HUMANAS Questão 1 Os homens que combatem e morrem pela Itália têm o ar, a luz e mais nada (…). Lutam e perecem para sustentar a riqueza e o luxo de outro, mas embora sejam chamados de senhores do mundo, não têm um único torrão de terra que seja seu. (Tibério Graco, tribuno da plebe no ano de 133 a. C. em Roma, assassinado pela aristocracia romana.) Compare as sociedades que produziram os dois documentos, no que diz respeito à questão da terra. Resposta O primeiro texto refere-se ao período de crise da República Romana, no qual tiveram destaque os irmãos Graco – Tibério e Caio. Tibério propunha uma reforma agrária que beneficiasse aqueles cidadãos que não tinham acesso ao uso da terra, então monopolizado pela aristocracia fundiária. Desencadeia-se um clima de tensão e conflito social que resultou, entre outros aspectos, no assassinato de Tibério Graco pelos setores que se opunham à sua proposta de reforma. A sociedade romana da época era altamente hierarquizada: dividida entre patrícios, que possuíam privilégios, e plebeus, que, ao longo de um processo de confrontos e lutas, aos poucos conquistaram alguns direitos, entre os quais o de possuir um porta-voz de seus interesses por intermédio da figura do tribuno da plebe. Tibério Graco foi um tribuno da plebe. Para além dos patrícios e plebeus havia também escravos na sociedade roma- na da época. O monopólio do uso da terra por parte do patriciado romano foi motivo de grandes tensões e conflitos que estão diretamente associados à crise e colapso da República Romana e à implantação do Império. Mudando a época, o espaço e o contexto histórico, pode-se afirmar que existem significativas semelhanças entre ambas sociedades do ponto de vista da questão agrária. Desde o Período Colonial, sem alterações muito significativas, um dos traços importantes da economia brasileira foi a presença das grandes propriedades monocultoras com sua produção voltada para o mercado externo, mesmo rompidos os laços de dependência política em relação à Metrópole, mesmo abolida a escravidão e tendo mudado o regime político da monarquia para a república. O poder dos grandes proprietários rurais foi suficiente a ponto de manter uma estrutura agrária caracterizada pela alta concentração da propriedade. Ao longo da história do Brasil existiram movimentos sociais e políticos que contestavam a estrutura agrária vigente e propunham uma reforma agrária. Neste contexto destaca-se, por exemplo, nos anos 1960 a existência das chamadas ligas camponesas e propostas reformistas do governo João Goulart (1963-1964) que, de alguma forma, estão associadas à sua deposição e à implantação do regime militar. No contexto da crise e colapso do regime militar (1964-1965), vários setores da sociedade se manifestaram no sentido de uma maior participação política nos destinos do país. Neste contexto, com o apoio da chamada "ala progressista" da Igreja, organiza-se e passa a atuar o movimento dos trabalhadores rurais sem-terra, conhecido por sua sigla, MST, que mobiliza os trabalhadores do campo no sentido de pressionar as autoridades para a implantação de uma reforma agrária no país que altere o quadro fundiário vigente. O episódio de Eldorado dos Carajás referido no enunciado, ocorrido no Estado do Pará, levou ao confronto os integrantes do movimento com policiais, que resultou em mortos e feridos. O episódio tornou-se um símbolo da luta pela terra por parte dos integrantes daquele movimento. Portanto, em ambos os contextos históricos pode-se afirmar que os conflitos agrários estiveram presentes e que estão, por sua vez, associados a estruturas sociais marcadas pela desigualdade social e concentração de recursos nas mãos de uma aristocracia pouco propícia a abrir mão de seus privilégios. história 2 Resta observar, todavia, que as significativas mudanças ocorridas no plano mundial, especialmente a partir das últimas décadas do século XX – nomeadamente o colapso da Guerra Fria e o processo de globalização –, vieram a redimensionar uma série de questões associadas ao uso dos recursos naturais, entre os quais a própria questão agrária, o que, entre outros aspectos, pode colocar em discussão o alcance e os possíveis significados da reforma agrária no atual contexto. igualmente a uma política de extermínio físico