCIA DE CONSUMO ALIMENTAR (Dietsys):[ ] [ ] [ ] (Assinalar com X, N = nas refeições e E = entre as refeições (lanches, onde existir). SOPAS e MASSAS Sopas (de legumes, canja, cremes etc.). Macarronada, lasanha. UNIDADE 123 4 QUANTAS VEZES VOCE COME N 1 9 10 DSM A O O O O O O O O O O O OOO O N 1 9 10 DSM A O O O O O O O O O O O OOO O 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 8 PORÇÃO MÉDIA(M) 2 conchas médias (260ml) SUA PORÇÃO 123 4 PMG E OOO O 1 escumadeira rasa ou Pastelaria, empada, esfiha, pastel, kibe, coxinha. N 1 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O CARNES E PEIXES Peixe cozido, assado ou grelhado. 2 2 3 3 4 4 5 5 6 6 7 7 8 O O O O 8 QUANTAS VEZES VOCE COME 1 unidade grande ou 3 pedaços (100g) P M G E 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Carne de boi cozida, assada, grelhada, churrasco. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Bife. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 6 7 8 9 10 D S M A 5 O O O O O O O O O O O O O O O Lingüiça, salsicha, presunto, outros frios. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Frango frito, à milanesa, nuggets. N 1 2 3 4 6 7 8 9 10 D S M A 5 O O O O SUA PORÇÃO 1 2 3 4 2 1 posta média ou 1 filé médio (120 g) O O O O 1 unidade grande (150g) (60g) 1 unidade, 1 gomo ou 2 fatias(40g) O O O O __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ P M G E __ __ __ __ P M G E O O O O __ __ __ __ P M G E O O O O 2 pedaços ou 1 filé médio (90g) não escrever aqui P M G E O O O O 1 pedaço grande __ __ __ __ P M G E O O O O 3 fatias/pedaços ou 1 bife médio (100 g) __ __ __ __ P M G E PORÇÃO MÉDIA(M) 1 Carne de charque, carne de sol. O O O O 1 unidade ou 1 pedaço médio (60g) __ __ __ __ P M G E UNIDADE 1 2 3 4 N Peixe frito. 1 pedaço médio (130g) ______ __ P M G E ½ prato (75 g) Pizza. não escrever aqui __ __ __ __ P M G E __ __ __ 65 O O O O O O O O O O O O O O O Frango guisado, grelhado,assado, espeto. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Miúdos de frango. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A Miúdos de frango. O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Fígado bovino. LEGUMINOSAS E OVOS Feijão roxo, carioca, preto, verde. Ovos (cozido, cru, frito). Milho verde, ervilha, vagem (fresco, cong. ou enlatado). N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O QUANTAS VEZES VOCE COME ARROZ E TUBÉRCULOS QUANTAS VEZES VOCE COME UNIDADE 1 2 3 4 Arroz branco cozido com óleo e temperos. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Batata frita ou mandioca frita. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Batata, mandioca, inhame assado/cozido. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Salada de maionese com legumes. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A Batata doce ou abóbora. O O O O O O O O O O O O O O O Farofa, farinha de mandioca. N O O O O 3-4 pedaços médios (120g) P M G E O O O O 3 pedaços(60g) 4 colheres de sopa (90g) 1 unidade média (60g) SUA PORÇÃO 1 2 3 4 P M G E O O O O SUA PORÇÃO 1 2 3 4 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O 2 colheres de sopa (30g) __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ P M G E 1 unidade média (90g) 1 não escrever aqui P M G E O O O O 3 pedaços médios ou __ __ __ __ P M G E O O O O 3 colheres de sopa (90g) __ __ __ __ P M G E O O O O 3 pedaços médios(180g) __ __ __ __ P M G E O O O O 2 colheres de sopa (50g) não escrever aqui P M G E O O O O PORÇÃO MÉDIA (M) 3-4 colheres de sopa (90g) __ __ __ __ P M G E O O O O 2 colheres de sopa (60g) __ __ __ __ P M G E O O O O PORÇÃO MÉDIA (M) 1 concha média ou __ __ __ __ P M G E O O O O 1 filé médio (60 g) __ __ __ __ __ P M G E __ __ __ 66 Cuscuz de milho ou com leite, angu, pirão, canjica. O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O O O O O 1 pedaço médio (135g) __ P M G E O O O O __ __ __ __ Caso Nº:_____ DS:___ USF:________________ [ ] [ ] [ ] LEITE E DERIVADOS, CEREAIS MATINAIS Leite. Tipo: ( integral QUANTAS VEZES VOCE COME UNIDADE 1 2 3 4 PORÇÃO MÉDIA (M) SUA PORÇÃO 1 2 3 4 1 9 10 D S M A 1 copo (150 ml) P M G E O O O O O O O O O O O O O O O ) N 2 3 4 5 6 7 8 O O O O ( ) desnat. ( ) semidesnat. Açúcar adicionado ao N leite. O ( )N ( )E 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A Neston, aveia. O O O O O O O O O O O O O O O Iogurte ou coalhada tipo: N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Vitamina de leite ou leite batido com fruta. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Queijo minas ou ricota, requeijão light. ( )N ( )E N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Queijo coalho, mant. prato, mussa, requeijão. ( ) N ( ) E N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O 3 colheres de chá (12g) O O O O VEGETAIS Alface. Tomate cru. Couve, espinafre, O O O O PORÇÃO MÉDIA (M) 3 folhas médias (30g) __ __ __ __ P M G E N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 1 unidade pequena ou P M G E O O O O O O O O O O O O O O O 4 fatias (70g) O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 3 colheres de sopa (60g) P M G E QUANTAS VEZES VOCE COME __ __ __ __ P M G E O O O O 2 fatias médias ou 1 colher de sopa (30g) __ __ __ __ P M G E O O O O 1 fatia peq. ou 1 colher de sopa rasa (20g) __ __ __ __ P M G E ( ) natural ( ) com frutas 1 copo (150 ml) __ __ __ __ P M G E O O O O 1 copo americano (165ml) __ __ __ __ P M G E O O O O 1,5 colher de sopa (18g) não escrever aqui SUA PORÇÃO 1 2 3 4 P M G E O O O O __ __ __ __ não escrever aqui __ __ __ __ __ __ __ __ 67 cozido. O O O O O O O O O O O O O O O Beterraba, crua ou cozida. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Cenoura crua ou cozida. Pepino, pimentão. MOLHOS 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O ou N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O QUANTAS VEZES VOCE COME Óleo, azeite ou N vinagrete em saladas. O Catchup mostarda. Maionese, molho rosê (também em pães). FRUTAS E SUCOS Laranja, mexerica. Banana. Mamão. Maçã. Melancia, melão. Manga (na época). Abacaxi. Goiaba (na época). N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A QUANTAS VEZES VOCE COME O O O O 4 fatias ou 2,5 colheres de sopa (50g) P M G E O O O O 2 fatias ou 2colheres de sopa (30g) __ __ __ __ P M G E O O O O 2 colheres de sopa (20g) __ __ __ __ __ __ __ __ P M G E O O O O __ __ __ __ PORÇÃO MÉDIA SUA PORÇÃO não escrever aqui (M) 1 2 3 4 3 colheres de sobremesa P M G E (15g) O O O O __ __ __ __ 1 colher de sopa (10g) P M G E O O O O 1 colher de sopa (15g) P M G E O O O O PORÇÃO MÉDIA SUA PORÇÃO (M) 1 2 3 4 2 unid. pequenas (180g) P M G E O O O O 1 unidade média (60g) __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ __ P M G E O O O O 1 unidade pequena (60g) __ __ __ __ P M G E O O O O 2,5 fatias médias (260g) __ __ __ __ P M G E O O O O 1 unidade grande (220g) __ __ __ __ P M G E O O O O 1 fatia média (150 g ) não escrever aqui P M G E O O O O 1 unidade média (130g) __ __ __ __ P M G E O O O O 1 fatia grande ou meio papaya (180g) __ __ __ __ P M G E __ __ __ __ 68 O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Suco de acerola. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A ( )N ( )E O O O O O O O O O O O O O O O Suco de laranja natural. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Suco de caju(na época). O O O O 1 copo (200ml) __ __ __ __ P M G E O O O O __ __ __ __ ( )N ( )E 1 copo (200ml) P M G E O O O O 1 copo (200ml) __ __ __ __ P M G E O O O O __ __ __ __ ( )N ( )E Caso Nº:_____ DS:___ USF:________________ [ ] PÃES E BISCOITOS [ ] [ ] N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Margarina passada no pão N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A ( ) comum ( ) light. O O O O O O O O O O O O O O O Manteiga passada no pão. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Pão francês, pão de forma, integral, pão doce, torrada. Biscoito salgado, Biscoito doce sem recheio. Biscoito docerecheado,amanteigado. QUANTAS VEZES VOCE COME N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O BEBIDAS Cerveja. Cachaça, whisky, vodka. Vinho. QUANTAS VEZES VOCE COME PORÇÃO MÉDIA (M) 1 unidade ou 2 fatias (50g) SUA PORÇÃO não escrever aqui 1 2 3 4 P M G E O O O O 5 a 6 unidades (30g) P M G E O O O O 3unidades (40g) __ __ __ __ P M G E O O O O 2 cálices de vinho ou um copo (120 ml) __ __ __ __ SUA PORÇÃO não escrever aqui 1 2 3 4 P M G E O O O O 2 doses (60 ml) __ __ __ __ P M G E O O O O PORÇÃO MÉDIA (M) 1 lata (350 ml) ou 2 copos americanos __ __ __ __ P M G E O O O O 2 pontas de faca (5g) __ __ __ __ P M G E O O O O 2 pontas de faca (5g) __ __ __ __ __ __ __ __ P M G E O O O O __ __ __ __ 69 Café com açúcar. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 1 xícara de chá grande ( )N ( )E O O O O O O O O O O O O O O O (200 ml) Café sem açúcar. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 1 xícara de chá grande O O O O O O O O O O O O O O O (200 ml) N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A 3 a 4 gotas ou 1 envelope (0,8g) O O O O O O O O O O O O O O O Adoçante artificial. DOCES, SOBREMESAS E APERITIVOS Chocolates, bombons, N brigadeiro. ( ) N ( ) E O 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 UNIDADE 1 2 3 4 D S M A O O O O O O O O O O O O O O Doces de frutas. ( ) N ( ) E N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Doce de abóbora ou goiabada (em lata ou caseiro. ( )N ( )E N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O Pipoca, salgadinhos, chips, torresmo. N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A O O O O O O O O O O O O O O O N 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 D S M A ) O O O O O O O O O O O O O O O Bolos e tortas. ( ) N ( ) E Sorvete. ( ) N ( ) E Refrigerantes. Tipo: ( ) não-dietéticos ( dietéticos QUANTAS VEZES VOCE COME PORÇÃO MÉDIA (M) 2 unidades ou 1 barra (30g) 1 pedaço médio (60g) 2 picolés ou 1 taça (2 bolas) (120g) (9) não (3) sempre (9) não Quando você come carne de frango ou peru, você costuma comer a pele? (1) nunca ou raramente (2) algumas vezes __ __ __ __ P M G E __ __ __ __ P M G E __ __ __ __ P M G E __ __ __ __ P M G E O O O O (3) sempre __ __ __ __ P M G E O O O O 1 copo de 200 ml __ __ __ __ P M G E O O O O 1 porção (45g) __ __ __ __ SUA PORÇÃO não escrever aqui 1 2 3 4 P M G E O O O O 1 pedaço pequeno (35g) __ __ __ __ P M G E O O O O sabe sabe O O O O O O O O 1 fatia média (50g) __ __ __ __ P M G E O O O O Quando você come carne bovina ou de porco, você costuma comer a gordura visível? (2) algumas vezes O O O O O O O O ( )N ( )E . Usa canudo ( ) (1) nunca ou raramente P M G E __ __ __ __ 70 Condimentos comprados por mês (quantidade): Óleo de soja (ml) Vinagre (ml) Sal (kg) Açúcar (kg) Por favor, liste qualquer outro alimento ou preparação importante que você costuma comer ou beber pelo menos UMA VEZPOR SEMANA que não foram citados aqui (por exemplo: fibrax, leite-de-coco, outros tipos de carnes, receitas caseiras, creme de leite, leite condensado, gelatina e outros doces etc. ). ALIMENTO FREQUÊNCIA POR