Governador
Cid Ferreira Gomes
Vice Governador
Domingos Gomes de Aguiar Filho
Secretária da Educação
Maria Izolda Cela de Arruda Coelho
Secretário Adjunto
Maurício Holanda Maia
Secretário Executivo
Antônio Idilvan de Lima Alencar
Assessora Institucional do Gabinete da Seduc
Cristiane Carvalho Holanda
Coordenadora da Educação Profissional – SEDUC
Andréa Araújo Rocha
Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP]
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Escola Estadual de
Educação Profissional - EEEP
Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Curso Técnico em Nutrição e Dietética
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL
Fortaleza/Ceará
2013
Nutrição e Dietética – Avaliação Nutricional
1
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Ensino Médio Integrado à Educação Profissional
Sumário
1.
INTRODUÇÃO
3
2.
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
4
2.1
MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
5
2.2
INQUÉRITOS ALIMENTARES
5
2.2.1 MÉTODOS QUANTITATIVOS
2.2.2 MÉTODOS QUALI-QUANTITATIVOS
5
6
3.
3.1
3.2
3.2.1
3.2.2
3.3
AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
ANTROPOMETRIA
MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
PESO
ALTURA
CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS
9
9
10
10
13
15
4
5.
IDADE
CIRCUNFERÊNCIAS
17
17
6.
AVALIAÇÃO
DOS
CARDIOVASCULARES
7.
DOBRAS/ PREGAS CUTÂNEAS
19
8.
BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA – BIA
23
9.
OUTROS MÉTODOS
23
10.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL (ANSG)
23
11.
AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
24
12.
AVALIAÇÃO EM PEDIATRIA
25
13.
INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS E CULTURAIS
36
REFERENCIAS
44
TABELAS DE APOIO
45
Nutrição e Dietética – Avaliação Nutricional
RISCOS
DE
DOENÇAS 19
2
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1 – INTRODUÇÃO
Estado nutricional:
“É o grau pelo qual a necessidade fisiológica de nutrientes do indivíduo está sendo
atendida através do alimento que ele está ingerindo”. (Mahan, 1998)
“É o estado de equilíbrio do indivíduo entre a ingestão e o gasto ou necessidade de
nutrientes”. (Mahan, 1998)
“Condição de saúde de um indivíduo, influenciada pelo consumo de nutrientes,
identificada pela correlação de informações obtidas de estudos físicos,
bioquímicos, clínicos e dietéticos”. (Vasconcelos, 2000)
“O estado resultante do equilíbrio entre suprimento de nutrientes e o gasto do
organismo do outro”. (Vasconcelos, 2000)
Dimensão social do conceito de Estado Nutricional:
“É a parte integrante da totalidade do processo social de produção, é a síntese
orgânica das relações entre homem-natureza-alimento que se estabelecem no
interior de uma determinada sociedade”. (Vasconcelos, 2000)
Nutrição e Dietética – Avaliação Nutricional
3
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Avaliação nutricional de indivíduos:
“A avaliação do estado nutricional envolve o exame das condições físicas do
indivíduo, crescimento e desenvolvimento, comportamento, níveis de nutrientes na
urina, sangue ou tecidos e a qualidade e quantidade de nutrientes ingerida”
(Mahan,1998)
Fatores determinantes do estado nutricional:
Fatores econômicos (renda, acesso)
Fatores sociais (hábitos, modismos, estéticos, mídia, colegas,etc.)
Fatores culturais (descendência, costumes)
Fatores religiosos (mitos, tabus, crenças)
Fatores psicológicos (necessidade, prazer, desconforto, insegurança)
Fatores fisiopatológicos
Alterações do estado nutricional:
Definição: quando ocorre o consumo inadequado de alimentos, em quantidade e
qualidade, provocando distúrbios ou carências nutricionais.
2 - AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL:
- ANAMNESE ALIMENTAR:

- Ficha utilizada para orientar o entrevistador a coletar informações importantes e
diversas, relativas ao indivíduo que está sendo avaliado.
- Geralmente é composta dos seguintes itens:
• Dados pessoais
• Condições socioeconômicas
• História clínica
• Avaliação dietética
• Avaliação antropométrica
• Exame físico/clínico
• Avaliação bioquímica
• Conduta nutricional
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4
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2.1 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL
MÉTODOS DIRETOS:
- Inquéritos alimentares
Recordatório 24h, Questionário de Frequência alimentar, História Alimentar, Diário
Alimentar
- Avaliação antropométrica
Peso, Estatura, Circunferências, Dobras cutâneas
- Exames laboratoriais/bioquímicos
Exames de sangue, urina, fezes, etc.
MÉTODOS INDIRETOS:
- Avaliação subjetiva global (ASG)
- Exame clínico/físico
2.2 INQUÉRITOS ALIMENTARES

Métodos diretos, utilizados para avaliação do consumo alimentar de
indivíduos e populações em um determinado período de tempo previamente
estabelecido: DIA – MÊS – ANO
Usado em crianças, adolescentes, adultos, idosos e gestantes.
Podem fornecer tanto informações quantitativas como qualitativas sobre a
ingestão alimentar, podendo relacionar a dieta ao estado nutricional de
indivíduos e sua relação com o aparecimento de doenças crônico
degenerativas.
