ISSN 2238-0264 SADEAM 2012 Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas REVISTA PEDAGÓGICA Matemática Ensino Médio Regular e EJA SEÇÃO 1 Avaliação: o ensino-aprendizagem como desafio SEÇÃO 2 Interpretação de resultados e análises pedagógicas SEÇÃO 3 Os resultados desta escola SEÇÃO 4 Desenvolvimento de habilidades EXPERIÊNCIA EM FOCO Secretaria de Estado de Educação ISSN 2238-0264 Revista Pedagógica Matemática Ensino Médio Regular e EJA Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas govERnADoR Do ESTADo Do AmAzonAS OMAR ABDEL AZIZ viCE-govERnADoR JOSÉ MELO DE OLIVEIRA SECRETáRio DE ESTADo DA EDUCAção E QUAliDADE Do EnSino ROSSIELI SOARES SILVA SECRETáRiA ExECUTivA DE ESTADo DE EDUCAção CALINA MAFRA HAGGE SECRETáRio ExECUTivo ADJUnTo DE gESTão MARCELO HENRIQUE CAMPBELL FONSECA SECRETáRiA ExECUTivA ADJUnTA PEDAgógiCA MAGALY PORTELA RÉGIS SECRETáRiA ExECUTivA ADJUnTA DA CAPiTAl MARIA DE NAZARÉ SALES VICENTIM SECRETáRiA ExECUTivA ADJUnTA Do inTERioR OCEANIA RODRIGUES DUTRA DEPARTAmEnTo DE PlAnEJAmEnTo E gESTão finAnCEiRA DiREToRA MARIA NEBLINA MARÃES gERÊnCiA DE AvAliAção E DESEmPEnHo gEREnTE JANE BETE NUNES RODRIGUES EQUiPE TéCniCA SHIRLENE NORONHA GUIMARÃES - ESTATíSTiCo ANA PAULA GOMES TAVARES - mATEmáTiCA CLAUDIA MARIA PEREIRA DA COSTA - PEDAgogA / PSiCólogA JOABE ARAÚJO DA SILVA - CiÊnCiAS DA ComPUTAção JANDER FREITAS DA SILVA - mATEmáTiCA ESTAgiáRio MARCOS AUGUSTO DE SOUZA PINTO - CiÊnCiAS DA ComPUTAção Rossieli Soares da Silva, Secretário de Estado de Educação do Amazonas AmigoS EDUCADoRES, Com grata satisfação podemos dizer que o Amazonas tem avançado a passos largos em direção à qualidade do ensino. o retrospecto de nossa rede frente às crescentes demandas educacionais e os resultados tangíveis obtidos por nossas escolas no cenário nacional indicam que nosso projeto de educação é promissor e revela-se um modelo eficaz a ser seguido. Somados ao comprometimento de nossos professores e demais educadores, são vários os projetos que acreditamos estar impulsionando o Amazonas a patamares de referência no cenário nacional. Dentre estes projetos estão, sem dúvida, os mecanismos institucionais de avaliação que permitem o diagnóstico constante de nossas ações com vistas a melhorias. o Sistema de Avaliação do Desempenho Educacional do Amazonas (SADEAm), criado em 2008 pelo governo do Estado, via Secretaria de Estado de Educação (SEDUC), é um destes imprescindíveis mecanismos que estão corroborando com a qualidade do ensino local e impulsionando nossa rede pública a buscar resultados cada vez mais satisfatórios, favorecendo o desenvolvimento pleno do alunado amazonense, razão de nossas ações. Solidificando-se a cada ano, na última edição (2012) o SADEAm foi aplicado em todos os 62 municípios do Amazonas, abrangendo um total de 201.258 estudantes do 3º, 5º, 7º e 9º anos do ensino fundamental, 1ª e 3ª séries do Ensino médio, Anos iniciais, finais do Ensino fundamental EJA e Ensino médio EJA e ainda uma amostra na rede municipal em todos os municípios. A amplitude da última edição é notada com mais propriedade ao observarmos que, no primeiro ano de sua aplicação (2008), o SADEAm avaliou 81.469, menos de 41% do atual contingente de participantes. Além de ser, como já citamos, um instrumento de diagnóstico, os dados apontados pelo SADEAm revelamse também uma ferramenta eficaz e útil aos que, no cotidiano do ofício pedagógico e do magistério, estão focados no aprimoramento diário de suas ações. Parabenizando a vocês, educadores, pelos significativos resultados nunca antes constatados em nossa rede pública, aproveitamos a oportunidade em que divulgamos os dados atualizados de nossa avaliação institucional para renovarmos o compromisso em prol do ensino de qualidade, pois somos capazes de, juntos, alcançarmos resultados ainda maiores. E vamos alcançá-los! 1. avaliação: o ensino-aprendizagem como desafio página 10 sumário 2. interpretação de resultados e análises pedagógicas página 16 3. OS RESULTADOS DESTA ESCOLA página 61 EXPERIÊNCIA EM FOCO página 72 4. desenvolvimento de habilidades página 63 1 avaliação: o ensino-aprendizagem como desafio Caro(a) Educador(a), a Revista Pedagógica apresenta os fundamentos, a metodologia e os resultados da avaliação, com o objetivo de suscitar discussões para que as informações disponibilizadas possam ser debatidas e utilizadas no trabalho pedagógico. Um importante movimento em busca da qualidade da educação vem ganhando sustentação em paralelo às avaliações tradicionais: as avaliações externas, que são geralmente em larga escala e possuem objetivos e procedimentos diferenciados daquelas realizadas pelos professores nas salas de aula. Essas avaliações são, em geral, organizadas a partir de um sistema de avaliação cognitiva dos alunos e aplicadas, de forma padronizada, a um grande número de pessoas. Os resultados aferidos pela aplicação de testes padronizados têm como objetivo subsidiar medidas que visem ao progresso do sistema de ensino e atendam a dois propósitos principais: prestar contas à sociedade sobre a eficácia dos serviços educacionais oferecidos à população e implementar ações que promovam a equidade e a qualidade da educação. A avaliação em larga escala deve ser concebida como instrumento capaz de oferecer condições para o desenvolvimento dos alunos e só tem sentido quando é utilizada, na sala de aula, como uma ferramenta do professor para fazer com que os alunos avancem. O uso dessa avaliação de acordo com esse princípio demanda o 10 seguinte raciocínio: por meio dos dados levantados, é possível que o professor obtenha uma medida da aprendizagem de seus alunos, contrapondo tais resultados àqueles alcançados no estado e até mesmo à sua própria avaliação em sala de aula. Verificar essas informações e compará-las amplia a visão do professor quanto ao seu aluno, identificando aspectos que, no dia a dia, possam ter passado despercebidos. Desta forma, os resultados da avaliação devem ser interpretados em um contexto específico, servindo para a reorientação do processo de ensino, confirmando quais as práticas bem-sucedidas em sala de aula e fazendo com que os docentes repensem suas ações e estratégias para enfrentar as dificuldades de aprendizagem detectadas. A articulação dessas informações possibilita consolidar a ideia de que os resultados de desempenho dos alunos, mesmo quando abaixo do esperado, sempre constituem uma oportunidade para o aprimoramento do trabalho docente, representando um desafio a ser superado em prol da qualidade e da equidade na educação. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 11 o SADEAm o Sistema de Avaliação do desempenho Educacional do Amazonas foi criado em 2008 e tem seguido o propósito de fomentar mudanças em busca de uma educação de qualidade. Em 2012, os alunos das escolas estaduais do Amazonas foram avaliados no 3º, 5º, 7º, 9º anos e EJA (anos iniciais e anos finais) do Ensino fundamental em língua Portuguesa e Matemática. Já no Ensino Médio Regular e EJA, além dessas duas disciplinas, foram avaliados em ciências da Natureza, ciências humanas e em Produção de texto. Na linha do tempo a seguir, pode-se verificar a trajetória do Sadeam e, ainda, perceber como tem se consolidado diante das informações que apresenta sobre o desempenho dos alunos. TRAJETóRiA Estadual Estadual 2008 2009 81.469 57.192 alunos avaliados* alunos avaliados* língua Portuguesa e Matemática - 5º e 9º anos do Ensino fundamental todas as disciplinas - 3ª série do Ensino Médio (Regular e EJA). língua Portuguesa, Produção de texto, Matemática, ciências humanas (geografia, história, filosofia e Sociologia) e ciências da Natureza (biologia, física e Química) - 3ª série do Ensino Médio (Regular e EJA). (*) O número de alunos avaliados é referente à disciplina de Língua Portuguesa. 12 Estadual Estadual Estadual e Municipal 2010 2011 2012 151.673 91.623 201.258 alunos avaliados* alunos avaliados* alunos avaliados* língua Portuguesa e Matemática - 5º e 9º anos do Ensino fundamental (Regular e EJA) língua Portuguesa e Matemática - 3º e 7º anos do Ensino fundamental, Anos Iniciais EJA, Anos finais EJA língua Portuguesa, Produção de texto, Matemática, ciências humanas (geografia, história, filosofia e Sociologia) e ciências da Natureza (biologia, física e Química) - 3ª série do Ensino Médio (Regular e EJA). língua Portuguesa, Produção de texto, Matemática, ciências humanas (geografia, história, filosofia e Sociologia) e ciências da Natureza (biologia, física e Química) 1ª e 3ª séries do Ensino Médio e Ensino Médio EJA língua Portuguesa e Matemática - 3º, 5º, 7º e 9º anos do Ensino fundamental, Anos Iniciais EJA e Anos finais EJA língua Portuguesa, Produção de texto, Matemática, ciências humanas (geografia, história, filosofia e Sociologia) e ciências da Natureza (biologia, física e Química) 1ª e 3ª séries do Ensino Médio e Ensino Médio EJA Sadeam 2012 Revista Pedagógica 13 A AVALIAÇÃO EDUCACIONAL EM LARGA ESCALA O diagrama a seguir apresenta, passo a passo, a lógica do sistema de avaliação de forma sintética, indicando as páginas onde podem ser buscados maiores detalhes sobre os conceitos apresentados. A educação apresenta um grande desafio: ensinar com qualidade e de forma equânime, respeitando a individualidade e a diversidade. A avaliação em larga escala surge como um importante instrumento para reflexão sobre como melhorar o ensino. Para realizar a avaliação, é necessário definir o conteúdo a ser avaliado. Isso é feito por especialistas, com base em um recorte do currículo e nas especialidades educacionais. Esse recorte se traduz em habilidades consideradas essenciais que formam a Matriz de Referência para avaliação. (Matriz de Referência) Página 18 Para ter acesso a toda a Coleção e a outras informações sobre a avaliação e seus resultados, acesse o site www.sadeam.caedufjf.net. 14 (Composição dos cadernos) Página 22 Através de uma metodologia especializada, é possível obter resultados precisos, não sendo necessário que os alunos realizem testes extensos. As habilidades avaliadas são ordenadas de acordo com a complexidade em uma escala nacional, a qual permite verificar o desenvolvimento dos alunos. (Padrões de Desempenho) Página 32 Com base nos objetivos e nas metas de aprendizagem estabelecidas, são definidos os Padrões de Desempenho. A análise dos itens que compõem os testes elucida as habilidades desenvolvidas pelos alunos que estão em determinado Padrão de Desempenho. (Intervalos da Escala de Proficiência) Página 23 As informações disponíveis nesta Revista devem ser interpretadas e usadas como instrumento pedagógico. (Experiência em foco) Página 72 (Itens) Página 36 Os resultados da avaliação oferecem um diagnóstico do ensino e servem de subsídio para a melhoria da qualidade da educação. (Resultados desta Escola) Página 61 Sadeam 2012 Revista Pedagógica 15 2 interpretação de resultados e análises pedagógicas Esta seção traz os fundamentos da metodologia de avaliação externa do Sadeam 2012, a Matriz de Referência e a Teoria de Resposta ao Item (TRI). MATRIZ DE REFERÊNCIA Para realizar uma avaliação, é necessário definir o Diante conteúdo que se deseja avaliar. Em uma avaliação em nosso país, as orientações curriculares em larga escala, essa definição é dada pela do construção de uma MATRIZ DE REFERÊNCIA, características próprias, como concepções e que é um recorte do currículo e apresenta as objetivos educacionais compartilhados. Desta habilidades definidas para serem avaliadas. No forma, o estado visa a desenvolver o processo de Brasil, os Parâmetros Curriculares Nacionais ensino-aprendizagem em seu sistema educacional (PCN) para o Ensino Fundamental e para o Ensino com qualidade, atendendo às particularidades de Médio, publicados, respectivamente, em 1997 e seus alunos. Pensando nisso, foi criada uma Matriz em 2000, visam à garantia de que todos tenham, de Referência específica para a realização da mesmo em lugares e condições diferentes, acesso avaliação em larga escala do Sadeam. da autonomia Amazonas garantida apresentam legalmente conteúdos com a conhecimentos considerados essenciais para o 16 exercício da cidadania. Cada estado, município e A Matriz de Referência tem, entre seus fundamentos, escola tem autonomia para elaborar seu próprio os conceitos de competência e habilidade. A currículo, desde que atenda a essa premissa. COMPETÊNCIA corresponde a um grupo de habilidades que operam em conjunto para a obtenção de escolaridade avaliado e por serem passíveis de um resultado, sendo cada HABILIDADE entendida de medição por meio de testes padronizados como um “saber fazer”. de desempenho, compostos, na maioria das vezes, apenas por itens de múltipla escolha. Há, Por exemplo, para adquirir a carteira de motorista também, outras habilidades necessárias ao pleno para dirigir automóveis é preciso demonstrar desenvolvimento do aluno que não se encontram na competência na prova escrita e competência na Matriz de Referência por não serem compatíveis com prova prática específica, sendo que cada uma o modelo de teste adotado. No exemplo acima, pode- delas requer uma série de habilidades. se perceber que a competência na prova escrita para habilitação de motorista inclui mais habilidades A competência na prova escrita demanda algumas habilidades, como: interpretação de que podem ser medidas em testes padronizados do que aquelas da prova prática. texto, reconhecimento de sinais de trânsito, memorização, raciocínio lógico para perceber A avaliação em larga escala pretende obter quais regras de trânsito se aplicam a uma informações gerais, importantes para se pensar a determinada situação etc. qualidade da educação, porém, ela só será uma ferramenta para esse fim se utilizada