Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 AVALIAÇÃO E EDUCAÇÃO NUTRICIONAL PARA IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE ERECHIM, RS Evaluation and Nutrition Education for Elderly Institutionalized the Municipality of Erechim, RS Raieli SEGALLA 1 Roseana Baggio SPINELLI 2 RESUMO A alimentação saudável é a base para uma saúde adequada e a educação nutricional permite que o idoso se mantenha distante do risco de desnutrição, ou mesmo de doenças causadas por excessos alimentares. Nesta perspectiva, o objetivo deste estudo foi avaliar e aplicar atividades de educação nutricional para idosos institucionalizados no município de Erechim, RS. Foi realizada a avaliação nutricional, antropométrica e dietética inicial; elaborado e aplicado o plano de educação nutricional, envolvendo atividades lúdicas sobre alimentação, dinâmicas em grupo e orientações individuais; reavaliação nutricional para verificar a eficácia das práticas de educação nutricional. O trabalho foi realizado com 36 idosos, 21 mulheres e 15 homens. Entre as atividades educacionais pode-se citar: os 10 Passos para uma Alimentação Saudável para Pessoas Idosas, apresentação da Pirâmide Alimentar, degustação de sucos, vídeos e jogos educativos, dinâmicas em grupo, pinturas, montagens, elaboração de pratos saudáveis e não saudáveis, confecção da Árvore de Natal Saudável, entre outros. Percebeu-se a participação dos idosos e a demonstração de interesse. Após as práticas educativas foram verificadas importantes alterações no perfil nutricional dos institucionalizados, principalmente nas medidas antropométricas, com maiores diagnósticos de eutrofia e menos desnutrição e excesso de peso; na avaliação dietética houve aumento da ingestão de vitamina A para ambos os sexos, e fibras e ferro para o grupo feminino, os demais nutrientes permaneceram abaixo da recomendação. Ao final do trabalho verificou-se aumento do conhecimento sobre alimentação e nutrição, e que as atividades desenvolvidas motivaram os idosos para um maior autocuidado. PALAVRAS-CHAVE: Idoso Institucionalizado. Educação Nutricional. Perfil Nutricional. ABSTRACT Evaluation and nutrition education for the municipality of elderly institutionalized Erechim, RS. A healthy diet is the foundation for a proper health and nutrition education allows the elderly to remain away from the risk of malnutrition or diseases caused by overeating. In this perspective, the objective of this study was to evaluate and implement nutrition education activities for the institutionalized elderly in the municipality of Erechim, RS. We assessed nutritional, dietary and anthropometric initial plan developed and implemented nutrition education, involving play about 1 Graduada em Nutrição pela Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Erechim – Departamento: Ciências da Saúde. Bolsista de extensão PIIC/URI. E-mail: [email protected]. 2 Mestre em Gerontologia Biomédica (PUCRS), Nutricionista, Docente do Curso de Nutrição, Fisioterapia e Pedagogia da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Erechim – Departamento: Ciências da Saúde. E-mail: [email protected]. Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 77 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 power, group dynamics and individual guidance; nutritional reassessment to verify the effectiveness of nutrition education practices. The study was conducted with 36 elderly, 21 women and 15 men. Among the educational activities can be mentioned: the 10 Steps to Healthy Nutrition for Older People, Presentation of Food Pyramid, tasting juices, videos and educational games, group dynamics, paintings, montages, preparing dishes healthy and unhealthy, making of Healthy Christmas Tree, among others. Realized the participation of the elderly and the statement of interest. After the practices were observed significant changes in the nutritional profile of institutionalized, especially in anthropometric measures, with greater diagnostic eutrophic and less malnutrition and overweight, there was an increase in dietary assessment of vitamin A intake for both sexes, and fiber and iron for females, the other nutrients remained below the recommendation. At the end of the study there was an increase of knowledge about food and nutrition, and that the activities that motivate the elderly to a greater