Pode ser o início de uma investigação e da identificação de deficiências
nutricionais.
Cada método apresenta vantagens e desvantagens
Diferença entre eles inclui: a participação do entrevistado, necessidade do
mesmo ser alfabetizado, dependência da memória, número de aplicações do
instrumento, estimativa da ingestão habitual e interferência no
comportamento alimentar.

2.2.1 MÉTODOS QUANTITATIVOS

Baseados na quantidade e tipo de alimentos ingeridos pelo indivíduo em
determinado período de tempo.
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1) Recordatório de 24 horas (R24h)
- proposto por Betha Burke (1930);
- usado para avaliar a ingestão de alimentos e nutrientes de indivíduos e grupos
populacionais;
- não pode ser usado em dia seguintes a finais de semana e feriados.
2) Registro ou Diário Alimentar (DA):

- proposto por Burke e Stuart (década de 30);
- avaliar ingestão alimentar em um período de 3 dias;
- uso de formulários próprios;
- alternar períodos – semana e fim de semana.
2.2.2 MÉTODOS QUALI-QUANTITATIVOS
3) História alimentar ou dietética (HA):
- proposto por Burke (1947);
- avaliar o consumo alimentar habitual;
- informações sobre hábitos passados e presentes: n° refeições, apetite,
preferências, uso suplementos, R24h e outras informações adicionais.
4) Questionário de frequência de consumo alimentar (QFCA):

- proposto por Burke (1947) e adaptado por Willet (final da década de 60);
- obter informação qualitativa, semi-quantitativa ou quantitativa sobre o padrão
alimentar e ingestão de alimentos ou nutrientes específicos;
- prevê medir a exposição
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3 – AVALIAÇÃO ANTROPOMÉTRICA
3.1 ANTROPOMETRIA

* É a medida do tamanho corporal e de suas proporções, sendo um dos
indicadores diretos do estado nutricional do indivíduo.
* As medidas antropométricas mais utilizadas na avaliação antropométrica são:
peso, estatura, dobras/pregas cutâneas e circunferências.
- Medidas, índices e indicadores:
* Medidas antropométricas: dimensões de peso, estatura e outras proporções
corporais;
* Índice:
- É a combinação entre duas ou mais medidas antropométricas.
- Geralmente o índice incorpora em uma única medida, diferentes aspectos ou
diferentes indicadores.
- Em avaliação nutricional os mais utilizados são P/I, P/A, A/I, IMC.
* Indicadores:
- Permitem o diagnóstico nutricional. É utilizado para representar ou medir aspectos
não sujeitos à observação direta.
- O indicador inclui apenas um aspecto, por exemplo, a desnutrição ou a
obesidade. Para tanto, deve-se comparar a população avaliada com uma
população de referência, ou normal, por meio dos pontos de corte para os índices
antropométricos, para possibilitar a identificação e quantificação da natureza e da
gravidade das patologias nutricionais.

- Padrões de referência:
- Para se avaliar o estado nutricional de uma população ou indivíduo com base no
peso, altura e idade, é recomendado o uso de um padrão de referência.
- O padrão do National Center of Health Statistics –NCHS (1977) se refere a
população dos EUA e foi muito utilizado como padrão de referência para a
população brasileira até 2007, quando foram criadas curvas da OMS adaptadas a
países em desenvolvimento, sendo utilizadas em indivíduos de 0 a 19 anos.
- O padrão de referência pode utilizar a classificação percentilar ou de percentil
(P ), a qual é uma medida estatística proveniente da divisão de uma série de
observações em cem partes iguais, estando os dados ordenados do menor para o
maior, onde cada ponto da divisão ou ponto de corte corresponde a um percentil.
- Quartis dividem a série em 4 partes iguais e Decis dividem a série em 10 partes
iguais. Geralmente se utiliza a média (percentil 50) como norma ou valor normal
para o padrão de referência e a partir deste valor, são estabelecidos
limites de normalidade ou pontos de corte para o processo que se pretende avaliar
ou diagnosticar.
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* Pontos de corte: são os limites da normalidade de uma população de referência,
que podem ser inferiores ou superiores à média.
3.2 MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS
Papel do antropometrista:
Reconhecer a necessidade de uso de técnicas padronizadas para coleta de
dados
Reconhecer a importância de ambiente adequado para coleta de dados;
Conhecer as características dos equipamentos utilizados;
Ter responsabilidade, concentração e atenção necessárias durante a realização
dos procedimentos, para que as medidas coletadas sejam confiáveis e precisas;
3.2.1 PESO
O peso é a soma de todos os componentes corporais (água, gordura, ossos,
músculos) e reflete o equilíbrio protéico-energético do indivíduo.
Técnica de medição de peso:
a) a pessoa deve estar sem calçados e com roupas leves
b) determinar a quantidade roupa a ser aceita para medida. Em clínica pode ser
usado avental (descartável?);
c) a pessoa deve posicionar-se sobre a plataforma da balança apoiada nos dois
pés e manter-se imóvel;
d) o antropometrista/avaliador deve fazer a leitura e registro da medida obtida;
e) repetir o procedimento*, se necessário e fazer a média da medida.
