Ano XXIX | nº 16 | Dezembro 2011 Asaprev/DF - Associação dos Aposentados, Pensionistas, Idosos da Previdência Social do Distrito Federal e Entorno. Filiada à VALORIZAÇÃO DO IDOSO Secretaria do Idoso do DF promove semana de valorização da pessoa idosa 5 Natal 7 PROFISSÃO: PAPAI NOEL Aposentado aumenta renda familiar interpretando Papai Noel BRONCA DA VEZ REFORMA DA PREVIDÊNCIA Ministro Garibaldi defende urgência na reforma da previdência 4 MAIS UMA VEZ GOVERNO NÃO ATENDE APOSENTADOS 4 Falta acessibilidade nas estações do Metrô/DF Mobilizações pelo aumento real em 2012 não foram suficientes para governo atender os aposentados ENTREVISTA Especial Deputado Arnaldo Faria de Sá é o entrevistado especial desta edição 6 3 Fator Previdenciário Nova expectativa de vida da população muda tabela 2 www.asaprevdf.org | Nós! os aposentados 2 Mensagem do presidente A Expectativa de vida A Justiça Social influencia Fator e o Idoso Previdenciário tão falada e reclamada Justiça Social – lema da bandeira desfraldada com entusiasmo pela classe política - em período eleitoral, merece passar por reconsiderações, nas suas várias vertentes. Tema amplo, elástico, abrangendo praticamente todos os aspectos do bem-estar do ser humano, a Justiça Social – lamentavelmente – ainda está longe de ser vivenciada pela esmagadora maioria do povo brasileiro. Educação de baixa qualidade,saúde,cuja deficiência nasce na pobreza da alimentação, além do déficit habitacional. Essas e outras necessidades não atendidas atingem o ponto alto do descontentamento com a falta de emprego e a desqualificação do trabalhador. Mas a injustiça social não para por aí. Acompanha e maltrata o brasileiro, até a terceira idade. É comum e revoltante vê-se milhares de idosos buscando atividades, informações que o ajudem na sobrevivência. A aposentadoria e/ou o benefício previdenciário, não garantem a tão sonhada e necessária tranqüilidade. Porém, tudo isso poderá ser revertido. Vivemos em um país rico, imenso, capaz de alimentar, inclusive o mundo. É só transformar suas potencialidades em riquezas palpáveis nas cinco grandes regiões geoeconômicas. Sim, transformá-las gerando empregos e redistribuindo a riqueza de forma justa, humana e cristã. Somente dessa forma serão eliminados os desequilíbrios regionais e os vergonhosos desníveis sociais. O povo brasileiro exige e merece viver com dignidade. Jornal Agora Feliz Natal e que o próximo Ano Novo seja melhor para todos. Até o ano que vem, se Deus permitir. O mecanismo reduz o valor do benefício de quem se aposenta jovem. Sempre que a expectativa de vida da população aumenta, sobe também a incidência do fator no benefício por tempo de contribuição. João Pimenta Presidente da Asaprev/DF Expediente O jornal Nós! Os aposentados é uma publicação mensal da Asaprev/DF. Editora chefe: Jornalista Andréa Trento. Editora de arte: Christiane de Carvalho. Colaboradores: Hadrya Pimenta e Carlos Dias Fernandes. Presidente: João F. Pimenta. Diretores: Carlos Dias Fernandes, Arnaldo Gaspar de Oliveira, Deliria Rosa da Silva, Yara Dias da Silva, Almir Rodrigues da Silva, Gilberto Soares Clemente. Conselho Fiscal: Joao Gomes da Silva, Raimundo Ivan Nepomuceno, Agripino José dos Santos, Milton de Jesus. Conselho Consultivo: Dalva do Nascimento, Fernando Teixeira da Costa, Manoel Baltazar de Mendonça Fale conosco: [email protected]. Tiragem: 30 mil exemplares. Distribuição em todo DF e entorno. SDS (Conic) Bloco R - Ed. Venâncio V - Sala 404 - Brasília-DF - (61) 3224-8170. www.asaprevdf.org. O s segurados que começaram a contribuir cedo e que sempre mantiveram uma média salarial estável ao longo dos anos podem se beneficiar com a nova tabela do fator previdenciário. