FREQUÊNCIA DE ZUMBIDO EM IDOSOS DO PROJETO EELO COM E SEM VERTIGEM POSICIONAL PAROXÍSTICA BENIGNA Melo, J.J.; Marchiori, L.L.M.; Gibrin, P.C.; Meneses, C.L. Universidade Norte do Paraná – UNOPAR Objetivo: Resolveu-se neste trabalho verificar a frequência de zumbido em idosos com e sem Vertigem Posicional Paroxística Benigna (VPPB). Material e Método: Estudo transversal com inclusão dos primeiros 100 indivíduos com idade superior a 60 anos, com vida independente participantes do projeto EELO (Estudo sobre envelhecimento e longevidade), que estavam classificados nos níveis 3 e 4 do Status Funcional proposto por Spirduso (2005), que aceitaram participar voluntariamente do estudo. A pesquisa diagnóstica para a verificação da queixa de zumbido foi feita por meio da anamnese audiológica utilizada na rotina de atendimentos no setor de audiologia da UNOPAR, e a verificação da VPPB foi realizada através da realização manobra de Dix-Hallpike, sendo verificada a presença de vertigem de posicionamento e nistagmo com duração limitada e latência. (Maia, 2001 e Hilton, 2003). Foi realizado estudo com os testes Qui-quadrado para verificar a frequência de zumbido em pacientes com e sem VPPB e para verificar se há correlação entre zumbido e VPPB nesta população. Foram considerados para as análises univariadas p< 0,01 e para a inclusão no modelo final para o teste Qui-quadrado o valor de p< 0,05, ambos com intervalo com 95% de confiança. Resultados: Dos 38 idosos com VPPB, 23 (60,53%) apresentaram zumbido e 15 (39,47%) não apresentaram zumbido. Dos 62 idosos sem VPPB, 28 (45,16%) apresentaram zumbido e 34 (54,84%) não apresentaram zumbido. Idosos com VPPB têm mais queixa de zumbido do que idosos sem VPPB sendo que a análise estatística mostrou que não houve associação entre VPPB e a queixa de zumbido (P= 0,066). Verificando artigos que apresentam o zumbido e vertigem em populações distintas, observa-se que não há um consenso entre os autores no que diz respeito a concomitância destas sintomatologias (Bhattacharyya et al., 2008; Neuhauser et al., 2008). Os resultados deste estudo preliminar servem de base e demonstram a necessidade de mais pesquisas e do avanço no número desta amostra, para realmente se chegar a conclusão da correlação da queixa de zumbido e VPPB idosos. Tais estudos devem contribuir para elucidar as dúvidas a respeito desta correlação, agilizando o processo diagnóstico e consequentemente promovendo melhora da qualidade de vida das pessoas avaliadas. Conclusão: Este estudo demonstrou pela análise estatística que não houve associação entre VPPB e a queixa de zumbido, quando verificados os indivíduos desta população.