SEMANA QUANTIDADE CONSUMIDA não escrever aqui COD ___ ___ CONS ___ ___ ___ __ 71 Apêndice F - Avaliação antropométrica N. Caso: ______ DS:____ USF:_______________ AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA IDOSO: (Nº:___ ) Idade atual:_______ (em anos e meses) Altura atual:_____ (em m) Peso atual:______ (em kg). Altura do joelho:_____ ( em cm). Circunferência da cintura: _____( em cm). Massa magra:________ Massa gorda:_____ 72 Apêndice G - Ficha de encaminhamento para coleta de sangue e intervenção FICHA DE ENCAMINHAMENTO PARA COLETA DE SANGUE N. Caso: ______ DS:___ USF:_________________ Data:____/____/________ Nº Nome do usuário (IDOSO): Origem: UFPB. ESTUDO: PRIMEIRO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DA SITUAÇÃO ALIMENTAR, NUTRICIONAL E DE DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS MAIS PREVALENTES DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB Nome do Agente Comunitário de Saúde (ACS):__________________________ FICHA DE ENCAMINHAMENTO PARA INTERVENÇÃO N.Caso:_____ DS:___ USF:_____________ N. de membro da família: ________ Nome:________________________________________________________________ Endereço:_____________________________________________________________ Enfermidade referida:__________________________________________________ Origem: UFPB. ESTUDO: PRIMEIRO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DA SITUAÇÃO ALIMENTAR, NUTRICIONAL E DE DOENÇAS NÃO-TRANSMISSÍVEIS MAIS PREVALENTES DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA/PB Nome do Agente Comunitário de Saúde (ACS):__________________________ Referências: BLOCK, G, et all. A data-based approach to diet questionnaire desing and testing. American Journal of Epidemiology.Baltimore, v.12, n.3, p. 453-469. 1996.COLLI, AS. Adolescentes: aspectos globais de saúde. São Paulo, USP. Tese de Doutoramento Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, 1972, p. 137. LIMA, FEL,; FISBERG, RM. Qualidade da dieta e câncer de mama: um estudo caso-controle. Universidade de São Paulo. Faculdade de Saúde Pública. Tese de Doutorado. USP, 2001. 240p. 73 Anexo A - Parecer do comitê de ética UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE COMITÊ DE ÉTICA EM PESQUISA CERTIDÃO Certifico que o Comitê de Ética em Pesquisa, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal da Paraíba - CEP/CCS aprovou por unanimidade na 9a Reunião Ordinária, realizada no dia 29/10/08 o parecer favorável do relator desse egrégio Comitê, autorizando a(o) Pesquisador(a) Maria José Carvalho Costa, publicar a Pesquisa intitulada: "PRIMEIRO DIAGNÓSTICO E INTERVENÇÃO DA SITUAÇÃO ALIMENTAR, NUTRICIONAL E DE DOENÇAS NÃO TRANSMISSÍVEIS MAIS PREVALENTES DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE JOÃO PESSOA-PB". Protocolo nº.0493. João Pessoa, 05 de novembro de 2008. COMITÉ DE ÉTICA EM PESQUISA - CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE - UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CIDADE UNIVERSITÁRIA - CAMPUS 1- TELEFONE: (083)32l6-7791 74 ARTIGO RELAÇÃO ENTRE VALORES DE LEUCÓCITOS E PCR-US COM O CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL DE VITAMINA COM AÇÃO ANTIOXIDANTE EM IDOSOS TITULO DA REVISTA: PLOS ONE ÁREA: Nutrição QUALIS: A1 ISSN: 1932-6203 FATOR DE IMPACTO: 4,092 75 Relação entre valores de leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual de vitamina com ação antioxidante em idosos Relation between the values of leukocytes and PCR-us with the habitual eating intake of vitamin with antioxidant effect in elderly people. Cássia Surama Silvaa, Jousianny Patrício Silvaa, Raquel Ataide Limaa, Rafaella Cristhine Lunab,Luiza Sonia Asciuttic, Maria Conceição Gonçalvesd, Ronei Marcos Moraise, Liana Clébia Moraisf, Roberto Teixeira Limad, Alcides Silva Dinizg; Maria José Costad a Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição, da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. b Curso de Graduação em Nutrição, Departamento de Nutrição,da Universidade Federal do Piauí,Paraíba, Brasil. c Curso de Graduação em Nutrição, Faculdade de Ciências Médicas da Paraíba, Brasil. d Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição, Departamento de Nutrição, da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. e Programa de Pós-graduação em Modelos de Decisão e Saúde,Departamento de Estatística, da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. f Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição, Departamento de Fisiologia e Patologia, da Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, Paraíba, Brasil. g Programa de Pós-graduação em Ciências da Nutrição, Departamento de Nutrição da Universidade Federal da Pernambuco, Recife, Brasil Endereço correspondência do autor: Rua Doutor Alexandre Seixas Maia, n 41, Jaguaribe, João Pessoa- Paraíba. Brasil. CEP: 58015-490. E-mail: [email protected] Telefone: (83) 9964-1646. Conflitos de interesse: nenhum 76 RESUMO O objetivo desse estudo foi avaliar a relação entre os valores de leucócitos e proteína Creativa ultra sensível (PCR-us) e o consumo alimentar habitual de vitamina com ação antioxidante em idosos, considerando-se a inexistência de estudos. Adotou-se delineamento epidemiológico transversal, utilizando-se amostragem de uma população idosa, envolvendo 174 indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, de diferentes condições socioeconômicas e de saúde. Para verificar a correlação entre as variáveis utilizou-se o coeficiente de correlação de Spearman. Houve correlação negativa entre os valores de leucócito e vitamina E (r = -0,29, p = 0,0316), β-caroteno (r = -0,32, p = 0,0189) e leucócito e vitamina A (r = -0,36, p= 0,0062). Não foi encontrada correlação significativa entre os valores de leucócito e vitamina C, como também entre PCR-us e o consumo alimentar habitual dessas vitaminas. Com base nas correlações encontradas entre os valores de leucócitos e as vitaminas mencionadas, a ingestão dessas vitaminas, seria ainda mais justificada, considerando-se também, a sua importância na adequação dos valores de leucócitos. Palavras-chaves: Idoso. Leucócitos. Proteína C-reativa. Vitaminas antioxidants. 