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a expectativa de vida passou de 72,9 anos, em 2008, para 73,2 anos em 2009 -ano usado como base para o diagrama. As regras do fator funcionam de duas formas: ele pode reduzir o benefício de quem se aposenta cedo, ou aumentar o valor do benefício do segurado do INSS que consegue um índice acima de 1, ou seja, que contribuiu por mais tempo. O especialista em cálculos previdenciários Newton Conde dá um exemplo. Um homem que começou a trabalhar com 14 anos, por exemplo, e pede a aposentadoria com 65 anos, depois de 51 de contribuição, pode conseguir aumentar o seu benefício em 59,7%. Neste caso, a média de contribuição é de R$ 1.000 e o fator, de 1,597, fazendo com que o benefício mensal fique em R$ 1.597. “Quem receberá um benefício pelo mínimo, que hoje é R$ 545,00 nunca perderá,com a mudança no fator, pois o segurado não pode ter seu benefício reduzido. Por conta da legislação, o valor não poderá ser inferior ao mínimo. Assim, ele pode até solicitar a aposentadoria com uma idade baixa, pois não será afetado”, afirma o consultor. Nós! os aposentados | www.asaprevdf.org Aumento para Aposentados: GOVERNO FAZ SILÊNCIO Andréa Trento A proposta de aumento real dos aposentados no ano que vem foi incluída no relatório do Orçamento 2012, mas o porcentual de reajuste não foi definido. O governo reservou apenas a reposição da inflação deste ano pelo INPC, o que daria 5,7% de aumento, mas a categoria reivindica 11,7% mais 80% do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB). Os aposentados e pensionistas de todo Brasil se mobilizaram em defesa do reajuste. Foram a Câmara dos Deputados, foram ao Senado. Tiveram encontro com deputados, líderes do governo, com o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves e com o presidente do Senado José Sarney. As votações foram adiadas e nada foi definido até agora. A votação do Orçamento deve ser apreciada até o dia 22 de dezembro. Até um Grupo Técnico formado por representantes do governo, da COBAP, do Diee- se, do Senado Federal e outras entidades foi formado para discutir uma proposta de receita orçamentária permanente para cobrir anualmente o aumento real dos aposentados. Mas até agora nenhuma decisão concreta foi apresentada aos aposentados. Mais uma vez o governo federal se omite e não garante condições básicas de qualidade de vida aos aposentados e pensionistas. Até parece que aqueles que opinam e decidem no atual Governo, nunca tiveram pai, tio e avós que os ajudaram a vencer na vida. Para o presidente da Asaprev/DF, João Pimenta, o governo está sendo cruel e desumano com os aposentados. Mas estas dificuldades não podem enfraquecer a luta pelos direitos. “Esmorecer perante esta situação difícil não vai ajudar na conquista de condições e salários dignos. Por isso temos que continuar a mobilização pelo aumento do salário dos aposentados”, disse Pimenta. Segurado que aguarda auxílio recebe salário Jornal Agora O s trabalhadores que estão doentes, que não conseguem receber o benefício do INSS e não são aceitos pela empresa por causa da incapacidade, podem garantir, na Justiça do Trabalho, o recebimento do salário integral enquanto o auxílio-doença ou a aposentadoria por invalidez não saem. As decisões são do TRT 2 (Tribunal Re- gional do Trabalho da 2ª Região, que engloba São Paulo) deste ano. A juíza do TRT 2, Ivani Bramante, disse que já reconheceu o direito para um funcionário que ficou no “limbo previdenciário” (sem exercer o cargo e sem receber o benefício, já que a perícia do INSS lhe deu alta, mas o médico da empresa não o deixou voltar) e diz que essas ações estão aumentado. 3 www.asaprevdf.org | Nós! os aposentados 4 Divergências na comissão geral sobre previdência complementar para servidor Agência Câmara A proposta do governo que cria um fundo de previdência complementar para os servidores da União (PL 1992/07) causou polêmica em comissão geral na Câmara. Para o ministro da Previdência Social, Garibaldi Alves Filho, a medida combate o deficit das contas públicas e beneficia os futuros servidores. Já sindicalistas afirmam que o projeto põe em risco a renda dos servidores públicos após a aposentadoria. Os relatores da proposta nas comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Público; de Seguridade Social e Família; e de Finanças e