de maneira A competência na prova prática específica, por coerente, agregando novas informações às já obtidas sua vez, requer outras habilidades: visão espacial, por professores e gestores nas devidas instâncias leitura dos sinais de trânsito na rua, compreensão educacionais, em consonância com a realidade local. do funcionamento de comandos de interação com o veículo, tais como os pedais de freio e de CARTEIRA DE O HABILITAÇÃ acelerador etc. É importante ressaltar que a Matriz de Referência não abarca todo o currículo; portanto, não deve ser confundida com ele nem utilizada como ferramenta para a definição do conteúdo a ser ensinado em sala de aula. As habilidades selecionadas para AUTO ESCOLA a composição dos testes são escolhidas por serem consideradas essenciais para o período Sadeam 2012 Revista Pedagógica 17 MATRIZ DE REFERÊNCIA DE Matemática Ensino Médio Regular e EJA Elementos que compõem a Matriz Matriz de Referência - SADEAM - Matemática - 1ª série eM regular TEMA TEMA/ TÓPICO/ DOMÍNIO Agrupam por afinidade um conjunto de habilidades indicadas pelos descritores. I -Espaço e Forma II -GRANDEZAS E MEDIDAS III -NÚMEROS E OPERAÇÕES/ ÁLGEBRA E FUNÇÕES DESCRITOR HABILIDADE D1 Resolver problemas que envolvam a localização de pontos no plano cartesiano. D2 Reconhecer o seno, o cosseno e a tangente como razões entre os lados de um triângulo retângulo. D3 Resolver problemas envolvendo a lei dos senos e dos cossenos. D4 Relacionar figuras tridimensionais às suas planificações D5 Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações. D6 Utilizar relações e /ou razões trigonométricas do triângulo retângulo para resolver problemas. D7 Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas. D8 Resolver problemas utilizando as propriedades dos polígonos ( soma dos ângulos internos, números de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares) D9 Resolver problema utilizando relações entre diferentes unidades de medida. D10 Resolver problemas envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas. D11 Resolver problema envolvendo o cálculo de áreas de figuras planas. D12 Resolver problema envolvendo noção de volume. D13 Reconhecer números reais representados em diferentes contextos. D14 Reconhecer intervalos de crescimento/decrescimento, ponto(s) de máximo/mínimo, e/ou zeros de funções reais representadas em um gráfico. D15 Identificar a representação algébrica ou gráfica que modela uma situação descrita em um texto. D16 D17 D18 Resolver problemas com números reais, envolvendo os diferentes significados das operações (adição, subtração, multipliação, divisão e potenciação) Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função do 1⁰ grau, conhecendo alguns de seus elementos. Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função do 2⁰ grau, conhecendo alguns de seus elementos. Descritores D19 Associar o gráfico de uma função exponencial à sua representação algébrica ou vice-versa. D20 Resolver problemas que envolvam porcentagem. Os descritores associam o conteúdo curricular a operações cognitivas, indicando as habilidades que serão avaliadas por meio de um item. (M090202B1) Para confeccionar 1 000 mL de refrigerante no sabor laranja, a Indústria Refrigerante Colorido utiliza as quantidades de ingredientes como mostra o gráfico abaixo. item 100 Para fabricar 3 000 mL de refrigerante sabor laranja, as quantidades, em mL, utilizadas de suco natural, água e corante são, respectivamente, A) 1 350, 1 050 e 600. B) 900, 700 e 400. C) 600, 1 050 e 1 350. D) 400, 700 e 900. 18 O item é uma questão utilizada nos testes de uma avaliação em larga escala e se caracteriza por avaliar uma única habilidade indicada por um descritor da Matriz de Referência. Matriz de Referência - SADEAM - Matemática - 1ª série eM regular TEMA I -Espaço e Forma II -GRANDEZAS E MEDIDAS DESCRITOR D1 Resolver problemas que envolvam a localização de pontos no plano cartesiano. D2 Reconhecer o seno, o cosseno e a tangente como razões entre os lados de um triângulo retângulo. D3 Resolver problemas envolvendo a lei dos senos e dos cossenos. D4 Relacionar figuras tridimensionais às suas planificações D5 Reconhecer círculo/circunferência, seus elementos e algumas de suas relações. D6 Utilizar relações e /ou razões trigonométricas do triângulo retângulo para resolver problemas. D7 Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas. D8 Resolver problemas utilizando as propriedades dos polígonos ( soma dos ângulos internos, números de diagonais, cálculo da medida de cada ângulo interno nos polígonos regulares) D9 Resolver problema utilizando relações entre diferentes unidades de medida. D10 Resolver problemas envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas. D11 Resolver problema envolvendo o cálculo de áreas de figuras planas. D12 Resolver problema envolvendo noção de volume. D13 Reconhecer números reais representados em diferentes contextos. D14 Reconhecer intervalos de crescimento/decrescimento, ponto(s) de máximo/mínimo, e/ou zeros de funções reais representadas em um gráfico. D15 Identificar a representação algébrica ou gráfica que modela uma situação descrita em um texto. D16 D17 D18 III -NÚMEROS E OPERAÇÕES/ ÁLGEBRA E FUNÇÕES Resolver problemas com números reais, envolvendo os diferentes significados das operações (adição, subtração, multipliação, divisão e potenciação) Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função do 1⁰ grau, conhecendo alguns de seus elementos. Identificar a representação algébrica e/ou gráfica de uma função do 2⁰ grau, conhecendo alguns de seus elementos. D19 Associar o gráfico de uma função exponencial à sua representação algébrica ou vice-versa. D20 Resolver problemas que envolvam porcentagem. D21 Resolver problemas que envolvam variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas. D22 Determinar a solução de um sistema de equações do 1⁰ grau. D23 Resolver problemas que envolvam função do 1º grau D24 Resolver problemas reconhecendo a progressão aritmética como uma função do 1º grau definida no conjunto dos números inteiros positivos. D25 Resolver problemas que envolvam função do 2º grau. D26 Resolver problemas envolvendo função exponencial. D27 Associar o gráfico de uma função logaritmica à sua representação algébrica ou vice-versa. D28 Resolver problemas envolvendo função logaritmica. D29 Resolver problemas que envolvam progressões aritméticas ou geométricas. D30 IV- TRATAMENTO DA INFORMAÇÃO HABILIDADE D31 Determinar no ciclo trigonométrico os valores de seno, cosseno e tangente de um arco no intervalo (0, 2π) Resolver problemas envolvendo interpretação de informações apresentadas em tabelas ou diferentes tipos de gráficos. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 19 Matriz de Referência - SADEAM - MATEMÁTICA 3ª série em REGULAR E EJA Espaço e Forma D1 Identificar a planificação de um poliedro ou corpo redondo. D2 Reconhecer triângulos semelhantes usando os critérios de semelhança. D3 Determinar a equação de uma reta no plano cartesiano. D4 Utilizar relações métricas do triângulo retângulo para resolver problemas. D5 Resolver problemas que envolvam razões trigonométricas no triângulo retângulo (seno, cosseno, tangente). D6 Resolver problemas que envolvam a localização de pontos no plano cartesiano. D7 Calcular o número de faces (ou arestas, ou vértices) de um poliedro, usando a relação de Euler. D8 Resolver problemas que envolvam a distância entre dois pontos do plano cartesiano. GRANDEZAS E MEDIDAS D9 Resolver problemas envolvendo o cálculo de perímetro de figuras planas. D10 Resolver problemas envolvendo medidas de grandezas. D11 Resolver problema envolvendo o cálculo de áreas de figuras planas. D12 Resolver problema envolvendo a área lateral ou total de um sólido. D13 Resolver problemas que envolvam volume de um sólido (Prisma, pirâmide, cilindro, cone, esfera). Números e Operações/Álgebra e Funções D14 Reconhecer números reais representados em diferentes contextos. D15 Reconhecer intervalos de crescimento/decrescimento, ponto(s) de máximo/mínimo, e/ou zeros de funções reais representadas em um gráfico. D16 Identificar a expressão algébrica de 1º e 2º grau que modela uma situação descrita em um texto. D17 Identificar a representação algébrica de uma função do 1º grau, conhecendo alguns de seus elementos. D18 Associar a solução de um sistema de equações lineares com 2 incógnitas à sua representação gráfica. D19 Resolver problemas que envolvam porcentagem. D20 Resolver problemas que envolvam variação proporcional, direta ou inversa, entre grandezas. D21 Resolver problemas que envolvam progressões aritméticas ou geométricas. D22 Resolver problemas que envolvam função do 1º grau. D23 Resolver problemas reconhecendo a progressão aritmética como uma função do 1º grau definida no conjunto dos números inteiros positivos. D24 Resolver problemas envolvendo função do 2º grau. D25 Resolver problemas envolvendo função exponencial. D26 Resolver problemas de contagem utilizando o princípio multiplicativo ou noções de permutação simples, arranjo simples e/ou combinações simples. D27 Resolver problemas que envolvam sistemas de equações lineares. D28 Relacionar as raízes de um polinômio com sua decomposição em fatores do primeiro grau. D29 Resolver problemas envolvendo o cálculo de probabilidade. Tratamento da Informação 20 D30 Determinar medidas de tendência central (média, moda, mediana) em uma distribuição amostral. D31 Resolver problemas envolvendo interpretação de informações apresentadas em tabelas ou gráficos. D32 Resolver problemas que envolvam a noção de média aritmética. TEORIA DE RESPOSTA AO ITEM (TRI) A Teoria de Resposta ao Item (TRI) é, em termos gerais, uma forma de analisar e avaliar os resultados obtidos pelos alunos nos testes, levando em consideração as habilidades demonstradas e os graus de dificuldade dos itens, permitindo a comparação entre testes realizados em diferentes anos. Ao realizarem os testes, os alunos obtêm um determinado nível de desempenho nas habilidades testadas. Esse nível de desempenho denomina-se PROFICIÊNCIA. A TRI é uma forma de calcular a proficiência alcançada, com base em um modelo estatístico capaz de determinar um valor diferenciado para cada item que o aluno respondeu em um teste padronizado de múltipla escolha. Essa teoria leva em conta três parâmetros: • Parâmetro "A" A capacidade de um item de discriminar, entre os alunos avaliados, aqueles que desenvolveram as habilidades avaliadas daqueles que não as desenvolveram. • Parâmetro "B" O grau de dificuldade dos itens: fáceis, médios ou difíceis. Os itens estão distribuídos de forma equânime entre os diferentes cadernos de testes, possibilitando a criação de diversos cadernos com o mesmo grau de dificuldade. • Parâmetro "C" A análise das respostas do aluno para verificar aleatoriedade nas respostas: se for constatado que ele errou muitos itens de baixo grau de dificuldade e acertou outros de grau elevado – o que é estatisticamente improvável, o modelo deduz que ele respondeu aleatoriamente às questões. O Sadeam utiliza a TRI para o cálculo de acerto do aluno. No final, a proficiência não depende apenas do valor absoluto de acertos, depende também da dificuldade e da capacidade de discriminação das questões que o aluno acertou e/ou errou. O valor absoluto de acertos permitiria, em tese, que um aluno que respondeu aleatoriamente tivesse o mesmo resultado que outro que tenha respondido com base em suas habilidades. O modelo da TRI evita essa situação e gera um balanceamento de graus de dificuldade entre as questões que compõem os diferentes cadernos e as habilidades avaliadas em relação ao contexto escolar. Esse balanceamento permite a comparação dos resultados dos alunos ao longo do tempo e entre diferentes escolas. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 21 COMPOSIÇÃO DOS CADERNOS PARA A AVALIAÇÃO = 1 item No Ensino Médio Regular e EJA em Língua Portuguesa e Matemática, são 90 itens, divididos em 9 blocos, com 10 itens cada. iiiiiiii iiiiiiii i i i i ii iii i i i i i i iiiii i i i i i iiiii iii iiiiii i i i ii iiiii iiiii iiiii i iii iiiiii Língua Portuguesa iiii i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iiiiii iiiiii i i i i i iiii iiii ii iiii i i iiiiiiiii iiiii iiii iiiiiiii ii iiii iiiii iiiii i i i ii iiiii Matemática iiii i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i i iiiiiiiiii iiiiiiiiiii CADERNO iiiiiiiiii iiiiiiiiiii 4 blocos formam um caderno, totalizando 40 itens, sendo 20 itens de Língua Portuguesa e 20 itens de Matemática. 22 Ao todo, são 36 modelos diferentes de cadernos. INTERVALOS DA ESCALA DE PROFICIÊNCIA Detalhamento das habilidades presentes nos níveis de proficiência até 300 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Resolver problemas de cálculo de área com base na contagem das unidades de uma malha quadriculada. • Localizar objeto em um referencial de malha quadriculada a partir de suas coordenadas. • Resolver problema com números naturais de até dois algarismos, envolvendo diferentes significados da adição. De 300 a 350 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Calcular adição com números naturais de três algarismos, com reserva. • Reconhecer a decomposição de um número considerando o seu valor posicional na base decimal. • Reconhecer o valor posicional dos algarismos em números naturais. • Localizar números naturais (informados) na reta numérica. • Ler informações em tabela de coluna única. • Identificar quadriláteros. De 350 a 400 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Identificar a localização de um número natural representado por um ponto especificado da reta numérica graduada em intervalos unitários. • Identificar figuras planas a partir de sua imagem pelos lados e pelo ângulo reto. • Identificar a forma ampliada de uma figura simples em uma malha quadriculada. • Calcular o resultado de uma subtração com números de até quatro algarismos, com reserva. • Reconhecer composição e decomposição de números naturais em dezenas e unidades, considerando o seu valor posicional na base decimal. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 23 • Efetuar multiplicação com reserva, tendo por multiplicador um número com um algarismo. • Ler informações em tabelas de dupla entrada. • Resolver problemas: relacionando diferentes unidades de uma mesma medida para cálculo de intervalos (dias e semanas, horas e minutos) e de comprimento (m e cm); e envolvendo soma de números naturais ou racionais na forma decimal, constituídos pelo mesmo número de casas decimais e por até três algarismos. • Interpretar um gráfico de colunas, por meio da leitura de valores do eixo vertical. • Reconhecer a planificação de um cone e de um cubo a partir de sua imagem. De 400 a 450 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Identificar localização ou movimentação de objetos em representações gráficas, com base em referencial diferente da própria posição. • Interpretar dados num gráfico de colunas por meio da leitura de valores no eixo vertical. • Estabelecer relações entre medidas de tempo (horas, dias, semanas) e efetuar cálculos utilizando as operações a partir delas. • Calcular resultado de subtrações mais complexas com números naturais de quatro algarismos e com reserva. • Efetuar multiplicações com números de dois algarismos e divisões exatas por números de um algarismo. • Diferenciar, entre os diversos sólidos, os que têm superfícies arredondadas. • Reconhecer o princípio do valor posicional do sistema de numeração decimal. • Decompor um número natural em suas ordens e vice-versa. • Resolver problemas simples envolvendo as operações, usando dados apresentados em gráficos ou tabelas, inclusive com duas entradas. • Resolver problema de subtração de números racionais escritos na forma decimal com o mesmo número de casas decimais. • Identificar gráfico (barra/coluna) correspondente a uma tabela e vice-versa. • Localizar um ponto no plano cartesiano a partir de suas coordenadas apresentadas através de um par ordenado. • Identificar o gráfico de setor correspondente a uma tabela e vice-versa. 24 De 450 a 500 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Reconhecer a lei de formação de uma sequência de números naturais, com auxílio de representação na reta numérica. • Identificar os lados e, conhecendo suas medidas, calcular a extensão do contorno de uma figura poligonal dada em uma malha quadriculada. • Identificar propriedades comuns e diferenças entre sólidos geométricos (número de faces). • Resolver uma divisão exata por número de até dois algarismos e uma multiplicação cujos fatores são números de até dois algarismos. • Localizar informações em gráficos de colunas duplas. • Resolver problemas que envolvem a interpretação de dados apresentados em gráficos de barras ou em tabelas. • Ler gráficos de setores. • Identificar o número natural que é representado por um ponto especificado da reta numérica graduada em intervalos. • Identificar figuras planas, dentre um conjunto de polígonos, pelo número de lados. • Identificar quadriláteros pelas características de seus lados e ângulos. • Calcular o perímetro de figuras sem o apoio de malhas quadriculadas. • Identificar gráfico de colunas que corresponde a uma tabela com números positivos e negativos. • Localizar dados em tabelas de múltiplas entradas. De 500 a 550 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Calcular expressão numérica (soma e subtração), envolvendo o uso de parênteses e colchetes. • Calcular o resultado de uma divisão por um número de dois algarismos, inclusive com o resto. • Identificar algumas características de quadriláteros relativas aos lados e ângulos. • Identificar planificações de um cubo e de um cilindro dada em situação contextualizada (lata de óleo, por exemplo). • Reconhecer alguns polígonos (triângulos, quadriláteros, pentágonos e hexágonos) e círculos. • Reconhecer que a medida do perímetro de um polígono, em uma malha quadriculada, dobra ou se reduz à metade, quando os lados dobram ou são reduzidos à metade. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 25 • Calcular porcentagens simples. • Localizar números racionais na forma decimal na reta numérica. • Reconhecer o gráfico de colunas correspondente a dados apresentados de forma textual. • Identificar o gráfico de colunas correspondente a um gráfico de setores. • Resolver problemas de contagem em uma disposição retangular envolvendo mais de uma operação. • Identificar a planificação de um cubo e de um cilindro em situação contextualizada. • Reconhecer e efetuar cálculos com ângulos retos e não retos. • Localizar números inteiros e números racionais, positivos e negativos, na forma decimal, na reta numérica. • Resolver problemas: »» realizando cálculo de conversão de medidas: de tempo (horas/ minutos e dias/anos), de temperatura (identificando sua representação numérica na forma decimal), comprimento (m/km) e de capacidade (mL/L); »» de soma, envolvendo combinações, e de multiplicação, envolvendo configuração retangular em situações contextualizadas. De 550 a 600 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Identificar as posições dos lados de quadriláteros (paralelismo). • Identificar poliedros e corpos redondos, relacionando-os às suas planificações. • Resolver problemas que envolvem proporcionalidade requerendo mais de uma operação. • Reconhecer diferentes planificações de um cubo. • Calcular a medida do contorno (ou perímetro) de uma figura geométrica irregular formada por quadrados justapostos desenhada em uma malha quadriculada. • Localizar pontos no plano cartesiano. • Identificar as coordenadas de pontos plotados no plano cartesiano. • Identificar equações e sistemas de equações de primeiro grau que permitem resolver problemas. • Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica simples. • Reconhecer o gráfico de linhas correspondente a uma sequência de valores ao longo do tempo (com valores positivos e negativos). 26 • Calcular o valor numérico de uma expressão algébrica, incluindo potenciação. • Identificar a localização aproximada de números inteiros não ordenados em uma reta cuja escala não é unitária. • Solucionar problemas de cálculo de área com base em informações sobre os ângulos de uma figura. • Resolver problemas envolvendo o cálculo de uma porcentagem de uma quantidade inteira. • Identificar as raízes de uma função real através do gráfico dessa função. • Resolver problemas: »» estimando medidas de grandezas, utilizando unidades convencionais (L); »» simples de contagem, envolvendo o princípio multiplicativo; »» utilizando o conceito de progressão aritmética (P.A.), calculam uma probabilidade simples. De 600 a 650 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Realizar conversão e soma de medidas de comprimento e massa (m/km e g/kg). • Identificar elementos de figuras tridimensionais. • Calcular o volume de sólidos a partir da medida de suas arestas. • Ordenar e comparar números inteiros negativos e localizar números decimais negativos com o apoio da reta numérica. • Identificar a equação do primeiro grau adequada para a solução de um problema. • Solucionar problemas: »» envolvendo propriedades dos polígonos regulares inscritos (hexágono), para calcular o seu perímetro; »» envolvendo porcentagens diversas e suas representações na forma decimal; »» envolvendo o cálculo de grandezas diretamente proporcionais e a soma de números inteiros. • Identificar crescimento e decrescimento em um gráfico de função. • Calcular o resultado de uma divisão em partes proporcionais e conseguem identificar o termo seguinte em uma sequência dada (P.G.). • Resolver problema envolvendo o cálculo de volume de um sólido geométrico. • Resolver problema envolvendo o cálculo de um valor assumido por uma função afim. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 27 De 650 a 700 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Calcular a ampliação, a redução ou a conservação da medida (informada inicialmente) de ângulos, lados e área de figuras planas. • Localizar pontos em um referencial cartesiano. • Resolver problemas: »» envolvendo o teorema sobre a soma dos ângulos internos de um triângulo. »» envolvendo variação proporcional entre mais de duas grandezas. »» envolvendo porcentagens diversas e suas representações na forma fracionária (incluindo noção de juros simples e lucro). »» de adição e multiplicação, envolvendo a identificação de um sistema de equações do primeiro grau com duas variáveis. Além disso, eles conseguem: • Classificar ângulos em agudos, retos ou obtusos de acordo com suas medidas em graus. • Realizar operações e estabelecer relações utilizando os elementos de um círculo ou circunferência (raio, diâmetro, corda). • Identificar a inequação do primeiro grau adequada para a solução de um problema. • Calcular expressões numéricas com números inteiros e decimais positivos e negativos. • Solucionar problemas em que a razão de semelhança entre polígonos é dada, por exemplo, em representações gráficas envolvendo o uso de escalas. • ler informações fornecidas em gráficos envolvendo regiões do plano cartesiano. • Analisar gráficos de colunas representando diversas variáveis, comparando seu crescimento. • Resolver problema contextualizado cuja modelagem recai em uma equação do primeiro grau. • Calcular a medida do perímetro de um polígono formado pela justaposição de figuras geométricas. • Identificar as coordenadas de três pontos, plotados no plano cartesiano, sendo dois deles pertencentes a eixos coordenados. Neste nível, os alunos também: • Calculam o valor numérico de uma função e conseguem identificar uma função do 1° grau apresentada em uma situação-problema; identificar o gráfico de uma reta, dada sua equação; calcular a probabilidade de um evento em um problema simples. • Resolvem problema envolvendo o cálculo da posição de um termo em uma progressão aritmética. 28 De 700 a 750 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Resolver problemas envolvendo ângulos, inclusive utilizando a lei angular de Tales e aplicando o teorema de Pitágoras. • Identificar propriedades comuns e diferenças entre figuras bidimensionais e tridimensionais, relacionando as últimas às suas planificações. • Identificar o sólido que corresponde a uma planificação dada; • Reconhecer a proporcionalidade entre comprimentos em figuras relacionadas por ampliação ou redução. • Calcular volume de paralelepípedo. • Calcular o perímetro de polígonos sem o apoio de malhas quadriculadas. • Calcular ângulos centrais em uma circunferência dividida em partes iguais. • Calcular o resultado de expressões envolvendo, além das quatro operações, números decimais (positivos e negativos, potências e raízes exatas). • Efetuar cálculos de divisão com números racionais (forma fracionária e decimal, simultaneamente). • Calcular expressões com numerais na forma decimal com quantidades de casas diferentes. • Obter a média aritmética de um conjunto de valores. • Analisar um gráfico de linhas com sequência de valores. • Determinar a razão de semelhança entre dois triângulos, com apoio das figuras. • Determinar as coordenadas de um ponto de intersecção de duas retas. • Resolver uma equação exponencial por fatoração de um dos membros. • Identificar os zeros de uma função quadrática através do gráfico dessa função. • Resolver problemas: »» utilizando propriedades dos polígonos (número de diagonais, soma de ângulos internos, valor de cada ângulo interno ou externo), inclusive por meio de equação do 1º grau; »» envolvendo o cálculo da área lateral de um prisma triangular; »» envolvendo a conversão de metro quadrado em litro; »» que recaem em equação do 2º grau; »» de juros simples; »» usando sistema de equações do primeiro grau. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 29 De 750 a 800 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Calcular o número de diagonais de um polígono. • Resolver problemas utilizando propriedades de triângulos e quadriláteros. • Utilizar propriedades de polígonos regulares. • Calcular a área de figuras simples (triângulo, paralelogramo, retângulo, trapézio). • Aplicar as propriedades da semelhança de triângulos na resolução de problemas. • Reconhecer que a área de um retângulo quadruplica quando seus lados dobram. • Resolver problemas envolvendo círculos concêntricos. • Resolver problemas com números inteiros positivos e negativos não explícitos com sinais. • Localizar frações na reta numérica. • Resolver problemas envolvendo relações métricas no triângulo retângulo. • Identificar a forma fatorada de um polinômio do segundo grau. Eles ainda: • Usam as razões trigonométricas para resolver problemas simples. • Conhecem e utilizam a nomenclatura do plano cartesiano (abscissa, ordenada, quadrantes) e conseguem encontrar o ponto de interseção de duas retas. • Identificam a função linear ou afim que traduz a relação entre os dados em uma tabela. • Resolvem problemas envolvendo funções afins e resolvem uma equação do 1° grau que requer manipulação algébrica. • Resolvem expressões envolvendo módulo. • Resolvem equações exponenciais simples. • Identificam no gráfico de uma função, intervalos em que os valores são positivos ou negativos e os pontos de máximo ou mínimo. • Reconhecem o grau de um polinômio, identificam suas raízes na forma fatorada e os fatores do primeiro grau de um polinômio dado. • Distinguem progressões aritméticas de geométricas. • Determinam a solução de um sistema de equações lineares com três incógnitas e três equações. • Identificam a equação reduzida de uma reta a partir de dois de seus pontos. • Resolvem problemas de contagem envolvendo permutação e calculam a probabilidade de um evento, usando o princípio multiplicativo para eventos independentes. 