RESENHA: QUERER É PODER? MOTIVAÇÃO, IDENTIDADE E APRENDIZAGEM DE LÍNGUA ESTRANGEIRA Gisele da Cruz Rosa1 O artigo “Querer é poder? Motivação, identidade e aprendizagem de língua estrangeira”, escrito por Mariana R. Mastrella-de-Andrade e Bonny Norton está inserido no livro Afetividade e emoções no ensino/aprendizagem de línguas: múltiplos olhares. O livro faz parte da Coleção NPLA - Novas Perspectivas em Linguística Aplicada, organizado pela Professora Mariana Mastrella-de-Andrade, e apresenta aos leitores reflexões sobre a afetividade. A professora doutora Mariana Mastrella-de-Andrade é Professora Adjunta II do Departamento de Línguas Estrangeiras e Tradução da Universidade de Brasília (UnB) na área de ensino de inglês como língua estrangeira. Ela possui Doutorado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2007) e Mestrado em Letras e Linguística pela Universidade Federal de Goiás (2002). Seu campo de atuação abrange temas como: ensino-aprendizagem de língua estrangeira; construção da identidade de aprendizes e de professores/as de línguas; fatores afetivos na aprendizagem de línguas; formação continuada do/a professor/a de inglês como língua estrangeira; teorias da pós-modernidade e ensino-aprendizagem de línguas. O texto “Querer é poder? Motivação, identidade e aprendizagem de língua estrangeira” é dividido em sete seções: Introdução; Perspectivas teóricas sobre motivação; A motivação segundo as teorias da área de aquisição e aprendizagem de línguas: os trabalhos de Robert Gardner e Zoltán Dornyei; Língua/linguagem, identidade e a noção de investimento; Metodologia de pesquisa; Os dados em análise: motivação, identidade e investimento na aprendizagem de LE; e Considerações finais. Na introdução são apresentados diversos fatores que, segundo vários estudiosos, são envolvidos na motivação para aprender línguas. Tais fatores são sintetizados na figura 1. FIGURA 1 – Fatores relativos à motivação envolvidos na aprendizagem de línguas Força interior que impulsiona a ir em frente apesar dos obstáculos Certeza consciente da necessidade de realmente desenvolver competência numa língua Força de vontade de se integrar em interações de prátiza na língua alvo Motivação para aprender línguas 1 Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Estudos Linguísticos da Universidade Federal de Uberlândia. E-mail: <[email protected]>. Mastrella-de-Andrade e Norton citam Dornyei (2005) ao afirmar que podemos não saber o que é motivação, porém temos consciência de que ela é o que nos impulsiona a seguir em frente. Considerando a importância da motivação no processo de aprender línguas e sua influência sobre os resultados da aprendizagem, este artigo discute o construto da motivação partindo de uma pesquisa com adultos aprendendo inglês no Brasil (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). A seção que trata das perspectivas históricas sobre motivação demonstra a importância que as pesquisas têm dado ao fator motivação relacionada ao ensino e aprendizagem de línguas. Teóricos como Gardner e Dornyei são referências neste campo de pesquisa. Diante desta agenda, Mastrella-de-Andrade e Norton (2011) consideram importante traçar um histórico expondo como a motivação tem sido concebida pelos teóricos, bem como seu embasamento teórico. Para isto, as autoras apresentam a motivação segundo as teorias da área de aquisição e aprendizagem de línguas segundo as teorias de Robert Gardner e Zoltán Dornyei. Os trabalhos de Gardner sobre motivação são pioneiros na área de aquisição de línguas. Em 1972, ocorreu a publicação do livro Attitudes and 'Motivation in Second Language learning' de Gardner e Lambert, marcando o início à história dos trabalhos sobre motivação na aquisição de línguas. Dando continuidade aos estudos sobre motivação, Dornyei, que apesar de reconhecer o pioneirismo e valor da obra de Gardner e Lamber, acredita que revisões são necessárias inaugurando novas fases de pesquisas sobre motivação. A figura 2 apresenta uma linha do tempo contemplando três destas fases. FIGURA 2 – Fases de pesquisa sobre motivação 3ª fase da motivação: enfoca em uma motivação temporal, que se modifica ao longo do tempo, o que significa dizer que a motivação é dinâmica por natureza 1ª fase da motivação: Gardner e Lambert (1972) e Gardner e Lamber (1985) situam a motivação em uma perspectiva sociopsicológica, que parte da relação entre influências internas e externas ao aprendiz 2ª fase da motivação: Dornyei e Ottó explicitam várias etapas e fatores relacionados à motivação propondo a 'motivação em ação' e estabelecendo conceiros de motivação na perspectiva da psicologia cognitiva. Segundo Gardner (apud MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011) as atitudes e motivações dos aprendizes exercem influência sobre a aquisição de uma segunda língua, porque elas os orientam