77 ABSTRACT The aim of this study was to evaluate the relation between leukocytes and high sensitivity Creactive protein (hs-CRP) and the habitual eating intake of vitamins with antioxidant effect in elderly people, taking into consideration the lacking of study on it. The cross-sectional epidemiological design was adopted, using a sample that were representative of an elderly population containing 174 individuals with age equal or superior to 60 years-old from different socio-economic and health conditions. To verify the correlation among the study variables the Spearman correlation coefficient was utilized. There was a negative correlation between the values of leukocytes and vitamin E (r = -0.29, p = 0.0316), β -carotene (r = -0.32, p = 0.0189) and leukocyte and vitamin A (r = - 0.36, p = 0.0062). No significant correlation was found between the leukocyte and vitamin C values as well as between the hs-CRP and the habitual eating intake of these vitamins. Based on the correlations found between the values of leukocytes with vitamin A, β-carotene and vitamin E, the intake of these vitamins would be even more justified considering also its importance in the adaptability of the leukocytes values. Keywords: Elderly. Leukocytes. C-reactive protein. Vitamins antioxidants. 78 INTRODUÇÃO As principais causas de mortalidade em idosos, são as Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), sendo responsáveis por 70% das mortes em indivíduos idosos com idade maior ou igual a 65 anos nos Estados Unidos da América (EUA) [1]. Quando os indivíduos são mais expostos a condições de agressões, o sistema imunológico inato torna mais complexa a sua função de defesa, no entanto, quando as agressões ultrapassam a capacidade de defesa desse sistema, emergem as DCNT, degenerativas ou auto-imune [2], com elevada prevalência em idosos [1, 3 ,4, 5]. Nesse sentido, a alimentação se destaca contribuindo na melhora da resposta do sistema imunológico inato [6], a partir da ação de vários nutrientes com destaque para as vitaminas conforme os resultados de vários estudos descritos a seguir. Em países ocidentais, foi observado associação entre consumo inadequado de vitaminas e ocorrência de DCNT, ao utilizar dados de inquéritos de consumo alimentar [7]. Vários relatos demonstraram que a ingestão de vitaminas provenientes da alimentação, como a vitamina E, vitamina A e vitamina C, tem a capacidade de melhorar o funcionamento do sistema imune e modular o estresse oxidativo, com base em diferentes indicadores, faixas etárias e condições de saúde [8, 9, 10, 11, 12, 13], reduzindo o risco de inúmeras doenças crônicas [14, 15, 6]. Por este motivo, a ingestão adequada de vitaminas com ação antioxidante na dieta tem recebido atenção especial em estudos com referência à nutrição de idosos, devido à constatação dos seus efeitos na promoção da saúde, do bem-estar e na longevidade [16, 17]. Indivíduos com estilo de vida saudável relacionado à alimentação adequada, prática de atividade física regular, ingestão moderada de álcool, não fumantes e com sono adequado trouxeram inúmeros benefícios para a saúde [18, 19, 20]. E ainda, no único estudo encontrado relacionando práticas saudáveis com valores de leucócitos, foi relatado que entre os que 79 cultivam práticas saudáveis ocorre diminuição dos valores de leucócitos como prevenção da inflamação de baixo grau. No entanto, não foi objetivo desse estudo relacionar os valores de leucócitos ao consumo de vitaminas e à alimentação do ponto de vista qualitativo e quantitativo [21]. Assim, os leucócitos e seus subconjuntos não são apenas marcadores inflamatórios, mas também desempenham importantes papéis na inflamação devido aos seus efeitos ou funções que coletivamente representam um importante mecanismo de imunidade inata [22]. Ainda no que se refere a marcadores inflamatórios, no caso, à proteína C reativa ultrasensível (PCR-us), vários estudiosos constataram que indivíduos com padrões alimentares saudáveis com destaque para o consumo de frutas e vegetais apresentaram baixos valores de PCR-us [23, 24, 25]; também em estudos transversais há relatos de que indivíduos com maior ingestão de vitamina E, carotenóides e vitamina C apresentaram diminuição da inflamação de baixo grau [26] e de outro estudo, houve relação inversa entre a ingestão de vitamina E e PCR-us [27]. Considerando a inexistência de estudos na literatura consultada sobre a relação entre os valores de leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual de vitamina com ação antioxidante em idosos, este estudo é pertinente, e tem como objetivo avaliar a relação entre os valores de leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual de vitamina A, βcaroteno, vitamina C e vitamina E; uma vez confirmada essa relação, a ingestão dessas vitaminas, seria ainda mais justificada, considerando-se também, a sua importância na adequação dos valores de leucócitos. 