20 sites que resolvem a vida na licença-maternidade
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amamentação na real
afmada
disse que é fácil.Tanto você quanto ele precisam dominar
Alimentar.
o filho no
peito para
é natural,
maso ninguém
algumas
técnicas
garantir
sucesso
das mamadas Patrícia Affonso
s primeiras mamadas, na
maternidade,
costumam
correr bem. "O problema é
ao chegar em casa. Eu tinha medo de não segurá-Io
direito, de não reconhecer
quando estivesse saciado ... Tudo me deixava insegura", conta a agente de viagens Ana C. Oliveira, 32
anos, de São Paulo, mãe de Guilherme, 18 meses.
"Amamentar é um exercício de adaptação da mãe,
do bebê e do organismo de ambos", diz a enfermeira
paulista Eneida Bittar, consultora em aleitamento matemo pela Universidade da Califórnia, nos Estados
Unidos. Saiba como minimizar as dificuldades do co-
Posição Não existe uma ideal. O que impOlta é estar confortável e relaxada. Para facilitar a pegada,
mantenha a barriga do bebê encostada à sua e garanta que o narizinho fique livre para respirar. Cuide
também da sua postura para evitar dores nas costas.
Escolha uma poltrona de braços e coloque um travesseiro de pé no encosto - assim, costas e braços ganham pontos de apoio e você não fica curvada. Uma
almofada de amamentação é outra boa aquisição.
"Ela sustenta o bebê e permite que ele se encaixe no
abdome da mãe, o que aumenta o conforto e transmi-
Escolha um lugar calmo e limite a presença de outras pessoas para evitar que o bebê se distraia. Deixe por perto uma moringa com água para tomar
enquanto amamenta, porque você vai sentir muita sede.
Afinal, o leite tem muita água na sua composição e é
preciso repor o que está sendo consumido.
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v)
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a regurgitação.
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um e outro. Na pausa, posicione-o
com
à
se adapta
rapidez. Retire
demanda
Nessa condição,
do pequeno,
manualmente
o peito enche
o excesso, deixando-o
entre
4
na vertical para arrotar.
Pular mamadas
Se ele cochilar, acorde-o
mexendo
nos pés, nas mãozinhas e nas bochechas ou despindo-o,
2 Tirar leite
mamadeira
e oferecê-Io em mamadeira
não exige o trabalho
no mal acostumado.
armazenado
58
CLAUDIA
BEBÊ
Como
a
xar de amamentar
prejudica o fluxo de produção
Dei-
do leite.
de ordenha, deixa o peque-
Caso precise se ausentar, ofereça o lerte
em um copinho
o
a aréola. Enquanto o or-
mais molinho, Não use bomba, que estimula a produção.
Divida a mamada
de dez minutos
ou uma colher.
ro
envolva a base de um dos seios e roce levemente o g ê
mamilo nos lábios do seu filho. Assim que ele abrir o~ ~~
~L:
a boquinha, faça-o abocanhar todo o bico e boa par- ~]õ
ganismo
sem pausa a bebês com refluxo O
Q!.D
tação? Pode acreditar! Para garantir a pega e a suc- ~ ~~
ção corretas, tire um pouco do leite e espalhe-o ao :§~~
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redor da aréola. Em seguida, com a mão em concha, :OUQ!
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bebê terá dificuldade de abocanhar
com um intervalo
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<Q)Lro
3 Oferecer a mama muito cheia
em dois momentos,
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te aconchego", ensina a fisioterapeuta Ludimila Barcellos, do Espaço Bella Gestante, no Rio de Janeiro. ]~
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bebê pega o seio é a chave do sucesso da amamen-
Ambiente
excesso de leite aumenta
L
Pegada Você já ouviu dizer que a maneira como o ~~~
meço com as instruções dos experts.
