Ano V - Número 96 Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas 9 a 22 de novembro/2009 www.puc-campinas.edu.br Escolha pela vida Fotos: Ricardo Lima Prêmio Melhores Universidades A PUC-Campinas recebeu, no último dia 27, o Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Banco Real Grupo Santander 2009. A Instituição foi consagrada como a melhor Universidade privada do Brasil na categoria Saúde. No ranking geral das melhores instituições de Ensino Superior, a PUC-Campinas Página 08 foi considerada a 6ª melhor escola privada do país. Pelo meio ambiente A Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Campinas completa 30 anos. Em 2009, também se comemora três décadas da regulamentação da profissão. Para celebrar, a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PV-AC), vem à Universidade, no dia 12 de novembro, para ministrar a palestra “Brasil Sustentável: Desafios e Perspectivas”. No dia 13, ela ministra a palestra “Desenvolvimento com Sustentabilidade”, no Auditório Dom Gilberto, no Campus I. Página 06 Entrevista Tenente-coronel Armando Morado Ferreira A partir deste mês, passa a valer o novo regulamento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), anunciado pelo Ministério da Saúde no dia 21 de outubro e comemorado por muitos médicos, pacientes e parentes daqueles que precisam da doação de um órgão para sobreviver. As novas regras também causaram polêmica. É que entre as mudanças, está a prioridade que passa a ser dada a pessoas com menos de 18 anos para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária. Segundo o ministério, isso se dá devido à maior expectativa de vida desses pacientes. As crianças e adolescentes também ingressarão na lista para transplantes de rim antes de entrarem na fase terminal da doença renal crônica, ou de terem indicação para diálise. Para muitos, a medida cria privilégios e fere o direito de igualdade previsto na Constituição Federal. Para outros, como o presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Valter Duro Garcia, não há privilégio algum na medida. “Não se dá maior valor à vida das crianças. Ambos, crianças e adultos, têm a mesma chance (rins acima de 55 anos alocados para adultos e rins abaixo de 18 anos Página 05 alocados para crianças).” Galeria “Eu concordo, porque quanto mais jovem, maiores são as chances de o necessitado sobreviver. Quem tem menos idade, tem mais tempo de vida.” Cristiane Soares - Aluna do 3º ano da Faculdade de Enfermagem “Não concordo, porque independentemente da idade, deveria haver um sistema melhor de captação de órgãos para que todos os necessitados possam ser assistidos. Quanto à fila de espera, não se deve dar prioridade para ninguém.” Reginaldo Romão - Aluno do 2º ano da Faculdade de Odontologia Pág ina 07 Página 03 Página 04 02 9 a 22 de novembro/2009 Jornal da PUC-Campinas Editorial Destino comum N o último editorial falou-se de um sistema que nos envolve em todos os aspectos da vida pessoal e social. A criação de uma realidade social governada pela busca do conforto traz em seu cerne um conformismo social. O controle internalizado do mundo tradicional agora se faz por “adesão”, aparentemente livre. Os controles externos, cada vez mais aperfeiçoados em sua tecnologia, têm sua eficácia garantida pela sujeição aos valores do consumo que asseguram um viver confortável. Ao mesmo tempo, entretanto, geram uma luta feroz pela sobrevivência. Hoje lembramos a República, à qual se associa à democracia. Mais do que um fato histórico ou regime político representam um “estado de espírito”. Concretizam o ideal da polis grega: a criação de um espaço público de representação, a criação e ampliação do campo de liberdade. Por meio do debate público das “coisas” que interessam a todos se dá a criação das leis. A responsabilidade pessoal, fundada na liberdade de se expressar e debater publicamente, substitui a imposição fundada seja na linguagem teológica dos mitos seja na imposição dos tiranos. E com isso forja-se uma “nova” identidade pessoal. Fala-se de pessoas dotadas de espírito público, em referência especial aos administradores e legisladores. O que deveria ser uma redundância torna-se uma