80 MATERIAS E MÉTODOS DESENHO DO ESTUDO E COLETA DE DADOS Este estudo foi vinculado ao projeto intitulado "Primeiro diagnóstico e intervenção da situação alimentar, nutricional e das doenças não transmissíveis mais prevalentes da população do município de João Pessoa/PB” (I DISANDNT/JP). Trata-se de estudo epidemiológico transversal de base populacional realizado a partir de uma amostra estratificada e sistemática calculada com o software R (2006). Durante o início do estudo mencionado, as informações sobre os indivíduos de todas as idades foram coletados, considerando-se, no presente estudo, apenas a população idosa [28, 29, 30]. A amostra dos domicílios foi calculada com base na informação sobre a variável de rendimento fornecido pela prefeitura de João Pessoa/Paraíba/Brasil. A amostragem foi feita a partir do número de blocos, e o número médio de habitações por bloco que foi estimado pela quantidade de terrenos urbanos e impostos sobre a propriedade fornecida pela prefeitura. A amostragem estratificada foi utilizada [31] devido à heterogeneidade da variável renda. A estratificação por renda foi utilizada devido à suposta relação entre prevalência de renda, doença e nutrição [32]. Para este fim, utilizou-se informação obtida a partir do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística para classificar os bairros da cidade por renda, o que resultou em dez estratos, a partir dos quais o nº de domicílios foi encontrado. A amostragem sistemática foi aplicada para a seleção dos domicílios a serem visitados em cada bloco. O fator de sistematização encontrado foi sete e, portanto, uma vez que a primeira casa de um bloco foi aleatoriamente selecionada e visitada, para as casas restantes, em cada sete seriam visitadas. O número de bairros visitados foi de 60 (sessenta), os quais corresponderam aos cinco distritos sanitários da cidade de João Pessoa, num total de 8338 blocos. Destes, utilizando o software R [33], 274 blocos foram aleatoriamente selecionados para ser visitado. 81 Após o trabalho de campo, 253 quarteirões, foram visitadas, compreendendo, 722 famílias. Em relação à estimativa (274 blocos) 21 blocos não foram visitados após o reconhecimento da área, devido a bairros carentes e domicílios comerciais. Se idosos viviam em uma casa que foi visitada, a sua participação foi solicitada em nossa pesquisa. Segundo o protocolo metodológico da pesquisa, se dois ou mais idosos estavam presentes em uma casa, os participantes foram selecionados por meio de instrumentos de aleatoriedade (moedas e dados). A população total encontrada nos domicílios visitados foi de 2030 indivíduos, sendo 260 idosos que representaram 12,81%. Dessa população total, 855 indivíduos não foram inseridos no estudo devido ao protocolo metodológico utilizado na amostragem, permanecendo no estudo um total de 1175 indivíduos assim selecionados. Uma amostra de 260 idosos com idade entre 60 e 90 anos, e vivendo em diferentes condições socioeconômicas e de saúde, não apresentavam distúrbios neuropsiquiátricos e usuário de suplemento vitaminas e minerais. De acordo com o critério de elegibilidade totalizando 212 idosos. As perdas de indivíduos idosos na amostragem foram devidas à impossibilidade de coleta de sangue, seja por desistência, mudança de endereço ou impossibilidade de punção venosa (n=17) e não continuidade da aplicação dos questionários em relação aos dados dietéticos (n=7) que resultou em 24 perdas, totalizando 188 idosos e mais as perdas relacionadas aos dados antropométricos (n=5) e bioquímicos (n=9), finalizando em 174 idosos. A coleta de dados foi realizada através de visitas domiciliares por pessoal devidamente treinado após a conclusão do estudo piloto. Questionários foram usados para obter informações socioeconômicas, demográficas, epidemiológicas e de consumo alimentar. A avaliação nutricional, consumo de álcool [34], Índice de Massa Corporal [35], atividade física [36], e análises bioquímicas [37, 38, 39] foram utilizadas para caracterização da 82 amostra. Quanto ao hábito de fumar, os indivíduos informavam se o tinham ou não e, em caso afirmativo, quantos cigarros fumavam por dia. Os indivíduos eram informados sobre todas as fases da pesquisa e assinaram um termo de consentimento após a aceitação. O inquérito alimentar foi realizado pelo Questionário Quantitativo de Freqüência Alimentar (QQFA), que documenta o número de vezes que os alimentos e bebidas são consumidos, a unidade de tempo (por dia, semana, meses ou anos), o tipo do consumido porção (g, ml) e o tamanho da parcela de cada item alimentar (pequeno, médio, grande ou extra grande). O QQFA foi validado por meio de três recordatórios de 24 horas que foram avaliados a intervalos de tempo diferentes na população de mulheres na cidade de João Pessoa, Paraíba, Brasil. Este estudo de validação foi realizado em parceria com a Escola de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e do Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição da Universidade Federal de Paraíba [40]. Os idosos responderam ao inquérito dietético, com a ajuda de parentes ou pessoas próximas, sempre que preciso,e com a ajuda de desenhos do tamanho das porções alimentares para efetivamente quantificar o tamanho das porções consumidas [41]. Quanto a quantificação do consumo alimentar habitual de vitaminas (vitamina A, β-caroteno, vitamina C e vitamina E) essa foi realizada