1 Dar o peito
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5 Deitar o bebê logo após a mamada
o retorno
do lerte. Depois
Isso aumenta
de amamentar, segure o bebê no
I
te da aréola. É nessa região que estão as glândulas
mamárias, que precisam ser estimuladas para liberar o leite. Se o bebê pegar apenas o bico,'o leite não
virá e você ainda ficará com rachaduras. "Os movimentos dele ao sugar devem ser ritmados. Caso as
bochechas formem covinhas durante a sucção, algo
está errado e é melhor recomeçar", avisa o pediatra
Rodrigo Felgueira, do Hospital da Criança, em São
Paulo. Se, apesar desses cuidados, o peito apresentar rachaduras ou fissuras, nada de usar receitas caseiras, como frutas ou chá, para aliviar a dor. Essas
colo por 15 minutos na posição vertical para que ele arrote e digira melhor o leite. Aí, o descanso está liberado.
6
Deixar o leite excedente no seio
O leite que
sobra pode endurecer nos canais. o que tomará a próxima
mamada difícil e dolorosa, além de aumentar o risco de
soluções aumentam o risco de infecções. Converse
com o obstetra. Ele pode recomendar uma pomada
cicatrizante ou sugerir que você passe o próprio leite no local para hidratar e lubrificar a pele. E não se
esqueça: no final das mamadas, deixe os seios ao ar
livre para que sequem naturalmente.
Duração Há um consenso de que 30 minutos (15
em cada mama) são suficientes para o bebê se alimentar bem. Alguns mamam em menos tempo e, desde que ganhem peso, não há problema. Mas prolongar
as mamadas não é bom. A criança cansa e tende a
tensionar o mamilo, ferindo-o. Ou adormece e dá sugadas esparsas, como se estivesse com uma chupeta
- e aí você fica exausta! "Para retirar o bebê do seio,
basta introduzir o dedo mínimo no cantinho da boca
dele. Assim, ele larga o peito sem machucar a mãe",
ensina a enfermeira Regina Aparecida, do Hospital
Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
mastite (infiamação nas mamas). O melhor é esvaziá-Ias
Frequência Desta vez, as cartas estão com o seu
com uma massagem depois da amamentação.
7 Parar de amamentar
por estar gripada O
bebê
não vai se contaminar e ainda receberá os anticorpos produzidos por seu organismo para combater a doença.
pequeno. Livre demanda é a palavra de ordem dos
especialistas em amamentação. Significa que é o bebê
quem escolhe o horário das mamadas. Aos poucos, a
tendência é que ele naturalmente estabeleça intervalos de cerca de três horas entre uma mamada e outra.
CLAUDIA
BEBÊ
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mamentar
era um sonho
que eu imaginava realizar
naturalmente", conta a veterinária Denise S. de MeIo, 30 anos, de São Paulo,
mãe de Alice, hoje com 1
ano e 7 meses. Mas a decepção surgiu logo na primeira semana: o leite dela era insuficiente. Depois de
tentar até a translactação (técnica em que uma sonda
com leite fica presa ao seio para que o bebê o sugue e,
assim, estimule a produção da mãe) e ver Alice ser
internada com desidratação, Denise se rendeu às fórmulas. "Foi duro e, quando minha filha começou a
tomar mamadeira, passei dois dias sem coragem de
olhar para ela. Eu me sentia uma péssima mãe", diz.
Em todo lugar, a gente lê que, para se desenvolver
bem, o bebê precisa exclusivamente de leite materno
nos seis primeiros meses e deve continuar mamando no
peito, como complemento, até 2 anos ou mais. É o que
manda a cartilha da Organização Mundial da Saúde,
difundida nas campanhas. Mas, se o leite não desce ou
desaparece de repente ou se o bebê rejeita o seio, a
mulher fica perdida e é alvo de cobranças.
A assessora de imprensa Sílvia Varuzza, 40 anos, de
São Paulo, sabe quanto essa patrulha incomoda. Embora tivesse os seios cheios de leite, ela não conse-
era assim e que eu devia insistir. "Foram oito dias de
tentativas. Meu filho sugava o peito por mais de uma
hora e continuava berrando de fome." Só quando recorreu a uma loja de produtos hospitalares para alugar uma bomba extratora, ela descobriu o problema.
"A vendedora notou que saíam apenas umas gotas de
leite e perguntou se eu tinha feito redução de mamas,
porque os dutos pareciam rompidos", lembra. Bingo!
Ela, de fato, tinha passado por uma redução mamária
seis anos antes. "As dificuldades da mulher não po-
guiu amamentar o filho, Arthur, hoje com 9 meses.
