Luiz Antonio de Moraes 129 aberto, graças ao precavido João Élcio, zemos uma sopa com não mais que 100 gramas de massa, algumas castanhas que coletamos e meia baguette. Um banquete depois de dez horas de caminhada. O café da manhã foi uma xícara chá verde para cada um. Peregrino se satisfaz com pouco. Caminhamos de Arles até Santiago de Compostela, naquela que foi a jornada de nossas vidas. Não passou dia que não encontrássemos alguém novo, homens, mulheres, jovens e idosos, dos mais variados credos e países, com quem convivemos dias, semanas ou horas, os quais com certeza, compartem conosco a lembrança e a saudade de lugares especiais do Caminho. Guardamos um especial carinho ao cozinheiro Joan, de Palma de Maiorca, que nos regalou, com sua maestria, com esquisitos arroces mayorquis, em refeições compartidas nos Albergues que coincidimos encontrar-nos. Reencontramos o Tcheco Ondrej em Burgos e Santiago, o Padre Johannes na subida do Cebreiro e Santiago e o italiano Simone em Santiago. Nos cumprimentamos e nos abraçamos emocionados, em frente à casa do Apóstolo, lá na Praça do Obradoiro. Voltaremos sempre!