Tributação – deputados Silvio Costa (PTB-PE), Rogério Carvalho (PT-SE) e Ricardo Berzoini (PT-SP), respectivamente – garantiram que os servidores que serão aposentados pelo novo regime não terão prejuízos. No entanto, diversos outros parlamentares criticaram o projeto e apontaram prejuízos para os servidores e para a administração pública. Pela proposta, que tramita desde 2007 e hoje tranca a pauta da Câmara, o novo regime de previdência valerá para todos os funcionários que entrarem no serviço público federal depois da sanção da futura lei. A norma vai limitar o valor dos benefícios dos servidores ao teto pago pelo Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que hoje é de R$ 3.691,74. Para conseguir qualquer quantia acima desse montante, o funcionário deverá aderir à Fundação da Previdência Complementar do Servidor Público Federal (Funpresp). Segundo o projeto, para aderir ao fundo, os servidores deverão contribuir com até 7,5% do que exceder ao valor do teto, além dos 11% já pagos sobre os R$ 3.691,74. Em contrapartida, a União contribuirá com o mesmo valor. Essa soma será gerida por uma instituição financeira e terá rentabilidade de acordo com as aplicações feitas. Para os partidários do texto, a medida combaterá o deficit público do setor que hoje, segundo Garibaldi Alves, já soma R$ 51 bi. O ministro explicou que esse deficit é resultado do pagamento das 960 mil aposentadorias de servidores federais. Para o líder do Psol, Chico Alencar (RJ), a possibilidade de prejuízos com a mudança é grande. “O projeto não trata de previdência complementar, mas de poupança privada de grande risco para o servidor público. Temos que ter o princípio da cautela”, disse. Críticos questionam a reforma A procuradora da República em São Paulo Zélia Luiza Perdoná ressaltou que o mau resultado das contas atuais da Previdência é resultado do regime seguido antes da promulgação da Emenda Constitucional 41, em 2003, que restringiu a oferta de aposentadorias integrais. Zélia Perdoná destacou que o sistema atual não é deficitário e que as contas públicas precisam ser reorganizadas antes da possível aprovação de um fundo complementar para os servidores. O deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP) chegou a dizer que, ao contrário do que o governo divulga, não existe deficit da Previdência, mas um superavit de R$ 58 bilhões. “Eles querem dinheiro para fazer um fundo que será administrado por empresa de previdência privada. O problema do Brasil não é previdência, mas sim os juros da dívida que chegaram a R$ 180 bilhões”, afirmou. Metrô para os que não podem ver e andar Hadrya Hayra - Asaprev/DF O Metrô do Distrito Federal recebeu nos últimos meses doze novos trens, o que seriam trinta vagões para atender o DF. Mas, de acordo com a direção do Metrô DF, seis vagões antigos foram retirados de circulação, ficando apenas vinte e quatro rodando atualmente. O número de passageiros cresceu quase 10% no último ano. “Estamos melhorando os trens antigos. E a nossa expectativa é ir aumentando a quantidade de vagões gradativamente,na medida necessária. Existe um estudo operacional que diz qual é a frota ideal que deve operar durante determinando momento”, disse o diretor David de Mattos. E o número de trens não é o único problema. Quem usa o metrô reclama também da infra-estrutura nas estações, como a falta de banheiros públicos e problemas de acessibilidade para portadores de deficiência. O cadeirante Carlos Dias Fernandes, de 57 anos, diz que há muito tempo não pode ir a qualquer lugar no DF por falta de acessibilidade. Morador do Guará, Carlos conta que em algumas estações do metrô não tem funcionado nem os elevadores e nem as escadas rolantes. “Já cobrei explicações da admi- nistração e só escuto que assim que tiver verba ou que fizerem uma licitação eles começarão a arrumar. Mas e enquanto isso, o que tenho que fazer? Vou deixando de viajar no tal Metrô DF, pois o seguro morreu de velho!” Sobre os problemas nos elevadores e nas escadas rolantes das estações