Ficha ___ ⏐ 3os anos ⏐ Silvia ⏐ ago/09
Geografia
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Olá queridos!
Estamos aqui para mais um contato à distância, dando prosseguimento à retomada do tema
“Blocos Econômicos”. Na ficha 1, encaminhei as páginas do livro que vocês precisam consultar,
bem como uma coletânea de textos complementares. Use-os também para resolver as atividades
sugeridas a seguir. Elas nos auxiliarão nas aulas de geografia.
As dúvidas serão atendidas por e-mail, e devem ser encaminhadas até o dia 13/08 para
<[email protected]>. Não se esqueça de colocar no “assunto” seu nome, o
número da ficha e da questão que você tem dúvida.
Bom trabalho e até o retorno!
Ficha 2
1 – Diferencie quanto ao grau de integração os blocos regionais mapeados:
2 – Justifique a ironia presente na charge relacionando-a à situação presente no NAFTA.
3 – No NAFTA, a integração do México está diretamente ligada ao problema da migração na
fronteira dos dois países. Por que este problema se mantém tão intenso, apesar do bloco estar
gerando postos de trabalho para os mexicanos?
4 – Qual a importância do tratado ilustrado?
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5 – Explique as causas da situação mapeada:
6 – Por que surgiu a Europa dos seis? Qual a importância deste tratado naquele contexto
econômico e político europeu? Por que esta associação de países representou uma resposta
política adequada ao rearmamento da Alemanha Ocidental?
7 – Quais os atuais desafios vividos pela União Europeia?
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8 – Leia os textos a seguir:
TEXTO I
Blocos econômicos em desenvolvimento: a ASEAN
Formada a partir de 1967, com a declaração de Bangkok, pelos ministros das Relações
Exteriores da Indonésia, Malásia, Filipinas, Cingapura e Tailândia, a ASEAN (Associação das
Nações do Sudeste Asiático) se destacou como um bloco de extrema importância para a economia
asiática. Posteriormente o minúsculo e riquíssimo sultanato de Brunei, grande exportador de
petróleo, aderiu ao bloco. Um secretariado foi estabelecido em Cingapura e o acordo fechado como
um contexto de bloco econômico comercial. Inicialmente o bloco representava uma aliança voltada
contra os países socialistas da Indochina (Vietnã, Camboja e Laos), em guerra contra os Estados
Unidos.
Política e economicamente, o bloco começou a desenvolver um papel regional distintivo
com o fim da guerra do Vietnã em 1975, e do conflito cambojano em 1992, tornando-se aparente na
crescente importância dos agentes regionais na presente e futura estrutura dos processos de relações
internacionais.
Nos anos 1990, Vietnã, Laos, Mianmar (ex-Birmânia) ingressaram na ASEAN. O bloco
passou a se vincular à dinâmica desenvolvimentista do Japão, dos Tigres Asiáticos (a cidade-Estado
de Cingapura é um deles) e, posteriormente, do Dragão chinês, e tem demonstrado uma
impressionante taxa de crescimento para o mundo e também um dinamismo econômico potente.
Com isso, a região do sudeste asiático tem por objetivos principais assegurar a estabilidade política
e acelerar o processo de desenvolvimento na região.
Também se pode destacar a necessidade de segurança militar e o bem-estar financeiro como
objetivos a serem conquistados pelo bloco. Avesso a ingerências externas nos problemas da região,
o bloco tem conseguido solucionar crises como a do Camboja e administrar situações sensíveis
como a relação entre a Junta Militar de Mianmar e a oposição e a comunidade internacional. Tenta,
no plano regional, criar uma integração que compense o crescente peso da China ao norte e da Índia
ao oeste.
Um dos problemas de mais destaque que a ASEAN enfrentou foi a busca de um balanço
contra a crescente influência japonesa e chinesa na sua economia, envolvendo assim forças externas
como a União Europeia e os Estados Unidos na sua diplomacia regional. A formação do Fórum
Regional da ASEAN foi o que anexou os estados da mesma com mais onze países da Bacia do
Pacífico, e ainda com os estados da União Europeia, com o objetivo de resolver a situação e
concluir sua própria zona de livre comércio.