com o auxílio do aplicativo de informática Dietsys software (versão 3.0) [42]. A coleta das amostras de sangue após jejum foi realizada nas casas dos participantes com profissionais devidamente qualificados e treinados. Imediatamente após a colheita, as amostras foram colocadas em tubos de ensaio previamente identificados e protegidos da luz. As amostras foram então transportadas para o laboratório onde os procedimentos analíticos foram conduzidos A PCR-us foi determinada no laboratório clínico do Hospital Universitário Lauro Wanderley por aglutinação de partículas de látex (quantitativo), utilizando o Kit BioSystems 83 PCR-us Latex (BioSystems: reagents e instruments, Barcelona, Espanha). Os pontos de corte de PCR-us em indivíduos entre 50 e 64 anos foram < 8,5 mg/dl para o sexo F e < 7,9 mg/dl para o sexo M e em indivíduos entre 65 e 99 anos foram < 6,6 mg/dl para Fe < 6,8 mg/dl para M [37]. No que se refere à análise bioquímica dos leucócitos essa foi realizada através da impedância elétrica utilizando-se o aparelho Pentra 120 da marca Horiba/ABX que usou a citometria de fluxo. Os pontos de corte de leucócitos em idosos foram 4.200 - 11.000/mm3 [38, 39]. As informações completas sobre a definição da amostra foram descritas anteriormente [28] e sobre a coleta de dados, critério de inclusão, análises bioquímicas, consumo alimentar habitual, dados demográficos e socioeconômicos foram descritos em artigos publicados anteriormente [29, 30]. DECLARAÇÃO DE ÉTICA Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro de Ciências da Saúde (CCS) da Universidade Federal de Paraíba, sob o protocolo de número 0493. Os indivíduos que concordaram em participar de todas as fases do estudo foram convidados a ler e assinar o Termo de Consentimento de Livre e Esclarecido. ANÁLISE ESTATÍSTICA A análise estatística levou em conta a estratégia de amostragem. Inicialmente, uma análise das características da amostra foi realizada através de estatísticas descritivas representadas por freqüência simples. Utilizou-se medidas de posição, como tendência central 84 e de dispersão [média, desvio padrão (DP) e percentual]. Quanto à normalidade de distribuição foi utilizado o teste de normalidade Lilliefors, o qual é uma derivação do teste de Kolmogorov-Smirnov [43]. Para verificar a existência da associação entre os valores de leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual das vitaminas (vitamina A, β-caroteno, vitamina C e vitamina E), objeto do presente estudo, foi aplicado o teste exato de Fisher. Para ajustar as variáveis da pesquisa em relação aos valores leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual das vitaminas (vitamina A, β-caroteno, vitamina C e vitamina E), foi utilizada a Regressão Linear Múltipla, com base nos seguintes modelos: Leucócito = βo + β1 vitamina A + β2 beta- caroteno+ β3 vitamina C + β4 vitamina E + β5 sexo + β6 IMC + β7 escolaridade + β8 renda + β9 morbidade + β10 consumo de medicação antiinflamatório não esteróide + β11 tabagismo + β12 álcool + β13 A. física + β14 PCR-us, sendo este mesmo modelo aplicado para a PCR-us, objeto do presente estudo. Para conferir a correlação linear entre as variáveis, objeto do presente estudo, leucócitos e PCR-us com o consumo alimentar habitual das vitaminas (vitamina A, βcaroteno, vitamina C e vitamina E), foi utilizado o coeficiente de correlação de Spearman devido à não normalidade dos dados. Adotou-se nível de significância de 5% para todos os testes estatísticos e a análise dos dados foi realizada com o software R [33]. RESULTADOS Dentre os 174 indivíduos, selecionados de acordo com o objetivo do estudo, a maior parte era do sexo feminino, e a idade média era inferior a 70 (68,76±7,23) anos. Segundo a classificação da WHO, a maior parte dos idosos apresentava prevalência de sobrepeso e obesidade; mais da metade tinha até nove anos de estudo; a renda familiar era equivalente a 85 três salários mínimos vigentes; a hipertensão foi a morbidade mais frequente. A maior parte da amostra era de usuários de medicamentos, mas um número reduzido de idosos fazia uso de antiinflamatório (8,6%), não eram tabagistas, não consumiam álcool, eram sedentários e não apresentavam valores de leucócitos e PCR-us alterados, de acordo com a tabela 1. As características gerais da amostra com dados demográficos, do estado nutricional, de condições socioeconômicos, de morbidade, estilo de vida e bioquímicos é mostrado na tabela 1. Quanto ao consumo alimentar habitual das vitaminas com ação antioxidante, o consumo médio de vitamina A, β-caroteno, vitamina E e vitamina C foram de 1994,39± 1421,24 (µg EAR/dia), 5959,29±4739,66 (µg/dia), 6,01±4,44 (mg/dia) e 162,10±118,12 (mg/dia), respectivamente, como é mostrado na tabela 2. Foi aplicado o teste de correlação de Spearman, devido a não normalidade dos dados. Houve correlação negativa entre os valores de leucócito e os de vitamina E, β-caroteno e vitamina A, mas não foi encontrada correlação significativa entre os valores de leucócito e vitamina C, nem entre PCR-us e o consumo alimentar habitual das vitaminas, como pode ser visto na tabela 3. Após o ajuste das variáveis referentes aos valores de leucócitos e PCR-us, objeto do estudo, em relação aos dados de consumo alimentar habitual das vitaminas, demográficos, índice de massa corporal, dados socioeconômicos, de morbidade, estilo de vida, utilizando-se a Regressão Linear Múltipla, não se observou relação entre os mesmos. DISCUSSÃO No presente estudo, a correlação