Fonte: Banco Mundial A figura 1, mostra a participação dos 20% mais ricos dos países com as piores distribuições de renda do mundo, quanto maior é a participação da minoria na renda agregada maior é a concentração. Os países com as maiores concentrações de renda são respectivamente: República Centro Africana, Brasil, África do Sul, Guatemala, Quênia e Colômbia. O Brasil juntamente com a República Centro Africana apresenta um dos piores indicadores do concentração, no país o segmento de maior renda, constituído pelo 1% da população mais rica, possui 13,3% de toda a renda, aproximadamente 3,3% do total da renda é repartida pelos 20% mais pobres e os 20 % mais ricos detêm cerca de 65% de toda renda nacional. Fonte: Banco Mundial A figura 2 mostra os países com as menores concentrações de renda, Suécia, Finlândia, Polônia, Alemanha, e Hungria. Observa-se que existe uma significativa associação inversa entre nível de concentração e renda nacional, ou seja, nota-se que os países de maiores concentrações são países com baixa renda per capita. Tomando-se como referência os dados relativos à participação dos mais pobres na riqueza do país, pode-se afirmar que o grande desafio para a sociedade brasileira, nos próximos anos, é o alcance do desenvolvimento sustentável e participativo, ou seja, obter um crescimento guiado por decisões que agregam toda a comunidade, garantindo para as gerações presentes e futuras a oportunidade de usufruir do mesmo nível de bem-estar social e econômico. Para isso é de fundamental importância a diminuição dos níveis de concentração de renda, por meio de maior acesso à educação, maior estabilidade econômica e políticas distributivas mais eficientes. Partindo-se desse princípio, a verificação científica dos índices de concentração de renda, tanto na esfera mundial, quanto nas esferas nacional e estadual é fator de grande relevância, pois a partir do momento em que todas as autoridades e governantes em seus mais diversos níveis tomam consciência desses indicadores, torna-se possível a viabilização e estruturação de estratégias políticas que visam diminuir as injustiças sociais causadas pelas diferenças na distribuição de renda.