a direção do Metrô DF disse que vai abrir licitação para contratar uma empresa para fazer a manutenção. Nós! os aposentados | www.asaprevdf.org Semana de valorização do idoso conscientiza população Atividades físicas, visitas culturais e palestras mostraram a importância do respeito a pessoa idosa Andréa Trento A secretaria especial do idoso do Distrito Federal promoveu a semana de valorização da pessoa idosa. Foram diversas atividades realizadas em Brasília para informar a população sobre os direitos do idoso e conscientização do respeito pelas pessoas com idade igual ou maior que 60 anos. Quem passou pela rodoviária do Plano Piloto recebeu material explicativo sobre o estatuto do idoso, atendimento jurídico e até massagem. O secretário especial do idoso acompanhou toda a ação. Ricardo Quirino explicou que o objetivo da semana de valorização é conscientizar a população quanto ao respeito pelos idosos. “Queremos mostrar à população do DF a grande importância do direito dos idosos, quebrar o preconceito que existe contra eles e fazer com que eles sejam respeitados no transporte público, nas vagas de estacionamento, nas filas e em qualquer outro local”, afirmou o secretário. Margarida Magalhães aproveitou Secretário Quirino acompanhado de idosos a oportunidade para saber mais sobre os direitos do idoso, já que ela cuida do pai que tem 88 anos. A servidora pública disse que é importante falar do respeito que os mais novos devem ter com os idosos. “Gostei muito desta iniciativa. A população precisa valorizar mais as pessoas mais velhas. Falta respeito”, completou Margarida. Toda ação teve o apoio da Asaprev/DF, inclusive com a presença do presidente da entidade, João Pimenta, e de diretores e associados, que também elogiaram a iniciativa da secretaria especial do idoso. Atividades físicas, visitas culturais e palestras em diversos locais marcaram a semana de valorização da pessoa idosa em Brasília. O secretário Ricardo Quirino aproveitou para divulgar o trabalho realizado pela secretaria especial do idoso do Distrito Federal, especialmente a Caravana da Solidariedade, onde a secretaria passa mensalmente em uma cidade do DF prestando serviços jurídicos, médicos e psicológicos. 5 Conselho Jurídico Desaposentação O tema desaposentação vem conquistando espaço na doutrina e na jurisprudência, assumindo significativo relevo no campo do Direito Previdenciário. A possibilidade de o segurado desaposentar-se, as conseqüências dessa opção, os vários benefícios que a admitem, o aproveitamento do tempo de contribuição anterior e posterior à aposentadoria e a necessidade ou não da devolução das parcelas percebidas são questões ainda em discussão no judiciário. O segurado do regime geral de previdência social que após se aposentar continua contribuindo pode pedir na Justiça uma nova aposentadoria que considere as contribuições pagas pelo segurado após ter se aposentado. Somente tem direito à desaposentação o aposentado que continua a contribuir para o INSS. Com a desaposentação o segurado então, tem a possibilidade de abrir mão da aposentadoria antiga para requerer um novo benefício que leve em consideração o tempo adicional de contribuição. Ou seja, a desaposentação é uma oportunidade de conseguir um benefício melhor. O pedido de desaposentação não cabe se a pessoa sempre contribuiu com o mínimo, as pessoas que têm chance de maior aumento são aquelas que contribuem com o valor máximo possível. Embora pareça evidente e justo que um segurado que mesmo após aposentado continuou no mercado de trabalho, contribuindo obrigatoriamente para o INSS, tenha direito de somar as contribuições posteriores à aposentadoria para melhorar sua renda mensal de aposentadoria, as decisões judiciais não são uniformes, no Distrito Federal os juízes de primeira instância e até mesmo o Tribunal Regional Federal da 1ª região, somente permite a desaposentação em regimes previdenciários distintos (Regime geral para regime estatutário ou vice versa), entretanto o Superior Tribunal de