O bloco representa hoje um mercado de 520 milhões de pessoas e com um PIB de quase
meio bilhão de dólares, que desenvolve programas de cooperação nas áreas de transporte,
comunicação, segurança, relações externas, indústria, finanças, agricultura, energia, tecnologia,
educação, turismo e cultura regional. Está em discussão a associação do Japão, da China e da
Coreia do Sul ao bloco, que desempenha um papel crescente nas relações internacionais.
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TEXTO 2
A APEC (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacifico) é um bloco econômico que reúne,
desde 1989, países como Austrália, Brunei, Canadá, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia,
Filipinas, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Estados Unidos e China, e tem como representante
Hong Kong e Taiwan – o último ingressou em 1991. México e Papua-Nova Guiné entraram em
1993; em 1994, o Peru; além da Rússia e Vietnã, em 1998.
A APEC é um bloco econômico regional que visa implantar uma livre circulação de
mercadorias, capitais e serviços entre os componentes. Além disso, visa se fortalecer diante do
mercado internacional e, principalmente, poder concorrer com a União Europeia, atualmente o mais
importante bloco do planeta.
O bloco econômico em questão teve início de forma efetiva ou oficial no ano de 1993. Os
países que compõem a APEC, com suas respectivas populações, totalizam 2.559,3 milhões de
pessoas e apresentam um PIB, expresso em dólares, de 18.589,2 trilhões. O volume de exportação
move uma receita de aproximadamente US$ 2.891,4 trilhões e, nas importações, o volume atinge
cerca de US$ 3.094,5 trilhões.
Diante desse imenso potencial comercial e financeiro, a APEC com seus componentes consegue
movimentar aproximadamente 55% do PIB internacional e 40% de todas as relações comerciais
realizadas no planeta. Apesar de todo esse resultado, ainda assim, as trocas comerciais não ocorrem
entre todos no bloco. No entanto, a previsão é que até 2020 aconteça a livre circulação de
mercadorias, capitais e serviços em sua totalidade.
Responda:
a) Extraia trechos dos textos que reforcem a ideia de que estes blocos são zonas de livre comércio.
b) Que dificuldades devem acontecer para o funcionamento efetivo destes blocos econômicos?
c) De que forma os textos ressaltam o poder econômico da chamada Bacia do Pacífico?
d) Por que na ASEAN há uma grande preocupação com as questões militares?
e) Complete os mapas a seguir com os nomes, nos locais exatos dos países membros da ASEAN e
da APEC.
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Mapa 1 – ASEAN
Mapa 2 – APEC
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9 – Em 2002, os países africanos formaram a União Africana. Sobre este bloco, leia os trechos que
se seguem:
TEXTO 1
LE MONDE diplomatique – julho de 2002
ÁFRICA
A difícil gestação da nova União
A nova União Africana tem pela frente uma corrida de obstáculos para responder à globalização
segundo os interesses do continente
Mwayila Tshiyembe
O sonho pan-africano, nascido no continente americano na virada do século XIX para o século XX,
tinha como missão reabilitar as civilizações africanas, restaurar a dignidade do homem negro e
preconizar o retorno à “mãe pátria”, às raízes da diáspora. Sylvester William, natural de Trinidad,
uma das primeiras figuras emblemáticas do movimento, apoiou-se nos nativos da Nigéria, da Serra
Leoa, do Gabão e das Antilhas inglesas para se impregnar das realidades africanas e organizou em
1900, em Londres, a primeira “Conferência pan-africana”, cuja principal resolução referia-se ao
confisco de terras na África do Sul pelos ingleses e pelos Africânderes e ao destino da Costa do
Ouro (Gana).