30 acima De 800 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste nível, os alunos do Ensino Médio conseguem: • Reconhecer a proporcionalidade dos elementos lineares de figuras semelhantes. • Aplicar o teorema de Pitágoras em figuras espaciais. • R esolver problemas envolvendo o ponto médio de um segmento e calculam a distância de dois pontos no plano cartesiano. • R econhecer a equação de uma reta tanto a partir do conhecimento de dois de seus pontos quanto a partir do seu gráfico. • Determinar o ponto de interseção de uma reta, dada por sua equação, com os eixos. • Calcular a área total de uma pirâmide regular. • Calcular o volume de um cilindro. • Identificar a expressão algébrica que está associada à regularidade observada em uma sequência de figuras. • R econhecer que o produto de dois números entre 0 e 1 é menor que cada um deles (interpretam o comportamento de operações com números reais na reta numérica). • Aplicar proporcionalidade inversa. • A ssociar o sinal do coeficiente angular ao crescimento/decrescimento de uma função afim e interpretam geometricamente o coeficiente linear. • A ssociar as representações algébrica e geométrica de um sistema de equações lineares e o resolvem. • Utilizar a definição de P.A. e P.G. para resolver um problema. • R econhecer uma função exponencial dado o seu gráfico e vice-versa e aplicam a definição de logaritmo. • Distinguir funções exponenciais crescentes e decrescentes. • Resolver problemas simples envolvendo funções exponenciais. • Reconhecer gráficos de funções trigonométricas (sen, cos) e o sistema associado a uma matriz. • R esolver problemas de contagem mais sofisticados, usando o princípio multiplicativo e combinações simples. • Calcular as raízes de uma equação polinomial fatorada como o produto de um polinômio de 1º grau por outro de 2º grau. • Identificar a representação algébrica de uma função do 1º grau, dado o coeficiente linear e a imagem de um ponto. • Determinar a mediana de uma distribuição amostral simples. • Utilizar a relação de Euler para determinar o número de faces vértices e arestas. • Identificar a representação algébrica de uma função do 1º grau, dado o coeficiente linear e as coordenadas de um ponto da reta. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 31 Abaixo do Básico Básico Proficiente Avançado PADRÕES DE DESEMPENHO ESTUDANTIL Os Padrões de Desempenho são categorias necessárias ao sucesso escolar, evitando, assim, a definidas a partir de cortes numéricos que repetência e a evasão. agrupam os níveis de proficiência, com base nas metas educacionais estabelecidas pelo Sadeam. Por outro lado, estar no Padrão mais elevado Esses cortes dão origem a quatro Padrões indica o caminho para o êxito e a qualidade da de Desempenho – Abaixo do Básico, Básico, aprendizagem dos alunos. Contudo, é preciso Proficiente e Avançado –, os quais apresentam o salientar que mesmo os alunos posicionados no perfil de desempenho dos alunos. Padrão mais elevado precisam de atenção, pois é necessário estimulá-los para que progridam cada Desta forma, alunos que se encontram em um vez mais. Padrão de Desempenho abaixo do esperado para sua etapa de escolaridade precisam ser foco de São apresentados, a seguir, exemplos de itens* ações pedagógicas mais especializadas, de modo característicos de cada Padrão. a garantir o desenvolvimento das habilidades *O percentual de respostas em branco e nulas não foi contemplado na análise. Além disso, as competências e habilidades agrupadas nos Padrões não esgotam tudo aquilo que os alunos desenvolveram e são capazes de fazer, uma vez que as habilidades avaliadas são aquelas consideradas essenciais em cada etapa de escolarização e possíveis de serem avaliadas num teste de múltipla escolha. Cabe aos docentes, através de instrumentos de observação e registro utilizados em sua prática cotidiana, identificarem outras características apresentadas por seus alunos que não são contempladas pelos Padrões. Isso porque, a despeito dos traços comuns a alunos que se encontram em um mesmo intervalo de proficiência, existem diferenças individuais que precisam ser consideradas para a reorientação da prática pedagógica. 32 Abaixo do Básico 1ª Série do Ensino Médio até 450 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste Padrão de Desempenho as habilidades matemáticas que se evidenciam são as relativas aos significados dos números nos diversos contextos sociais. Constata-se que neste Padrão esses alunos reconhecem um número maior de figuras bidimensionais, além de identificar a localização e movimentação de objetos em representações do espaço, tomando como referência a própria posição. No campo Grandezas e medidas, esses alunos determinam a medida da área de uma figura poligonal construída sobre uma malha quadriculada, demonstrando também coordenarem as ações de contar, bem como estabelecem relações entre as unidades de medidas de comprimento (metro e centímetro) e entre as unidades de medida de tempo. No campo Numérico, eles demonstram compreender os algoritmos da adição, subtração e multiplicação, além de reconhecer e utilizar características do Sistema de Numeração Decimal, tais como princípio do valor posicional, escrita por extenso de números e sua composição ou decomposição em dezenas e unidades. Eles, também, identificam na reta numérica esses números. Percebemos ainda neste Padrão que os alunos já demonstram conhecimentos básicos relativos à Literacia Estatística. Eles conseguem ler e interpretar informações elementares e explícitas em um gráfico de colunas, por meio da leitura de valores do eixo vertical, além de identificar um determinado gráfico de barras (ou colunas) com a tabela de dados correspondentes e vice-versa. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 33 Básico 1ª Série do Ensino Médio de 450 a 550 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste Padrão de Desempenho, constata-se uma ampliação das habilidades relativas aos quatro campos da Matemática (Geométrico, Medidas, Numérico e Tratamento da informação). No campo Geométrico, esses alunos identificam propriedades comuns e diferenças entre sólidos geométricos (número de faces); identificam a localização ou movimentação de objetos em representações gráficas, situadas em referencial diferente da própria posição; identificam quadriláteros pelas características de seus lados e ângulos; identificam planificações de um cubo e de um cilindro dada em uma situação contextualizada; reconhecem e efetuam cálculos com ângulos retos e não retos, além de associarem uma trajetória representada em um mapa à sua descrição textual e reconhecer alguns polígonos e o círculo. Esses alunos também identificam pontos no plano cartesiano, dado o par ordenado. No que tange os conhecimentos relativos a Grandezas e medidas, os alunos deste Padrão determinam a medida do perímetro de figuras em malhas quadriculadas, mas avançam na direção de calcular essa medida para figuras sem o apoio da malha. Também realizam conversões entre metros e quilômetros; comparam áreas de figuras poligonais em malhas quadriculadas, mas não conseguem determinar a medida da área de uma figura sem 34 o apoio da malha. No trabalho com capacidade, estabelecem relações entre litros e mililitros, mas ainda não conseguem resolver problemas envolvendo a ideia de volume. Em relação à grandeza tempo, esses alunos realizam transformações entre as unidades de medida de tempo (dias, meses, anos); determinam intervalos de tempo e realizam cálculos simples com essas medidas. Neste Padrão os alunos demonstram atribuir significado ao conjunto dos números racionais. Eles compreendem o significado de fração; localizam números racionais na forma decimal na reta numérica; resolvem problemas envolvendo porcentagem e subtração de decimais em diversos contextos sociais, além de demonstrarem uma maior compreensão das ações operatórias envolvendo o algoritmo da divisão e da multiplicação de números naturais de até dois algarismos. Ainda neste Padrão, os alunos localizam dados em tabelas de múltiplas entradas e leem dados em gráficos de setores, demonstrando um ganho neste Padrão em relação ao Padrão anterior. Além disso, com a compreensão da relação existente entre dados e informações, são capazes de resolver problemas que envolvem a interpretação de dados apresentados em gráficos de barra ou em tabelas. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 35 (M090327C2) Para transportar seu bichinho de estimação, Carolina construiu com o seu pai uma casinha conforme o desenho abaixo. A forma que melhor representa a planificação dessa casinha é A) B) C) 36 D) Este item avalia se os alunos sabem "relacionar uma figura espacial dada com sua possível planificação". Este conhecimento envolve A B C D 6,6% 20,7% 18,3% 53,4% a habilidade de visualização (processo mental) e ainda noções relativas aos elementos constituintes da figura dada. Os 53,4% que optaram pela alternativa D (correta), reconheceram a figura como um prisma pentagonal – consideraram as duas bases pentagonais e os cinco retângulos que formam a lateral do prisma. A alternativa A foi procurada por 6,6% dos alunos. Estes consideraram que a figura possui apenas uma base pentagonal e a superfície lateral formada por cinco retângulos. 53+47 percentual de acerto 53,4% Do total de alunos avaliados, 20,7% optaram pela alternativa B, visualizando corretamente a planificação da lateral do prisma, mas errando no posicionamento dos pentágonos da base, não percebendo que ficarão sobrepostos na reconstituição dessa casinha. Apenas 18,3% de alunos optaram pela alternativa C, visualizando corretamente a planificação das bases do prisma, mas errando na planificação lateral, considerando somente quatro retângulos e não cinco. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 37 (M090202B1) Para confeccionar 1 000 mL de refrigerante no sabor laranja, a Indústria Refrigerante Colorido utiliza as quantidades de ingredientes como mostra o gráfico abaixo. 100 Para fabricar 3 000 mL de refrigerante sabor laranja, as quantidades, em mL, utilizadas de suco natural, água e corante são, respectivamente, A) 1 350, 1 050 e 600. B) 900, 700 e 400. C) 600, 1 050 e 1 350. D) 400, 700 e 900. 38 Este item visa avaliar se os alunos possuem a habilidade de "resolver problemas envolvendo dados apresentados por meio de um gráfico A B C D 45,2% 22,2% 19,9% 11,3% de colunas". Os 45,2% que escolheram a letra A, a alternativa correta, possivelmente perceberam que as quantidades dos ingredientes deveriam ser triplicadas, já que o volume de refrigerante também está sendo triplicado, efetuando 450.3 = 1350 mL (suco), 350.3 = 1050 mL (água) e 200.3 = 600 mL (corante). Os alunos que optaram pela alternativa B totalizaram 22,2% do total avaliado. É provável que esses alunos tenham considerado 45+55 percentual de acerto 45,2% erroneamente que a quantidade de refrigerante foi duplicada (ao invés de triplicada), e assim calcularam o dobro todos os ingredientes, efetuando 450.2 = 900 mL (suco), 350.2 = 700 mL (água) e 200.2 = 400 mL (corante). Do total de alunos, 19,9% optaram pela alternativa C. Talvez esses alunos tenham calculado os valores corretamente, mas erraram ao colocar as respostas fora da ordem solicitada no comando do item. A alternativa D foi escolhida por 11,3% dos alunos. É possível que eles tenham confundido e calculado o dobro das quantidades de ingredientes, colocando ainda a resposta fora da ordem solicitada. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 39 Proficiente 1ª Série do Ensino Médio de 550 a 650 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 As habilidades pertinentes ao campo Geométrico aparecem neste Padrão, demonstrando que os alunos identificam elementos de figuras tridimensionais, resolvem problemas envolvendo as propriedades dos polígonos regulares, além de identificarem figuras geométricas por meio das coordenadas cartesianas de seus vértices, apoiadas em representações gráficas. Os alunos demonstram também neste Padrão determinar a medida do perímetro de figuras em malhas quadriculadas com ou sem esse suporte, inclusive com figuras compostas por outras figuras. Também sabem determinar a medida do perímetro do hexágono regular, e estabelecem relações entre metros e quilômetros. Conseguem determinar a medida da área de quadrados e retângulos, mas não de outras figuras planas. Em relação ao conceito de volume, esses alunos conseguem determinar a medida do volume do cubo e do bloco retangular pela contagem de cubos ou pela multiplicação das medidas de suas arestas. Fazem estimativas utilizando o litro como unidade e realizam conversões entre litro e mililitro e também relacionam as unidades de massa: grama e quilograma. Evidencia-se também neste Padrão uma expansão do campo Numérico. Os alunos localizados neste Padrão de Desempenho demonstram compreender o significado de números racionais em situações mais complexas, que exigem deles uma maior abstração em relação a esse conhecimento. Eles resolvem problemas com números racionais envolvendo as operações aritméticas fundamentais, estabelecem relações entre frações próprias e impróprias, além de resolverem problemas envolvendo porcentagem ou o conceito de proporcionalidade. No que tange o conhecimento algébrico, os alunos neste Padrão demonstram calcular o valor numérico de uma expressão algébrica e identificar equações e sistemas de equações de primeiro grau que permite resolver um problema, e ainda, identificam as raízes de uma função real, dado o gráfico dessa função. O ganho desse nível no campo Tratamento da informação consiste basicamente na familiarização com outros tipos de gráficos e não somente os de barras, de colunas ou de setores. O gráfico de linhas passa a ser reconhecido como a forma gráfica mais apropriada para apresentar uma sequência de valores ao longo do tempo. Esses alunos também determinam a moda de uma distribuição amostral simples. 