Peso atual
-é o peso verificado em uma balança calibrada, onde o individuo é posicionado de
pé, descalço, no centro da balança e com roupas leves. O valor obtido corresponde
ao peso atual do individuo na referida data.
Peso usual
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- utilizado como referencia na avaliação das mudanças recentes de peso e em
casos de impossibilidade de medir o peso atual. Geralmente é o peso que se
mantém por maior período de tempo.
Peso ideal ou desejável ou teórico
- é o peso definido de acordo com alguns parâmetros, tais como idade, biotipo,
sexo e altura. Devido a variações individuais no adulto, o peso ideal pode variar na
faixa de 10% abaixo e 10% acima do peso teórico.
Estimativa de peso
- quando não se pode pesar o indivíduo, é possível estimar o peso por meio de
algumas fórmulas, tais como circunferência da panturrilha, compleição, altura ou
IMC;
Peso ajustado
- usado quando o indivíduo apresenta-se com o peso superior ou inferior ao
considerado normal, especialmente para cálculo de adequação de dietas.
Adequação de peso
- é a relação entre o peso atual e o peso desejável/ideal.
A) Métodos para cálculo do peso ideal/teórico/estimado:
a) PI (IMCm) = A²(m) x IMC médio
Onde: IMC médio homens = 22kg/m² e IMC médio mulheres = 21kg/m²
b) Estimativa de peso pela compleição corporal:
É utilizada em adultos a partir de 18 anos de idade.
Utiliza a relação (R) entre a estatura (E) e o perímetro/circunferência de pulso
(PP).
A partir do cálculo da compleição pode se avaliar a estrutura física do indivíduo e
então se classifica o seu estado nutricional.
Tipo de compleição corporal:
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c) Fórmula de Lorentz:
d) Estimativa de peso pela circunferência de panturrilha: (Chumlea, 1985)
Homens = (0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PSE) - 81,69
Mulheres = (1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,40 x PSE) - 62,35
Onde:
CP = circunferência da panturrilha (cm);
CB = circunferência do braço (cm)
AJ = Altura dos joelhos (cm); PSE = prega subescapular (mm)
e) Estimativa de peso com Edema: (Duarte e Castellani, 2002)
f) Peso ajustado
- é o peso ideal corrigido para a determinação da necessidade energética e de
nutrientes, quando a adequação do peso for inferior a 95% ou superior a 115%. É
obtido pela equação:
Peso ajustado = (peso ideal - peso atual) x 0,25 +/- peso atual
g) Peso ajustado para amputados - para corrigir o peso ideal de amputados,
deve-se subtrair o peso da extremidade amputada do peso ideal calculado,
conforme a tabela abaixo:
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Estimativa de peso na Amputação: (Nieman e Lee,
1995)
3.2.2 ALTURA
São medidas que expressam o processo de crescimento linear do corpo humano.
* Estatura: é a medição em pé de crianças maiores de dois anos até a idade
adulta. Utiliza-se o estadiômetro.
* Comprimento: é a medição em decúbito dorsal (deitado, de ventre para cima),
utilizado para crianças até dois anos de idade (mesmo que esta já fique em pé).
Utiliza-se o infantômetro.
Técnica de medição de altura:
a) A pessoa deve estar sem calçados, com roupas leves, sem adornos na cabeça e
nos bolsos;
b) A pessoa deve ser posicionada à superfície de uma parede lisa, sem rodapés
em cinco pontos: calcanhares, panturrilha, nádegas, clavícula e região
occipital;
c) Posicionar a cabeça segundo o plano de Frankurt*:
d) Baixar o cursor até tocar a parte superior da cabeça e realizar a leitura do valor
obtido;
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e) Se necessário repetir o procedimento, registrar o valor obtido e fazer a média
dos dois valores.
Estimativa de altura:
Quando não é possível aferir a altura do indivíduo, pode se estimar a medida com
base em alguns métodos.
a) Pela altura do joelho:
O indivíduo deve estar em posição supina ou sentado o mais próximo possível da
extremidade da cadeira, com o joelho esquerdo flexionado em ângulo de 90°. Medir
o comprimento entre o calcanhar e a superfície anterior da perna (cabeça da fíbula)
na altura do joelho. Usa-se a seguinte fórmula:
Homem = 64,19 – (0,04 x I) + (2,02 x AJ)
Mulher = 84,88 – (0,24 x I) + (1,83 x AJ)
b) Pela Extensão dos braços (envergadura)
Medida pela distância entre as pontas dos dedos médios quando os braços
estiverem abertos no nível dos ombros. A medida corresponde à estimativa de
estatura do indivíduo.
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c) Estatura Recumbente
O indivíduo deve estar em posição supina e com leito horizontal completo. Marcar o
lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé no lado direito do
indivíduo com auxílio de um triângulo. Medir a distância entre as marcas utilizando
uma fita métrica flexível.