virtude, numa sociedade governada por um sentimento de que política e interesse pessoal se equivalem. Clientelismo, troca de favores e fisiologismo substituem o coronelismo e o mandonismo local. Essa tradição enraizada ainda se faz presente no cotidiano da vida política. A ocupação de cargos por nomeação e esta fundada em laços pessoais não foi abolida da vida da sociedade. Democracia não supõe apenas instituições políticas sólidas, mas é a busca continuada e persistente de mecanismos que assegurem a participação consciente e livre de todos naquilo que constitui interesse comum. No caso brasileiro, os historiadores chamam a atenção para o fato de que a República foi obra de militares “ilustrados”, com apoio de uma camada relativamente significativa da classe média. Deu-se sem participação das massas. E não respondeu a seus interesses, sobretudo aquelas do mundo rural. Expressão desse detalhe são os movimentos messiânicos. Significativamente, os mais conhecidos - Canudos e Contestado - foram duramente reprimidos e destruídos sem piedade por forças militares. Democracia: um “estado de espírito” que deve perpassar todas as instituições: de responsabilidade pessoal na construção de um coletivo que responda ao interesse de todos. Consciência de “destino comum” e compromisso com uma prática de construção coletiva. A recuperação desse espírito constitui o grande desafio posto às instituições. A todas, a começar pela universidade. O cerne da universitas é o seu caráter institucional fundado no diálogo mestre-discípulo, não como relação de servidão, mas de mútuo aprendizado. Ao mesmo tempo, há consciência de um patrimônio comum da humanidade a ser preservado a qualquer preço. O centro da vida universitária é aquilo que genericamente se chama de humanidades. Estas não são um conteúdo ao lado de outros, que têm caráter técnico e/ou pragmático. A preservação e discussão de manuscritos milenares constituem marca decisiva desse sentido de universalidade. Mas foi, sobretudo, a forma que assumiram os mecanismos institucionais de preservação de um “sentimento coletivo” de igualdade em seu interior que asseguraram o seu caráter de universitas. Notas Padre Wilson Denadai Reitor da PUC-Campinas Agenda Trabalhos da Faculdade de Relações Públicas vencem prêmio nacional Arquivo pessoal Três trabalhos da Faculdade de Relações Públicas da PUC-Campinas venceram o 27º Prêmio Nacional de Monografias e Projetos Experimentais, promovido pela Associação Brasileira de Relações Públicas (ABRP). Os vencedores foram: “Relações Públicas em apoio ao Marketing – Hotel Fazenda Quatro Estações”, que conquistou o primeiro lugar na categoria Projeto Experimental Empresarial; “MIS – Museu de Imagem e Som de Campinas”, que ficou com o primeiro lugar na categoria Projeto Experimental Governamental, e “SPA Med Sorocaba”, segundo lugar na categoria Ações estratégicas de Relações Públicas - Responsabilidade social. No total, foram inscritos 105 trabalhos de 20 instituições de Ensino Superior de todo o Brasil. De acordo com a diretora da Faculdade de Relações Públicas, Cláudia Maria de Cillo Carvalho, esses prêmios valorizam um amplo trabalho desenvolvido pelos alunos durante o curso. “Essa conquista representa a certeza de que a Universidade tem preparado o profissional para a vida e para o mundo do trabalho”, afirmou a diretora. Professor da PUC-Campinas participa da 8ª Bienal de Arquitetura O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo Douglas Piccolo participa, pela quarta vez, da 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, que pode ser visitada até 6 de dezembro, no Pavilhão da Bienal, no Parque do Ibirapuera. Os projetos de Piccolo são de Design Gráfico Ambiental, ambos implantados em Campinas: o sistema de sinalização da Rodoviária da cidade e a sinalização visual do Paço Municipal. Os projetos da exposição foram selecionados por um júri que escolheu 106 trabalhos para compor o espaço dedicado a projetos de profissionais da arquitetura. O tema da 8ª Bienal Internacional de Arquitetura de São Paulo, “Ecos Urbanos”, tem como proposta discutir as intervenções urbanas decorrentes da realização de grandes eventos, como é o