40 (M120030ES) Uma doceira armazenou os doces que fez em uma caixa, dispondo-os em 7 camadas da seguinte maneira: na primeira camada ela colocou 50 doces, na segunda camada colocou 45 doces, na terceira camada 40 doces, e assim por diante. Quantos doces, no total, essa doceira armazenou nessa caixa? A) 490 B) 455 C) 315 D) 245 E) 135 Dados: an = a1 + (n – 1) . r Sn = ( a1 + an) $ n 2 Este item avalia a habilidade de "identificar uma progressão aritmética (PA) no contexto de uma situação-problema" com vistas a calcular a A B C 7% 11,2% 14,3% D E 33,2% 33,6% soma de seus termos, sendo dadas as fórmulas do termo geral e da soma dos n primeiros termos de uma PA. Os alunos que escolheram, acertadamente, a alternativa D (33,2%) resolveram este item calculando o sétimo termo da sequência, através ( ) da fórmula do termo geral a 7= 50 + 6 ⋅ −5 = 20 e, em seguida, = aplicando a fórmula da soma: S 7 50 + 20 ) ⋅ 7 (= 2 245 doces. É possível que os alunos que escolheram a letra A (7%) tenham 33+67 percentual de acerto 33,2% ( ) encontrado o sétimo termo, fazendo a 7= 50 + 6 ⋅ −5 = 20 , e errado ao aplicar a soma de todos os termos de uma PA, fazendo S 7= ( 50 + 20 ) ⋅ 7= 490 doces. Os 11,2% dos alunos que optaram pela alternativa B talvez tenham encontrado corretamente o valor do último termo (a7), mas erraram ao aplicar a soma de todos os termos da PA, fazendo S 7= ( 50 + 20 ) ⋅ 7= 490 doces e também retiraram 35 doces, que seria a quantidade da próxima camada, obtendo 455 doces. Já os alunos que optaram pela alternativa C (14,3%), provavelmente, calcularam corretamente os valores do sétimo termo da PA e da soma dos termos, mas a esse último adicionaram a1 e a7, obtendo 245 + 50 + 20 = 315 doces. Os 33,6% que escolheram a letra E devem ter calculado corretamente o valor do sétimo termo, multiplicado esse valor pelas 7 camadas, obtendo 140 e diminuindo a quantidade de doces que são reduzidos a cada camada, calculando 140 - 5 = 135 doces. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 41 Um adulto gasta, em média, 15 litros de água para tomar banho. Esse consumo de água corresponde a A) 15 mL B) 150 mL C) 1 500 mL D) 15 000 mL (M090519ES) Este item avalia se os alunos possuem a habilidade de "resolver problemas envolvendo a transformação de unidades de volume", A B C D 14,2% 23,3% 28% 33,4% neste caso litros para mililitros. A alternativa correta é a letra D, escolhida por 33,4% dos alunos. Eles consideraram 1 L = 1.000 mL e multiplicaram cada termo da igualdade por 15, obtendo assim 15 L = 15.000 mL. 33+67 percentual de acerto 33,4% Os 14,2% que escolheram a letra A, presumivelmente, consideraram 1L = 1 mL, fazendo em seguida: 15 L = 15 mL. Os alunos que optaram pela alternativa B formam 23,3% do total avaliado. Esses alunos provavelmente consideraram 1L =10 mL e operaram o produto de cada termo por 15, concluindo que 15 L = 150 mL. Do total de alunos, 28% optaram pela alternativa C. Talvez estes alunos tenham considerado que 1 L = 100 mL, multiplicando cada termo da igualdade por 15 e, assim, obtendo 15 L = 1.500 mL. 42 Uma geladeira cujo preço de tabela é de 1 800 reais está sendo vendida, em uma promoção, com 20% de desconto. Por quanto está sendo vendida essa geladeira? (M090679ES) A) 360 reais. B) 900 reais. C) 1 440 reais. D) 1 780 reais. Este item visa avaliar se os alunos possuem a habilidade de "resolver problemas envolvendo cálculo de porcentagem", neste caso A B C D 13,4% 16,4% 37,7% 31,2% calculando o valor final de um produto, depois da incidência de um desconto percentual. Do total de alunos, 37,7% optaram pela alternativa C, a alternativa correta. Estes alunos devem ter calculado corretamente 20% de 1.800 = 360 e efetuaram o desconto, operando 1800 - 360 = 1.440 reais. Os 13,4% que escolheram a letra A, possivelmente, calcularam somente os 20% de 1.800, obtendo 0,2 1.800 = 360 reais. 38+62 percentual de acerto 37,7% Os alunos que optaram pela alternativa B totalizaram 16,4% do total avaliado. Esses alunos, provavelmente, consideraram que 20% equivalem à metade do preço de tabela da geladeira, efetuando 1.800:2 = 900 reais. A alternativa D foi escolhida por 31,2% dos alunos. É possível que eles tenham considerado 20% = 20 reais e, em seguida, efetuado o desconto, 1.800 - 20 = 1.780 reais. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 43 (M090022A8) Pedro desenhou o pentágono regular abaixo e assinalou na figura um ângulo x. Qual é a medida desse ângulo x? A) 72° B) 90° C) 108° D) 120° Este item tem o objetivo de avaliar se os alunos possuem a habilidade de "reconhecer a medida do ângulo externo de um pentágono A B C D 34% 46,7% 9,3% 9,1% regular". Do total de alunos avaliados, 34% escolheram a letra A (correta). Na resolução deste item, pode-se calcular a soma dos ângulos internos ( ) do pentágono, empregando a fórmula S n = n − 2 ⋅ 180 ° para n = 5 e, em seguida, obter a media de um ângulo interno, dividindo essa soma por 5 para, finalmente, obter a medida do suplemento de um ângulo interno. Alternativamente, pode-se calcular a medida do ângulo externo simplesmente dividindo 360°, que é a medida da soma dos ângulos externos de um polígono, por 5, para se chegar à medida 72. Os alunos que optaram pela alternativa B totalizaram 46,7% do total avaliado; possivelmente, não fizeram cálculos e analisaram apenas 0 visualmente, entendendo que a medida de x é 90 . Do total de alunos avaliados, apenas 9,3% optaram pela alternativa C. Talvez esses alunos tenham se confundido ao considerar x como sendo o ângulo interno (ao invés de externo), e calcularam x= 180º. A alternativa D foi escolhida por 9,1% dos alunos avaliados. É possível que eles tenham considerado o pentágono como hexágono, e ainda calculado a medida do ângulo interno, fazendo: ( 6 − 2 ) ⋅ 180 °= 44 6 120 ° . 4 ⋅ 180 ° = 720 ° e 720 ° ÷= 34+66 percentual de acerto 34% Avançado 1ª Série do Ensino Médio acima de 650 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 As habilidades matemáticas características deste Padrão envolvem a resolução de problemas envolvendo o campo Algébrico e Geométrico. No campo Geométrico há um avanço significativo, os alunos resolvem problemas envolvendo: as relações métricas do triângulo retângulo, propriedades dos polígonos regulares, Lei angular de Tales, triângulos semelhantes usando os critérios de semelhança. Eles também identificam sólidos correspondentes a uma planificação dada e reconhecem figuras geométricas por meio das coordenadas cartesianas de seus vértices, sem o apoio de representação gráfica. No que tange o campo Grandezas e medidas, eles, também conseguem determinar a medida da área de quadrados e retângulos e de outras figuras planas, tais como triângulo, paralelogramo e trapézio. Em relação ao conceito de volume, esses alunos conseguem determinar a medida do volume do cubo e do paralelepípedo pela multiplicação das medidas de suas arestas, e realizam conversões entre metro cúbico e litro. Neste Padrão os alunos demonstram resolver problemas envolvendo equação do 2° grau; identificam o gráfico de uma função quadrática dada a forma algébrica dessa função e os zeros de uma função do 2º grau dado o seu gráfico, além de identificar a expressão algébrica correspondente ao gráfico de uma função do 2º grau que possui uma única raiz real. Resolvem problemas envolvendo o sistema de equações do 1° grau e modelagem de inequação do 1° grau e problemas envolvendo juros simples, além de localizar frações na reta numérica. Esses alunos identificam o intervalo de decrescimento de uma função afim definida por várias sentenças; identificam a representação algébrica de uma função do 1º grau dado o coeficiente linear e as coordenadas de um ponto da reta ou o coeficiente linear e a imagem de um ponto, bem como a razão correspondente ao seno ou a tangente de um ângulo, dados os lados de um triângulo retângulo. No nível Avançado, os alunos utilizam o raciocínio matemático de forma mais complexa, conseguindo identificar e relacionar os dados apresentados em diferentes gráficos e tabelas para resolver problemas ou fazer inferências. Analisam gráficos de colunas representando diversas variáveis e conseguem calcular a média aritmética de um conjunto de valores e determinar a mediana de uma distribuição amostral simples. Embora o cálculo da média aritmética requeira um conjunto de habilidades já desenvolvidas pelos alunos em séries escolares anteriores, que utilizam, na prática, essa ideia para compor a nota bimestral ou em outros contextos extra-escolares, esse conceito básico de estatística, combinado com o raciocínio numérico, só é desempenhado pelos alunos neste nível. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 45 (M120413A9) Resolva o sistema linear abaixo. Z ]] x + y + z = 6 [y + z = 5 ] \ 2z = 6 A solução desse sistema é A) {(3,2,1)} B) {(1,8,– 3)} C) {(1,1,4)} D) {(1,2,3)} E) {(5,2,– 3)} Este item avalia a habilidade em "determinar o conjunto solução de um sistema linear com três incógnitas e três equações", já apresentado em linguagem matemática. Os alunos que escolheram a alternativa D (22,4%), o gabarito, resolveram o sistema, encontrando na última equação o valor de z = 3 e, por substituição, o valor de y, fazendo y = 5 – z→y = 2 e o valor de x, efetuando x + 2 + 3 = 6→x = 1. Ao marcar a alternativa A (27,1%), é possível que os alunos tenham encontrado os valores de x, y e z corretamente, mas errado na montagem do terno ordenado. Os 15,5% dos alunos que optaram pela alternativa B, provavelmente, erraram ao fazer 2z=6→z=6/(-2)→z=-3; y-3=5→y=8 e x+8-3=6→x=1. Já os alunos que optaram pela alternativa C (17,1%), provavelmente ,efetuaram 2z=6→z=6-2→z=4; y=5-4→y=1 e x=6-4-1=1, encontrando a seguinte resposta para a solução do sistema dado: (1, 1, 4). Os alunos que optaram pela alternativa E (17,2%) podem ter efetuado os seguintes cálculos: 2z=6→z=6/(-2)→z=-3; y+3=5→y=2 e x+23=6→x=6-1=5. 46 A B C D E 27,1% 15,5% 17,1% 22,4% 17,2% 22+78 percentual de acerto 22,4% (M120419A9) Veja os pontos P, Q e R representados no plano cartesiano abaixo. y P Q x R Para formar um triângulo, devem-se unir os pontos A) (– 1, 2) e (1, 3). B) (– 1, 1) e (1, 3). C) (– 1, 0) e (1, 0). D) (2, 0) e (3, 0). E) (2, – 1) e (3, 1). O item visa avaliar se os alunos possuem a habilidade de "reconhecer as coordenadas de pontos representados no plano cartesiano". Os alunos que optaram pela alternativa correta E (25,3%) reconheceram corretamente os pontos que devem ser ligados (pontos R e Q) e distinguiram corretamente as coordenadas desses pontos. Os 29,4% de alunos que marcaram a alternativa A, provavelmente, reconheceram corretamente os pontos que devem ser ligados (pontos R e Q), mas inverteram suas abscissas e ordenadas ao representá-los por meio de um par ordenado. A B C D E 29,4% 16% 11,1% 17,5% 25,3% 25+75 percentual de acerto 25,3% Já os 16% de alunos que marcaram a alternativa B, provavelmente, reconheceram corretamente os pontos que devem ser ligados (pontos R e Q), mas erraram ao inverter abscissas e ordenadas do ponto Q. No ponto R, também houve essa inversão, além da troca da abscissa 2 por 1. Os alunos que marcaram a alternativa C (11,1%) talvez tenham considerado a ordenada do ponto R como sua abscissa e a ordenada como zero, enquanto, para o ponto Q, talvez tenham considerado a ordenada como abscissa e a ordenada como zero. Os alunos que optaram pela alternativa D (17,5%), provavelmente, observaram corretamente as abscissas dos pontos R e Q, mas buscaram identificar esses pontos somente pela abscissa, pois consideraram a ordenada como zero para ambos os pontos. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 47 Abaixo do Básico 3ª Série do Ensino Médio Regular e EJA até 500 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 As habilidades matemáticas evidenciadas neste Padrão de Desempenho demonstram o salto cognitivo percebido em relação à identificação de figuras geométricas planas e espaciais. Os alunos além de reconhecer as formas geométricas, identificam suas propriedades através de seus atributos, como o número de lados em figuras planas e o número de faces em figuras espaciais. É consolidado também neste nível a localização de pontos no plano cartesiano através das coordenadas dos pontos dados. No campo do Tratamento da informação, a diferença reside no fato de que, neste nível, ele é capaz de ler informações não somente em tabela de coluna única ou de dupla entrada, mas também quando essas são compostas de múltiplas entradas. Os alunos conseguem ler dados em gráficos de setores e em gráficos de colunas duplas. Além de identificar, o aluno neste nível interpreta os dados ao resolver problemas utilizando os dados apresentados em gráficos de barras ou em tabelas. No domínio Grandezas e medidas, o aluno demonstra estimar medidas usando unidades convencionais e não convencionais. Desenvolvem tarefas mais complicadas em relação à grandeza ‘tempo’ como, por exemplo, as relacionadas com mês, bimestre, ano, bem como estabelecem relações entre segundos e minutos, minutos e horas, dias e anos. Em se tratando do Sistema Monetário, resolvem problemas de trocas de unidades monetárias que envolvem um número maior de cédulas e em situações menos familiares. Calculam a medida do perímetro em uma figura poligonal dada em uma malha quadriculada ou mesmo sem o apoio da mesma quando todas as suas medidas são explicitadas. Compara e calcula área de figuras poligonais em malhas quadriculadas. No campo Numérico, o aluno neste nível consegue resolver problemas com mais de uma operação, além de resolver problemas envolvendo subtração de números decimais com o mesmo número de casas. 