3.3 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE ADULTOS
1) Pelo Índice de Massa Corporal (Índice de Quetelet)
Classificação do estado nutricional de adultos pelo IMC (ambos os sexos):
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Classificação do estado nutricional de idosos pelo IMC:
2) Classificação do Diagnóstico Nutricional por Compleição Corporal:
% de adequação de peso = peso atual x 100/ peso ideal (pela compleição)
3) Pela adequação de peso (%) = peso atual x 100/ peso ideal (IMC médio)
4) Mudança de peso - a perda de peso involuntária constitui uma importante
informação para avaliar a gravidade do problema de saúde, uma vez que existe
uma elevada correlação com a mortalidade. Para determinar a variação de peso,
pode ser utilizada a seguinte fórmula:
Perda de peso (%) = (peso usual – peso atual) x 100 / peso usual
A variação obtida indica a significância da redução de peso em relação ao tempo:
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4. IDADE
A idade compreende desde o período em que o indivíduo nasceu (data do
nascimento) até o dia em que o mesmo foi avaliado. É importante fazer
aproximações, pois as informações disponíveis nas populações de referência
(especialmente crianças) não são para idades exatas. Em adultos usa-se o ano
inteiro. Recomenda-se utilizar a seguinte regra, para crianças até dez anos:
* Fração de idade até 15 dias = aproxima-se a idade para baixo
* Fração de idade igual ou superior a 16 dias = aproxima a idade para cima
5. CIRCUNFERÊNCIAS
São medidas de crescimento e podem indicar o estado nutricional e o padrão de
gordura corporal, com exceção da circunferência cefálica, que indica o crescimento
cerebral. As principais medidas são:
Circunferência da cintura (CC)
Circunferência do quadril (CQ)
Circunferência abdominal (CA)
Circunferência do braço (CB)
Técnica de medida das circunferências:
a) Circunferência do braço:
- Flexionar o braço a ser avaliado formando um ângulo de 90 graus.
- Localizar o ponto médio entre o acrômio e o olecrano.
- Solicitar ao indivíduo que fique com o braço estendido ao longo do corpo com a
palma da mão voltada para a coxa.
- Contornar o braço com fita flexível no ponto marcado de forma ajustada evitando
compressão da pele ou folga.
- O resultado é comparado aos valores de referência.
b) Circunferência da cintura:

- Indivíduo em pé, usando fita métrica não elástica.
- A fita deve circundar o indivíduo na linha natural da cintura, na região mais
estreita entre o tórax e o quadril, geralmente no ponto médio entre a crista ilíaca e a
última costela.
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- Leitura deve ser feita no momento da expiração.
c) Circunferência do quadril:

- A fita deverá circundar o quadril na região de maior perímetro entre a cintura e a
coxa, com o indivíduo usando roupas finas.
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL COM BASE NA CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO
a) Pela Circunferência do Braço (CB):
b) Pela Circunferência Muscular do Braço (CMB):
* Avalia a reserva de tecido muscular (sem correção da área óssea)
* Obtida a partir dos valores da CB e prega cutânea tricipital (PCT)
c) Área Muscular do Braço Corrigida (AMBc):
- Avalia a reserva de gordura muscular corrigindo a área óssea
- Reflete mudanças do tecido muscular do que a CMB.
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6. AVALIAÇÃO DOS RISCOS DE DOENÇAS CARDIOVASCULARES
a) Pela relação cintura/quadril* (Bray, 1989)
É um método utilizado para adultos (20 a 69 anos), de ambos os sexos. Este
método utiliza um índice para classificar os indivíduos para o risco de
desenvolverem doenças crônicas associadas à obesidade. A relação proposta é a
seguinte:
b) Risco de doenças cardiovasculares, de acordo com a medida da CC/CA:
7. DOBRAS/ PREGAS CUTÂNEAS
A espessura da dobra cutânea reflete a espessura da pele e tecido adiposo
subcutâneo em locais específicos do corpo. A aferição da dobra é um método
relativamente simples, de baixo custo e não invasivo, para estimar a gordura
corporal total, porém exige que o avaliador seja bem treinado. As dobras não são
indicadas em indivíduos obesos, devido à dificuldade de medir os locais.
São medidas que expressam a quantidade de tecido adiposo corporal, por meio de
medida da espessura de algumas dobras/pregas cutâneas e utilizando equações
matemáticas (preditivas) que sempre devem ser adequadas à população avaliada,
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por faixa etária, sexo, etnia, atividade física, entre outras características. O seu uso
correto depende de uma adequada coleta das medidas, e para tanto se deve seguir
as instruções de locais padronizados para sua coleta e posteriormente fazer a
escolha da melhor equação a ser utilizada.
As principais dobras utilizadas são:
Dobra cutânea triciptal (DCT)
Dobra cutânea biciptal (DCB)
Dobra cutânea subescapular (DCSE)
Dobra cutânea suprailíaca (DCSI)
Dobra cutânea peitoral ou do tórax (DCP)
Dobra cutânea abdominal (DCA)
Dobra cutânea da coxa (DCC)
Dobra cutânea da panturrilha (DCPant)
Técnicas para medição das dobras:
Identificar e marcar o local a ser medido
Segurar a prega formada pela pele e pelo tecido adiposo com os dedos
polegar e indicador da mão esquerda a 1 cm do ponto marcado.
Pinçar a prega com o calibrador, exatamente no local marcado.