que ao término da Segunda Guerra Mundial constatou-se ao genocídio de cerca de seis milhões de judeus. Em ambos os episódios destacam-se a intolerância e o anti-semitismo; no primeiro, liderado pela Igreja e no segundo, pelos nazistas que controlavam o poder na Alemanha. Questão 3 Questão 2 Após a expulsão dos judeus da Espanha, a partir de 1492, o mundo árabe acolheu boa parte deles. Se lhes deu – como aos cristãos – o estatuto de dhimmi, inferior ao dos muçulmanos, era claramente mais favorável que o de seus correligionários na Europa, ele os preservou das perseguições recorrentes que os outros sofreram na Europa. E Auschwitz, como se sabe, não é um nome árabe. (http://diplo.uol.com.br/2004-05,a915) O texto faz referência a dois episódios relacionados a perseguições aos judeus. Identifique e explique esses momentos. Resposta O contexto histórico associado à expulsão dos judeus da Espanha está associado ao processo de formação das Monarquias Nacionais – o Estado Moderno – na Europa Ocidental entre os séculos XV e XVI. Os reis católicos – Fernando de Aragão e Isabel de Castela – para além de assegurar sua soberania sobre o território simbolizado, entre outros aspectos, pela expulsão dos mouros com a conquista de Granada, conseguiram o apoio da Igreja para legitimar o processo de centralização do poder político então em curso e, nesse contexto, constituíram-se como uns dos baluartes da Contra-Reforma. O estabelecimento da Inquisição e a expulsão dos judeus estão associados a este processo. Já Auschwitz associa-se aos desdobramentos da tomada do poder pelos nazistas na Alemanha (1933-1945) que, entre outros aspectos, tinha no anti-semitismo uma de suas importantes bandeiras políticas. O racismo contra os judeus levou à formação de campos de concentração, dos quais Auschwitz é um exemplo, e levou A razão que me consta por que ides àquele país, É o desejo de povoar essa terra longínqua e fazer uma nova plantação, Onde tereis boa terra em abundância para plantar e cultivar, A qual ninguém vos tirará nunca, enquanto assim o quiserdes. (Balada inglesa do século XVII. Apud S. E. Morrison e H. S. Commager, História dos Estados Unidos da América.) A partir das informações da canção, explique a singularidade da estrutura da colonização inglesa na América do Norte no século XVII. Resposta Afirma-se que a colonização inglesa na América do Norte teria sido "singular", tal como aparece no enunciado, quando comparada, por exemplo, à colonização portuguesa na América. Esta última caracterizou-se pela implantação de um sistema produtivo com a finalidade de complementar a economia da metrópole sob um regime de monopólio e que se caracterizou por ter grandes propriedades, grande concentração da renda, monocultura e uso do trabalho escravo. Esse seria um exemplo típico daquilo que alguns especialistas chamaram de "colônias de exploração". Por contraste, as colônias inglesas da Nova Inglaterra (Nordeste dos atuais Estados Unidos) teriam sido "colônias de povoamento", caracterizadas pelas pequenas propriedades, economia de subsistência e presença de trabalho livre. Tais núcleos de povoamento teriam sido motivados pela transferência de parte da população da metrópole, que sofria perseguições religiosas e que na América teria procurado locais onde pudesse sobreviver e praticar livremente suas crenças religiosas. história 3 Nesse sentido, esses estabelecimentos coloniais eram bastante singulares. Deve-se observar também que as colônias do Sul da América do Norte seguiram o padrão geral da colonização como "colônias de exploração", ou seja, grandes propriedades, trabalho escravo e economia voltada para as necessidades da metrópole. estava a Rússia para a revolução social que as massas de Petrogrado imediatamente trataram a queda do czarismo como uma proclamação de liberdade, igualdade e democracia direta universais. O feito extraordinário de Lenin foi transformar essa incontrolável onda anárquica popular em poder bolchevique. (E. J. Hobsbawm, Era dos extremos.) Questão 4 Leia a mensagem, recebida por um industrial inglês no início do século XIX. Acabou de ser dada a informação de que você é dono daquelas abomináveis [máquinas], e que fui solicitado pelos meus Homens para lhe escrever e fazer-lhe uma Advertência clara para