01 - Sobre Joana D’Arc, o historiador Jules Michelet escreveu: “Pela primeira
vez, sente-se, a França é amada como uma pessoa, e ela torna-se tal desde o dia
em que a amam. Até ali era uma reunião de províncias, um vasto caos feudal, um
país imenso, de ideia vaga. Mas desde esse dia, pela força do coração é uma
pátria”. (MICHELET, Jules. Joana D ́Arc. São Paulo: Fulgor, 1964, p. 16).
Comente esse excerto, explicando as consequências da Guerra dos Cem Anos
(1337-1453) para a França e para o sistema feudal.
Consequências: A guerra contribuiu na França para revelar uma nova força: o
sentimento nacional. A atuação de Joana d´Arc, simples camponesa que identificou a
continuidade da monarquia francesa como fundamental para a libertação da França do
domínio britânico, refletiu os sentimentos do povo francês, cujo futuro devia ser
totalmente desvinculado da Inglaterra. Esse nacionalismo emergente foi capitalizado a
serviço da monarquia pelos reis valois para a consolidação de um poder central em
bases nacionais. A criação de um exército nacional e profissional permanente à
serviço da monarquia, também dispondo de impostos permanentes, foi fundamental
para a vitória final da França e a retomada da centralização política e territorial
nacional.
A Guerra dos Cem Anos, cujo processamento implicou a desorganização da produção
feudal, acentuou o declínio demográfico devido à elevação do índice de mortalidade,
acarretou o aumento da tributação para atender aos gastos bélicos.
Evidentemente a guerra atingiu pesadamente os que viviam da terra, não só os
senhores feudais, mas principalmente os camponeses, gerando revoltas, crise geral
feudal e formação do Estado Nacional Moderno.
02 - Leia o excerto da “Declaração de Direitos” (Bill of Rights), assinada pelo rei
Guilherme de Orange, em 1689, após a chamada Revolução Gloriosa na
Inglaterra em 1688:
"Os Lords (...) e os membros da Câmara dos Comuns, declaram, desde logo, o
seguinte:
1. Que é ilegal a faculdade que se atribui à autoridade real para suspender as leis
ou seu cumprimento (...).
5. Que os súditos têm direitos de apresentar petições ao Rei, sendo ilegais as
prisões, vexações de qualquer espécie que sofram por esta causa. (...).
13. Que é indispensável convocar com frequência os Parlamentos para
satisfazer os agravos, assim como para corrigir, afirmar e conservar as leis.”
A partir do documento acima e de seus conhecimentos sobre a Revolução
Gloriosa e seus desdobramentos, explique por que ela é interpretada como uma
revolução liberal, parlamentar e burguesa.
Porque representou o triunfo da burguesia capitalista, dos mercadores de Londres,
dos gentis-homens do campo abuguersados pelo capitalismo agrícola.
A revolução correspondia ao triunfo da teoria do contrato entre o Rei e a Nação. O Rei
de Direito Divino, excluído, foi substituído por um primeiro-ministro e um parlamento
fortes, passando simplesmente a reinar, porém, não mais governar.
Não se verificou, todavia, a vitória de uma revolução popular, mas sim de uma
revolução aristocrática. A massa, o povo, não ascendeu, contudo ao poder. Foi a
revolução das liberdades mais do que da liberdade dos privilégios da fortuna ou da
educação mais que da igualdade, da harmonia e do compromisso mais que da
fraternidade.
03 - No Estado do Paraná, desde 2005, foram mapeadas mais de 80 comunidades
quilombolas, parte delas já reconhecidas pelo governo brasileiro. Explique o que
foram os quilombos, e em seguida explique por que, atualmente, o
reconhecimento oficial das comunidades quilombolas paranaenses é importante
para o estudo da História do Paraná.