Manter a prega entre os dedos até o término da aferição.
A leitura deverá ser realizada no milímetro mais próximo em cerca de 2 a 3
segundos
Utilizar a média de 3 medidas
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AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL PELAS DOBRAS CUTANEAS:
a) Pela Dobra Cutânea Tricipital (DCT/PCT)
É a mais rotineiramente usada na prática clínica. Sua medida isolada é comparada
ao padrão de referência * e a adequação é calculada pela equação:
Adequação da PCT (%) = PCT obtida (mm) x 100/ PCT percentil 50(mm)
Posteriormente é feita a classificação segundo a PCT:
b) Pela Somatória das dobras cutâneas para determinar o percentual de
gordura corporal (% GC):
* Utilizar o somatório das 4 pregas ( TR + BI + SE + SI) para adultos eutróficos
* Avaliar o % de GC na tabela.
* Realizar a bioimpedância para indivíduos obesos/sobrepeso.
* Classificação do Estado Nutricional de indivíduos adultos de ambos os
sexos, de acordo com o % de gordura corporal estimado por Lohman (1992).
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8. BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA – BIA
PREPARO PARA O EXAMA DA BIA:
- Jejum hídrico e sólido nas 4 horas que antecedem o teste;
- Não praticar atividade física moderada ou intensa nas 12 horas que antecedem o
teste;
- Urinar dentro dos 30 minutos que antecedem o teste;
- Não consumir bebidas alcoólicas nas 48 horas que antecedem o teste;
- Não ingerir medicamentos diuréticos nos 7 dias que antecedem o teste;
- Não avaliar mulheres com retenção aumentada de líquidos em função do estágio
de seu ciclo menstrual;
- Não avaliar pacientes com marcapasso;
- Não avaliar gestantes;
9. OUTROS MÉTODOS
Dexa
Infra-vermelho
Densitometria óssea
10. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL SUBJETIVA GLOBAL (ASG)
Conceitos:
- É um método de avaliação clínica capaz de identificar pacientes com risco
nutricional moderado ou alto. A ASG consta de um questionário com questões
simples e relevantes sobre a história clínica e exame físico do indivíduo.
- Desenvolvida originalmente por Detsky e col. (1987) para pacientes cirúrgicos,
sendo um instrumento confiável, útil e válido para diversos grupos de pacientes;
- Objetivo principal: identificar paciente de alto risco de complicações por seu
estado nutricional.
Utilização: é muito utilizado em pacientes hospitalizados para relacionar o seu
estado nutricional anterior a patologia atual. É um método simples, de baixo custo,
com boa reprodutibilidade e confiabilidade.
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Questões importantes a ser em avaliadas na ANSG:
Historia clínica:
- Peso e variação do peso;
- Consumo alimentar;
- Sintomas gastrointestinais;
- Capacidade física
Exame físico:
- Gordura subcutânea;
- Massa muscular;
- Edema, ascite;
- Caquexia, obesidade.
- Alterações na pele, cabelo e mucosas
11. AVALIAÇÃO BIOQUÍMICA
- Identificam vários estágios de um distúrbio nutricional e possibilitam diagnóstico
precoce e diferencial de várias doenças.
Indicadores bioquímicos
Albumina
Valores de referência em mg/dL:
Normal: >3,5
Depleção leve: 3,03,5
Depleção moderada: 2,42,9
Depleção grave: < 2,4
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“ A concentração de albumina sérica é considerada útil para predição dos
resultados, apesar de estar alterada, em virtude do estado de hidratação, disfunção
hepática e/ou renal e do metabolismo protéico (Gibbs, 1999).”
Proteína C Reativa (PCR):
- Proteína positiva de fase aguda
- Aumenta de 10 a 100 vezes na infecção e inflamação
- Valor de referência: <0,8mg/dL
- Níveis começam a diminuir na fase anabólica
CONTAGEM TOTAL DE LINFÓCITOS
CTL = % LINFÓCITOS X LEUCÓCITOS / 100
Depleção leve: 1200- 2000 células/ mm3
Depleção moderada: 800-1199 células/ mm3
Depleção grave: < 800 células/ mm3
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL - PEDIATRIA
ANTROPOMETRIA
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Peso;
Altura;
Perímetro cefálico;
Prega cutânea tricipital;
Circunferência muscular do braço.
Peso- é o parâmetro com maior velocidade de mudança,sendo o primeiro a se
modificar, varia mais em função da idade do que do comprimento.
Comprimento- ( até 24 meses) ou altura( >24 meses)- é afetada apenas frente aos
agravos mais prolongados. Até os 2 anos de idade permanece possível a
recuperação se o problema nutricional for corrigido.
Dobras cutâneas e circunferência do braço- são medidas que informam as
alterações nas massas magra e gorda do organismo.Considera-se que podem ser
representativas de alterações que ocorrem globalmente no organismo.
Circunferência muscular do braço – em pacientes submetidos à terapia
nutricional é um importante indicador de ganho de massa muscular. Em situações
excepicionais, quando o peso não puder ser obtido, pode ser utilizado como um
parâmetro para relacionar com a evolução nutricional.