negativa entre valores de leucócitos e consumo alimentar habitual de vitamina A, vitamina E e β-caroteno foi encontrada em idosos, o que indica, uma relação inversa entre o terceiro tercil desta variável (leucócitos) com as variáveis 86 de β-caroteno e vitamina E, e no primeiro tercil com a vitamina A, é um dado inédito;no entanto, não houve associação entre PCR-us e o consumo das vitaminas com ação antioxidante, provavelmente, devido a uma homogeneidade quanto aos resultados encontrados na população em relação aos valores de PCR-us e leucócitos. Valores elevados de leucócitos refletem condições inflamatórias crônicas [2, 44], imunológicas e hematológicas [45, 46]. Nesse sentido, observou-se que homens com idade de 49,5±6,7 anos que apresentavam estilo de vida saudável, envolvendo, também, hábitos alimentares saudáveis, notificados com base em um questionamento simples, ou seja, “você costuma prestar atenção em seus hábitos alimentares”, tinham baixos valores de leucócitos, concluindo-se que cultivar práticas saudáveis pode levar à diminuição da contagem de leucócitos e à prevenção da inflamação de baixo grau [21]. Seguindo esse raciocínio, em várias pesquisas, tem-se observado que adotar estilo de vida saudável, ou seja, consumir uma dieta saudável, não fumar, realizar atividade física regular, manter peso corporal saudável e ingestão de álcool de leve a moderado, pode reduzir a prevalência de Doença Crônica (DC), incluindo doenças coronárias, Acidente Vascular Encefálico (AVE), diabetes, bem como a mortalidade precoce [18, 19, 20]. Ora, a ingestão adequada de vitaminas antioxidantes é essencial para a promoção da saúde, bem-estar e longevidade entre os idosos [17], uma vez que, eles exercem ação antioxidante e imunomoduladora. Pode-se afirmar que esta função foi demonstrada no presente estudo, com base na associação inversa encontrada entre os valores de leucócitos com o consumo alimentar habitual das vitamina (vitamina A, β-caroteno e vitmaina E). Em outro estudo observou-se associação entre níveis de β-caroteno com valores de leucócitos e PCR-us, enquanto que níveis de vitamina E foram positivamente associados com a PCR-us [47], associação não verificada no presente estudo. 87 Faz-se pertinente destacar que diante dos resultados de vários estudos [48,49], esperava-se encontrar relações entre o consumo alimentar habitual das vitaminas mencionadas e os valores de PCR-us, no entanto, as particularidades de cada população parecem interferir nos fatores ligados à presença ou não dessas, destacando-se nesse sentido, que foi encontrada relação positiva [47] e não negativa entre as variáveis acima mencionadas, como seria esperado, tendo em vista as funções dessas vitaminas. Essas considerações justificam ainda mais a realização do presente estudo. Mais estudos, devem ser conduzidos para um maior aprofundamento quanto a essas relações envolvendo o consumo alimentar, e também a situação de saúde dessa população, entre outras variáveis. Com base nas correlações encontradas entre os valores de leucócitos e as vitaminas mencionadas, a ingestão dessas vitaminas, seria ainda mais justificada, considerando-se também, a sua importância na adequação dos valores de leucócitos. AGRADECIMENTOS À coordenadora da pesquisa, Dra. Maria José de Carvalho Costa, a toda equipe do projeto (professores, mestres, alunos mestrandos e alunos de graduação) e colaboradores da pesquisa (Programa de Pós-Graduação em Ciências da Nutrição, Hospital Universitário Lauro Wanderley, e o Centro de Pesquisa de micronutrientes /Universidade Federal de Paraíba). 88 REFERÊNCIAS 1. HERON M (2011) Deaths: leading causes for 2007.National Vital Statistics Reports, 59: 195. 2. JAFFE R, MANI J (2013) Rethink Health: Inflammation Is Actually Repair Deficit: Using Physiology First to Achieve Better Outcomes Part 1: Value and Importance of Understanding Inflammation As Repair Deficit Opportunity. Townsend Letter 68, 2013. 3. 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João Pessoa/Paraíba/Brasil Características demográfica, socioeconômica, Média DP clínicos, estilo de vida Sexo Masculino Feminino Idade (anos) 68,76 7,23 IMC (Kg/m2) 26,78 6,23 Escolaridade 0 Até 9 anos > 9 anos Não informou Renda familiar ($) 906,90 999,45 Morbidades Ausência* Hipertensão * Sobrepeso ¥ Obesidade ¥ Diabetes* Estilo de vida Usuários de medicamentos Usuários de antiinflamatórios Indivíduos com PCR-us alterada Indivíduos com PCR-us normal utilizando antiinflamatórios não esteróide Indivíduos com PCR alterada utilizando antiinflamatórios não esteróide Tabagismo Consumo de álcool (gramas) 7,20 10,06 Prática de atividade física DADOS BIOQUÍMICOS Proteína C-reativa (PCR)(mg/dL) 2,78 3,15 Leucócito(/mm3) 6249,64 1592,61 Notas: *Morbidade auto-referida; ¥Segundo WHO (1998). N (%) 54 (31,0) 120 (69,0) 13 (7,5) 99 (56,9) 58 (33,0) 17 (9,8) 37 (21,3) 99 (56,9) 59 (33,9) 53 (30,4) 22 (12,7) 119 (68,4) 15 (8,6) 15 (8,6) 15 (8,6) 0 (0) 18 (10,3) 38 (21,8) 34 (19,5) 97 TABELA 2 - Consumo médio habitual das vitaminas com ação antioxidante da amostra do estudo. João Pessoa/PB/Brasil Consumo médio de vitaminas Vitamina A (µg EAR/dia) β- caroteno (µg/dia) Vitamina C (mg/dia) Vitamina E (mg/dia) Média Desvio Padrão 1994,39 1421,24 5959,29 162,10 6,01 4739,66 118,12 4,44 TABELA 3 - Correlação entre os valores de PCR-us (mg/dL )e leucócitos(/mm3) e o consumo médio habitual de vitaminas com ação antioxidante . PCR 1°tercil 2°tercil 3°tercil vitamina E média desvio Média