demoli-las (…) Fique Avisado que, se não forem retiradas até o final da próxima semana, destacarei um dos meus Tenentes com pelos menos 300 Homens para destruí-las e fique ainda Avisado que, se você nos der Trabalho de irmos até as Cinzas e, se você tiver o Atrevimento de disparar em algum dos meus Homens, eles têm ordens de matá-lo & incendiar todos os seus Alojamentos; tenha a Bondade de informar aos seus Vizinhos que o mesmo destino os espera se suas Armações não forem rapidamente retiradas. (apud E. P. Thompson, A formação da classe operária inglesa. Adaptado.) Identifique e analise o tipo de ação operária que o documento faz referência. Resposta Trata-se do chamado Movimento "Ludista" no contexto da Revolução Industrial Inglesa. Os ludistas pregavam a destruição das máquinas, que, segundo eles, provocariam o desemprego e a miséria da classe trabalhadora. Questão 5 A Rússia, madura para a revolução social, cansada de guerra e à beira da derrota, foi o primeiro dos regimes da Europa Central e Oriental a ruir sob as pressões e tensões da Primeira Guerra Mundial (...) tão pronta A partir do texto, explique as condições estruturais que permitem ao autor considerar a Rússia madura para a revolução social. Resposta Em primeiro lugar, cabe observar que os processos revolucionários são bastante complexos e que, sob pena de simplificação, é discutível comparar uma revolução a um produto que, em um certo momento, esteja "pronto para ser colhido". Portugal estava "maduro" para a Revolução de Avis? A França estava "madura" para a Revolução Francesa? A Rússia estava "madura" para a Revolução Russa? Um processo revolucionário supõe, entre outros aspectos, um contexto de crise do sistema político vigente, a existência de uma oposição minimamente organizada que se propõe à tomada do poder, uma conjuntura interna que possibilite a canalização do descontentamento popular identificando-o à ineficiência do regime político vigente e, por fim, uma determinada conjuntura internacional propícia para que o movimento revolucionário não seja abortado. Nesse contexto pode-se afirmar que o regime czarista estava passando por uma profunda crise de autoridade, as sucessivas derrotas no plano internacional, a política sistematicamente repressiva em relação às vozes discordantes, a crise econômica, o descontentamento popular e um conjunto variado de organizações políticas que se opunham ao regime vigente. Uma conjuntura internacional favorável – a Alemanha interessada em eliminar sua frente de guerra no Front Oriental – possibilitou a chegada de Lênin à Rússia em 1917 que catalisa as oposições e consegue derrubar o regime. A Rússia era e é o maior Estado em extensão territorial. Para consolidar o poder, os bolcheviques contavam com o apoio dos variados grupos de oposição ao czarismo. Terminada a guerra civil e consolidado o poder, os bolcheviques trataram de eliminar os demais grupos de oposição e fundaram um regime de partido único centralizado e autoritário. história 4 Questão 6 Questão 7 (...) antes de 1961, as Forças Armadas não eram abertamente atingidas no seu prestígio, (...) A partir, porém, da queda da Índia [portuguesa], e sobretudo à medida que as guerras em África se iam prolongando, as Forças Armadas descobriam, não sem espanto por parte de muitos militares, que pela primeira vez viam claro o seu divórcio real da Nação. As Forças Armadas são então humilhadas, desprestigiadas, apresentadas ao país como responsáveis máximos do desastre. MAPA ECONÔMICO DO BRASIL DO SÉCULO XVIII. (Texto clandestino intitulado O movimento das Forças Armadas e a nação, apud Carlos Serrado e Kabengele Munanga, A revolta dos colonizados.) A partir do texto, relacione as guerras coloniais na África portuguesa e a Revolução dos Cravos, que derrubou a ditadura salazarista em 25 de abril de 1974. Resposta O regime salazarista em Portugal, tanto quanto o regime franquista na Espanha – ditaduras obscurantistas – podem ser considerados como "sobreviventes" em um contexto político onde prevaleciam regimes políticos liberais na Europa Ocidental. Esta "sobrevida" devia-se ao contexto da Guerra Fria. Os regimes políticos de Portugal e Espanha definiam-se como baluartes contra o comunismo. Com esse discurso político recebiam respaldo dos Estados Unidos