self-care. Key Words: Institutionalized Elderly. Nutrition Education. Nutritional Profile. INTRODUÇÃO Velhice ou terceira idade começa a se definir por volta dos 60 anos (TIRAPEGUI, 2000). O Censo Brasileiro de 2010, revelou aumento da participação de pessoas adultas e idosas no cenário social, ao passo que, grupos de indivíduos com idade até 25 anos tiveram menor representatividade. Foi observado o crescimento da população com 65 anos ou mais, que era de 4,8% em 1991, passou a 5,9% em 2000 e chegou a 7,4% em 2010. As regiões Sudeste e Sul, foram consideradas as regiões mais envelhecidas do país, com 8,1% da população formada por idosos (IBGE, 2010). Com o envelhecimento, a nutrição torna-se especialmente importante, em função das modificações sensoriais, gastrintestinais, metabólicas, neurológicas, desenvolvimento de doenças crônico-degenerativas, que interferem diretamente no consumo de alimentos (MÜLLER; WICHMANN; OHLWEILER, 2007). A alimentação saudável é a base para uma saúde adequada. Neste sentido, a avaliação nutricional é de grande valor, pois se realizada periodicamente pode detectar alterações precoces e possibilitar uma intervenção de forma adequada, com o objetivo de prevenir doenças e promover uma vida mais saudável, mantendo ou recuperando o estado nutricional (KEY; ALLEN; SPENCER, 2003; SCHWANKE et al., 2010). Do mesmo modo, a educação nutricional permite que o idoso se mantenha distante do risco de desnutrição ou mesmo de doenças advindas por excessos alimentares, como por exemplo, a obesidade, a hipertensão, o diabetes e doenças cardiovasculares (SCHWANKE et al., 2010). Para Cervato et al. (2005), a educação nutricional é definida como um processo ativo que envolve mudanças no modo de pensar, sentir e agir dos indivíduos e pelo qual eles adquirem, mudam ou reforçam conhecimentos, atitudes e práticas conducentes à saúde. É uma ferramenta que dá autonomia, para que a pessoa possa assumir, com plena consciência, a responsabilidade por seus atos relacionados à alimentação. OBJETIVOS O objetivo deste estudo foi avaliar e aplicar atividades de educação nutricional para idosos institucionalizados no município de Erechim, RS. Para atingir este objetivo as seguintes etapas foram desenvolvidas: 1) avaliação nutricional, com dados dietéticos e antropométricos; 2) Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 78 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 elaboração e execução do plano de educação nutricional; 3) reavaliação nutricional para verificar a eficácia das práticas de educação nutricional. MATERIAL E MÉTODOS A presente pesquisa caracteriza-se como quali-quantitativa e foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – URI Erechim, RS, sob o parecer consubstanciado nº 021/PIH/09. Foi realizada em uma Instituição de Longa Permanência (ILP) do município, com idosos lúcidos de 60 anos ou mais, que aceitaram participar através da assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. As atividades ocorreram pela parte da manhã, nas dependências da ILP, no período de Agosto de 2011 a Julho de 2012. Para a definição do estado nutricional, antes (2011) e após (2012) a educação nutricional, foi efetuada a antropometria, incluindo verificação do peso (kg), da estatura (m), do Índice de Massa Corporal (IMC) (kg/m2), da prega cutânea triciptal (PCT) (mm), das circunferências da cintura (CC) (cm), da panturrilha (CP) (cm) e do braço (CB) (cm); também foi efetuada a análise dietética, através do Recordatório 24 horas (R24hs). O peso foi aferido com uma balança mecânica Filizola®, com capacidade para 150 kg e sensibilidade de 100 g, calibrada para zero. Os idosos foram pesados em posição vertical, no centro da balança, com o mínimo de roupa, descalços, sem se movimentar e com os braços relaxados ao longo do corpo (KAMIMURA et al., 2005). Para os indivíduos impossibilitados de subir na balança, o peso foi estimado pela equação de Chumlea et al. (1988), neste caso foi utilizado o antropômetro móvel da marca Alturexata® para aferir a altura do joelho. O indivíduo flexionava a perna formando um ângulo de 900, a parte fixa do antropômetro foi colocada embaixo do calcanhar e a parte móvel trazida para dois dedos da patela para a leitura, em centímetros (KAMIMURA et al., 2005). A estatura foi aferida pela estimativa da chanfradura esternal. O idoso permaneceu