a buscar oportunidades para aprender. Gardner e Lambert consideram motivação como um fator afetivo importante para o desenvolvimento da aquisição de uma segunda língua tendo esta dois tipos de orientação: instrumental ou integrativa. A motivação instrumental abrange o desejo de adquirir uma segunda língua impulsionado por desejos como conseguir um cargo superior no trabalho, fazer leituras na língua alvo, fazer traduções etc. A motivação integrativa decorre do desejo do aprendiz de se integrar e fazer parte de uma cultura e da comunidade de falantes da língua alvo (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). A complexidade que envolve o processo de ensinar e aprender uma língua resultou no surgimento de novos modelos e paradigmas para se compreender a motivação na aprendizagem de Língua Estrangeira. A necessidade de se revisar as noções de motivação passa a ser latente, Dornyei apesar de reconhecer o pioneirismo e valor da obra de Gardner e Lamber concorda que revisões são necessárias. Assim, a motivação passa a ser considerada um processo complexo e ativo e caracterizada não apenas pelas escolhas e direção da aprendizagem alvo (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Segundo Dornyei o modelo proposto por Gardner e Lambert deixa lacunas no que tange o ambiente específico da aprendizagem de língua estrangeira em sala de aula. O autor propõe a conceituação de motivação partindo de três níveis: 1) nível da língua; 2) nível do aprendiz e 3) nível da situação de aprendizagem. Esses três níveis correspondem aos aspectos básicos constitutivos do processo de aprendizagem de uma segunda língua – dimensão social, dimensão pessoal e dimensão da matéria educacional alvo (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). O nível da língua envolve a orientação e os motivos para se aprender uma segunda língua, como a cultura que a língua carrega, a comunidade falante da língua alvo e a potencial utilidade de se ter proficiência nesta língua. Segundo Mastrella-de-Andrade e Norton (2011, p. 94) o nível do aprendiz envolve um “complexo de afetividade e cognição que forma traços de personalidade relativamente estáveis” o que faz com que a motivação seja composta pela necessidade de realização ou sucesso e a autoconfiança alvo. A situação da aprendizagem é composta pelos motivos intrínsecos e extrínsecos, bem como pelas condições motivacionais relacionadas ao curso, ao professor e ao grupo (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Dornyei e Ottó (apud MASTRELLA-DE–ANDRADE; NORTON, 2011) explicitam várias etapas e fatores relacionados à motivação propondo a 'motivação em ação' visando assegurar o controle do que, de fato, ocorre para que os alunos desejem ou deixem de desejar a aprendizagem, mantenham ou não o esforço para alcançar suas metas. Os autores estabelecem conceitos sobre motivação relacionados com o papel das influências internas e externas ao aprendiz enfatizando que o sujeito pode adquirir consciência sobre as razões e os processos de aprendizagem contribuindo para o alcance e manutenção da motivação. Sob esta ótica, a motivação passa a ser um construto situado (influências contextuais). O quadro 1 expõe as fases da motivação em ação. QUADRO 1 - Motivação em ação Fase pré-acional Estabelecimento de metas; Formação da intenção do aprendiz para aprender línguas; Plano de ação Início da execução da intenção; Avaliação ou apreciação da ação; Controle da ação; Proteção da intenção atual por meio de estratégias; Pós ação Inicia após a conclusão ou intenção da ação; Avaliação do aprendiz sobre todo o processo de aprendizagem comparando as expectativas iniciais aos resultados concretos alcançados Dornyei (2005) e Dornyei e Ushioda (2009) inauguram um novo período nos estudos na motivação focando em seu caráter temporal, propondo um novo modelo para se compreender a motivação composto por três dimensões: 1) ‘eu na L2’: características linguísticas que o sujeito gostaria de ter para diminuir as discrepâncias entre o eu ideal e o eu real. 2) ‘eu-dever na L2’: refere-se aos atributos que o indivíduo acredita que deveria possuir para evitar possíveis resultados negativos. 