Surgidos no período colonial e multiplicados desde então até o final do império,
quando da abolição da escravidão, os quilombos tornaram-se a mais simbólica e
representativa forma de resistência negra ao cativeiro: refúgios criados nas matas,
para os quais se dirigiam os egressos das senzalas em meio a fugas e revoltas,
transformaram-se em comunidades praticamente autônomas, produzindo para a
subsistência e resgatando alguns dos costumes e tradições da mãe África. Em meio
ao isolamento geográfico de umas, e à proximidade de outras da cobiça dos grileiros,
as comunidades quilombolas – ou seja, remanescentes dos antigos escravos fugitivos
– só tiveram seus direitos e importância reconhecidos a partir da Constituição de 1988,
depois de décadas de luta de diversos setores e movimentos sociais. Ainda
dependentes da demarcação de muitas das suas terras, tais comunidades têm um
papel fundamental na construção do patrimônio material e imaterial da nossa história,
portanto seu reconhecimento oficial é essencial para se compreender desde os
aspectos locais da escravidão no Paraná (e no Brasil afora) até as formas de
resistência – física e cultural – ao cativeiro, elementos que fazem parte da própria
formação da sociedade paranaense, suas idiossincrasias e contradições.
Questão razoavelmente fácil, tendo como elemento complicador a menção à História
do Paraná – o que, neste caso, não fazia a menor diferença para a essência da
resposta.
04 - Durante o Estado Novo (1937-1945) “os periódicos acabaram sendo obrigados a
reproduzir os discursos oficiais, a dar ampla divulgação às inaugurações, a enfatizar
as notícias dos atos do governo, a publicar fotos de Vargas (...) Havia íntima relação
entre censura e propaganda.” (CAPELATO, M. H. Multidões em cena. S P: Unes p,
2009, 2ª ed. , p. 86).
Por que o governo desse período deu tanta importância ao controle dos meios
de comunicação? Quais tipos de informação e conteúdo eram censurados pelo
governo do Estado Novo nos meios de comunicação?
Como todo regime autoritário do século XX, o Estado Novo de Getúlio Vargas não
ignorava a importância crucial dos meios de comunicação de massa – nessa época,
jornais e rádio em especial – na construção e, sobretudo, manipulação da assim
chamada “opinião pública”, de forma a legitimar a usurpação do poder e a implantação
do autoritarismo, bem como estimular o culto à figura do líder. A exemplo do
nazifascismo e outros, a ditadura getulista criou mecanismos institucionais para o
controle dos meios de comunicação, como o famigerado DIP (Departamento de
Imprensa e Propaganda), órgão responsável tanto pela propaganda do regime,
através de pérolas como a “Hora do Brasil” – transmitida via rádio em horário nobre e
rede nacional –, quanto pela seleção e maquiagem de informações e, sobretudo,
censura de conteúdos considerados impróprios pelo governo: obviamente quaisquer
críticas ao mesmo, mas também notícias de criminalidade (pois no Estado Novo de
Vargas supostamente não havia problemas sociais) e, em especial, a exaltação de
ideologias “antinacionalistas” e “subversivas”, ou ainda comportamentos contrários à
moral do trabalho imposta pelo regime.
Questão clássica acerca de temas fundamentais: a relação Estado, imprensa e
autoritarismo; a ditadura do Estado Novo.
05 - Leia o excerto de uma obra de Machado de Assis:
“[...] Toda a questão é não infringir as regras e obrigações capitais. Podes pertencer a
qualquer partido, liberal ou conservador (...), com a cláusula única de não ligar
nenhuma ideia especial a esses vocábulos [...]”. (ASSIS, Machado de. Teoria do
Medalhão. In M. de ASSIS, Papéis avulsos. (1882). Rio de Janeiro; Belo Horizonte:
Garnier, 1989, p. 74).
Comente essa afirmação, destacando o funcionamento do sistema político do
Segundo Reinado no que se refere à atuação dos partidos liberal e conservador,
e no que se refere à atuação do imperador D. Pedro II.