caso do Brasil, que sediará Copa do Mundo de 2014. O horário de visitação da Bienal é de terça a quinta-feira, das 12h às 22h, e às sextas-feiras, sábados, domingos e feriados das 10h às 22h. O acesso dos visitantes é permitido apenas mediante ingresso ou convite. Informações: www.8bia.com.br. Carreira é tema de palestra promovida pela PROPESQ e CCV A PUC-Campinas realiza, no dia 23 de novembro, a palestra “Planejamento de Carreira e Inteligência Mercadológica”, no Auditório da Biblioteca, no Campus II, a partir das 19h30. O evento é promovido pela Coordenadoria de Especialização, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPESQ), em parceria com a Diretoria do Centro de Ciências da Vida (CCV). O palestrante será José Augusto Minarelli, consultor em Recursos Humanos e diretor da Lens & Minarelli – Aconselhamento de Carreiras. As inscrições, gratuitas e abertas às comunidades interna e externa da Universidade, podem ser feitas pela internet (www.puc-campinas.edu.br) até o dia 22. Haverá emissão de certificado. As vagas são limitadas. Informações: (19) 3343-7667 ou [email protected]. 09/11 Último dia para realizar a inscrição para o vestibular 2010 da PUC-Campinas. Informações: www.puc-campinas.edu.br. 09 a 13/11 19h30 – 45ª Semana de Estudo do Serviço Social – Liberdade. Auditório Dom Gilberto, sala 900 e Praça de Alimentação, no Campus I. Confira a programação completa no www.puc-campinas.edu.br. 10 e 11/11 20h - Apresentação teatral “Flor de Lótus”, do Centro de Cultura e Arte (CCA) da PUC-Campinas. Auditório Dom Gilberto, no Campus I. nos dos cursos dos Programas de PósGraduação Stricto Sensu, pelo Site do Aluno. 19 e 23/11 18h30 - Sons, cores e tons: o mundo pela perspectiva da música. Evento organizado pelo Centro de Cultura e Arte (CCA) da PUC-Campinas. Praça de Alimentação, no Campus I. 20/11 Feriado Municipal – Dia da Consciência Negra. 26/11 Reunião do CONSUN. 30/11 12/11 20h - Apresentação teatral “Flor de Lótus”, do Centro de Cultura e Arte (CCA) da PUC-Campinas. Auditório Cônego Haroldo Niero, no Campus Central. 13/11 Último dia para realizar a inscrição para o Concurso de Residência do Hospital da PUC-Campinas. Informações: www.puc-campinas.edu.br. 16 e 18/11 20h30 – Sons, cores e tons: o mundo pela perspectiva da música. Evento organizado pelo Centro de Cultura e Arte (CCA) da PUC-Campinas. Convívio do CCHSA, no Campus I. 17/11 10h às 12h – 26ª Reunião Científica do Programa de Pós-Graduação em Psicologia. Auditório da Biblioteca, no Campus II. 18/11 Término do período para realização do processo de Intenção de Matrícula dos alu- Último dia para realizar a inscrição para o Curso Superior Sequencial de Formação Específica em Tecnologia da Informação. Informações: www.puc-campinas.edu.br. Último dia da “Se7e - Mostra Coletiva dos Trabalhos de Graduação do curso de Artes Visuais da PUC-Campinas”. Museu de Imagem e Som de Campinas (MIS). Rua Regente Feijó, 859, Centro, Campinas. 8h30 – Ciclo de Debates “Os Desafios da Metrópole: Políticas públicas para a Região Metropolitana de Campinas – Os problemas são nossos e os caminhos também. Tema: “Gestão Pública”. Sala 800 do prédio H-01, no Campus I. 19h às 22h – Palestra: “Desenvolvimento Sustentável em um Ambiente de Negócios Pós-Crise”, promovida pela Coordenadoria de Especialização, da PROPESQ, e pela Diretoria do CEA. Palestrante: Marcos Antonio de Marchi, presidente da Rhodia Latin America. Auditório Dom Gilberto, no Campus I. Informações: (19) 3343-7667 ou [email protected]. Siga a PUC-Campinas no twitter www.twitter.com/puccampinas Expediente Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Wagner José de Mello, Rogério Bazi e Sílvia Regina Machado de Campos; Coordenador do Departamento de Comunicação Social - Wagner José de Mello; Editora - Raquel Lima (MTb. 48.963); Repórteres - Adriana Furtado, Ana Paula Moreira, Ciça Toledo, Du Paulino e Henderson Arsênio; Estagiários - Camila Marcusso, Carolina Medeiros e Gabriel Barbieri; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3343-7147 e 3343-7674. E-mail: [email protected] Jornal da PUC-Campinas 9 a 22 de novembro/2009 03 Opinião Bioética e transplantes: novos desafios José