3) ‘experiência de aprendizagem na L2’: refere-se às razões específicas e situadas relacionadas ao ambiente e à experiência de aprendizagem. De acordo com este modelo a motivação trata-se do desejo de minimizar as discrepâncias entre o “eu ideal” e o “eu real”, buscando o aprendiz ser semelhante a determinado falante tentando superar suas dificuldades para alcançar sua meta (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Dornyei (2005) e Dornyei e Ushioda (2009) reuniram pesquisas de diferentes perspectivas sobre motivação na aprendizagem de segunda língua e língua estrangeira. Assim, questões sobre identidade social e a noção de investimento de Norton (2000) passaram a ser analisadas, como demonstrado na seção sobre Língua/linguagem, identidade e a noção de investimento (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). A noção de investimento de Norton pressupõe o esclarecimento dos conceitos de língua/linguagem e identidade social. Utilizar a linguagem implica em agir sobre o mundo social, o que remete a uma visão performativa de língua. Isto significa que falar sugere em agir sobre o mundo, desempenhar ações e não simplesmente expressar realidades (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Segundo Weedon (apud MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011) é com a língua que ocorrem formas possíveis e reais de organização social e suas prováveis consequências políticas e sociais definidas e contestadas. A língua é o lugar onde ocorre nossa compreensão de nós mesmos e a construção de nossa subjetividade e é por isso que língua/linguagem e identidade estão intimamente relacionadas. Utilizando a linguagem construímos nossa identidade (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Ao se considerar a língua como instrumento de expressão da essência de uma pessoa, suas categorias fixas (mulher, homem, aprendiz, professora...) “suprimem a realidade de construção social e histórica que operam e dão uma aparência de totalidade encerrada e jamais aberta a contestações” (MASTRELLA-DE – ANDRADE; NORTON, 2011, p. 100). Segundo Norton (1995 apud MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011) o aprendiz de línguas possui uma identidade social complexa, construída por meio de estruturas sociais desiguais, reproduzidas nas interações sociais cotidianas. A língua proporciona ao indivíduo uma compreensão de si mesmo, possibilitando a este acesso ou não a redes sociais que dão aos aprendizes a oportunidade de falar. Considerando esses conceitos sobre língua/linguagem e identidade o conceito de investimento ganha destaque. A noção de investimento se inspira em Bourdieu (1977) e considera a relação social e historicamente construída dos aprendizes com a língua alvo e seus desejos ambivalentes de aprender e praticá-la. O investimento do aprendiz em uma língua significa reunir recursos materiais e simbólicos, que irão aumentar seu capital cultural. Assim, nas palavras de Mastrella-de–Andrade e Norton, (2011) contrariamente às noções de motivação instrumental ou integrativa ou teorias do eu que envolvem aspectos internos e externos ao aprendiz e que geralmente concebem o aprendiz como tendo uma unidade fixa e unitária, o construto investimento estabelece que o aprendiz de línguas possui uma identidade complexa, que muda ao longo do tempo e do espaço , e que é construída na interação social a partir das relações desiguais de poder que constituem as interações (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011, p. 101). Diante deste novo conceito indaga-se quais as mudanças que o investimento pode provocar na compreensão da motivação na aprendizagem de língua estrangeira ou segunda língua. A motivação se insere no campo de aquisição de segunda língua como um construto em grande parte psicológico, como ocorre com as teorias de Dornyei (2001). Segundo Norton (2000) A motivação deve ser compreendida de uma perspectiva sociológica, que visa estabelecer relações entre o desejo do aprendiz, seu comprometimento em aprender uma língua e sua identidade móvel e flutuante, construída na e pela linguagem (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). O conceito de investimento está baseado na noção de identidade social, constituída na e pela linguagem, nas práticas sociais de uso da língua. Com essa noção de identidade social, de acordo com a teoria de Norton, é possível compreender o sujeito aprendiz integrado a seu contexto social, uma vez que este é considerado como parte integrante de seu contexto social e que as interações sociais são regidas por relações desiguais de poder entre os falantes. Assim, a noção de investimento busca compreender o engajamento do aluno para aprender uma determinada língua. Com essa teoria perguntas como “até que ponto esse aluno está motivado para aprender uma língua estrangeira?” é substituída a perguntas como “qual o investimento desse aluno nas práticas da língua-alvo dessa sala de aula ou comunidade?” (MASTRELLADE –ANDRADE; NORTON, 2011, p. 102). O resultado desta nova perspectiva de questões é que um aprendiz pode estar motivado e ainda assim ter um investimento baixo nas práticas de interação na língua alvo de sua sala de aula ou na comunidade em que está inserido. Isto significa que, mesmo que os aprendizes se interessem em desenvolver sua competência linguístico-comunicativa, eles podem se recusar a participar de práticas interativas na língua alvo. Esta recusa pode ter como razões o fato de que a prática da sala de aula é, muitas vezes, elitista, preconceituosa