Justiça tem se manifestado favoravelmente a desaposentação, possibilitando não só a soma dos períodos de contribuições posteriores a aposentadoria como declarando expressamente a desnecessidade de qualquer devolução dos valores recebidos pelo aposentado. Hoje, a Desaposentação é uma realidade, uma vez que pesquisas estimam que 500 mil aposentados continuam trabalhando e, conseqüentemente, a contribuir para a Previdência Social. Se todos requererem a Desaposentação, o impacto para os cofres previdenciários será alto, todavia a medida é muita justa. Por tal razão, mais e mais aposentados buscam minimizar o seu prejuízo por não poderem reaver as contribuições que fizeram ao INSS em relação ao período pós-aposentadoria, através da desaposentação. Teresa Cristina Fernandes - Advogada especialista em Direito Previdenciário da Asaprev/DF www.asaprevdf.org | Nós! os aposentados 6 Arnaldo Faria de Sá Entrevista por Andréa Trento D eputado pelo sexto mandado, Arnaldo Faria de Sá é contabilista, advogado e professor. O deputado Arnaldo Faria de Sá se dedica as causas dos aposentados, pensionistas e idosos. Ele é o entrevistado especial desta edição do jornal Nós! Os aposentados. Na sua opinião os aposentados vão conseguir o reajuste real para 2012? Faria de Sá Temos que tentar, é um dever do Governo Federal reconhecer as maldades praticadas contra nossos aposentados e pensionistas que tiveram seus benefícios, quando da sua aposentadoria, defasados pelas altas taxas de inflação ao longo de todos esses anos. As inflações anuais não foram repostas! Hoje, quem se aposentou com 10 salários mínimos, percebe como benefício apenas 1 a 1,5 salário mínimo. Demonstra assim uma total falta de respeito para com aposentados e pensionistas. O que fazer para mobilizar os parlamentares a aprovarem este projeto? Faria de Sá As entidades de classe, representativa dos aposentados e pensionistas e, em especial posso citar aqui a COBAP, presidida pelo Warley, devem pressionar seus representantes para que aprovem as propostas de interesse pendentes apenas de inclusão na Ordem do Dia, por parte do Presidente da Casa. Fui Relator do PL 3299 e 4434, os quais estão, há meses, parados na fila de inclusão em pauta. É preciso mais ação das Centrais Sindicais. Qual a importância dos idosos no cenário nacional? O Sr. Acredita que a previdência está falida, como muitos afirmam? Faria de Sá De grande relevância. O Idoso é o livro a ser seguido aos jovens de hoje, que espero cheguem a essa idade. Faria de Sá A Previdência Social não está falida, balela de quem afirma estar falida. Quando a gente diz que a Seguridade Social é superavitária, dizemos com base em dados. A mídia diz que a Previdência está quebrada para fazer o jogo da previdência privada. Divulgamos, em recente discurso da Tribuna os números da publicação da ANFIP. Em 2010, as receitas da Seguridade Social totalizaram R$ 458,6 bilhões, um valor R$ 65,8 bilhões superior ao de 2009. Esse crescimento marca a saída da crise que atingiu o mundo a partir de setembro de 2008. O aumento não deriva de novos tributos, nem do aumento de alíquotas; simplesmente responde à retomada do processo econômico, num ano em que o PIB cresceu 7,5% em termos reais, maior expansão em 25 anos. O Saldo positivo da seguridade social foi de 58 bilhões, sem falar da D.R.U. (Desvinculação Das Receitas da União) que levou da Seguridade mais de 42 bilhões de reais. Na sua opinião o estatuto do idoso está sendo cumprido? Faria de Sá Em boa parte sim! E trabalhamos nesta Casa para elaborarmos um mecanismo de defesa e respeito ao cidadão idoso. O idoso, anos atrás, era tratado como um “João Ninguém”! Graças ao nosso trabalho, o Idoso agora tem benefícios diferenciados dos cidadãos comuns. Continuaremos nosso trabalho para, além de aperfeiçoarmos, buscarmos ferramentas capazes de proporcionar a melhoria da qualidade de vida desses cidadãos brasileiros. O que fazer para que o estatuto seja cumprido em todo país? Faria de Sá Simples, cumprir a LEI! E denunciar nas