com o braço estendido, formando um ângulo de 900 com o corpo, mediu-se a distância do osso esterno à ponta do dedo médio, o resultado multiplicou-se por dois, conforme Mitchell e Lipschitz (1982). A aferição da estatura foi realizada somente na primeira avaliação. A partir destas medidas citadas, foi calculado IMC através da relação (peso (Kg)/ estatura 2 (m) ), que classifica o estado nutricional do indivíduo (KAMIMURA et al., 2005). O IMC foi classificado segundo Lipschitz (1994), que considera os valores < 22 kg/m² magreza; de 22 a 27 kg/m² eutrofia e > 27 kg/m² como excesso de peso. Na medida da PCT, o indivíduo permaneceu com braço relaxado e mão voltada para o corpo, a medida foi realizada com o adipômetro científico de pressão da marca Pró-Fisiomed®, no ponto médio da região posterior do braço, entre o acrômio e o olécrano. Para obter o ponto médio, o braço ficou flexionado num ângulo de 900 sobre o tórax. A prega foi suavemente tracionada do tecido muscular adjacente, e a leitura em escala de 1 mm, foi efetuada três vezes para a determinação da média aritmética (LOHAMN; ROCHE; MARTORELL, 1991). No estudo foram utilizados os padrões de PCT desenvolvidos pela NHANESIII - National Health and Nutrition Examination Survey (KUCZMARSKI; KUCZARISK; NAJJAR, 2000). A CB foi aferida com fita métrica não extensível, posicionada horizontalmente ao redor do ponto médio entre o acrômio e o olécrano. Para efetuar a medida, o indivíduo permaneceu em pé, com braço relaxado ao longo do corpo e a mão voltada para a coxa (KAMIMURA et al., 2005). Para a adequação da CB foram considerados os parâmetros de Frisancho (1990). A classificação das medidas da PCT e CB foi de acordo com o proposto por Blackburn e Thornton (1979). Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 79 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 A CP foi aferida com fita métrica não extensível, posicionada horizontalmente ao redor da parte de maior circunferência da panturrilha. Para a realização da medida, o idoso permaneceu com a perna relaxada, formando um ângulo de 90º com o joelho (BUSNELLO, 2007). De acordo com Najas e Pereira (2006), os valores de circunferência da panturrilha inferiores a 31 cm são marcadores de desnutrição no idoso. A medida da CC foi aferida com fita métrica não extensível, posicionada horizontalmente no ponto médio entre a última costela e crista ilíaca. Para os indivíduos obesos, a circunferência foi aferida sobre a cicatriz umbilical. O idoso permaneceu em pé e a leitura foi realizada no momento da expiração. A fita foi posicionada de forma ajustada, sem comprimir a pele (KAMIMURA et al., 2005). Os resultados obtidos foram classificados de acordo com a WHO (1998). Para estimar a ingestão dietética foi utilizado o R24hs, onde os participantes foram questionados quanto ao consumo de alimentos nas refeições principais, desjejum, almoço, lanche e jantar, e nas refeições extras das últimas 24 horas (FISBERG; MARTINI; SLATER, 2005). Para melhor uniformidade do estudo foi utilizado, em média, 2 gramas de sal adicional e 5 mililitros de óleo de soja por R24hs. Foram verificados os macronutrientes (carboidratos, proteínas e lipídeos), fibras e micronutrientes (vitamina A, vitamina D, vitamina C, cálcio, sódio e ferro), com o auxílio do programa Dietwin Profissional® (REINSTEIN, 2008). Após calcular a ingestão diária de cada paciente, foi estimada a média dos nutrientes, os valores encontrados foram comparados com a DRI (Dietary Reference Intakes) (INSTITUTE OF MEDICINE, 1997; INSTITUTE OF MEDICINE, 2000; INSTITUTE OF MEDICINE, 2001; INSTITUTE OF MEDICINE, 2004; INSTITUTE OF MEDICINE, 2005). Para a elaboração do plano de educação nutricional, foi inicialmente realizado um encontro com os idosos na instituição asilar, onde foi questionado o que cada um gostaria de saber sobre alimentação e nutrição. De acordo com as sugestões e com os diagnósticos nutricionais já visualizados na avaliação nutricional, foram feitas pesquisas bibliográficas, buscando informações e conceitos sobre os assuntos a serem abordados; foram confeccionados os materiais e aplicados os trabalhos, sempre lúdicos, criativos e com recursos visuais para proporcionar maior atenção e entendimento. As atividades foram aplicadas uma vez por semana, nas dependências da ILP, nas sextas-feiras, em média, tinham duração