Perímetro cefálico- deve ser medido até os 05 anos. Não é uma medida
rotineiramente usada na avaliação do estado nutricional por ser a última a ser
comprometida. Em situações excepcionais, quando a altura não puder ser obtida, o
perímetro cefálico pode ser utilizado como parâmetro.
PESO AO NASCER
Constitui importante indicador das condições nutricionais intra-uterinas e de
desnutrição (do feto, recém-nascido e mãe).
Definição:
Peso muito baixo ao nascer(PMBN): peso < 1500g
Baixo peso ao nascer (BPN): peso < 2500g (independente da id. gestacional)
Peso inadequado ao nascer (PIN): peso entre 2501g e 3000g
Peso adequado ao nascer (PAN): acima de 3000g
PERÍMETRO CEFÁLICO
O perímetro cefálico é descrito como a circunferência frontoccipital ou como a
circunferência “Frankfurt Plane”, correspondendo ao perímetro cefálico máximo.
Utilizado como método diagnóstico de estados patológicos de microcefalia,
macrocefalia ou hidrocefalia.
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Para a sua medida, recomenda-se que a fita inelástica seja posicionada sobre a
proeminência occipital e sobre o arco das sobrancelhas, lembrando que 1mm de
espessura do couro cabeludo aumenta o perímetro cefálico em 6 mm
(Smith,1977).
O comprimento e perímetro cefálico são também adequadamente avaliados
através das curvas de crescimento dispostas em gráficos de percentis.
É importante medir o perímetro cefálico até 2-3 anos; valores abaixo do
esperado podem ser resultado de um fechamento precoce de suturas
(craniossinostose) e valores acima podem estar ligados à lesões expansivas
intracranianas.
Em antropometria, a sua utilização para classificação de desnutrição está
associada ao perímetro torácico (PT/PC).
Do nascimento aos 6m  PT/PC = 1
6m a 5anos  PT/PC > 1 (< 1 indica DEP)
Quando a criança não pode ser pesada e não se sabe o PN, sugere-se os
seguintes pontos de corte:
CT < 29cm = alto risco e CT entre 29 e 30cm= risco
Parâmetros laboratoriais
Ø Índice creatinina/altura
Ø Proteínas viscerais:
Albumina
0-6m=2.9-5.5g/dl
624m=3.5-5.0g/dl
>24m=3.8-5.4g/dl
Préalbumina 15-40g/dl
Transferrina
0-6m=250-300mg/dl
>6m=180-260mg/dl
OUTROS PARÂMETROS
Ingestão alimentar prévia e atual;
Comportamento alimentar;
Classe sócioeconômica;
Intolerâncias e alergias alimentares;
Avaliação do crescimento e desenvolvimento;
Medicações;
Preferências e tabus alimentares.
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13. INDICADORES SÓCIO-ECONÔMICOS E CULTURAIS
PRINCIPAIS CAUSAS DA MÁ NUTRIÇÃO
 Baixa renda
 Infecções
 Desmame precoce
 Acesso à terra
 Outras em situações específicas:
 Tamanho da família
 Paridade
 Escolaridade
INDICADORES SOCIAIS
 Classe social
 Escolaridade
CLASSE SOCIAL
NUTRIÇÃO
 Condições de moradia e saneamento básico
o Número de cômodos
o Número de pessoas por cômodo
o Instalação sanitária
o Higiene e conservação
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 Acesso aos serviços de alimentação e saúde
o Número de leitos hospitalares/habitante
o Número de profissionais de saúde/habitante
o Número de consultas por habitante/ano
o Cobertura de imunização
o Cobertura dos programas de Nutrição (PAT, PBA, Fome zero)
 Classe econômica
Definida segundo o critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB)
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 IDH (índice de desenvolvimento humano)
É o Índice de Desenvolvimento Humano que se refere às condições de vida de
cada país. Através do IDH os países são classificados em:
* Países desenvolvidos (com elevado desenvolvimento humano); Em
desenvolvimento (são os com desenvolvimento humano médio) e
Subdesenvolvidos (com desenvolvimento humano baixo).
A partir de 2010, o IDH combina três dimensões:
 Uma vida longa e saudável, ou seja, expectativa de vida ao nascer
 O acesso ao conhecimento, ou seja, tempo (anos) médio de estudo e anos
esperados de escolaridade
 Um padrão de vida decente: PIB – paridade do poder de compra (PPC) per
capita
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 IPH (índice de pobreza humano)
Esse indicador mede a privação em três aspectos:
 Curta duração da vida (calculada como possibilidade de se viver menos de
40 anos);
 Falta de educação elementar (calculada pela taxa de analfabetismo de
adultos);
 Falta de acesso a recursos públicos e privados (calculada pela porcentagem
de pessoas sem acesso a serviço de água potável e pela porcentagem de
crianças com peso inferior ao recomendado)
 No IPH calculado apenas para países em desenvolvimento, o Brasil aparece
na 20ª posição, num total de 103 países e territórios.
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 IGH (índice global da fome)
 Combina, em sua maior parte, três indicadores: a proporção de desnutridos,
a prevalência de menores de 5 anos com baixo peso e a mortalidade infantil.