delegacias do Idoso os descumprimentos desta Lei. Como promover políticas públicas para aposentados, pensionistas e idosos? Faria de Sá Através de debates, discussões de temas relevantes e necessários para que se busque a melhoria do bem estar social desses cidadãos. A sociedade, num todo, deve se manifestar e, publicamente, buscar junto aos seus representantes nesta Casa a cobrança dessas melhorias. Como o Sr. está se mobilizando para isso? (para construir essas políticas públicas?) Faria de Sá Com nosso trabalho nesta Casa, que desenvolvemos desde nosso primeiro mandato eletivo, estamos no sétimo consecutivo, lutando na defesa dos direitos dos aposentados, pensionistas e idosos. Em São Paulo, nossa cidade, realizamos um trabalho social, de atendimento a aposentados, pensionistas e idosos, prestando a eles informações das mais diversificadas, desde informações previdenciárias, processuais junto aos Juizados Especiais, bem como de seus direitos como cidadão. Deixe uma mensagem aos aposentados, pensionistas e idosos de todo país... Faria de Sá Que todos os aposentados, pensionistas e idosos, continuem com a esperança que conseguiremos superar as dificuldades e problemas, que inventam contra aqueles, que construíram este país, que hoje os abandona à própria sorte, mas eles se arrependerão. Para finalizar, desejo a todos boas festas, um Natal repleto de harmonia e que ele represente a união da família. Um feliz novo ano de 2012 e que ele nos traga muitas vitórias na nossa luta em benefício dessa categoria. Nós! os aposentados | www.asaprevdf.org 7 Papai Noel mudou a vida de aposentado do DF Andréa Trento A figura do Papai Noel tem papel importante na vida de Eliezer Botelho. Depois que o aposentado começou a se vestir de Papai Noel, voluntariamente para ajudar algumas instituições do Distrito Federal, ele fez dessa atividade uma profissão. E hoje ganha dinheiro se apresentando como Papai Noel em shoppings de Brasília. Desde 2007 Eliezer se especializou em ser Papai Noel. Para isso freqüenta cursos e palestras para atender bem a comunidade, principalmente as crianças. Nesta área ele já tinha experiência, adquirida no trato com a família que hoje é formada por 16 netos e 7 bisnetos. O aposentado afirma que tem a confiança dos empresários que o contratam e o apreço da garotada porque ao receber as crianças ele entrega balinhas mas também dá alguns conselhos. “Ser Papai Noel não é apenas entregar presentes, é ser conselheiro também. Tenho sempre uma palavra de orientação para as crianças. E elas adoram a atenção que dou a elas”. Eliezer conta que tudo aconteceu por acaso e hoje adora ser Papai Noel. “Você vai para o trabalho, para receber as crianças, para dar um sorriso, viver um momento de felicidade, de alegria e até realizar sonhos. Todo final de ano é assim, me divirto sendo Papai Noel e ainda ganho um dinheirinho”, conclui o aposentado. O Papai Noel Botelho é associado da Asaprev/DF. Artigo A reforma tributária e a seguridade social C onsiderando os últimos ataques que a Previdência Social vem recebendo via Internet e mais perigosamente, com as propostas da “Reforma da Previdência” e da “Reforma Tributária”, resolvi fazer este artigo. Para começar faço a seguinte pergunta: Quantos orçamentos compõem o fluxo financeiro da União? Resposta: são três. A saber, Orçamento Fiscal, Orçamento da Seguridade Social e Orçamento das Estatais. Para cada orçamento acima descrito a Constituição fixou as fontes de custeio. Notem os senhores que a proposta da Reforma Tributária somente quer eliminar o Orça- mento da Seguridade Social. Porque será? A Lei garante que se faltar recursos no orçamento da Seguridade Social o governo deverá transferir o valor necessário do orçamento Fiscal. Mas o que vem ocorrendo é completamente o inverso. São efetuadas transferências do orçamento da Seguridade Social para cobrir os rombos do orçamento Fiscal. Diante deste panorama cheio de irregularidades e visando esconder estes desvios financeiros, surgiu a proposta da Reforma