Conforme aponta Machado de Assis – e boa parte da imprensa da época do Segundo
Reinado – as diferenças entre os partidos liberal e conservador, protagonistas da cena
política de então, limitavam-se a seus nomes, não envolvendo divergências
ideológicas nem distinções de classe, pois ambos representavam os interesses da
aristocracia rural e revezavam-se no poder, de forma razoavelmente equilibrada e sem
mudanças significativas na condução do país, graças ao sistema político estabelecido
em 1847 e conhecido como “parlamentarismo às avessas”, no qual D. Pedro II,
através do Poder Moderador (que colocava o rei acima dos demais poderes
instituídos), escolhia o Primeiro-Ministro e este, por sua vez, assumia a chefia do
Executivo e determinava a composição do Legislativo (a seu favor, é claro) por meio
de um processo eleitoral marcado por fraudes e violência – as famosas “eleições do
cacete”. Desse modo, manipulando os interesses da elite político-econômica e
jogando com os partidos que a representavam, o imperador preservava-se dos efeitos
da disputa partidária, colocando-se como um elemento “neutro” e eximindo-se do
desgaste da administração da máquina pública, garantindo assim a estabilidade que
marcou seu longo reinado.
Outra questão clássica – e fácil – de História do Brasil: parlamentarismo às avessas é
beabá do Segundo Reinado para qualquer candidato minimamente preparado.
06 - ALeia o excerto sobre a Guerra de Secessão dos Estados Unidos (18611865): “Foi essa experiência terrível [a Guerra de Secessão – 1861-1865], e não a
luta pela independência, que fez dos americanos um povo unido, consciente de
seu destino único.” (AMEUR, Farid. O nascimento de uma nação. História Viva.
Disponível em: http://www2.uol.com.br/historiaviva/reportagens/o_nascimento_
de_umanacao.html).
Por que o autor faz esta afirmação sobre a Guerra Civil norte-americana?
Justifique sua resposta, comparando a situação política
Após a guerra os estados sulistas derrotados, foram reintegrados à união, tiveram que
reconhecer a abolição da escravidão e o direito de voto aos negros tornados cidadãos.
O sul desvinculou-se da Inglaterra e se viu na contingência de vender seus produtos
agrícolas aos capitalistas do norte que transferiram capitais e indústrias para os
Estados sulinos. Após a guerra da independência: Os EUA politicamente organizaram
os novos Estados sob a forma confederada desfrutando de completa autonomia. Logo
de início defrontaram-se os republicanos (a favor de maior autonomia para os
Estados) e os federalistas (a favor de um poder central forte). Na constituição de 1787
houve um visível compromisso entre as duas tendências. Um dos problemas a
resolver: afastar a pressão econômica inglesa sendo necessário uma segunda guerra
de independência (1812-1814).
Após a Guerra de Secessão: formação dos primeiros trustes ligados aos Morgan,
Carnegie, Rockefeller, pois os EUA conheceram uma crescente prosperidade
econômica. A produção
foi estimulada pelo desenvolvimento industrial, pelo
estabelecimento de elevadas tarifas protecionistas, pelo afluxo de mão-de-obra
graças à imigração que permitiu cultivar as terras do oeste e multiplicar as usinas pelo
afluxo de capitais europeus, notadamente britânicos.
07 - Aponte e explique três consequências econômicas importantes para a
sociedade brasileira decorrentes da implantação do Plano Real em 1994 e da
política econômica adotada no contexto dos governos Itamar Franco (1992-1994)
e do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso (1995-1998).
Primeiramente e acima de tudo, o controle da inflação – depois de mais de uma
década de escalada astronômica de preços e várias medidas frustradas para contê-los
– foi sem dúvida a consequência mais importante e desejada do Plano Real;
complementando tal objetivo e desempenhando papel primordial para tanto, este
Plano lançou mão de uma política de valorização da moeda, substituindo
gradualmente o desgastado Cruzeiro Real pelo Real, unidade cujo valor garantiu maior
acesso da população de baixa renda ao consumo bem como fortaleceu o setor de
importações, igualmente estimulado pelos governos Itamar e FHC como meio de
ampliar a oferta e a concorrência no mercado e assim reduzir os preços; é importante
citar ainda, como fatores do sucesso e efeitos colaterais nem sempre benéficos do
Plano Real, a política de juros altos e a busca pelo equilíbrio das contas públicas – o
que, no período citado, significou dificuldades para o financiamento e crediário,
redução de investimentos públicos, aumento de impostos e privatização de estatais;
apesar de eficientes no combate à inflação, tais medidas também geraram problemas
e polêmicas, como a diminuição da atividade financeira, a paralisação de obras de
infraestrutura e a diluição do patrimônio público.