de 15 minutos, seguindo o cronograma seguinte: Quadro 1: Atividades de educação nutricional realizadas com os idosos institucionalizados. Atividade 1 Atividade 2 * Atividade 3 Atividade 4 * Os 10 Passos para Alimentação Saudável para Pessoas Idosas, foram repassados os 10 passos em forma de palestra, a atividade teve duração de 5 dias, com posterior entrega de um folheto impresso (BRASIL, 2009). Essa última atividade foi realizada em 2 semanas, individualmente; o folheto com figuras e texto impresso foi afixado no quarto dos idosos tornando fácil a visualização. Este trabalho teve por objetivo mostrar os alimentos, bem como as quantidades que devem ser ingeridas diariamente para se ter melhor saúde. Vídeo sobre hipertensão (CONDE et al., 2008) com demonstração das quantidades de sal de alguns alimentos ricos em sódio; essas quantidades de sal foram colocadas em tubos de vidro, com fácil visualização. A atividade teve duração de 1 dia, o objetivo foi demonstrar a quantidade de sal de alguns alimentos consumidos dentro da ILP (presunto, pão francês, molhos, margarina etc). Jogos educativos, como o bingo dos alimentos, no qual as cartelas ilustravam alimentos saudáveis. O trabalho, com duração de 1 dia, teve como objetivo relatar a importância de tais alimentos para a saúde, ilustrados nas cartelas. Jogos educativos, como o quebra-cabeça saudável, onde os idosos, em grupo, montaram a figura que ilustrava um menino cercado de alimentos saudáveis. A atividade teve duração de 1 dia e teve como meta estimular o trabalho em grupo e explicar os benefícios dos alimentos ilustrados. Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 80 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 Atividade 5 Atividade 6 Montagem do prato com alimentos saudáveis e não saudáveis. A atividade teve duração de 2 dias e consistia em colar figuras de alimentos já recortadas nos pratos respectivos: 1 (prato saudável), 2 (prato não saudável). O trabalho teve por objetivo estimular o discernimento na escolha de alimentos saudáveis, bem como, avaliar o entendimento das atividades abordadas anteriormente. A história da Pirâmide Alimentar, ilustrada através do livro “O Príncipe Kincas e a Grande Pirâmide dos Alimentos” (MILANO, 2006). A atividade teve duração de 6 encontros, a cada semana foi explicado um grupo de alimentos, as porções adequadas, demonstrando a importância para o organismo e contando a história do príncipe Kincas. Atividade 7 Degustação do “suco verde”. Na elaboração do suco (limão e alface) não foi possível a participação dos idosos, devido ao espaço limitado da cozinha da instituição, eles degustaram a preparação depois de elaborada. A atividade teve como objetivo, incentivar o consumo de sucos naturais, essa atividade teve duração de 1 dia. Atividade 8 Vídeo do “Professor cenoura” explicando a Pirâmide Alimentar (FERREIRA, 2009) e degustação do suco de cenoura. A atividade teve por objetivo retomar a explicação da pirâmide e explanar sobre os benefícios da ingestão de cenoura, com duração de 1 dia. Na elaboração dos sucos foi utilizado adoçante. Atividade 9 Montagem da Pirâmide Alimentar com alimentos concretos e confeccionados em EVA. Em uma mesa, já desenhada com a estrutura de uma pirâmide, os idosos distribuíram os alimentos, conforme os conhecimentos já adquiridos. O trabalho objetivou avaliar o entendimento sobre a disposição dos alimentos na pirâmide, quais devem ser ingeridos em maior e menor quantidade. A atividade teve duração de 1 dia. Continuação Quadro 1: Atividades de educação nutricional realizadas com os idosos institucionalizados. Atividade 10 * Atividade 11 * Atividade 12 * Atividade 13 Atividade 14 Atividade 15 Pintura da Pirâmide Alimentar, os idosos receberam uma pirâmide tridimensional, com orientações, uma face colorida e outra para colorir. A atividade dos institucionalizados foi de colorir uma das faces e debater sobre as orientações nutricionais. A prática teve duração de 1 dia. O “Livro das Adivinhações”, que consistia em adivinhas sobre alimentos. Teve como objetivo ressaltar os benefícios destes, os principais nutrientes e debater sobre a forma de preparo de receitas com o alimento em questão. A atividade teve duração de 1 dia. Leitura de rótulos dos alimentos; foram entregues aos institucionalizados alimentos que os mesmos costumam utilizar (margarina, leite, salgadinho, biscoito recheado, macarrão, biscoito de água e sal, refrigerante), para diferenciar de rótulos de frutas e vegetais. A atividade objetivou demonstrar os malefícios de alguns produtos industrializados e estimular o consumo de frutas e vegetais, a prática teve duração de 1 dia. O “Semáforo dos alimentos”, elaborado com perguntas feitas a partir do que havia sido repassado anteriormente. Consistia em uma placa redonda com uma haste (confeccionada em EVA e palitos de churrasco) que variava da cor verde, vermelha e amarela; sim/saudável, não/não saudável e deve-se ter cuidado, respectivamente. Os idosos foram respondendo conforme se fazia a pergunta, erguendo a placa. Teve duração de 1 dia. A “Dinâmica da Linha”, na qual um idoso jogava a linha para o outro a fim de formar uma “teia”, o indivíduo que recebia a linha deveria falar o que havia aprendido com a educação nutricional. A atividade teve por objetivo estimular a união e verificar os conhecimentos adquiridos nas práticas de educação nutricional, teve duração de 1 dia. Atividade de Natal; cada idoso escolhia um alimento saudável (confeccionado em EVA) para fazer um pedido e colar na “Árvore de Natal Nutritiva”. Após, a árvore foi afixada na parede do refeitório. A atividade objetivou o estímulo para a escolha de alimentos saudáveis e visualização destes no momento das refeições; teve duração de 1 dia. Nota: (*) Materias elaborados pelos alunos do Curso de Nutrição da URI - Erechim. Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 81 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 RESULTADOS As atividades foram realizadas com 36 idosos, sendo 21 mulheres (58,33%) e 15 homens (41,67%). A idade média foi de 76,31 anos (± 7,96). Nas práticas de educação nutricional, quando os institucionalizados tinham dificuldade em entender as tarefas, se explicava novamente até que todos conseguissem desenvolvê-la. O estudo teve participação de um número reduzido de institucionalizados (27,69%), devido ao fato dos demais estarem impossibilitados de compreender as práticas de educação nutricional, pelo estado de demência e debilidade. Na palestra dos 10 Passos para uma Alimentação Saudável e história da Pirâmide Alimentar, os idosos foram participativos e fizeram perguntas sobre os assuntos abordados. Conforme se passava as atividades, eles demonstravam compreensão, como por exemplo, sobre quais os alimentos que deveriam ser consumidos em maior e menor quantidade diariamente. Com relação aos vídeos, pode-se perceber que devem ter curta duração, devido á fácil distração. Na degustação dos sucos, a maioria dos idosos repetiu o copo, relataram que estas preparações deveriam ser feitas nos lanches, pois eram saborosas e nutritivas. Nos jogos do bingo dos alimentos, quebra-cabeça saudável e livro das adivinhações, eles relatavam os benefícios dos alimentos ilustrados, seus principais nutrientes, se o alimento era ou não saudável, entre outras colocações. Para a atividade de montagem do prato (Figura 1), percebeu-se que os idosos compreenderam os assuntos abordados, principalmente no que diz respeito aos enlatados/embutidos/salgadinhos (sódio), biscoitos/doces/bolos (açúcares simples), alimentos que foram colados no prato número 2; e vegetais/frutas/integrais (fibras), água, leite/queijo (cálcio), colados no prato número 1. Nas atividades de montagem e pintura da Pirâmide Alimentar verificou-se envolvimento e empenho (Figura 2). Na leitura dos rótulos, verificou-se a dificuldade em enxergar a informação nutricional, e ao final desta atividade os institucionalizados comentaram a importância de aumentar o consumo de frutas/vegetais e diminuir o consumo de alimentos industrializados. Figura 1: Montagem do prato. Figura 2: Pintura da Pirâmide Alimentar. Figura 3: A Árvore de Natal. Nas atividades do “Semáforo dos alimentos” e “Dinâmica da Linha” pode-se verificar que houve compreensão da maioria dos temas repassados. Uma vez que, na primeira atividade, quando um idoso respondia alguma pergunta incorretamente, os demais do grupo, por si só, corrigiam o erro. Na segunda atividade, todos mencionaram ter aprendido algo sobre alimentação, relataram que as atividades foram muito válidas, mencionaram principalmente a importância de consumir frutas, de tomar água e leite, de comer menos doces, salgadinhos, refrigerante, entre outros. A atividade final, de confecção da “Árvore de Natal Nutritiva”, possibilitou aperfeiçoar a escolha de alimentos saudáveis, reforçando a importância de uma alimentação adequada para prevenir doenças, ou amenizar os sintomas das doenças já existentes (Figura 3). Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 82 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 A Tabela 1 demonstra a classificação do estado nutricional dos idosos, de acordo com o IMC, antes a após as práticas educativas. Tabela1: Classificação do estado nutricional, segundo o IMC, dos idosos institucionalizados, antes e após as práticas de educação nutricional. Avaliação Antes Classificação Após N= 36 16 12 08 Magreza Eutrofia Excesso de peso % 44,44 33,34 22,22 N= 36 15 16 05 % 41,67 44,44 13,89 Ambas as avaliações de IMC, demonstraram predomínio de desvio nutricional sobre eutrofia, com elevado diagnóstico de magreza. Antes das atividades, 33,34% da população estava com o estado nutricional adequado e os demais (66,66%) estavam abaixo ou acima da eutrofia. Todavia, na avaliação após a educação nutricional, os parâmetros melhoraram, verificou-se maiores diagnósticos de eutrofia (44,44%) e menores índices de magreza e excesso de peso (55,56%). Tabela 2: Classificação do risco de doenças cardiovasculares, segundo a CC dos idosos após as práticas de educação nutricional. Antes Avaliação Classificação Risco muito elevado de DCV Risco elevado de DCV Não possui risco de DCV N= 34* 20 05 09 % 58,82 14,71 26,47 institucionalizados, antes e Após N= 34* 19 06 09 % 55,88 17,65 26,47 Nota: (*) Foram avaliados 34 pacientes, pois os demais eram cadeirantes ou acamados, o que impossibilitou a aferição. Nas duas avaliações, pela CC, a grande maioria dos institucionalizados apresentou risco muito elevado para desenvolver DCV. Muito embora, na segunda avaliação houve redução do número de idosos com este diagnóstico (55,88%). Com relação à CP, nas duas avaliações, a grande maioria dos indivíduos apresentou-se sem desnutrição (80,56%), sendo que os percentuais não se alteraram entre uma avaliação e outra. Tabela 3: Classificação do estado nutricional, pela CB e PCT dos idosos institucionalizados, antes e após as práticas de educação nutricional. CB Avaliação Classificação Desnutrição grave Desnutrição moderada Desnutrição leve Eutrofia Sobrepeso Obesidade Antes N=36 % 01 2,78 05 13,89 10 27,78 16 44,44 03 8,33 01 2,78 Após N= 01 04 09 18 02 02 % 2,78 11,11 25,00 50,00 5,56 5,56 PCT Antes Após N=36 % N= 36 % 16 44,44 11 30,56 00 00 05 13,89 05 13,89 06 16,67 11 30,56 10 27,78 00 00 01 2,78 04 11,11 03 8,33 Na avaliação da CB inicial, verificou-se um predomínio de desvio nutricional (55,55%) sobre eutrofia (44,44%). Sendo que 16 geriátricos estavam abaixo da eutrofia (44,44%). Entretanto, na avaliação final a metade da população já estava eutrófica (50%) e houve redução do índice de magreza (38,89%). Com relação à PCT, uma grande parcela de idosos apresentou diagnóstico de desnutrição grave nos dois momentos. Na avaliação inicial, 44,44% dos geriátricos estavam sob esta Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 83 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 condição, porém na última aferição esse percentual decaiu para 30,56%, no geral, os indivíduos que anteriormente eram desnutridos graves, passaram a ser desnutridos moderados. Tabela 4: Valores médios de macro e micronutrientes a partir do R24h, segundo o sexo, dos idosos institucionalizados, avaliado antes e após as práticas de educação nutricional. Avaliação DRI* Nutrientes Proteínas (%) 1 Carboidratos(%) 1 Lipídeos(%) 1 Vitamina A (mcg) 2 Vitamina D (mcg) 4 Vitamina C (mg) 3 Cálcio (mg) 4 Sódio (mg) 5 Ferro (mg) 2 Fibras (g) 1 10-35 45-65 20-35 900 12,5 90 1200 1250 8 30 Homens N= 15 Antes Após R 24h ±DP 16 59,7 24,3 725,6±368,6 5,7±2,9 73,9±53,2 958,5±380,3 2359,7±794 8,2 ± 4,1 21,6 ± 8,4 R 24h ±DP 13,0 60,4 26,6 840,8±673,5 4,8±2,5 40,5±25,1 796,5±289,9 2512,6±808,1 7,7±3,2 20,8±8,8 *DRI 10-35 45-65 20-35 700 12,5 75 1200 1250 8 21 Mulheres N=21 Antes Após R24h ±DP 16,8 56 27,2 648,7±396,8 4,8±2,2 68,4 ± 53,4 784,9 ± 333,5 2411 ± 779,8 6,3 ± 2,7 15 ± 6,2 R24h ±DP 15,1 57,8 27,1 668,2±422,9 3,8±1,9 53,7±44,8 696,7±218,6 2573,8±587,8 6,9±1,9 18,6±7,2 Nota: DP (Desvio Padrão); 1 Institute of Medicine (2005); 2 Institute of Medicine (2001); 3 