CONHECER O RISCO NUTRICIONAL DOS IDOSOS NA ATENÇÃO BÁSICA – “MEIO CAMINHO ANDADO” PARA A TRANSFORMAÇÃO Participantes: FRANCISCA MARIA ASSMANN WICHMANN, ADÉLIA ROSANE MÜLLER (PUIC) O Brasil é um país cuja população vem envelhecendo ao longo das últimas décadas, em razão do aumento da expectativa de vida ao nascer, de menores taxas de desnutrição e da mortalidade. Essas mudanças demográficas refletem na organização social, na força de trabalho disponível, na demanda do sistema de saúde. Do ponto de vista clínico, o idoso é o grupo-alvo mais importante para a intervenção. Os idosos são reconhecidos como grupo de risco pela freqüência e pela gravidade com que são acometidos por doenças, em especial as crônicas degenerativas, assim como outras que dificultam as habilidades funcionais (caminhar, vestir-se, alimentar-se), prejudicando a vida social. A manutenção das dimensões corporais exige a presença de condições ótimas, principalmente quanto à ingestão e a utilização biológica de calorias e proteínas. As condições muitas vezes impróprias para a saúde, se manifestam nos indicadores antropométricos, que constituem uma maneira bastante sensível de detectar os agravos nutricionais da população idosa, quem são a desnutrição e/ou obesidade. Nesta lógica, foram acompanhados 4 963 idosos, de ambos os sexos, residentes em doze municípios pertencentes a 13ª Coordenadoria Regional da Saúde, do Estado do Rio Grande do Sul. As variáveis antropométricas utilizadas foram: peso, estatura e índice de massa corporal. Os pontos de corte para o diagnóstico nutricional seguem a recomendação do Ministério da Saúde – IMC menor ou igual a 22, baixo peso; IMC maior que 22 e menor que 27, eutrofia e IMC maior ou igual a 27, sobrepeso. O estudo demonstrou que 67% da população avaliada encontra-se em risco nutricional, sendo 12% com baixo peso, 55% em sobrepeso e outros 33% estão eutróficos. Apesar da população estudada ser espontânea, a tendência de elevação das variáveis antropométricas segue a mesma de outros estudos realizados com idosos: o aumento do sobrepeso e a diminuição da desnutrição. Desta forma, sugere-se que estes valores possam ser usados no monitoramento constante desse grupo, com o intuito de prevenir a piora do estado nutricional e conseqüentemente evitar o aumento da incidência de formas mais graves de obesidade nessa população, direcionando futuras políticas públicas para este setor. Curso: NUTRIÇÃO Departamento: EDUCAÇÃO FÍSICA E SAÚDE Instituição: UNISC - SANTA CRUZ DO SUL/RS Área Preferencial ou Área do Conhecimento: ÁREA PREFERENCIAL SAÚDE Categoria do Trabalho: INICIAÇÃO CIENTÍFICA Apoio Financeiro: UNISC