 O índice tem uma escala de cem pontos. O zero marca a inexistência da
fome. Uma pontuação maior que 20 revela níveis alarmantes de fome num
país, e mais de 30 é "extremadamente alarmante“.
INDICADORES CULTURAIS
FATORES QUE INTERFEREM
 Padrão alimentar: quantidade, qualidade, preferência, escolhas, freqüência,
horários, local
 Técnica dietética e culinária
 Ideologias (conhecimentos, crenças, tabus, simbolismos, costumes)
 Área geográfica
 Etnia
 Determinantes sociais e econômicos
13. INDICADORES DEMOGRÁFICOS
 Indicadores indiretos do estado nutricional de coletividades que possibilitam
a identificação e interpretação das seguintes características demográficas:
estrutura populacional, morbidade populacional e mortalidade populacional
 Podem ser bons indicadores do estado nutricional de populações, mas
necessitam de adequado planejamento dos processos de coleta,
processamento, análise e interpretação das informações.
 Podem ser acompanhados para avaliar a evolução do estado nutricional de
um país.
 Limitações: As informações são na maioria da vezes secundárias (coletados
de cartórios, censos e instituições de saúde). Os dados demográficos
carecem de exatidão e fidelidade.
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INDICADORES DEMOGRÁFICOS
População Total
Indica o numero
determinado local
de
pessoas
de
um
% de população em relação à
população total
% de população do local / população total
Taxa de crescimento
populacional
Média geométrica de crescimento anual
Grau de urbanização
População urbana/população rural
Razão de sexos
N de homens /N de mulheres
Esperança de vida ao nascer
No. Médio de anos que o recém-nascido
esperaria viver se estivesse sujeito a uma lei
de mortalidade
Proporção de < 5 anos
% total < 5 anos de uma população num
determinado período/população total de todas
as idades
Proporção de idosos
% pop. acima de 60 anos/ Pop. Total
Índice de envelhecimento
% pop. acima de 65 a/ Pop . menos de
15anos
Razão de dependência
% pop. Econ. Dependente (<15a e >65a)/
pop. Produtiva (> 15a e <64a)
Tamanho médio da família
Número médio de pessoas por família
INDICADORES DE MORBIDADE
 Taxa (coeficiente ou prevalência) de morbidade por causas específicas
o doenças infecciosas e parasitárias, deficiências nutricionais e doenças
não transmissíveis, Ex: prevalência de sarampo
 Taxa de morbidade por causa específicas por idade
o Prevalência de diarreia em < 5anos
INDICADORES DE MORTALIDADE
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Antropometria:
como pesar e medir. Centro Colaborador em Alimentação e Nutrição – Região
Sudeste/ENSP/FIOCRUZ
CUPPARI, L. Guia de Nutrição: nutrição clínica no adulto. São Paulo: Atheneu,
2002.
DUARTE, AC.; CASTELLANI, FR. Semiologia Nutricional. Rio de Janeiro: Ed.
Axcel books do Brasil Ltda. 2002.
FAGIOLLI, D.; NASSER, L.A. Educação Nutricional na infância e adolescência.
São Paulo: Ed. RCN. 2006
FISBERG, R; SLATER, B; MARCHIONI, D.M.L; MARTINI, L A. Inquéritos
alimentares: métodos e bases científicos. São Paulo: Ed. Manole. 2005.
GUEDES, DP; GUEDES, JERP. Controle do peso corporal: composição
corporal, atividade física e nutrição. Londrina: Midiograf, 1998. .
HEYWARD, W; STOLARCZYK, LM. Avaliação da composição corporal
aplicada. São Paulo: Ed. Manole. 2000.
KATCH, FI.; MCARDLE, WD. Nutrição, exercício e saúde. 4 ed. Rio de Janeiro:
Medsi, 1996.
MARTINS, C. Avaliação do estado nutricional e diagnóstico. Curitiba: Ed.
Nutroclínica, vol.I, 2008.
SHILLS, M.E.; OLSON, J.A.; SHIKE, M. ROSS, A.C. Tratado de Nutrição
Moderna na Saúde e na Doença. São Paulo: Manole, 2003
VÍTOLO, M.R. Nutrição: da gestação à adolescência. São Paulo: Atheneu, 2002.