etc. Diante deste contexto, os aprendizes poderiam ser categorizados como desmotivados e com chances remotas de aprendizagem. Com a perspectiva de investimento de Norton esta compreensão é redirecionada para o fato de que os próprios aprendizes resistem a práticas que marcam suas identidades de modo negativo, investindo ou não em momentos e contextos diferentes do processo de aprendizagem, em função das relações de força e de poder que instauram as práticas no contexto de uso da língua alvo (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Mastrella-de–Andrade e Norton, (2011) realizaram a pesquisa deste artigo no Projeto de Extensão Comunitária e Educação Continuada em Línguas Estrangeiras (PECECLEs) e na seção sobre a metodologia da pesquisa as autoras apresentam mais detalhes do percurso que percorreram. A opção metodológica das autoras foi histórias de vida coletadas em dois momentos de entrevistas gravadas em áudio, realizadas antes e após a organização do trabalho da tese. As entrevistas tinham como tema discussões sobre questões que inquietavam as alunas e a professora relativas ao processo de aprender a LE e uma sessão de reflexão sobre os momentos de discussão gravados e transcritos (MASTRELLA-DE – ANDRADE; NORTON, 2011). Na seção “Os dados em análise: motivação, identidade e investimento na aprendizagem de LE” são apresentados e analisados os dados coletados. Após a análise e discussão, as autoras concluem que as teorias de aprendizagem de línguas devem buscar romper a dicotomia individual versus a social. Esta dicotomia, muitas vezes, impede uma compreensão aprofundada sobre o ser humano e a vida em sociedade na qual ele se faz. Assim, seria equivocado assumir que aprendizes podem ser definidos simplesmente como motivados ou desmotivados, introvertidos ou extrovertidos, etc. tendo em vista que os fatores afetivos são socialmente construídos em relações desiguais de poder, que são constantemente mutáveis com o tempo e espaço, podendo coexistir de modo contraditório em um mesmo indivíduo. Nas considerações finais, as autoras ressaltam o desejo dos alunos em desenvolver sua competência na língua alvo é parte essencial no processo de aprendizagem. Após a análise das autoras é possível perceber que nem sempre o desejo de aprender e o aparente empenho dos aprendizes em aprender são coerentes (ex. engajamento em interações com outros falantes na língua alvo). As relações desiguais de poder que constituem as interações sociais influenciam os aprendizes a investir ou não nas práticas de uso da língua sendo resistentes às práticas que poderão expô-los e ou marcá-los como menos competentes ou com identidades negativamente marcadas no grupo social. O desejo do aprendiz de fazer parte de um grupo social ou comunidade ou o desejo de conquistar bens utilizando o domínio da língua alvo não pode ser considerado a fonte direta para o desenvolvimento da aprendizagem, é necessário considerar que o desejo e a motivação para a aprendizagem envolvem relações de poder que influenciam o investimento que os aprendizes fazem na aprendizagem e na comunidade em que querem se inserir. Investimento e desejo se relacionam com a identidade. Se os aprendizes investem na aprendizagem de uma língua estrangeira, estes investem, também, em suas identidades; assim o desejo de aprender uma língua pode ser considerado como o desejo pela identidade, de prestígio e de poder, que o domínio de uma LE pode constituir (MASTRELLA-DE –ANDRADE; NORTON, 2011). Diante do exposto, o texto aqui resenhado representa uma contribuição valiosa e enriquecedora para pesquisadores inseridos no campo da Linguística Aplicada e para professores envolvidos no ensino de língua estrangeira. A relação entre motivação e investimento pode ser confusa considerando sua linha tênue e a obra auxilia a definir os dois construtos. É interessante perceber que o desejo de aprender uma língua e o empenho em ações que promovem essa aprendizagem nem sempre são proporcionais e os fatores que envolvem esse processo de aprendizagem são amplos. Desta forma, o artigo é interessante por revisitar conceitos tradicionais relacionados à motivação apresentando novas perspectivas sob a ótica do investimento. REFERÊNCIAS MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R. Disponível em: <http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4770730P1>. Aceso em: 30 set. 2014. MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R.; NORTON, B. Querer é poder? Motivação, identidade e aprendizagem de língua estrangeira. In: MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R. (org) Afetividade e emoções no ensino/aprendizagem de línguas: múltiplos olhares. Campinas: Pontes, 2011, p. 89-113. MASTRELLA-DE-ANDRADE, M.R. (org) Afetividade e emoções no ensino/aprendizagem de línguas: múltiplos olhares. Campinas: Pontes, 2011.