A evolução da Medicina ao longo dos tempos Problema O grande problema desenvolvido neste trabalho centrou-se numa reflexão sobre a questão: “Existem factores determinantes ou mais salientes na evolução da Medicina?”. Medicina Ciência relacionada com a prevenção e cura para inúmeras doenças. A medicina divide-se na área do conhecimento e na prática desse conhecimento. Na área profissional consideramos a medicina no âmbito humano e a veterinária. A medicina tenta fazer a ligação entre a ciência e a prática, para encontrar soluções cada vez mais eficazes para um determinado paciente. Antiguidade Até os Antigos se preocupavam com o conhecimento do corpo humano e a cura dos males que afectavam o mesmo. De entre os povos que fizeram evoluir a Medicina, destacaram-se as Civilizações Egípcia, Grega e Romana. Civilização Egípcia Para os egípcios, a doença tinha sempre uma origem sobrenatural. Havia três tipos de médicos: Este povo fez grandes avanços na Medicina, graças ao seu sofisticado processo de mumificação de corpos. Os mumificadores, ao abrirem os corpos dos faraós para retirar as entranhas, conseguiam muitas informações sobre a anatomia humana. Civilização Grega Os gregos foram os primeiros no estudo dos sintomas das doenças, e tiveram como mestre Hipócrates, considerado até hoje o pai da medicina. Era nos genos (conjunto natural de famílias que descendem de um antepassado comum) que se transmitiam os conhecimentos médicos, enriquecidos pelos estrangeiros que eram integrados nas famílias locais. Foi desta maneira que se desenvolveram escolas de medicina. Civilização Romana Só no fim do século III a.C. ou no início do século II, surgiram em Roma, vindos da Grécia, autênticos médicos. Até então, o seu lugar era ocupado por curandeiros e charlatães hábeis na “ciência das ervas”. No início do século I a.C., Asclepíades de Prusa, médico e filósofo, cria em Roma uma escola de medicina privada, mas foi preciso esperar até 14 d.C. para que fosse fundada uma escola de medicina oficial, a scola medicorum. Idade Média Esta época está embebida de crenças religiosas e mágicas, sendo os saberes adquiridos pelos livros guardados nos mosteiros e os saberes árabes. Quem tratava dos problemas de saúde eram os curandeiros, endireitas, boticários, barbeiros e médicos. A medicina é ensinada pelos monges que tratavam também dos doentes. Não se verificam grandes avanços na medicina, não existe muita preocupação no saber anatómico, pois apenas os corpos dos criminosos eram dissecados. Os tratamentos eram à base de ventosas, sangrias, administração de tisanas, limpeza da feridas com vinho ou óleo. Renascimento Nesta época destacando-se artistas como Miguel Ângelo, Da Vinci, Rafael, entre muitos outros, que intensificaram os estudos anatómicos. Leonardo da Vinci iniciou uma série de desenhos anatómicos. Este cientista dissecava os cadáveres de pessoas, elaborando desenhos anatómicos bastante detalhados. Gabrielle Fallopio ficou célebre pelos seus estudos a nível dos órgãos genitais, tímpanos e músculos dos olhos. Estas novas descobertas contribuíram para a modificação do conceito de ciência. Anatomia dos olhos Anatomia do corpo Estudo do pé e da perna Anatomia do Tronco Idade Contemporânea No decorrer do séc. XX, na Medicina e nas ciências humanas, existiram diversas evoluções e descobertas, devido ao surgimento de doenças graves, que causavam calamidades e a necessidade de as combater. Essas evoluções fizeram com que permaneça na vida das pessoas a esperança de que a cura de algumas doenças seja encontrada em breve. Exemplos dessas evoluções e de descobertas são: a penicilina, os transplantes de órgãos, a ecografia, as técnicas de inseminação artificial, o ADN, a clonagem, a pílula, a psicologia… Penicilina A penicilina foi descoberta por Alexandre Fleming, em 1928. Esta descoberta não veio despertar interesse na altura e não houve preocupação em usá-la para fins terapêuticos em caso de infecção humana. Em 1940, Sir Houvard Florey e Ernst Chain retomam as pesquisas de Fleming, conseguindo produzir penicilina com fins terapêuticos, inaugurando assim a nova era da medicina – a era dos antibióticos. Transplante de órgãos Nos anos 20 o cientista americano Alexis Carrel descobriu como manter tecidos vivos fora do corpo, deste modo tornou possível as transfusões de sangue e os transplantes de órgãos. Pílula A pílula foi descoberta entre 1950 e 1955 por dois médicos americanos Gregory Pinous e Carl Djerassi com a finalidade de tratar doenças. Mas a sua invenção teve um enorme impacto social, na medida em que a pílula fez libertar muitas mulheres de gravidezes indesejadas. Esta invenção, levou em 1961 à comercialização do primeiro anticoncepcional oral. Ecografia A ecografia foi uma das grandes invenções do século XX, na medida em que não é um método perigoso e não necessita da injecção de qualquer produto. A ecografia possibilita a detenção de malformações ou o sexo do bebé, permitem detectar tumores, medir a parede e as cavidades do coração, verificar a qualidade da contracção, diagnosticar coágulos ou o estreitamento de vasos. ADN Em 1944 descobriu-se que o ADN era o material da herança genética, no entanto esta descoberta não teve grande impacto. A persistência de vários cientistas fizeram com que descobrissem que o ADN comunicava com o resto da célula, transmitindo instruções para a produção de proteínas. Bebés Proveta Nos anos 50 começaram a ser desenvolvida a fertilização in vitro (FIV) – união do óvulo e do espermatozóide fora do corpo, na proveta e a transferência de embriões em animais, dando origem da técnica dos bebés proveta. Em 1978, em Inglaterra, foi feita a primeira fecundação in vitro, cuja gestação foi bem sucedida. Clonagem A clonagem consiste na produção de organismos geneticamente idênticos através de transferência nuclear de células somáticas. Existem dois tipos de clonagem: a reprodutiva e a terapêutica. Na clonagem reprodutiva o objectivo é obter bebés e na terapêutica utiliza-se embriões para fins medicinais. Sida Sida, Síndrome de Imunodificiência Adquirida, é uma doença provocada pelo vírus de Imunodificiência humana – VIH, que ataca o sistema imunitário do organismo do indivíduo, destruindolhe a capacidade de defesa a muitas doenças. Infelizmente anda não foi encontrada cura para este flegelo, existem porém diversos medicamentos que reduzem a carga vírica e atrasa os danos que o vírus causa no sistema imunológico. Cancro O cancro está associada a doenças em que um determinado grupo de células do organismo se divide de forma descontrolada, invadindo os tecidos distantes. É causado por mutações do ADN, que podem ter uma vertente hereditária, mas normalmente são adquiridos ao longo da vida. Infelizmente existe uma grande dificuldade no tratamento destas doenças. O tratamento da maioria dos cancros consiste na combinação de vários técnicas: cirurgia, quimioterapia, radioterapia, terapias alternativas e novas técnicas. Conclusão Após a realização deste trabalho, concluímos que o factor determinante da evolução da Medicina é a necessidade e o desejo do Homem de sobrevivência. Consoante cada época e local, que tinham, logicamente, doenças distintas, a humanidade foi evoluindo gradualmente, e quanto mais se conhecia acerca da anatomia e funcionamento do corpo humano, mais se ambicionava o conhecimento. Concluímos também que a Medicina e a Tecnologia não se podem separar, condicionando-se mutuamente, pois uma não pode evoluir sem que a outra evolua.