"Desde a maternidade, ele queria mamar, mas o leite
dem ser ignoradas", alerta a psicóloga Isabel Marim,
da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
60 CLAUDIA
BEBÊ
não saía", conta. As enfermeiras diziam que no início
Tecnicamente, o desmame começa quando qualquer
outro alimento (incluindo água e chás) é oferecido ao
bebê, interferindo na quantidade de leite que ele consome. Antes do sexto mês, é considerado precoce, e
os motivos que levam a ele variam a cada fase.
Nos primeiros 15 dias Ao chegar da maternidade, 72,3% das crianças são amamentadas apenas com
leite matemo. "Aos 15 dias, porém, somente 67% delas ainda o são com exclusividade", afirma a pediatra
EIsa Giugliane, coordenadora da área técnica de Saúde da Criança do Ministério da Saúde. Quase um terço das brasileiras começa a complementar
o leite
matemo nessa fase por acreditar que o próprio leite
seja fraco - o que a medicina há muito tempo já provou não ser verdade. Mas nem todo desmame no período tem como causa a desinformação.
Além de casos como o de Denise e Sílvia, em que o
bebê não recebe leite suficiente, há situações em que
a criança não consegue sugar. A funcionária pública
Daniela Azevedo, 36 anos, de São Paulo, passou por
isso com a filha, Ana Vida, hoje com 18 meses, que
nasceu com uma disfunção oral. "Tentei de tudo: tratamento com fonoaudióloga, translactação e oferecer
meu leite em um copinho. Acabei na mamadeira e
com a sensação de ter morrido na praia", diz a mãe.
CLAUDIA
BEBÊ
61
amamentação na real
De I a 3 meses Achar que o leite é fraco, sentir
dores nos seios e cansaço são os principais motivos que
levam as mães a interromper a amamentação por conta
própria nesse penodo. "Sem saber interpretar o choro
do filho, muitas pensam que é fome", afirma EIsa, ressaltando que,no terceiro mês, somente 34% dos bebês
continuam sendo amamentados apenas no peito.
De 3 a 6 meses
Ao completar 6 meses, menos de
10% dos bebês são amamentados exclusivamente no
peito e, segundo EIsa, o pai muitas vezes é o causador
do desmame. "Hoje sabemos que mulheres que moram
com os maridos amamentam por menos tempo", constata a especialista. Ou seja, alguns homens não aceitam
bem a ideia de dividir a
\
I~
O
atenção (e o tempo) da
mulher e, em vez de
.
~
~
A falta de saneamento
utilizada no preparo
se momento que
muitas mães voltam ao trabalho e
veem o leite dimi-
..
nUlr ou a CrIança rejeitar o seio. A pedagoga Alessandra Príncipe,
30 anos, de São Paulo, tentou
seguir em frente no final da licença-maternidade
do
filho, William, hoje com 8 meses. "Não tive uma
licença de seis meses e ficava fora o dia inteiro.
William estava no quarto mês e passou a tomar mamadeira, mas eu o amamentava pela manhã e à noite", conta. Aos poucos, o pequeno começou a preferir a mamadeira, e o leite dela secou. "Tenho certeza de que, se tivesse ficado mais dois meses com
ele, isso não teria acontecido", diz Alessandra.
dos alimentos - que causam
morte por diarreia grave - levaram a Organização
Mundial da Saúde a adotar a atual diretriz.A
amamentação exclusiva até o sexto mês, porém,
tem encontrado críticas no mundo acadêmico. Um
estudo da University College, do Reino Unido, por
exemplo, diz que a introdução
deve ocorrer
de novos alimentos
no quarto mês de vida, pois a
demora aumenta o risco de alergias e de anemia,
por deficiência de ferro.Também
Americana
de Pediatria contraria
recomendar
que o aleitamento
a Academia
o órgão ao
se prolongue
apenas até o primeiro ano (e não até 2 anos ou
mais). Hoje, as nações africanas e asiáticas são as
que amamentam
apoiar
ção,
desestimulam
a amamentaa continuidade.