Institute of Medicine (2000); 4 Institute of Medicine (1997); 5 Institute of Medicine (2004). Fonte: * Dietary Reference Intakes. Os macronutrientes ficaram adequados nas duas avaliações. As proteínas, na avaliação final, tiveram uma redução para ambos os sexos, mas ainda permaneceram dentro do recomendado. Com relação aos micronutrientes, a maioria encontrou-se abaixo da média recomendada, para ambos os sexos, em ambas as verificações; na avaliação antes da educação nutricional, estava mais próximo ao adequado apenas a vitamina A e C para mulheres e o ferro para os homens. Na avaliação após as atividades, houve aumento da ingestão de vitamina A para os homens e mulheres, e aumento de ferro e fibras para o grupo feminino, os demais nutrientes permaneceram abaixo da recomendação. O valor que excedeu para ambos os sexos, nas duas avaliações, foi o sódio. DISCUSSÃO A população analisada constitui-se em maior parte por idosos do sexo feminino (58,33%). De acordo com Cervato et al. (2005), as mulheres tornam-se mais sensibilizadas ás necessidades demandadas para a promoção de saúde, em decorrência de sua experiência na utilização dos serviços de saúde em outras fases da vida. Com relação à educação nutricional foi percebido, em todos os trabalhos, a participação dos idosos e a demonstração de interesse. Contento et al. (1995), definem a educação nutricional, como qualquer experiência de ensino desenvolvida para facilitar a adoção voluntária de comportamento alimentar ou outro relacionado à nutrição, com a finalidade de conduzir à situação de saúde e bemestar. Conforme salientaram Jorge e Peres (2004), a educação nutricional deve um processo ativo, lúdico, interativo que contribui para que o indivíduo possa atuar nas mudanças de atitudes e de suas práticas alimentares. Neste sentido, verificou-se que ocorreram mudanças positivas no hábito dos idosos, os mesmos demonstraram melhor perfil antropométrico e alguns aspectos dietéticos mais adequados após as atividade realizadas. Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 84 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 Nas medidas antropométricas, pelo IMC, ocorreu predomínio de estado nutricional inadequado, com um grande número de geriátricos abaixo da eutrofia em ambas as avaliações. Rauen et al. (2008), em uma pesquisa com idosos institucionalizados, observaram, através do IMC, que a prevalência de estado nutricional inadequado atingiu 66,5% da população estudada, com um número elevado de idosos com baixo peso (45,5%). No presente estudo, verificou-se que antes das atividades educativas 44,44% dos idosos estavam em estado de magreza e após a educação nutricional este percentual decaiu, mas ainda com níveis elevados de baixo peso. A medida da CC demonstrou predomínio para risco muito elevado de DCV nas duas aferições. Dal Ponte (2009), encontrou apenas 6% dos idosos avaliados com CC classificada como adequada, 30% da amostra apresentaram risco moderado e mais da metade (64%) apresentaram alto risco. Conforme Frank e Soares (2004), o maior acúmulo de adiposidade abdominal está associado com o aumento de processos mórbidos, como doenças cardiovasculares, diabetes e hipertensão. De acordo com Menezes e Marucci (2005), com a idade ocorre a diminuição da massa magra e modificação no padrão de gordura corporal, onde o tecido gorduroso dos braços e pernas diminui, e aumenta no tronco. Em consequência disso, as variáveis antropométricas sofrem modificações, a dobra cutânea tricipital e o perímetro do braço diminuem e o perímetro abdominal aumenta (BRITO; DREYER, 2003). Nesta perspectiva, pode-se perceber que ocorreu uma melhora nos hábitos dos idosos após as atividades educativas, pois a medida de CC teve redução, enquanto que as avaliações da CB e PCT aumentaram, ou seja, as medidas antropométricas foram mais adequadas após as práticas de educação nutricional, com menores diagnósticos de risco para DCV e menos verificação de desnutrição grave. Na medida da CP, os idosos no geral estavam com baixo risco de desnutrição, em ambas as avaliações. Segundo a Organização Mundial da Saúde, a CP é considerada a melhor e mais sensível medida de massa muscular em idoso, por ser de grande precisão nessa faixa etária. Indica mudanças de massa livre de gordura que ocorrem com a idade e com a redução da atividade (WHO, 1995). Semelhante