Burghart Du Bois, fundador da Associação Americana para o Progresso das Pessoas de Cor
(NAACP), lançou em seguida o primeiro Congresso Pan-africano em Paris, em 1919. Esse
Congresso reivindicou a adoção de um “Código de Proteção Internacional aos Indígenas da África”:
direito à terra, à educação e ao trabalho livre. Por ocasião do IV Congresso, em Nova York, em
1927, ele opôs-se a Marcus Garvey, que pregava “um retorno à África”, era adepto de um
“sionismo negro” e criara uma companhia marítima, a Black Star Line, mobilizando mais de três
milhões de afro-americanos. Mas seu sonho soçobrou em meio a escândalos financeiros.
“A África deve se unir”
Em 1945, durante um V Congresso, em Manchester, George Padmore, natural de Trinidad,
conseguiu aprovar um manifesto que proclamava, com orgulho: “Resolvemos ser livres... Povos
colonizados e subjugados do mundo, uni-vos.” Foi sob sua proteção que a tocha do pan-africanismo
militante passou à geração dos futuros líderes da África independente: Jomo Kenyatta (Quênia),
Peter Abrahams (África do Sul), Hailé Sellasié (Etiópia), Namdi Azikiwe (Nigéria), Julius Nyerere
(Tanzânia), Kenneth Kaunda (Zâmbia) e Kwame Nkrumah (Gana).
A partir do VI e VII Congressos Pan-africanos, em Kumasi (1953) e Accra (1958), o desafio da
descolonização e o confronto entre Leste e Oeste abalariam o cenário político e diplomático, dando
origem a duas formas de pan-africanismo. Trata-se, em primeiro lugar, de um pan-africanismo
“maximalista”, estratégia de recomposição da geopolítica criada pela Conferência de Berlim (18841885). A Conferência oficializou a balcanização do continente em um mosaico de zonas de
influência europeias. O objetivo último era a fundação dos Estados Unidos da África, que poderiam
fazer do continente negro um ator no cenário mundial: a unidade econômica, política e militar da
África seria a principal condição para vencer esse desafio, avaliava o líder Kwame Nkrumah, de
Gana, que lançou a palavra de ordem “A África deve se unir”. Em janeiro de 1961, o “grupo de
Casablanca” (Gana, Egito, Marrocos, Tunísia, Etiópia, Líbia, Sudão, Guiné-Conacry, Mali e o
Governo Provisório da República da Argélia) se aliaria a Nkrumah.
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“Grupo Casablanca” vs. “Grupo Monróvia”
Esse desafio iria chocar-se com duas situações de vulnerabilidade que os presidentes Kwame
Nkrumah (Gana) e Gamal Abdel Nasser (Egito) tinham minimizado ou ignorado. Primeiro, o peso
das antigas potências coloniais: embora debilitadas pela II Guerra Mundial, submetidas à nova
liderança norte-americano-soviética e obrigadas pela ONU a acatar a descolonização, ainda
detinham grande capacidade de penetração, colocando obstáculos ao processo. Qualquer projeto de
unificação do continente africano chocava-se frontalmente com seus interesses vitais (recursos
minerais e energéticos, clientelismo e redes comerciais).
Em segundo lugar, Kwame Nkrumah e o grupo de Casablanca ingenuamente tinham como certo o
apoio esperado do campo progressista (União Soviética e China Popular), assim como dos Estados
Unidos, paladinos da liberdade individual e do direito à autodeterminação. Porém, o apoio do
campo progressista limitou-se a ser quase exclusivamente verbal, e o de Washington foi para as
potências coloniais aliadas, em nome de um princípio de “contenção” que se destinava, antes de
tudo, a deter a expansão comunista no mundo.