Também é nes-
e a baixa qualidade da água
por mais tempo. No topo do
ranking de amamentação
organizado
exclusiva até os 6 meses,
pelo Fundo das Nações Unidas
para á Infância em 2007, estão Ruanda, Kiribati,
Benin, Madagascar e Coreia do Norte.
A partir dos 6 meses
Novos alimentos devem ser
introduzidos à dieta do bebê, o que leva muitas mães
a achar que o filho deve ser desmamado. "Elas entendem errado as recomendações e consideram 6 meses
um limite, mas as pesquisas mostram benefícios do
leite materno até, no mínimo, 2 anos", diz Elsa.
Nessa fase, mesmo as felizardas que contam com
licença de seis meses estão voltando ao trabalho e já
não ficam com o bebê em tempo integral. O afastamento, ao espaçar demais as mamadas, pode gerar
diminuição do leite até para quem está decidida a
seguir em frente, como a administradora
Gersiane
Hosang, 27 anos, mãe de Dimitri, 11 meses, de São
)
dá. pana. C6mpQJlba1lÉ
fato: o desmame
no primeiro trimestre
o bebê de importantes
nutrientes
problemas contra os quais não dá para
é sua
ou seja, os nutrientes
mais facilmente aproveitados
Quem já passou por cirurgia de mamas pode ter
e anticorpos.
"A grande vantagem do leite materno
biodisponibilidade,
priva
se prevenir na gravidez. Na redução, se houve
dele são
pelo organismo
prejudiéada."Estima-se
da
amamentados
criança do que os de qualquer outro alimento",
explica a nutricionista
Isa Jorge, da Universidade
remoção de dutos e alvéolos, a saída do leite fica
de
que de 30% a 40% dos bebês
por mães que passaram por essa
operação necessitam de complementação
alimentar",
São Paulo. Mais um benefício da amamentação
alerta a neonatologista
nessa fase é o menor risco de alergias. "O intestino
do recém-nascido é muito imaturo e suscetível a
e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Nas
substâncias
do músculo peitoral, não há riscos. Mas, se o
alergênicas", alerta o pediatra Sérgio
Eiji Furuta, da Universidade
Federal de São Paulo.
Para quem não consegue amamentar, no entanto,
as fórmulas são uma alternativa confiável."Há
boas marcas que simulam o leite materno
quantidade
de gorduras
e nutrientes",
Do quarto mês em diante, o organismo
em
assegura Isa.
do bebê
está mais apto a digerir novos alimentos e,
Clery Gallacci, do Hospital
cirurgias de aumento, se a prótese foi colocada atrás
silicone foi inserido na região das glândulas mamárias,
a amamentação
pode ser inviável."E só dá para
saber depois que o bebê nasce. Às vezes, ele suga
sem parar e quase não sai leite", diz o obstetra
Jairo lavelberg, de São Paulo. Caso esteja em um
desses dois grupos, fique atenta se seu pequeno,
apesar de mamar; continuar com fome. Ao desconfiar
para os que recebem fórmula, é hora de entrar
de que o leite não está fluindo, fale com o
com papinhas, que compensam
obstetra e o pediatra. Uma saída é fazer o teste
com uma bombinha ainda na maternidade.
acarretadas
eventuais carências
pela falta do leite materno.
Paulo. "No trabalho, tirava o máximo de leite durante
o expediente para meu filho tomar na creche no dia
seguinte e ainda dava o peito de manhã e à noite.
Mesmo assim, pelo oitavo mês, meu leite começou a
diminuir", lembra. Disposta a não entregar os pontos,
rreu a um remédio receitado pela méditar a produção de leite. "Fiz isso pela
'filho e para preservar os momentos de
es de dormir", completa ela.
Para quem ultrapassa o primeiro ano amamentando,
as dificuldades diminuem. As mulheres que persistem,
no entanto, reclamam de um novo tipo de julgamento:
"Muita gente me repreende dizendo que não será fácil
tirar o peito depois", revela a analista de sistemas Lama
Takahasi, 34 anos, de São Paulo, que ainda amamenta
a filha Kiara, 1 ano e 9 meses. Mas não há o que temer.
"O desmame acontece entre 2 e 3 anos, como parte natural do crescimento", assegura a especialista. o
CLAUDIA
BEB~
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