7 boas razões para você conhecer o espiritismo Desigualdade social Questão também de difícil entendimento é a da riqueza e da pobreza. Por que há ricos? Por que há pobres? Por que tanta desigualdade social? O mais interessante nesta questão é que, quando estamos do lado da pobreza, queremos que os ricos nos ajudem, mas, quando chegamos à riqueza, esquecemos logo do que queríamos para nós quando éramos pobres e terminamos nos apegando por completo ao que a riqueza pode oferecer. Obviamente, não estamos generalizando, mas o fato é muito comum. Tanto a riqueza quanto a pobreza são duas provas muito difíceis para todos nós, pois ambas têm sua razão de ser e existir. Talvez o pobre de hoje tenha sido o rico de ontem ou viceversa; é plenamente normal de acontecer se aceitarmos a lei da reencarnação. Abrindo o leque da razão, Deus permite que haja ricos para que possam acabar com a miséria, para que aprendam a utilizar bem o meio que receberam por empréstimo em prol de um povo, de uma região, de uma grande família, para empregar pessoas, para ajudar os doentes, pois eles têm nas mãos um precioso instrumento para proporcionar a melhora social de um povo e de evoluir. Se não souberem utilizar a riqueza também para o proveito de seus semelhantes, nada mais justo será se, na próxima encarnação, nascerem pobres, em situação miserável ou enfrentarem alguma outra prova para se redimirem do erro cometido, pois contrariaram as Leis Naturais, que pedem para que os que têm mais amparem os que têm menos, que os mais fortes amparem os mais fracos e emprestem seu ombro amigo para dividir o momento doloroso de seu irmão. Os ricos devem usufruir daquilo que conseguiram com esforço, aproveitar seu lazer de forma correta, proporcionar a seus familiares boas condições de vida – nada mais justo; porém, não podem se esquecer do próximo ou de criar fontes de ajuda, como doar medicamentos e alimentos àqueles que de uma forma ou de outra estão em necessidade. Não se pede para darem o que têm tornando-se um peso para a sociedade; pede-se para tornarem as pessoas úteis, suprindo suas necessidades com o trabalho, a doença com remédios, ou seja, pede-se para utilizarem inteligentemente a riqueza e não só para si. Já os pobres... Ah! Se soubessem a bênção que Deus lhes deu, se pudessem ver como o sofrimento que sentem pela falta de dinheiro os liberta dos erros do passado, em vez de reclamarem da providência divina, aceitariam com resignação e coragem sua prova e, certamente após vencerem essa etapa da existência, veriam que não necessitam da riqueza para viver feliz e em paz e que ela, a pobreza, não constitui mais um sofrimento, uma dor, mas uma oportunidade para não cair de novo na tentação do egoísmo, da ganância e finalmente aprenderiam essa lição. Vejamos o que diz O Evangelho Segundo o Espiritismo: “Se a riqueza devesse apenas produzir o mal, Deus não a colocaria na Terra; cabe ao homem fazer dela surgir o bem”. Cada um de nós recebe as provas e as missões que comportamos para evoluir e ajudar os outros a evoluir, ou por acaso teria Jesus dado em vão este ensino: “Mas ai de vós ricos, porque tendes no mundo a vossa consolação. Ai de vós, os que estais fartos, porque tereis fome. Ai de vós, os que agora rides, porque gemereis e chorareis”. Portanto, a riqueza e a pobreza são bênçãos que Deus coloca como oportunidades para cada um poder vencer seus próprios obstáculos. Todos têm a chance de mostrar ao Pai Celestial que está apto para receber encargos mais pesados na grande obra de regeneração da Terra, visando a um mundo melhor. Por essas razões, o sofrimento deve ter outras representações em nossa vida. Sofrer, na verdade, é libertar-se, é eliminar as imperfeições que trazemos, é transformar o futuro com a esperança da paz, da felicidade. Deus não nos quer sofrendo, tristes, amargurados, invejosos, e essa mudança se consegue com trabalho, sacrifício e dedicação. Conheça outro livro desse autor: Tire a morte de sua vida