A questão mais complexa de História do Brasil desta prova: apesar de tratar de tema
bastante conhecido pelo senso comum, exigiu do candidato conhecimentos mais
aprofundados da história econômica recente do país.
08 – Leia a afirmação sobre o movimento muralista mexicano nas décadas de
1920 a 1940: “O processo revolucionário mexicano possibilitou o ressurgimento
de uma nova arte que visava a integração entre o presente e o passado no
México.” (BARBOSA, L.C. Muralismo e Identidades: representações préhispânicas em David Alfaro Siqueiros, I Seminário de Pesquisa em
PósGraduação. UFG, 2008, p. 4).
Comente esta afirmação, destacando quais sujeitos do passado e do presente
mexicano foram exaltados e quais foram criticados pelos pintores do movimento
muralista. Qual a importância de se integrar personagens do passado e do
presente nesse período posterior à Revolução Mexicana de 1910?
O Muralismo se transformou na arte revolucionária durante a revolução mexicana.
A revolução mexicana teve principais acontecimentos a reivindicação das reforma
agrária e a manifestação dos camponeses que solicitavam um retorno à sua cultura,
ou seja, a busca e a valorização da cultura indígena.
Durante as décadas de 1920 e 1930, o México passou a ser o âmago da arte no
continente american. Os pintores mexicanos, influenciados pela revolução, iniciaram
uma proposta de “arte revolucionária” que seria uma mistura entre influências da arte
pré-colombiana (asteca, inca e maia) e da arte moderna.
A nova arte deveria ser das camadas populares, ou seja, o povo teria acesso a essa
arte.
A influência revolucionária seria expressa em grandes murais (pintura muralista) nos
edifícios públicos, que foram a principal tela dessa nova arte. Sua principal proposta
era o “retorno” às origens indígenas principais muralistas: Clemente Orozco, David
Siqueiros e Diego Rivera.
Os principais temas pintados por eles foram mensagens de luta, à população, contra
as desigualdades sociais, a miséria e a exploração dos camponeses.
09 – “O conflito palestino-israelense não é um filme de faroeste. Não é uma luta
entre o bem e o mal. Vejo-o, antes, como um choque entre certo e certo (...)” (OZ,
Amós. Contra o fanatismo, RJ: Ediouro, 2004, p.45).
Comente a afirmação acima, expondo os motivos políticos e religiosos alegados
por ambos os lados – israelense e palestino – para os conflitos que se estendem
desde a criação do Estado de Israel e nos territórios ocupados por ele.
O conflito palestino-israelense está diretamente redirecionado ao processo de divisão
da Palestina pela ONU em novembro de 1947, com o objetivo de formar dois estados
independentes – Israel e o Estado da Palestina – e uma zona neutra, situada na
cidade sagrada de Jerusalém tanto para árabes quanto para judeus.
Em maio de 1948, foi proclamado o Estado de Israel. Em represália, a Liga Árabe
invadiu a Galiléia, no norte do país, dando início a primeira guerra árabe-israelense,
que terminou em 1949 com a vitória do Israel e a extinção do Estado Palestino, cujo
território foi ocupado por forças israelenses, egípcias (Faixa de Gaza) e jordanianas
(Cisjordância). Assim, às disputas pela definição das fronteiras entre árabes e judeus,
geraram novas guerras como Suez (1956), Guerra dos seis dias (1967), guerra do
Yom Kuppur (1973).
Em 2001, israelenses e palestinos firmaram um frágil acordo de paz, intermediado
pelos EUA, porém, a paz na região continua sendo uma incógnita.