48 Básico 3ª Série do Ensino Médio Regular e EJA de 500 a 600 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 O aluno neste Padrão de Desempenho resolve problemas mais complexos envolvendo as operações, usando dados apresentados em gráficos e tabelas de múltiplas entradas. O gráfico de linhas passa a ser reconhecido como a forma gráfica mais apropriada para apresentar uma sequência de valores ao longo do tempo. No campo Geométrico, o aluno é capaz de identificar poliedros e corpos redondos e os relacionam com suas planificações. Eles Identificam também as coordenadas de pontos plotados no plano cartesiano. Neste nível, o aluno reconhece que a medida do perímetro de um polígono, em uma malha quadriculada, é proporcional às medidas dos lados e consegue calcular a medida do perímetro de uma figura poligonal irregular, cujos lados se apóiam em uma malha quadriculada. Ele sabe, também, estabelecer relações entre metros e quilômetros. Resolve problemas de cálculo da medida de área com base na contagem das unidades não inteiras (meio “quadradinho” da malha) de uma malha quadriculada, além de determinar a medida da área de quadrados e retângulos. Em relação às medidas de capacidade, consegue estimar medidas de grandezas utilizando o litro, e fazer a conversão entre litros e mililitros. Consegue resolver problemas envolvendo o cálculo de intervalos de tempo em horas e minutos. No domínio Números e operações, os alunos são capazes de resolver problemas com um grau de complexidade um pouco maior, envolvendo mais operações. Os alunos reconhecem e aplicam em situações simples o conceito de porcentagem e calculam o resultado de uma expressão algébrica, com parênteses e colchetes, inclusive com potenciação. Calculam uma probabilidade simples e identificam fração como parte do todo, sem apoio da figura. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 49 O desenho que melhor representa uma das planificações de uma pirâmide reta de base quadrada é (M120003B1) A) B) C) D) E) 50 Este item avalia a habilidade em "relacionar uma pirâmide reta, de base quadrada, com uma de suas possíveis planificações". Os 55,8% que escolheram a alternativa C (opção correta), provavelmente, observaram que a planificação de uma pirâmide de base quadrada deveria apresentar um quadrado para ser a base da pirâmide e quatro triângulos isósceles, que seriam a planificação de A B C D E 4,2% 9,4% 55,8% 17,8% 12,3% 55+45 percentual de acerto 55,8% sua superfície lateral. Os 4,2% dos alunos que optaram pela alternativa A escolheram uma planificação adequada a uma pirâmide de base pentagonal, já que esta planificação é formada por um pentágono e cinco triângulos. Já 9,4% dos alunos que marcaram a alternativa B escolheram uma planificação adequada a uma pirâmide de base hexagonal. Do total de alunos avaliados, 17,8% optaram pela alternativa D. Esses alunos escolheram a planificação de uma pirâmide de base triangular. Dos alunos avaliados 12,3% escolheram a alternativa E, possivelmente observando apenas que a base da pirâmide é um quadrilátero, desconsiderando as informações adicionais de que esse quadrilátero deveria ser um quadrado e que as faces laterais deveriam ser triângulos isósceles, já que a pirâmide é reta. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 51 (M120543ES) O custo dos serviços de um trabalhador autônomo é dado por uma taxa fixa de 40 reais referente ao orçamento do serviço, e mais 50 reais por cada hora de serviço. Quanto esse trabalhador recebeu por um serviço que durou 6 horas? A) 90 reais. B) 96 reais. C) 300 reais. D) 340 reais. E) 540 reais. Este item avalia a habilidade em "resolver problema envolvendo duas grandezas que se relacionam por meio de uma função linear". A B C 13,2% 7,9% 24,1% D E 38,5% 15,6% Do total de alunos, 38,5% optaram pela alternativa D, a alternativa correta. Ao resolver esse item, pode-se formular a função C ( h ) = 40 + 50 ⋅ h , para, em seguida, calcular reais ou calcular diretamente: C ( 6 ) = 40 + 50 ⋅ 6 = 340 40 + 50 ⋅ 6 = 340 reais, sem formular explicitamente a função afim. Dos alunos avaliados, 13,2% escolheram a alternativa A, possivelmente, efetuando a soma da taxa fixa e do preço cobrado por hora, efetuando 40 + 50 = 90 reais, desconsiderando a quantidade de horas trabalhadas. Apenas 7,9% dos alunos avaliados optaram pela alternativa B; provavelmente, somaram os três valores apresentados no enunciado, fazendo 40 + 50 + 6 = 96, sem atribuir significado ao problema proposto. Do total avaliado, 24,1% optaram pela alternativa C. É possível que estes alunos tenham desconsiderado a taxa fixa, efetuando somente o produto entre o número de horas de trabalho e o preço da hora de trabalho: 6x50 = 300 reais. É possível que os 15,6% que optaram pela alternativa E tenham considerado a soma entre a taxa fixa e o preço de cada hora trabalhada, 40 + 50 = 90, e multiplicado este resultado pela quantidade de horas, 90x6 = 540 reais. 52 38+62 percentual de acerto 38,5% Proficiente 3ª Série do Ensino Médio Regular e EJA de 600 a 700 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 Neste Padrão de Desempenho, os alunos reconhecem figuras planas fora da posição prototípica e elementos de figuras tridimensionais, tais como vértices, faces e arestas; além de estabelecer relações utilizando os elementos de um círculo ou circunferência (raio, diâmetro, corda). Eles também solucionam problemas em que a razão de semelhança entre polígonos é dada, como por exemplo, em representações gráficas envolvendo o uso de escalas. Classificam os ângulos de acordo com suas medidas e resolvem problemas envolvendo o cálculo da ampliação, redução ou conservação de ângulos, lados e área de figuras planas. Neste Padrão, fica evidenciado o trabalho com a Matemática dentro do contexto escolar. Esses alunos resolvem problemas evolvendo a soma dos ângulos internos do triângulo e identificam o gráfico de uma reta, dada sua equação. No campo Grandezas e medidas, as habilidades que se evidenciam são as relativas às soluções de problemas envolvendo as operações com horas e minutos, incluindo transformações de diferentes unidades de medida. O aluno também calcula a medida do perímetro de figuras retangulares sem o apoio de figuras, bem como de polígonos formados pela justaposição de figuras geométricas, inclusive nos casos em que nem todas as medidas aparecem explicitamente. Ele também calcula a medida da área de figuras retangulares sem o apoio de figuras, além de solucionar problemas envolvendo o cálculo de volume de um sólido geométrico através de suas arestas. Além das habilidades descritas nos níveis anteriores sobre o domínio Tratamento de informação, os alunos analisam gráficos de colunas representando diversas variáveis, comparando seu crescimento. No campo Números e operações, os alunos calculam o valor numérico de uma função e a identificam em uma situação-problema, além de identificar os intervalos de crescimento e decrescimento de uma função a partir de seu gráfico. Resolvem problema envolvendo o cálculo da posição de um termo em uma progressão aritmética. Efetuam cálculos de raízes quadradas e reconhecem as diferentes representações de um número fracionário. Resolvem problemas envolvendo porcentagem, incluindo situações de acréscimos e decréscimos e calculam expressões numéricas com números inteiros e decimais positivos e negativos. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 53 (M120369C2) Um professor de Educação Física mediu todos os alunos do 2º e 3º anos do ensino fundamental de uma escola. Os resultados obtidos por ele foram representados no gráfico abaixo. 45 Quantidade de alunos 40 35 30 25 20 15 10 5 0 121 a 125 126 a 130 131 a 135 136 a 140 141 a 145 Altura dos alunos (em centímetros) Quantos desses alunos têm altura superior a 130 centímetros? A) 21 B) 28 C) 72 D) 79 E) 92 Este item avalia a habilidade "resolver problema Do total de alunos, 19,1% optaram pela alternativa envolvendo interpretação de dados apresentados C, considerando, possivelmente, os valores das por meio de um gráfico de colunas". alturas das duas colunas maiores, efetuando: 40 + Do total de alunos avaliados, 25,2% optaram pela 32 = 72 alunos. alternativa D, que é a alternativa correta. Eles Apenas 8,9% dos alunos avaliados que optaram devem ter somado os valores que correspondem pela alternativa E; talvez tenham somado todas as às alturas das colunas que representam alunos colunas, exceto a primeira, fazendo: 13 + 40 + 32 + que medem mais de 130 cm, no caso, as três 7 = 92 alunos. últimas colunas do gráfico: 40 + 32 + 7 = 79 alunos. A Dos alunos avaliados, 21,8% escolheram a B 21,8% 24,2% C D E 19,1% 25,2% 8,9% alternativa A, possivelmente, considerando os alunos que medem menos que 130 cm, somando os valores das alturas das duas primeiras colunas, 13 + 8 = 21 alunos. Já 24,2% dos alunos optaram pela alternativa B. É presumível que tenham considerado somente os valores referentes às três colunas menores, efetuando a soma: 8 + 13 + 7 = 28 alunos. 54 25+75 percentual de acerto 25,2% (M120037ES) Dentro de uma gaveta, há 12 blusas brancas, 5 verdes e 3 azuis. Pega-se nessa gaveta uma blusa ao acaso. Qual é a probabilidade dessa blusa ser branca ou azul? 15 A) 20 12 B) 20 8 C) 20 5 D) 20 3 E) 20 Este item avalia a habilidade em "calcular a Os alunos que optaram pela alternativa C (17,1%), probabilidade de ocorrência um evento em possivelmente, consideraram a probabilidade um de a blusa ser verde ou azul, pois calcularam espaço de probabilidade equiprovável". . Apenas 30,2% dos alunos avaliados escolheram a Os 12,6% que optaram pela alternativa D alternativa A, respondendo corretamente o item. consideraram a quantidade de blusas verdes Para resolver este item, deve-se considerar que como casos favoráveis, ao invés das azuis o número total de blusas que se pode extrair da e das brancas, obtendo gaveta é 12 + 5 + 3 = 20 e que, dessas 20 blusas, equivocadamente . somente 12 + 3 = 15 são brancas ou azuis. Portanto, se conclui que a probabilidade de se extrair Já os 17,6% dos alunos que escolheram a alternativa uma blusa branca ou azul dessa gaveta é dada E acertaram o número de casos possíveis, mas pela razão entre o número de casos favoráveis para o número de casos favoráveis consideraram à ocorrência do evento e o número de casos somente o número de blusas azuis, pois calcularam . 15 possíveis, ou seja, . 20 Do total de alunos avaliados, 22,1% optaram pela A B C D E 30,2% 22,1% 17,1% 12,6% 17,6% alternativa B. É possível que tenham considerado corretamente ser 20 o número de casos possíveis, mas em relação ao número de casos favoráveis, consideraram somente as camisetas brancas, desconsiderando as azuis, e fazendo 30+70 percentual de acerto 30,2% Sadeam 2012 Revista Pedagógica 55 (M120490A9) Na última prova do ENEM, João e Maria acertaram juntos 77 questões, Maria e Pedro acertaram juntos 73 questões e João e Pedro acertaram juntos 100 questões. Quantas questões João, Maria e Pedro acertaram cada um, respectivamente? A) 25, 52 e 48. B) 27, 50 e 23. C) 52, 25 e 48. D) 48, 25 e 52. E) 57, 20 e 53. Este item visa avaliar a habilidade em "resolver problemas envolvendo a modelagem e a resolução de sistemas de equações lineares com A B C D E 13,5% 27,6% 26,7% 17,3% 14,3% três equações e três incógnitas". Do total de alunos avaliados, 26,7% optaram pela alternativa C, que é a resposta certa. Estes, possivelmente, montaram um sistema linear J + M = 77 a partir das informações do texto, chegando a: M + P = 73 e o J + P = 100 resolveram de forma a obter J = 52 , w M = 25 , c P = 48 . Apenas 13,5% dos alunos avaliados escolheram a alternativa A e outros 17,3% escolheram a opção D. Esses dois grupos de alunos, provavelmente, montaram e resolveram corretamente o sistema, mas erraram na ordem de apresentação dos valores encontrados para as incógnitas. Talvez os 27,6% que optaram pela alternativa B tenham considerado que João, Pedro e Maria tenham acertado, juntos, 100 questões. Então, subtraíram 100 - 77 = 23 para encontrar o número de questões acertadas por Pedro; 73 - 23 = 50 para encontrar o número de questões acertadas por Maria; e 77 - 50 = 27 para encontrar o número de questões acertadas por João. Somente 14,3% do total de alunos marcaram a opção E. Esse alunos, provavelmente, montaram corretamente o sistema, mas erraram ao resolvê-lo, pois teriam feito: e substituíram a primeira e a terceira equações na segunda, obtendo: (77 - J) + 100 - J = 73 → -2J = 73 - 177 → -2J = -114 → J = 57. Depois, obtiveram os outros dois valores substituindo 57 na primeira e na terceira equações, para encontrar M = 20 e P = 53. 