Tributária. Querem transformar todas as contribuições sociais no “Imposto sobre valor agregado”- IVA. Se isto ocorrer, adeus orçamento da seguridade social, adeus aos procedi- mentos institucionais. Já que todas as Contribuições Sociais serão transformadas em impostos, porque a CIDE – Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico – não será incorporada como Imposto? Este simples fato já denota a má intenção dos governantes em quererem apropriar-se, legalmente, do dinheiro do trabalhador e dos aposentados do Brasil. Estamos lutando é pela não aprovação das partes da Reforma Tributária e para criar mecanismo de proteção do Orçamento da Seguridade Social, como ele está hoje, deixando-o como está descrito na Constituição. Quando falo de Aposentadorias, estou dizendo que o Bra- sil conseguiu incluir em sua Constituição a proteção não só aos idosos, mas também aos deficientes e aos menos favorecidos. Não podem descartar os idosos como se fossem mercadorias velhas ou um peso insustentável. Se hoje temos o que temos é porque as gerações passadas ajudaram a construir. Honrai Pai e mãe. Isto está escrito nas sagradas escrituras e graças a Deus ainda encontramos pessoas que acreditam e cumprem o que foi escrito. Aos companheiros da Asaprev/ DF, um abraço. Alcides dos Santos Ribeiro Presidente FAPEMS - Fed. das Assoc.dos Apos. e Pens. do Estado do Mato Grosso do Sul www.asaprevdf.org | Nós! os aposentados 8 Ministro anuncia implantação de 5 academias da saúde no DF no Plano de Ações Estratégicas para Enfretamento das DCNT. SEDENTARISMO E OBESIDADE De acordo com o estudo Vigitel 2010 (O estudo Vigitel fornece estimativas de fatores de risco ou proteção para doenças crônicas, na população adulta de cada uma das capitais dos 26 estados brasileiros mais o Distrito Federal), 16,4% dos brasileiros são sedentários; ou seja, pessoas que não fazem nenhuma atividade física no tempo livre, nem mesmo nos deslocamentos diários ou em atividades como a limpeza da casa ou outros tipos de trabalho. A pesquisa também mostra que, nos períodos de lazer, 25,8% dos brasileiros passam três ou mais horas em frente à TV, durante cinco ou mais A estratégia estimula a criação de espaços adequados para a prática de atividades físicas e lazer Agência Saúde O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou os municípios que serão contemplados pelo Programa Academia da Saúde, que estimulam a criação de espaços adequados para a prática de atividades físicas e lazer. Em todo o Brasil, foram selecionados 2 mil pólos que serão instalados em 1.828 municípios. Para o Distrito Federal, serão destinadas 5 unidades. Os pólos do Programa Academia da Saúde são espaços públicos construídos para a prática de atividade física. As atividades devem estar ligadas aos serviços de atenção básica. “As Academias da Saúde são mais do que espaços públicos de lazer: trata-se de meios de acesso às práticas corporais pela maioria da população, com impacto direto na qualidade de vida e na saúde das pessoas”, ressalta o ministro. Padilha observa que a construção desses espaços é uma das estratégias do governo federal para a promoção da saúde, prevenção de enfermidades e redução de mortes prematuras por Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) – medidas previstas vezes por semana. Além disso, apenas 15% dos adultos são ativos no tempo livre, com maior proporção entre homens (18,5%) na comparação com as mulheres (12%). A Organização Mundial de Saúde recomenda a prática de 30 minutos de atividade física, durante cinco ou mais dias por semana. Outro indicador preocupante se refere ao sobrepeso e à obesidade. O Vigitel 2010 mostra que 48% dos brasileiros estão acima do peso e, desses, 15% são obesos. “A obesidade é, em geral, consequência de alimentação inadequada e inatividade física, o que pode levar ao desenvolvimento de doenças cardiovasculares e diabetes, por exemplo”, alerta Deborah Malta, coordenadora de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis do Ministério da Saúde.