A outra corrente foi a de um pan-africanismo minimalista, que gerou a Organização da Unidade
Africana (OUA). Essa estratégia baseava-se no direito inalienável de cada país a ter uma existência
independente. Sua palavra de ordem era “as fronteiras herdadas da colonização são intocáveis” e
seu princípio, o do respeito à soberania e a não ingerência nos assuntos internos dos Estados. Essa
estratégia foi assumida pelo “grupo de Monróvia”, fundado em maio de 1961 e dominado pelas
figuras paternais dos presidentes da Costa do Marfim, Félix Houphouet Boigny, e do Senegal,
Léopold Sédar Senghor.
Mendicância e mandingas estéreis
A Organização da Unidade Africana, criada em 1963 em Adis Abeba, ratificaria essa divisão. Isso
explica porque o balanço da OUA é totalmente negativo em relação aos objetivos previstos,
principalmente o Artigo 2 da Carta de fundação: o reforço da solidariedade entre os Estados e da
coordenação de suas políticas, que levou ao fracasso do Plano de Lagos (1980) e da Comunidade
Econômica Africana (1991) Nkrumah e o “grupo de Casablanca” ingenuamente tinham como certo
o apoio esperado do campo progressista – URSS e China – e dos Estados Unidos; e a defesa da
soberania, da integridade territorial e da independência dos países membros, desmentida pela
incapacidade em resolver os conflitos da Libéria, da Somália, de Serra Leoa, de Ruanda, de Burundi
e da República Democrática do Congo.
Além disso, o não pagamento das cotas pela maioria dos Estados membros (50 milhões de dólares
de contribuições atrasadas em 2001) tirou da OUA a sua principal fonte de financiamento,
obrigando-a a mendigar e a mandingas estéreis. A função de tribuna foi o único trunfo que permitiu
à organização a mobilização da comunidade internacional pela erradicação do colonialismo e o
apoio aos movimentos de libertação, através das Nações Unidas e do movimento dos países não
alinhados.
Uma equação de várias incógnitas
Foi com a esperança de remediar essas insuficiências que a União Africana foi criada para substituir
a OUA, em julho de 2001, com o surgimento de outras instituições. Mas a nova União – que realiza
este mês sua primeira reunião de cúpula na África do Sul – deverá preencher certas condições se
quiser responder à globalização segundo suas características e desenvolvimento próprios, como
estipula a Carta constituinte da União (Preâmbulo, alínea 6). É verdade que a etapa de ratificação da
Carta constituinte foi superada sem problemas. Entretanto, a corrida de obstáculos apenas começou.
E isso porque, apesar dos objetivos e dos órgãos anunciados, a natureza da União Africana ainda é
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uma equação de várias incógnitas. Na realidade, trinta e oito anos após a criação da OUA, a
distância que separa maximalistas e minimalistas não desapareceu com a competição Leste/Oeste
(crise das ideologias), nem com os “pais da nação” (crise de gerações e de liderança). É
fundamental que se esclareça a natureza política e econômica da União para evitar a armadilha de
uma segunda OUA.
Várias instituições, muitas vezes inspiradas pela União Europeia, foram criadas pela Carta
constituinte da União Africana: Conferência da União, Comissão, Parlamento Pan-africano, Corte
de Justiça Africana, uma instância para resolver os conflitos, Conselho Econômico, Social e
Cultural. Diante da dimensão dos obstáculos, a reunião de cúpula de Lusaka adiou sua criação. As
competências atribuídas pela Carta aos novos órgãos deverão ser explicadas, pois a adoção de uma
estratégia de renovação institucional é uma condição sine qua non para dar à África os meios para
agir (leia também o artigo “Instituições provisórias”, de Mwayila Tshiyembé).
Um espaço de desenvolvimento integrado
Além disso, também parece indispensável uma estratégia confiável de prevenção e solução dos
conflitos, numa instância superior à dos mecanismos criados pela OUA em 1933, para que se exerça
com eficiência o direito reconhecido pela Carta constituinte da União Africana de “intervir em
Estado membro, por decisão da Conferência, em certas situações graves, como crimes de guerra,
genocídio e crimes contra a humanidade”, ou de responder ao “direito dos Estados membros de
solicitarem a intervenção da União para restaurar a paz e a segurança”.