e de seus aliados. O caso de Portugal foi exemplar: foi o último Estado europeu a manter um Império Colonial na segunda metade do século XX sob o pretexto de defender a "civilização cristã ocidental" contra o comunismo. Mudanças na conjuntura internacional, a pobreza e estagnação econômica do país e sérios reveses militares nas guerras coloniais, cujas autoridades eufemisticamente chamavam "províncias de ultramar", levaram a um descrédito do regime e a uma corrosão do princípio de hierarquia e autoridade no seio das Forças Armadas, o que veio criar condições para o fortalecimento dos setores de oposição ao regime, que culminaram na chamada "Revolução dos Cravos", pondo fim a um dos regimes políticos obscurantistas na Europa. Derrubado o regime, o novo governo abriu negociações com as lideranças das áreas coloniais pondo fim às guerras coloniais e reconhecendo a independência das antigas colônias. (Atlas Histórico Escolar.) Brandindo achas e empurrando quilhas, vergaram o vertical de Tordesilhas. (Versos de Guilherme de Almeida, inscritos no Monumento às Bandeiras, de Victor Brecheret, no Ibirapuera, São Paulo, SP.) A partir do mapa e dos versos de Guilherme de Almeida, explique dois mecanismos da interiorização do processo colonizador no Brasil. Resposta Em primeiro lugar, cabe uma observação sobre o verso contido na questão: "Brandindo achas e empurrando quilhas, vergaram o vertical de Tordesilhas." O verso possui um vocabulário que, provavelmente, os candidatos terão dificuldade de entender, comprometendo por esta via a resposta adequada à questão. Referimo-nos precisamente à palavra "acha", usada no plural, que significa "arma antiga com a forma de machado", e a palavra "quilha", igualmente no plural, pertencente ao vocabulário técnico da náutica e que, utilizada no sentido figurado, significa "barco", "embarcação", "navio". Assim, "traduzindo" o verso de Guilherme de Almeida: história 5 "Empunhando (brandindo) machados e empurrando barcos (quilhas), vergaram o vertical Tordesilhas." Ou seja, os paulistas, por intermédio das Bandeiras e das Monções (expedições para o interior que utilizavam o leito dos rios, portanto usavam barcos) vergaram, ou seja, alteraram o sentido vertical do meridiano de Tordesilhas e deram origem ao atual território nacional. Trata-se de um texto de exaltação aos "bandeirantes paulistas". Associando-se o verso ao mapa há vários mecanismos de interiorização que levaram à ultrapassagem da linha de Tordesilhas. O verso especifica um dos agentes deste processo de interiorização, os chamados "bandeirantes", e o mapa indica as motivações deste processo. No Norte, por exemplo, a motivação era a busca pelas chamadas drogas do Sertão; no Centro-Sul, a mineração. Para além da ação dos bandeirantes, deu-se o processo de interiorização por intermédio da expansão das áreas de cultivo da cana-de-açúcar e a expansão das fazendas de gado, entre outros. Questão 8 O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta sexta-feira que o Brasil continuará insistindo na criação da Comunidade Sul-Americana de Nações (Casa). Resposta Cabe uma observação sobre a forma pela qual foi elaborada esta questão. A partir de um texto atribuído ao presidente Lula e de um texto sobre a história do Brasil relativo à política externa do Brasil Monárquico, o enunciado pede que se "justifique as diferenças de postura do governo brasileiro quanto às relações do Brasil com a América do Sul". Para ser mais adequado ao que se pede, o segundo texto deveria reproduzir o texto de uma autoridade governamental da época sobre esta questão. Assim, toma-se uma interpretação sobre a política externa da monarquia (contida no segundo texto) por uma "postura do governo brasileiro", o que é bastante discutível. Isto posto, pode-se observar que no primeiro texto, o acento cai sobre a necessidade de integração entre os países da América do Sul, sem, portanto, supor uma idéia de hierarquia ou precedência de um país sobre o outro. No segundo texto é notável a existência de uma hierarquia: o Brasil sobrepondo-se aos países do Prata, fortalecendo por esta via a idéia de que o Estado monárquico brasileiro teria tido uma postura imperialista na região do Prata. Questão 9 “No segundo mandato temos um compromisso com o Brasil, com o