ao presente estudo, Monteiro, Riether e Burini (2004), ao avaliarem o efeito de programa misto de intervenção nutricional e exercício físico, sobre a composição corporal e hábitos alimentares de mulheres obesas em climatério, verificaram reduções de peso, de circunferência da cintura e evolução positiva na classificação do IMC. A educação alimentar proposta foi capaz de acarretar mudanças nos hábitos alimentares. Ferreira (2004), afirma que um bom estado nutricional, garantido com o fornecimento adequado de energia, macro e micronutrientes é de extrema importância para que a população idosa resista às doenças crônicas e debilitantes, mantendo a saúde e a independência. A análise dietética do presente estudo demonstrou que os macronutrientes encontraram-se adequados nas duas avaliações, e a maioria dos micronutrientes estava abaixo do recomendado. Alguns nutrientes tiveram redução na verificação final, o que pode ser explicado pelo fato de que, o R24hs é um método que avalia somente um dia da alimentação, podendo este ser um dia atípico ou ocorrer uma subestimação de alimentos (KAMIMURA et al., 2005). Em contrapartida, houve uma elevada ingestão de sódio, para ambos os sexos, que permaneceu aumentada mesmo após as práticas educativas. Para Busnello (2007), a alta ingestão de sódio torna-se prejudicial, pois este nutriente está relacionado à elevação dos níveis pressóricos e com hipertensão arterial. Lopes e Scheid (2009), ao avaliar o padrão alimentar de idosos não institucionalizados de São José dos Campos, SP, também visualizaram nutrientes defasados. Com relação aos macronutrientes, proteínas, carboidratos e lipídeos estavam adequados. Para os micronutrientes, a vitamina A e a vitamina B12 estavam dentro do recomendado, enquanto que a vitamina D e o cálcio encontraram-se reduzidos, o ferro e sódio estavam acima do recomendado. Vivências. Vol.9, N.16: p. 77-88, Maio/2013 85 Vivências: Revista Eletrônica de Extensão da URI ISSN 1809-1636 Cervato et al. (2005), ao avaliarem a intervenção nutricional educativa para alunos de Universidades Abertas para a Terceira Idade, visualizaram que após as práticas de educação nutricional, houve aumento do conhecimento sobre nutrição, diminuição do consumo de lipídios, proteínas e colesterol. As modificações citadas referiram-se ao tipo de alimento consumido, à ingestão de água e à maneira de preparar os alimentos. No estudo de Assis, Pacheco e Menezes (2002), a ação educativa teve um papel importante na decisão das mudanças relacionadas à alimentação. As atividades realizadas foram referidas, pela maioria dos idosos, como fonte de informação sobre nutrição, os mesmos sentiam-se gratificados pela oportunidade de acesso à informação, e reconheciam sua validade para a sua saúde e qualidade de vida. Ainda pode-se perceber no decorrer deste estudo, que as informações devem ser repetidas constantemente, devido ao fácil esquecimento por parte dos idosos. Höfelmann, Riekes e Azevedo (2005), evidenciam a importância da realização de programas de educação nutricional contínuos, visto que iniciativas pontuais não conduzem a conscientização necessária para a modificação permanente de hábitos nocivos à saúde. CONCLUSÃO As medidas antropométricas demonstraram predomínio de desvio nutricional sobre eutrofia, tanto antes, quanto após a educação nutricional, principalmente evidenciado pelo IMC, PCT, e CC. Porém, os parâmetros melhoraram após as práticas educativas, o que é considerado positivo, pois com a melhora no perfil nutricional é possível uma maior qualidade de vida. Na análise dietética, foi percebida a inadequação dos nutrientes nas duas avaliações, o que indica maior comprometimento da saúde dos idosos por carências ou excessos alimentares. As práticas de educação nutricional foram importantes, pois foram verificadas mudanças positivas no estado nutricional dos idosos, significando que as atividades desenvolvidas motivaram a população à maior autonomia e autocuidado. Neste sentido, visualizou-se que independentemente da idade, as práticas educativas são importantes na melhora do comportamento e hábitos alimentares, proporcionando assim uma melhor condição nutricional, qualidade de vida e longevidade. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSIS, M.; PACHECO, L. C.; MENEZES, I. S. 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