Em função das ameaças potenciais, a União deve elaborar uma estratégia de localização de forças
de paz: cada exército nacional – ou, em sua ausência, o exército nacional de um “Estado líder” em
cada sub-região – colocará à disposição do órgão sub-regional de prevenção e gestão de conflitos,
um contingente de soldados formados e equipados para operações de manutenção ou de
restabelecimento da paz, assim como os meios para um Estado-Maior sub-regional restrito. Esse
dispositivo deve ser vinculado a um Estado-Maior africano sob o controle direto da Conferência da
União. O objetivo é minimizar os custos inerentes à projeção de forças. A questão da coordenação
com as instâncias sub-regionais existentes deverá ser regulamentada – como é o caso do Reforço da
Capacidade Africana de Manutenção da Paz (Recamp), da França, o African Center for Security
Studies (ACCS), dos Estados Unidos, e o British Military Advisory and Training Team (BMATT),
da Grã–Bretanha, que devem ser integrados a esta estratégia ampla.
Finalmente, a união política só se materializará quando se basear numa união econômica.
Instituições financeiras tais como o Banco Central Africano, o Fundo Monetário Africano e o
Banco Africano de Investimentos, cuja criação está prevista na Carta da União, só serão eficazes se
tiverem condições de coordenar um espaço econômico comum. Se toda essa renovação institucional
se concretizar, a União Africana se tornará um espaço de desenvolvimento regional integrado – o
que os ancestrais do pan-africanismo apenas ousavam sonhar...
(Trad.: Celeste Marcondes)
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TEXTO 2
RTP notícias – 01/02/2009
União Africana avança para os Estados Unidos da África
A África vai ter uma União de Estados muito similar à União Europeia. A decisão foi tomada
este domingo na Cimeira da União Africana que teve lugar em Adis Abeba, capital da Etiópia.
Vinte governantes africanos reunidos na capital etíope, onde este domingo começou a Cimeira
da União Africana que vai prolongar-se esta segunda e terça-feira, decidiram avançar de forma
gradual para o objetivo de uma União de Estados Africanos.
O anúncio foi feito por Jakaya Kikewet, atualmente presidente em exercício da União
Africana, que se referiu à decisão da seguinte forma: “Decidimos transformar a Comissão da UA
numa Autoridade da UA, como etapa para um Governo da União Africana”.
Kikwete explicou ainda que o órgão executivo da organização pan-africana terá maiores
competências e que a “Autoridade da UA terá um mandato maior e mais orçamento” e ainda que “o
atual presidente da Comissão, Jean Ping, tornar-se-á no líder da nova autoridade”.
O presidente tanzaniano e líder em exercício da União Africana acrescentou ainda que irá
informar as autoridades etíopes sobre a transformação “pois estamos já próximos de um Governo da
UA”.
TEXTO 3
AE–AP – Agência Estado – 20/03/09
União Africana decide suspender Madagáscar
ADIS-ABEBA – A União Africana (UA) suspendeu Madagáscar hoje, depois de qualificar como
golpe a tomada de poder por um político de oposição apoiado pelo Exército da nação insular. A
decisão da UA vem à tona um dia depois de a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral
ter anunciado que não dará legitimidade ao novo líder madagascarense, Andry Rajoelina. Ontem, a
Comunidade de Desenvolvimento da África Austral pediu ainda que a UA e o restante da
comunidade internacional não reconhecessem Rajoelina como presidente e exigiu “o retorno às
ordens constitucional e democrática no menor prazo possível”.
Hoje, o Conselho de Paz e Segurança da UA deu seis meses para que Madagáscar restaure a
ordem constitucional, provavelmente por meio de eleições, disse Bruno Nongoma Zidouemba,
presidente temporário da segunda instância mais importante da entidade. Caso isso não ocorra, a
UA analisará a possibilidade de impor sanções aos novos líderes de Madagáscar, prosseguiu
Zidouemba em conversa com jornalistas.