desvio 0,55 1,89 6,14 0,29 0,48 3,62 4,87 4,81 4,71 3,23 1,41 1,39 Leucócitos média desvio 1°tercil 4743,33 540,82 2°tercil 6024,34 354,19 3°tercil 7936,55 1445,76 vitamina E média desvio 4,62 4,82 4,66 1,39 3,23 1,46 r -0,14 0,12 0,01 r -0,01 0,03 -0,29 p-valor (PCR X vitamina E) vitamina C média desvio 0,3187 0,3815 0,9612 168,14 220,05 154,77 226,87 701,30 168,80 p-valor (LeucócitoX vitamina E) vitamina C média desvio 0,9575 0,8269 0,0316* 254,86 124,43 166,60 736,09 66,54 169,83 r 0,01 0,10 0,00 r -0,19 0,10 -0,04 p-valor (PCR X vitamina C) 0,9630 0,4688 0,9935 β-Caroteno média r desvio 5782,95 4769,90 4096,45 4576,24 5441,49 5223,88 -0,02 0,16 0,04 β-Caroteno r p-valor (LeucócitoX vitamina C) média 0,1759 0,4541 0,7230 5292,37 5055,92 4930,12 desvio 4561,40 -0,07 5406,21 -0,14 4719,30 -0,32 p-valor (PCRX β-caroteno) 0,8865 0,2485 0,7694 vitamina A média p-valor (PCR X vitamina A) desvio 1503,20 779,69 0,00 1774,99 1131,76 0,07 1925,38 1242,90 0,08 p-valor (LeucócitoX β-caroteno) 0,6360 0,3069 0,0189* r vitamina A média 0,9863 0,5894 0,5715 r desvio 1765,68 1148,68 -0,36 1890,83 1238,12 -0,25 1581,59 814,46 -0,22 p-valor (LeucócitoX vitamina A) 0,0062* 0,0601 0,0982 *p < 0,05 98 99 OUTROS RESULTADOS ENCONTRADOS 100 Tabela 1 - Características da população de idosos do município de João Pessoa/PB/Brasil, 2008-2010 Características demográfica, socioeconômica, estilo de vida Média DP N (%) Sexo Masculino 54(31,0) Feminino 120(69,0) Idade (anos) 68,76 7,23 65,13 16,00 Altura (m) 1,52 0,25 IMC (Kg/m2) ESCOLARIDADE 0 Até 9 anos 26,78 6,23 Antropométrica: Peso (Kg) 13(7,5) 99 (56,9) > 9 anos 58(33,0) Não informou 17 (9,8) RENDA FAMILIAR ($) 906,90 999,45 MORBIDADES Ausência* 37 (21,3) Hipertensão * 99 (56,9) Diabetes* 22 (12,6) Sobrepeso ¥ 59 (33,9) Obesidade ¥ 53 (30,4) ESTILO DE VIDA Usuários de medicamentos 119(68,4) Usuários de antiinflamatórios 15(8,6) Indivíduos com Proteína C-Reativa (PCR) alterada 15(8,6) Indivíduos com PCR normal utilizando antiinflamatórios não esteroide 15(8,6) Indivíduos com PCR alterada utilizando antiinflamatórios não esteróide 0(0) Tabagismo Sim 18(10,3) Não Consumo de álcool (gramas) 155 (89,1) 1,61 5,59 Sim 7,20 10,06 38(21,8) Não 0,00 0,00 133 (76,4) Prática de atividade física€ Sim 34(19,5) Não 140 (80,4) DADOS BIOQUÍMICOS ProteínaC-Reativa(PCR)(mg/dL) 2,78 3,15 Leucócito(/mm3) 6249,64 1592,61 Linfócitos(/mm3) 2170,59 678,24 Vitamina A (μgRAE/dia) 1994,39 1421,24 β-caroteno (µg/dia) 5959,29 4739,66 Vitamina C (mg/dia) 162,10 118,12 Vitamina E (mg/dia) 6,01 CONSUMO ALIMENTAR HABITUAL Notas:*Morbidade auto-referida; ¥Segundo WHO (1998);€ ≥150 minutos/semana. 4,44 101 Tabela 2 - Consumo médio habitual de vitamina A, β-caroteno, vitamina C e vitamina E dos idosos do município de João Pessoa/PB/Brasil VITAMINAS CONSUMO MÉDIO HABITUAL (CM) Abaixo e acima do valor de referência AMOSTRA POR GENERO Vitamina A (µg ERA/dia) M < 625 N(%) 5 ( ,87%) CM 390,20 F < 500 4 (2,3%) N(%) CM 312,05 9 (5,17%) Vitamina C (mg/dia) M < 75 N 13 (7,47) CM 71,62 F < 60 11 (6,32%) 31,13 N CM 24 (13,79%) AMOSTRA TOTAL <3000 Β-caroteno (µg /dia) N CM 25(14,57%) 1548,84 >6000 83 (47,70%) 7671,06 108 (62,07%) <12 Vitamina E (mg/dia) N CM 156 5,20 156 (86,65%) 102 Figura 1 - Correlação entre os valores de leucócitos (/mm3) e o consumo médio habitual de vitaminas com ação antioxidante r= -0,36 p= 0,0062 r = -0,29 p=0,0316 r = -0,36 p= 0,0189 3 TABELA 3 - Correlação entre linfócitos (/mm ) e o consumo alimentar habitual de vitamina com ação antioxidante Linfócitos vitamina E r p-valor vitamina C r p-valor Beta Caroteno r p-valor Vitamina A (linfócitos x (linfócitos x (linfócitos x média desvio média desvio vitamina E média desvio vitamina C média desvio β-caroteno média desvio 1°tercil 1510,60 296,09 4,85 742,78 -0,03 0,8390 254,92 742,78 0,09 0,5076 5108,32 4548,64 -0,06 0,6627 1747,20 1050,30 r p-valor (linfócitos x vitamina A 0,03 0,8312 2°tercil 2061,91 139,66 4,68 76,11 -0,01 0,9215 121,35 76,11 -0,03 0,8008 5405,77 5256,65 -0,02 0,8511 1881,12 1385,76 -0,17 0,2174 3°tercil 2910,66 531,98 4,57 *p < 0,05. 166,75 -0,05 0,7070 172,09 166,75 -0,06 0,6466 4946,29 4831,00 -0,18 0,1717 1634,94 687,54 0,2765 -0,15 103 104 Quadro10 - Estudos realizados com consumo médio de vitaminas A, β-caroteno, vitamina E nos últimos 6 anos Vitamina A Autor β-caroteno(µg/dia) Vitamina E(mg/dia) [µg EAR/dia; ER/dia] Jenab et al.(2009) n= 36.034 indivíduos (35-74 anos de idade) 1901 a 3907 µg/dia (M) 1520 a 4590 µg /dia (F) 9,3 a 20,1 mg/dia (M) 7,7 a 15,2 mg/dia (F) Sebastian et al. (2007) (≥ 71 anos de idade; n=662) 751±47(M) 614±33(F) µgEAR/dia 6,2 ±0,4 (M) 4,5±0,2 (F) (mg/dia) Oldewage-theron; Samuel; Djoulde, (2010) N=139 (60-93 anos de idade) 425,8± 665,6(M) 368,1±811,1(F) 377,1±781,5 (média total) µgER/dia) 5,4± 5,2 mg/dia(M) 4,0±0,5 mg/dia(F) 4,3±5,8 mg/dia (média total) (mg/dia) Romeu et al. (2012) (n=815) 18-77anos 2217,8(2217,7-2218) µg/dia 11,4(11,2-11,5) [µg/dia] Sette et al. (2011) >65 anos de idade N=518 3389±2146(M) 3219±2181(F) µg/dia 13,3± 4,5(M) 10,9 ±3,7 (F) (mg/dia) Kim; Kim; Cho. (2012) 20-59 anos de idade N=106 Kolahdooz; Spearing; Sharma, (2013) 19-50 e >50anos de idade N=136 531,84±226,42 (µgEAR/dia), (n=106) 20-59 anos de idade; 3828,37±2196,29 (µg/dia) [20-59anos, (n=106, total)]; 532,09 ± 184,11 (µg EAR/dia) [50-59 anos de idade, n=10] 4864.99 ± 2351.43 (µg/dia) [50-59 anos de idade,n=10] 134±426 µgEAR/dia(M); 196± 204 µgEAR/dia(F); >50 anos; n=162 8,1±6,0(M); 10,9±8,4(F); >50 anos; n=162