povo brasileiro, e com a América do Sul. Precisamos continuar trabalhando para a criação da Comunidade Sul-Americana de Nações”, disse Lula, durante painel no Fórum Econômico Mundial, em Davos. “Estamos convencidos de que a América do Sul vai ter de se integrar cada vez mais.” (Adriana Stock, BBC-Brasil, 26.01.2007.) A partir de 1850, o Estado nacional brasileiro encontrava-se consolidado. As divergências regionais já não punham em causa a autoridade da monarquia estabelecida no Centro Sul. O fim do tráfico [de escravos] restabeleceu as relações com a Inglaterra. O olhar imperial mirava a possibilidade de expandir sua influência em direção à região do Prata, abalada desde a independência do Uruguai. (F. de Campos e R. Garcia, Oficina de História – História integrada.) Considerando os textos, justifique as diferenças de postura do governo brasileiro quanto às relações do Brasil com a América do Sul. (Revista da Semana, dezembro de 1921, São Paulo apud Nicolau Sevcenko (org.), História da Vida privada no Brasil, volume 3 – República.) história 6 Identifique o principal tema do desenho e relacione-o com as transformações sociais e econômicas no início do século XX no Brasil. Resposta O que fica evidente, observando as tiras, é a mudança de uma geração para outra. Assim, o examinador pede que os candidatos relacionem as mudanças estéticas ou de gosto artístico entre gerações com as mudanças sociais e econômicas do período. Os quadros à esquerda expressam de forma caricata o que poderia ser considerado um padrão estético "elitista" ou "aristocrático", ao qual poucos podem ter acesso. Este seria o padrão estético vigente de nossa sociedade agrária, pré-urbano-industrial. Já os quadros da direita contrastam vivamente com os da esquerda, revelando uma mudança de padrão estético e uma participação de uma maior variedade de grupos sociais, com destaque para o professor de música da filha. Tais mudanças corresponderiam às transformações pelas quais o país passava. Há o colapso do modelo primário-exportador e um lento, porém decisivo, processo de industrialização, acompanhado de uma intensificação do processo de urbanização. Ocorrem a extensão do trabalho assalariado, a maior monetarização da economia, uma maior integração do país com a economia internacional e, por esta via, a importação de padrões estéticos associados ao chamado Modernismo, que contestou abertamente a estética até então vigente. Questão 10 Considerando a charge de Claudius, publicada no jornal O Estado de S.Paulo em agosto de 1992, explique a trajetória do governo do presidente Collor. Resposta Em 1989, foi eleito presidente do Brasil Fernando Collor de Mello. Com a imagem de político jovem e dado às práticas esportivas, Collor prometera, na campanha presidencial, acabar com os chamados "marajás". Quando empossado, baixou o chamado "Plano Collor", que previa, entre outros aspectos, o confisco momentâneo das poupanças, tendo em vista o combate à inflação. Embora tenha tido um certo sucesso no início, tal plano revelou-se um fracasso, na medida em que a inflação voltou a atingir altos índices. Em tal contexto já se observava uma queda de sua popularidade. Essa queda foi acentuada por uma vasta rede de denúncias que o envolviam num esquema de corrupção. Destaca-se, nesse momento, a articulação de setores da sociedade que pediam a sua saída, como, por exemplo, os chamados "caras pintadas". Aberto um processo de impeachment pelo Congresso Nacional, Collor teve seu mandato cassado, perdendo seus direitos políticos por oito anos. Assumiu a presidência seu vice, Itamar Franco, que concluiu seu mandato. história 7 História – uma prova exigente É notável a mudança da banca examinadora da prova de História da VUNESP. No ano passado a prova foi mais abrangente quanto aos tópicos do programa, com enunciados claros e predomínio de questões com nível básico de complexidade. Já esta prova foi bastante exigente quanto às questões; predominaram perguntas com nível alto de complexidade. Ela foi muito seletiva quanto aos tópicos do programa, com claro predomínio de História Contemporânea. Foi exigente também quanto ao domínio do vocabulário (veja a questão nº 7). Há que se conferir se a mudança de padrão da prova ajudou a melhorar a seleção dos bons candidatos.