Depois de meses de protestos de rua liderados por Rajoelina, o presidente Marc
Ravalomanana renunciou ao cargo na terça-feira e entregou o poder aos militares. Horas depois, o
Exército anunciou Rajoelina como novo presidente madagascarense.
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TEXTO 4
África digital – 27/06/2009
Contribuições em atraso continuam a obstruir finanças da União Africana
Relatório indica que 22 países dos 53 membros da União Africana acusam um atraso de um ano a
mais, ao passo que 25 outros Estados ainda não pagaram as suas contribuições para este ano
da Redação, com agência
Sirtes, Líbia – O sub-comitê das contribuições da União Africana (UA) estabelece uma constatação
alarmante da situação das cotizações dos Estados membros para o orçamento de 2009, segundo um
relatório da organização.
Neste relatório destinado ao Comitê dos Representantes Permanentes (COREP) cuja 18ª sessão
ordinária se iniciou quarta-feira última, em Sirtes (600 km de Tripoli), o sub-comitê das
contribuições sublinha o fraco nível das contribuições em relação ao montante que deve ser pago.
Para o ano em curso, os Estados membros concederam apenas US$ 3,937 milhões num total de US$
89,867 milhões, o que representa apenas 5% do montante total das contribuições devidas pelos
Estados membros. Restam, portanto, cerca de US$ 86 milhões a recuperar pelo sub-comitê.
Sobre a situação financeira geral da União Africana, o sub-comitê das contribuições da organização
anunciou a sua “preocupação” face às dificuldades para recolher as contribuições.
Já em 2008, as contribuições em atraso elevavam-se a US$ 41 milhões, mas a este montante é
preciso acrescentar atualmente cerca de US$ 86 milhões devidos pelos Estados membros a título do
exercício de 2009.
Assim sendo, 22 países dos 53 membros da União Africana acusam um atraso de um ano e mais, ao
passo que 25 outros Estados ainda não pagaram as suas contribuições para o exercício orçamental
em curso.
O relatório nota que cinco países pagaram integralmente as suas contribuições a título do exercício
em curso – designadamente Ruanda, Lesoto, Namíbia, Suazilândia e República Democrática do
Congo (RDC), ao passo que Angola e Congo deram antecipadamente as suas contribuições para o
orçamento de 2010.
Sobre as sanções, a situação não evoluiu porque os países sancionados desde o ano passado (Cabo
Verde, Eritreia, São Tomé e Príncipe e ilhas Seicheles) não melhoraram a sua situação.
A estes países, juntam-se as ilhas Comores e a Somália, que totalizam mais de dois anos de
contribuições em atraso.
Por outro lado, dos cinco países designados como os grandes contribuintes da União Africana, três
ainda não respeitaram os seus compromissos para com a organização pan-africana.
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A Nigéria deve mais de US$ 30 milhões à organização para os exercícios de 2008 e 2009, ao passo
que a África do Sul totaliza um atraso de US$ 11,5 milhões e, assim como a Líbia, está igualmente
inscrita nesta lista para pagamentos em atraso – que se estimam em US$14 milhões.
O orçamento de 2009 da organização pan-africana foi estabelecido em janeiro último em Adis
Abeba, na Etiópia, em US$ 164,2 milhões.
Responda:
a) Quais os desafios existentes para que este bloco de cooperação africana funcione?
b) De que forma o bloco está exposto a problemas decorrentes da instabilidade política do
continente? Como o bloco tem atuado no sentido de interferir nesta questão?
c) Por que a efetiva instituição do bloco tende a ser um processo moroso?
d) Que aspectos políticos da União Africana podem ser comparados aos presentes em países
membros da ASEAN?
e) Quais os principais entraves econômicos ao pleno desenvolvimento do bloco?
G:\Editoração\Ped2009\Geografia\EM\Fichas\Atividade 3º Bimestre 03-3C.doc
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