10 - Leia o excerto abaixo, retirado da “Carta do MST [Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem-Terra] aos Candidatos e Candidatas [à presidência da
República]”, publicada em 02 de setembro de 2014:
“Lutamos por mudanças na relação com os bens da natureza, na produção de
alimentos e nas relações sociais no campo. (...) A terra precisa ser democratizada e
cumprir com sua função social. (...) Lutamos e exigimos uma política efetiva,
estruturante e massiva de Reforma Agrária Popular, indispensável para a permanência
das famílias no campo, com produção e distribuição de riquezas.”
(http://www.mst.org.br/node/16467).
Considerando seus conhecimentos sobre a questão da reforma agrária em
diferentes períodos da História, responda:
Por que há grupos, como o MST, que reivindicam uma reforma agrária no Brasil
atual?
Por que os irmãos Tibério e Caio Graco tentaram estabelecer a reforma agrária
entre 133 e 121 a.C., durante o período republicano romano?
Brasil atual:
Seja no Brasil, seja no mundo, o tema da Reforma Agrária é histórico e remete à luta
das camadas humildes do campo pelo direito à terra e ao trabalho, obstaculizado pela
concentração da propriedade rural nas mãos da elite agrária. No caso específico de
nosso país, a bandeira da Reforma Agrária já é levantada pelos camponeses e seus
representantes políticos, bem como por intelectuais e militantes de esquerda, desde os
anos 50 com a criação de movimentos como as Ligas Camponesas de Francisco
Julião; prosseguindo esta luta histórica num novo contexto, o da Constituição de 1988,
a qual prevê a Reforma Agrária e o direito ao trabalho, além de definir a terra como
bem social, o MST se utiliza tanto de meios legítimos – como a formação de
cooperativas de trabalhadores assentados em terras desapropriadas pelo governo –
quanto de recursos radicais – como a invasão de propriedades para forçar a
desapropriação das mesmas, nem sempre com bases legais – para sensibilizar a
opinião pública e, acima de tudo, naturalmente, alcançar o objetivo prioritário: reduzir a
concentração da propriedade rural para evitar o êxodo do homem do campo,
garantindo-lhe oportunidade de trabalho e dignidade de existência, além da produção
e distribuição da riqueza de forma mais justa, combatendo assim a miséria e a
violência decorrentes da exclusão socioeconômica no campo.
Os irmãos Graco, Tibério e Caio, durante o período de crise da república romana
devido o grande número de escravos proveniente das guerras de conquista, tentaram
fazer uma reforma agrária em Roma e em algumas colônias com o objetivo de conter
o desemprego de homens livre e entregar terras aos velhos soldados desmoralizados
do exército. A reforma deveria ser feita no chamado “Áger publicus” – torna públicas
em posse dos patrícios ricos.
A tentativa fracassou com a morte de Tibério Graco e o suicídio de Caio que ainda
havia tentado pôr em prática a lei frumentária, vendas do trigo a um preço mais baixo
para os mais pobres de Roma.
Mais uma questão clássica – e tranquila para quem estudou o básico –
envolvendo a comparação histórica de um tema universal: a Reforma Agrária.
Comentário Geral:
Envolvendo temas contemporâneos, assuntos de grande relevância e
propiciando relações e reflexões entre presente-passado e Brasil/Mundo, a
prova discursiva de História de 2015 foi uma das melhores e mais equilibradas
dos últimos anos; sem surpresas negativas ou conteúdos esdrúxulos,
contemplou o candidato bem preparado e capaz de articular o conhecimento
histórico com questões atuais. Mesmo a questão sobre o movimento muralista
mexicano, apesar de tratar de um tema específico, não fugiu à tradição da UFPR
de cobrar conteúdos de história cultural e história da arte, o que certamente
atesta coerência e eleva o nível da prova, bem como da preparação exigida do
futuro calouro desta instituição. (Prof. Jully Mar e Prof. Sergião)
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01 - Sobre Joana D`Arc, o historiador Jules Michelet