Nutrição e Dietética – Avaliação Nutricional
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TABELAS DE APOIO
Tabela de peso esperado para estatura pelo método da compleição corporal:
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Anexo 1 – Avaliação Nutricional Subjetiva Global
Nome: _____________________________________________________Data:____________
1ª Parte: História Médica
1 Mudança de peso
A. Peso de 6 meses atrás: _____ Peso atual:_____ Mudança de peso: _____Kg ______%
B. Porcentagem de mudança: ____ ganho ou redução <5%
A
B
C
A
B
C
A
B
C
A
B
C
B
C
____ 5 – 10% redução
_____> 10% redução
C. Mudança de peso nas últimas duas semanas: ______ aumento
______ sem alterações
______ diminuição
2 Ingestão dietética
A. _____ não mudou (adequado)
_____ não mudou (inadequado)
B. _____ houve mudança
Tipo de mudança: _____ dieta sólida com quantidade insuficiente
_____ dieta líquida normocalórica
_____ dieta líquida hipercalórica
_____ jejum
3 Sintomas Gastrintestinais
Sintomas:
Freqüência*/ Duração
( ) nenhum
________
________
( ) náusea
________
________
( ) vômito
________
________
( ) diarréia
________
________
( ) anorexia
________
________
* Diário; 1 - 2 vezes por semana; 2 –3 vezes por semana. > 2 semanas ou < 2 semanas
4 Capacidade funcional (relacionada ao estado nutricional)
A
A. ______ sem alteração
______ com alteração
________ duração
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Tipo:
______ moderado (dificuldade para trabalhar, andar e realizar as atividades normais)
______ grave (acamado ou o tempo todo sentado)
A
B
C
B. Mudança nas últimas duas semanas: ______ apresentou melhora
______ não modificou
______ piorou
2ª Parte: Exame Físico
5 Evidência de:
Normal Leve Moderado Grave
Diminuição de tecido adiposo subcutâneo (abaixo dos olhos,
tríceps, bíceps)
( ) algumas áreas
( ) todas as áreas
Redução das massa muscular (fronte, clavícula, ombro, escápula,
costelas, quadríceps, panturrilha, joelho, entre os ossos, na mão
entre o polegar e o dedo indicador):
( ) algumas áreas
( ) todas as áreas
Edema (relacionado com desnutrição)
( ) sim ( ) não
Ascite
( ) sim ( ) não
3ª Parte: Classificação da ANSG (marque apenas um)
A. ( ) Bem nutrido
B. ( ) Desnutrido leve/moderado C. ( ) Desnutrido Grave
Bem nutrido: Classificação “A” na maioria das categorias ou melhora significante
Desnutrido leve/moderado: Nem a classificação “A” nem “C” estão claramente indicadas
Desnutrido grave: “C” na maioria das categorias, sobretudo exame físico
Fonte: Adaptado de Cuppari, 2002.
Nutrição e Dietética – Avaliação Nutricional
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Hino Nacional
Hino do Estado do Ceará
Ouviram do Ipiranga as margens plácidas
De um povo heróico o brado retumbante,
E o sol da liberdade, em raios fúlgidos,
Brilhou no céu da pátria nesse instante.
Poesia de Thomaz Lopes
Música de Alberto Nepomuceno
Terra do sol, do amor, terra da luz!
Soa o clarim que tua glória conta!
Terra, o teu nome a fama aos céus remonta
Em clarão que seduz!
Nome que brilha esplêndido luzeiro
Nos fulvos braços de ouro do cruzeiro!
Se o penhor dessa igualdade
Conseguimos conquistar com braço forte,
Em teu seio, ó liberdade,
Desafia o nosso peito a própria morte!
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, um sonho intenso, um raio vívido
De amor e de esperança à terra desce,
Se em teu formoso céu, risonho e límpido,
A imagem do Cruzeiro resplandece.
Gigante pela própria natureza,
És belo, és forte, impávido colosso,
E o teu futuro espelha essa grandeza.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada,Brasil!
Deitado eternamente em berço esplêndido,
Ao som do mar e à luz do céu profundo,
Fulguras, ó Brasil, florão da América,
Iluminado ao sol do Novo Mundo!
Do que a terra, mais garrida,
Teus risonhos, lindos campos têm mais flores;
"Nossos bosques têm mais vida",
"Nossa vida" no teu seio "mais amores."
Ó Pátria amada,
Idolatrada,
Salve! Salve!
Brasil, de amor eterno seja símbolo
O lábaro que ostentas estrelado,
E diga o verde-louro dessa flâmula
- "Paz no futuro e glória no passado."
Mas, se ergues da justiça a clava forte,
Verás que um filho teu não foge à luta,
Nem teme, quem te adora, a própria morte.
Terra adorada,
Entre outras mil,
És tu, Brasil,
Ó Pátria amada!
Dos filhos deste solo és mãe gentil,
Pátria amada, Brasil!
Mudem-se em flor as pedras dos caminhos!
Chuvas de prata rolem das estrelas...
E despertando, deslumbrada, ao vê-las
Ressoa a voz dos ninhos...
Há de florar nas rosas e nos cravos
Rubros o sangue ardente dos escravos.
Seja teu verbo a voz do coração,
Verbo de paz e amor do Sul ao Norte!
Ruja teu peito em luta contra a morte,
Acordando a amplidão.
Peito que deu alívio a quem sofria
E foi o sol iluminando o dia!
Tua jangada afoita enfune o pano!
Vento feliz conduza a vela ousada!
Que importa que no seu barco seja um nada
Na vastidão do oceano,
Se à proa vão heróis e marinheiros
E vão no peito corações guerreiros?
Se, nós te amamos, em aventuras e mágoas!
Porque esse chão que embebe a água dos rios
Há de florar em meses, nos estios
E bosques, pelas águas!
Selvas e rios, serras e florestas
Brotem no solo em rumorosas festas!
Abra-se ao vento o teu pendão natal
Sobre as revoltas águas dos teus mares!
E desfraldado diga aos céus e aos mares
A vitória imortal!
Que foi de sangue, em guerras leais e francas,
E foi na paz da cor das hóstias brancas!
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