56 26+74 percentual de acerto 26,7% Uma toalha de mesa retangular, com 20 cm de largura e 56 cm de comprimento, foi contornada com bordado inglês. Em quantos centímetros dessa toalha, no mínimo, foi feito esse tipo de bordado? (M120267ES) A) 76 B) 80 C) 152 D) 224 E) 304 Este item avalia a habilidade de resolver problemas envolvendo o perímetro de um retângulo, dados sua largura e seu comprimento, A B C D E 52,5% 16% 21,3% 5,9% 3,6% em um contexto que favorece a compreensão do termo perímetro, ao tratar de um bordado contornando uma toalha. Dos alunos avaliados, 21,3% marcaram a alternativa correta ao optarem pela alternativa C. Esses alunos devem ter considerado que o perímetro da toalha, em formato retangular, é dado pela soma das medidas de seu contorno: 56 + 56 + 20 + 20 = 152 cm. A maioria dos alunos avaliados,52,5%, escolheu a alternativa A. Possivelmente, esses alunos consideraram somente o semiperímetro: 21+79 percentual de acerto 21,3% 20 + 56 = 76 cm. Talvez os 16% que optaram pela alternativa B tenham considerado a mesa como um quadrado de lado medindo 20 cm, já que calcularam 4 x 20 = 80 cm. Do total de alunos, 5,9% optaram pela alternativa D. Estes, possivelmente, consideraram a mesa como um quadrado de lado 56 cm, já que calcularam 4 x 56 = 224 cm. É presumível que os 3,6% dos alunos que optaram pela alternativa E também tenham considerado, erroneamente, quatro lados medindo 56 cm e quatro lados medindo 20 cm, pois efetuaram: 4 x (56 + 20) = 4 x 76 = 304 cm. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 57 Avançado 3ª Série do Ensino Médio Regular e EJA acima de 700 pontos 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 750 800 850 No nível Avançado, o que se percebe como salto qualitativo em relação às habilidades descritas para os alunos posicionados neste nível da escala, quando comparadas aos níveis anteriores e às das séries escolares mais baixas, é a ampliação da capacidade de análise do aluno e maior discernimento e perspicácia na leitura dos dados e informações explícitos, conduzindo para a interpretação e inferências de informações implícitas. Neste Padrão, os alunos demonstram habilidade em analisar gráficos de linha e conseguem estimar quantidades baseadas em diferentes tipos de gráficos; além disso, conseguem obter a média aritmética de um conjunto de valores. No campo das medidas, os alunos conseguem calcular a medida do perímetro de polígonos sem o apoio de malhas quadriculadas, resolver problemas de cálculo da medida de área com base na contagem das unidades de uma malha quadriculada, cuja unidade de medida de área é uma fração do “quadradinho” da malha, além de calcular a medida da área de figuras simples e de figuras formadas pela composição das mesmas sem uso da malha quadriculada. Eles também calculam a medida do volume de paralelepípedos e de cilindros, bem como a área total de alguns sólidos, além de relacionar corretamente metros cúbicos com litros. No campo Algébrico e Numérico, esses alunos calculam o resultado de expressões numéricas mais complexas. Resolvem equações do 1º grau, 2º grau e exponenciais, além de problemas que recaem em equações do 1º e 2º graus. Identificam o gráfico de uma função, intervalos em que os valores são positivos e negativos e pontos de máximo ou mínimo. Interpretam geometricamente o significado do coeficiente angular e linear de uma função afim e associam as representações algébricas e geométricas de um sistema de equações lineares. Calculam probabilidades de um evento usando o princípio multiplicativo. Resolvem problemas envolvendo: grandezas inversamente proporcionais, juros simples, PA e PG, princípio multiplicativo e combinações simples. No campo Geométrico, o aluno é capaz de calcular o número de diagonais de um polígono, além de utilizar as diferentes propriedades de polígonos regulares. Resolvem problemas envolvendo semelhança, relações métricas e razões trigonométricas no triângulo retângulo. Identificam a equação da reta a partir de dois pontos num plano cartesiano, além de determinar o ponto de intersecção entre duas retas. 58 (M110020A9) Rita tem um porta-lápis na forma de prisma regular hexagonal, em que a aresta da base mede 5 cm e a aresta lateral mede 10 cm. Quantos centímetros quadrados de cortiça Rita precisará para revestir as faces laterais desse porta-lápis? A) 350 B) 300 C) 200 D) 60 E) 50 Este item avalia a habilidade em "resolver problema envolvendo o cálculo da área lateral de um prisma hexagonal regular, sem o apoio A B C D 7,9% 13,2% 13,9% E 20,4% 43,9% de figuras", esperando, assim, que sejam considerados os elementos do sólido através de seus nomes. O item foi respondido corretamente por 13,2% dos alunos que marcaram a alternativa B. A resolução desse item pressupõe o reconhecimento dos elementos do sólido, considerando que se o prisma é hexagonal ele possui seis faces laterais cujas dimensões serão 5 cm e 10 cm. A partir dessa observação, é possível calcular a medida da área lateral ( ) desse prisma fazendo: 6 × 5 × 10 = 300 cm². 13+87 percentual de acerto 13,2% Apenas 7,9% dos alunos avaliados escolheram a alternativa A. Estes alunos, possivelmente, calcularam a área do retângulo de uma das faces, fazendo (5 cm).(10 cm) = 50 cm2, e multiplicaram esse resultado por 7 (número de faces laterais mais a base), obtendo 350 cm2. Somente 13,9% optaram pela alternativa C. Possivelmente, consideraram a área do retângulo de uma das faces, fazendo (5 cm). (10 cm) = 50 cm2, e multiplicaram esse resultado por 4 (considerando como se só fossem 4 faces), obtendo 200 cm2. Do total de alunos 20,4% optaram pela alternativa D. Talvez tenham considerado a área como o produto do número de arestas da base pela medida da aresta lateral, fazendo (6 arestas).(10 cm)= 60 cm2. É presumível que os 43,9% que optaram pela alternativa E tenham considerado somente a área de uma das faces, fazendo (5 cm).(10 cm)= 50 cm2. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 59 (M120539ES) No dia de seu aniversário Mariana ganhou um cristal com a forma de um poliedro com 5 vértices e 10 arestas. O número de faces desse cristal é A) 5 B) 7 C) 10 D) 15 E) 17 Este item avalia se os alunos sabem aplicar a relação de Euler, que relaciona o número de vértices (V), número de faces (F) e número de A B C D E 18,4% 12,8% 16,2% 47% 5,1% arestas (A) de um poliedro convexo. Os 12,8% que optaram pela alternativa B, a alternativa correta, devem ter aplicado corretamente a relação de Euler: V + F – A = 2 → 5 + F – alunos avaliados, 18,4% escolheram a alternativa A, possivelmente, considerando que o número de faces deve ser igual ao número de vértices (V = 5). Do total de alunos, 16,2% optaram pela alternativa C. Possivelmente, esses alunos devem ter considerado o número de faces como sendo igual ao número de arestas (F = A = 10). O maior percentual dos alunos avaliados, 47%, optaram pela alternativa D. Talvez tenham considerado erroneamente a relação de Euler, fazendo F = A + V → F = 10 + 5 → F = 15. É presumível que os 5,1% dos alunos que optaram pela alternativa E também tenham considerado erroneamente a relação de Euler e se equivocaram nas operações: V + F + A = 2 →5 + F + 10 = 2 →F = 2 + 15 = 17. 60 12+88 12,8% 10 = 2 → F = 2 + 5 → F = 7. Dos percentual de acerto 3 OS RESULTADOS DESTA ESCOLA Os resultados desta escola no Sadeam 2012 são apresentados sob seis aspectos, sendo que quatro deles estão impressos nesta revista. Os outros dois, que se referem aos resultados do percentual de acerto no teste, estão disponíveis no CD que compõe a coleção e no Portal da Avaliação, pelo endereço eletrônico www.sadeam.caedufjf.net. O acesso aos resultados no Portal da Avaliação é realizado mediante senha enviada ao gestor da escola. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 61 Resultados impressos nesta revista • Proficiência média Apresenta a proficiência média desta escola. É possível comparar a proficiência com as médias do estado e de sua coordenadoria. O objetivo é proporcionar uma visão das proficiências médias e posicionar sua escola em relação a essas médias. • Participação Informa o número estimado de alunos para a realização do teste e quantos, efetivamente, participaram da avaliação no estado, na sua coordenadoria e na sua escola. • Percentual de alunos por Padrão de Desempenho Permite acompanhar o percentual de alunos distribuídos por Padrões de Desempenho na avaliação realizada pelo estado. • Percentual de alunos por nível de proficiência e Padrão de Desempenho Apresenta a distribuição dos alunos ao longo dos intervalos de proficiência no estado, na sua coordenadoria e na sua escola. Os gráficos permitem identificar o percentual de alunos para cada nível de proficiência em cada um dos Padrões de Desempenho. Isso será fundamental para planejar intervenções pedagógicas, voltadas à melhoria do processo de ensino e à promoção da equidade escolar. Resultados disponíveis no Portal da Avaliação e no cd • Percentual de acerto por descritor Apresenta o percentual de acerto no teste para cada uma das habilidades avaliadas. Esses resultados são apresentados por coordenadoria, escola, turma e aluno. • Resultados por aluno É possível ter acesso ao resultado de cada aluno na avaliação, sendo informado o Padrão de Desempenho alcançado e quais habilidades ele possui desenvolvidas em Matemática para o Ensino Médio Regular e EJA. Essas são informações importantes para o acompanhamento de seu desempenho escolar. 62 4 desenvolvimento de habilidades O artigo a seguir apresenta uma sugestão para o trabalho de uma competência em sala de aula. A proposta é que o caminho percorrido nessa análise seja aplicado para outras competências e habilidades. Com isso, é possível adaptar as estratégias de intervenção pedagógica ao contexto escolar no qual atua para promover uma ação focada nas necessidades dos alunos. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 63 A aplicação de relações e propriedades das figuras geométricas no Ensino Médio Conhecimentos sobre “Espaço e forma”, um dos temas desenvolvidos no ensino da Matemática, são fundamentais para o desenvolvimento intelectual do aluno. O ensino dos conteúdos geométricos corresponde a uma relação entre as situações práticas e o conhecimento de definições e teoremas, que possibilita, ao aluno, interpretar e aplicar seu raciocínio teórico e prático nas situações em que se encontre. Dentro desse tema, as habilidades relacionadas à competência “Aplicar Relações e Propriedades”, ao serem apresentadas aos alunos, muitas vezes mostram-se desprendidas da realidade, sem uma integração significante com outras disciplinas do currículo ou até mesmo com outros conteúdos da disciplina Matemática. Em estudos da área de Educação, vemos que uma parcela considerável dos alunos que ingressam em um curso superior tem uma base insuficiente sobre o tema. Os resultados das avaliações em larga escala realizados pelo CAEd também têm mostrado que, de modo geral, o aluno não consegue desenvolver de forma satisfatória as habilidades relativas a essa competência, pois os itens de teste referentes a ela são pouco acertados. Deste modo, consideramos apropriado abordar alguns aspectos referentes ao desenvolvimento desta competência, a qual representa uma lacuna a ser preenchida na prática pedagógica dos professores. Apesar de o foco ser dado para a aplicação de relações e de propriedades em Matemática, o desenvolvimento desta competência inicia-se com o conhecimento dos entes geométricos − ponto, reta e plano − e seus conceitos, formas e aplicações. A aprendizagem de conceitos associados a medidas de ângulos 64 se faz igualmente essencial nesse trabalho, onde o aluno deve, no decorrer do processo educacional, saber diferenciar medidas de ângulos, calcular suas medidas e conhecer suas respectivas nomenclaturas (agudo, reto, obtuso e raso). O estudo de figuras planas poligonais e do círculo também se refere a esta competência, no que diz respeito ao estabelecimento de relações entre medidas de lados, ângulos, raio, diâmetro e corda, como ainda os conceitos de semelhança. Para isso, o aluno deve conhecer as figuras geométricas poligonais e o círculo, suas propriedades e suas partes. Com conhecimentos sólidos dessas habilidades de menor complexidade considera-se a possibilidade de trabalhar soma dos ângulos internos de um triângulo, a abordagem da lei angular de Tales e, em seguida, a aplicação do teorema de Pitágoras. Esses conteúdos matemáticos representam conceitos fundamentais para o aluno no Ensino Médio que, em um grau de dificuldade mais avançado, ainda desenvolverá conhecimentos acerca das relações métricas no triângulo retângulo. O aprendizado da Geometria Espacial também representa certa progressão no desenvolvimento cognitivo para esta competência. Ela é trabalhada a partir de objetos manipulativos, planificações e cálculo de volumes até a formalização de algumas relações e propriedades, principalmente por meio da utilização da relação de Euler (relacionado ao número de faces, vértices e arestas dos polígonos). Na Geometria Analítica, o desenvolvimento refere-se à identificação, por exemplo, da equação de uma reta e a sua equação reduzida a partir de dois pontos dados, e reconhecer os coeficientes linear e angular de uma reta dado o seu gráfico. Em referência à Trigonometria, são apresentados seus conceitos e são feitas relações entre seus elementos e as razões trigonométricas no triângulo retângulo, sempre tomando o cuidado de abordar este procedimento em diversos contextos, formalizando seus conceitos. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 65 A aprendizagem em sala de aula: desenvolvimento de habilidades por meio de estratégias, hipóteses e resultados De acordo com os Parâmetros Curriculares estipulados para a educação, o aluno do Ensino Fundamental deve ter uma visão dos diversos campos do conhecimento matemático, sendo que, no Ensino Médio, ele utilizará esses conhecimentos e poderá desenvolvê-los de modo mais amplo. Isso significa o desenvolvimento em um grau de complexidade maior das capacidades de abstração, raciocínio, resolução de situações -problema, bem como a compreensão e a interpretação do contexto em que o aluno está inserido. Sendo assim, buscamos repensar o desenvolvimento cognitivo da habilidade Reconhecer aplicações das relações métricas do triângulo retângulo em um problema que envolva figuras planas ou espaciais1 relativa à competência “Aplicar Relações e Propriedades”, explicitando a progressão cognitiva e as atividades didáticas que poderiam ser aplicadas neste contexto. Nos estudos em Educação Matemática, percebemos a preocupação com o aspecto sociocultural dos conteúdos, referente à necessidade de contextualizar o conhecimento, buscando aspectos históricos e sociais, e a relação de seus objetivos de ensino. Neste caso, cabe ressaltar que não há uma proposta de abandono da compreensão teórica ou da aquisição de técnicas, mas de buscar expandir o conhecimento do aluno, com uma visão completa sobre o conteúdo abordado. O Teorema de Pitágoras requer habilidades desenvolvidas desde as séries iniciais do Ensino Fundamental até o Ensino Médio, onde inicialmente é dado um enfoque para a utilização de objetos manipulativos e, após, são abordadas a formalização da fórmula utilizada para resolução dos problemas. A ordem de apresentação de tópicos de Matemática pode ser diversificada, tanto pelos livros didáticos quanto pela estratégia 1 Em outras palavras, esta habilidade refere-se à capacidade que um aluno tem para reconhecer, em um dado problema com figuras geométricas planas ou espaciais, ocasiões nas quais serão usadas as relações métricas de um triângulo retângulo. Neste caso, com foco em problemas que requerem o uso do Teorema de Pitágoras. 66 didática do professor e, deste modo, procuramos apontar algumas propostas de ensino que o educador poderá utilizar em sala de aula. Em um dos primeiros momentos de desenvolvimento dessa competência na escola, consideramos a importância em trabalhar a condição de existência dos triângulos. Assim, desde o 5º ano do Ensino Fundamental (EF), por exemplo, pode-se disponibilizar diversos materiais manipulativos – como no caso de “varetas” (Figura 1) − com medidas diferenciadas, para que os alunos façam combinações com três delas, percebendo, por meio da experimentação, que nem sempre é possível formar uma figura triangular e que há elementos que têm relação com a existência ou não de triângulos. Figura 1 Cabe notar, assim, que com as três varetas apresentadas no alto da figura (Figura 1) pode-se formar um triângulo, mas com as outras três varetas, apresentadas na parte inferior desta mesma figura, não há a possibilidade de combinação para a formação de um triângulo. Após a percepção de existência dos triângulos, podem ser trabalhados os seus tipos (acutângulo, retângulo, obtusângulo), utilizando, ainda, objetos manipulativos. Isso permite, ao aluno, perceber que a condição de existência, abordada anteriormente, não garante a construção do triângulo retângulo. O “esquadro de cordas egípcio” (Figura 2), recurso utilizado pelos antigos egípcios e que pode ser apresentado na sala de aula, é um rico material a ser utilizado na construção do triângulo retângulo, possibilitando, ao aluno, verificar a relação de existência dessa Sadeam 2012 Revista Pedagógica 67 figura. Os egípcios tinham o conhecimento do triângulo retângulo com medidas de 3, 4 e 5 unidades de comprimento para cada lado. Com base nessa informação, eles usavam um pedaço de corda, na qual davam nós com intervalos de mesmo distância. Deste modo, construíam um esquadro na forma do triângulo retângulo reservando três, quatro e cinco espaços entre os nós para representar, respectivamente, os três lados do triângulo. Com este instrumento, era possível verificar em diversas situações, se os elementos medidos estavam “no esquadro” ou se possuíam ângulos maiores ou menores que 90º (por exemplo: medidas de cantos de paredes e mesas, medidas angulares de quadrados e outras figuras, entre outros). Figura 2 Como apontado nos Parâmetros Curriculares, o material concreto deve ser desencadeador de conjecturas e processos que levem às justificativas formais, e neste caso, mostramos que podemos pensar nessa abordagem também para o Teorema de Pitágoras. Após esse trabalho de reconhecimento do triângulo retângulo, o aluno já apresenta condições para chegar à forma do teorema (anos finais do EF). Vamos pensar em uma atividade! Podemos solicitar, inicialmente, que o aluno construa um triângulo com um ângulo de 90º. Com base nesse triângulo, pede-se que sejam feitos esboços de quadrados sobre os catetos e a hipotenusa desse triângulo (Figura 3), isto é, cada quadrado é construído sobre cada lado do triângulo. Em seguida o aluno calcula as medidas dos lados do triângulo (utilizando a régua ou outro instrumento de medidas) e 68 as medidas da área de cada quadrado, buscando relacionar os dados encontrados. Esse procedimento pode ser repetido para outros triângulos retângulos e registrados seus resultados (Figura 4) até que se possa apresentar alguma relação entre os dados encontrados para cada triângulo. A observação das relações e experimentação dos resultados podem ser aplicadas em outras situações a fim de testar o modelo matemático encontrado nessa situação. Neste caso, cabe ressaltar que procedimento aplicado e o modelo matemático encontrado não se referem a uma prova do Teorema de Pitágoras, mas a uma suposição por meio de tentativa e teste. Q3 b Q1 3 A 5 4 c Área dos Q2 Cateto b Cateto c Hipot. a quadrados Q1 Q2 Q3 Figura 3 / Figura 4 Para aplicar este teorema em situações-problema, pode-se iniciar o estudo com atividades de menor grau de complexidade até alcançar as mais complexas. Por exemplo, o professor pode solicitar que o aluno trabalhe situações em um triângulo retângulo que, dado a medida de dois lados, pede-se para encontrar a medida do terceiro lado. Isso permite iniciar a utilização do teorema como ferramenta para resolução de problemas mais básicos, veja (Exemplo 1): Exemplo 1 De acordo com as medidas indicadas na figura (Figura 5), calcule x. Figura 5 Sadeam 2012 Revista Pedagógica 69 Esse tipo de situação pode ser dificultada de acordo com as variáveis didáticas envolvidas (letras, rotação do triângulo, dados decimais), pois o trabalho com o triângulo em uma posição não usual ou com dados não inteiros interfere diretamente na dificuldade que o aluno encontrará para resolver um dado problema. Podemos notar que aplicar o Teorema de Pitágoras para resolver um problema representa uma das fases do desenvolvimento dessa competência, pois o aluno, ao final do Ensino Médio, deverá saber aplicar o teorema a qualquer situação semelhante. Ressaltamos, portanto, que este trabalho pode ser iniciado com grau de complexidade mais baixa, com a apresentação de problemas para alunos do 8º ano do EF, veja o exemplo abaixo (Exemplo 2): Exemplo 2 O portão de entrada de uma casa tem o formato retangular (ABCD) com 3 metros de comprimento e 2,5 metros de altura. Para que o portão não perca seu formato original, sugere-se pregar uma trave de madeira na posição diagonal (ponto B ao D), percorrendo todo o portão, como temos na figura a seguir: Qual comprimento essa trave deve ter? Entretanto, ao abordar este conteúdo com alunos do 9º ano do EF, e todo o Ensino Médio, o grau de complexidade para resolução de situações- problema − baseada no Teorema de Pitágoras − vai crescendo, culminando em aplicações semelhantes ao exemplo apresentado em seguida (Exemplo 3). 70 Exemplo 3 O problema de Hipócrates. A figura a seguir mostra um triângulo retângulo e três semicircunferências tendo os lados como diâmetros. Mostre que a soma das áreas das duas "lúnulas" sombreadas é igual à área do triângulo. Como podemos perceber, a linguagem e o conjunto de habilidades requisitadas em cada um desses dois problemas são diferenciados, sendo mais fácil para o aluno resolver o Exemplo 1 do que o Exemplo 2, sendo esses dois problemas, mais fáceis que o Exemplo 3. Com essas atividades, ressaltamos de forma implícita, o desenvolvimento de habilidades importantes, tais como a soma dos ângulos internos de um triângulo (em um trabalho posterior a existência de triângulos) e a abordagem da lei angular de Tales (complementando o trabalho com o “esquadro de cordas egípcio”), o que facilita o conhecimento e aplicação do Teorema de Pitágoras. Cabe ressaltar ainda, a aplicação desse teorema com figuras espaciais e relações métricas no triângulo retângulo, as quais também utilizarão habilidades sobre semelhanças de triângulos e Teorema de Pitágoras. O trabalho realizado pelo professor, associado aos aspectos apontados por nós, seja na utilização de objetos manipulativos ou utilização de conceitos relacionados à modelagem matemática e à resolução de problemas, pode contribuir no desenvolvimento de algumas habilidades relacionadas ao tema “Espaço e forma”. Permitir a aplicação e uso de diversos recursos e metodologias na sala de aula, permite, ao aluno, construir conceitos mais densos e significativos relacionados, por exemplo, à aplicação do Teorema de Pitágoras. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 71 EXPERIÊNCIA EM FOCO Alçando novos voos Avaliação externa ajuda a aprimorar metodologia de ensino e estimula participação dos alunos O interesse pelos números é uma vocação a carência de conhecimentos prévios para o que entrou cedo na vida da professora Claudia acompanhamento das aulas pelos alunos, o sistema Chaves Costa. Graduada em Licenciatura Plena avaliativo contribui para a criação de estratégias em Matemática, a educadora completa cinco que minimizam esse quadro. “Observando os anos de experiência na docência. Atuando nas pontos que devem ser melhorados, a avaliação Redes de Ensino Público e Particular, Claudia permite elaborarmos ferramentas como o Plano de observa a necessidade de trabalhar o interesse Intervenção, através do qual aplicamos simulados dos alunos pela matéria. Ela defende, ainda, o focados nas necessidades dos alunos”, argumenta. acompanhamento da família para que o aluno tenha maior dedicação aos estudos e consiga Além disso, os resultados da avaliação são apreender o conteúdo dado. utilizados para o planejamento das atividades em sala de aula. “Trabalhamos junto aos descritores Para acompanhar o rendimento dos aprendizes, que apresentam menor rendimento”, enfatiza. a professora sustenta a importância da avaliação Observando a Escala de Proficiência, a escola externa no contexto escolar. “É através dela que identifica as habilidades e competências dos percebemos o crescimento da produtividade alunos. “Organizamos, então, um plano focado no da nossa escola”. Com o desafio de superar objetivo almejado: a progressão dos alunos para O trabalho interdisciplinar fez com que nossos alunos obtivessem maior participação e, consequentemente, melhor desempenho e rendimento Claudia Chaves Costa, Professora de Matemática 72 um nível mais elevado”. Uma das ações realizadas melhorar a qualidade do ensino”. Buscando esse a partir dessa análise é a implementação de aperfeiçoamento, trabalhos em grupo, onde os alunos trocam método pouco comum em suas aulas: propôs a informações a respeito da resolução das questões resolução de exercícios envolvendo questões de propostas e, dessa forma, interagem e socializam. múltipla escolha, seguindo o padrão do Sadeam, Claudia experimentou um que se diferencia das propostas vivenciadas pelos alunos no cotidiano. Diversidade de informações As revistas pedagógicas apresentam os resultados da avaliação de forma clara e objetiva. Mas, muito além do caráter informativo, as análises que a revista propõe auxiliam o trabalho pedagógico da professora. “Aprendemos com outras Com 1.230 alunos e 48 professores, a escola onde Claudia atua desenvolve projetos e intervenções pedagógicas com o objetivo de aprimorar o processo de ensino-aprendizagem. “Oferecemos reforço escolar para o acompanhamento dos informações a respeito do Sistema de Avaliação alunos que apresentam maior grau de dificuldade, do Desempenho Educacional do Amazonas, como tomando as questões comentadas, por exemplo”, revela. realizadas”, explica. Uma atividade considerada como referência as avaliações de sucesso pela professora foi uma apresentação Outra informação trazida pelo Sadeam que cultural possibilita a criação de novas práticas são os curriculares. “O trabalho interdisciplinar fez com Padrões de Desempenho determinados pelo que nossos alunos obtivessem maior participação estado. e, consequentemente, melhor desempenho e “Ciente da nossa situação, somos estimulados a apurar nossa metodologia para envolvendo todos os componentes rendimento”, comemora. Sadeam 2012 Revista Pedagógica 73 REiToR DA UnivERSiDADE fEDERAl DE JUiz DE foRA HENRIQUE DUQUE DE MIRANDA CHAVES FILHO CooRDEnAção gERAl Do CAEd LINA KÁTIA MESQUITA DE OLIVEIRA CooRDEnAção TéCniCA Do PRoJETo MANUEL FERNANDO PALÁCIOS DA CUNHA E MELO CooRDEnAção DA UniDADE DE PESQUiSA TUFI MACHADO SOARES CooRDEnAção DE AnáliSES E PUBliCAçÕES WAGNER SILVEIRA REZENDE CooRDEnAção DE inSTRUmEnToS DE AvAliAção RENATO CARNAÚBA MACEDO CooRDEnAção DE mEDiDAS EDUCACionAiS WELLINGTON SILVA CooRDEnAção DE oPERAçÕES DE AvAliAção RAFAEL DE OLIVEIRA CooRDEnAção DE PRoCESSAmEnTo DE DoCUmEnToS BENITO DELAGE CooRDEnAção DE DESign DA ComUniCAção JULIANA DIAS SOUZA DAMASCENO RESPonSávEl PElo PRoJETo gRáfiCo EDNA REZENDE S. DE ALCÂNTARA AMAZONAS. Secretaria de Estado da Educação e Qualidade do Ensino. Sadeam – 2012/ Universidade Federal de Juiz de Fora, Faculdade de Educação, CAEd. v. 1 ( jan/dez. 2012), Juiz de Fora, 2012 – Anual. ARAÚJO, Carolina Pires; MELO, Manuel Fernando Palácios da Cunha e; OLIVEIRA, Lina Kátia Mesquita de; REZENDE, Wagner Silveira. Conteúdo: Revista Pedagógica – Matemática – Ensino Médio Regular e EJA. ISSN 2238-0264 CDU 373.3+373.5:371.26(05)