Roberto Goldim A realização de transplantes é uma das áreas de reflexão bioética mais rica pelas inúmeras interfaces presentes. O estabelecimento de critérios técnicos para a caracterização da necessidade técnica do receptor, a qualificação dos doadores, a introdução do critério encefálico de morte, a realização de cirurgias em doadores intervivos, a conscientização da sociedade sobre este tema, entre outros, são os desafios sobre os quais a reflexão bioética se torna necessária. Não são apenas os aspectos éticos, fundamentais e necessários, mas não suficientes. As considerações sobre os aspectos técnicos, legais, sociais, assistenciais, econômicos e outros mais que se fizerem presentes, são imprescindíveis. A Bioética Complexa utiliza esse referencial para estabelecer este campo de troca entre diferentes saberes. É nessa perspectiva que serão abordados os temas trazidos pelo novo regulamento da área de transplantes no Brasil. A utilização de órgãos de doadores portadores de doenças transmissíveis é uma questão técnica e ética. Ética por permitir que mais órgãos sejam utilizados em grupos específicos de receptores. Técnica por avaliar as condições de exposição de um receptor a um órgão proveniente de um doador que tinha uma mesma característica prévia. Cotejar os benefícios de maior disponibilidade de órgãos com os riscos associados à utilização de doadores portadores de doenças trans- “A questão não é priorizar os transplantes de crianças e adolescentes em função da expectativa de vida associada à essa faixa etária, mas, sim, como adequação técnica visando permitir melhor qualidade de vida no período pós-transplante” missíveis, é fundamental. Os dados atualmente disponíveis indicam que a relação é positiva, ou seja, a favor dos benefícios. O que era visto anteriormente como uma agregação de risco, quando abordado de maneira setorial em pacientes já portadores dessas mesmas doenças, inverte a relação. A priorização de alocação dos órgãos de doadores abaixo de 18 anos de idade para pacientes dessa mesma faixa etária, não pode ser entendida como um privilégio, mas, sim, como uma adequação técnica, com repercussões éticas. Os pacientes menores de idade, devido às suas características anatômicas e fisiológicas têm necessidades e respostas diferentes das verificadas em pacientes adultos e idosos. Por exemplo, uma criança com insuficiência renal terá graves consequências em seu desenvolvimento se for mantida em diálise. O transplante de rim, que deve ter uma adequação anatômica mais estrita, pode minimizar essas repercussões. São necessidades diferentes que devem ser abordadas de forma diferenciada. Em algumas regiões do Brasil essa estratégia já vem sendo utilizada com sucesso e sem repercussões negativas para os demais pacientes da lista de espera. Da mesma forma, a possibilidade de um paciente menor de idade ter acesso à lista de espera antes de ter seu quadro de doença agravado é igualmente importante. A questão não é priorizar os transplantes de crianças e adolescentes em função da expectativa de vida associada a essa faixa etária, mas, sim, como adequação técnica visando permitir melhor qualidade de vida no período pós-transplante. A necessidade da avaliação da doação intervivos entre pessoas sem vínculos familiares por uma comissão de ética hospitalar é um grande avanço. A doação intervivos pode gerar uma reflexão sobre um possível caráter coercitivo devido aos laços afetivos. Quando realizada entre pessoas não aparentadas essa situação pode ser agravada. Uma comissão de ética hospitalar isenta em termos de participação nos procedimentos de realização de transplantes pode auxiliar e garantir um adequado controle social dessa situação, por si só, complexa. A criação de ações abrangentes de acompanha- VOCÊ CONCORDA QUE PESSOAS ABAIXO DE 18 ANOS DEVAM TER PRIORIDADE PARA RECEBER ÓRGÃOS DE DOADORES DA MESMA FAIXA ETÁRIA? POR QUÊ? Renato Granito Aluno do 3º ano da Faculdade de Ciências Biológicas José Roberto Goldim é professor da Faculdade de Medicina da PUC-RS e chefe do Serviço de Bioética do Hospital de Clínicas de Porto Alegre “Concordo, porque o jovem tem uma perspectiva de vida maior e a aceitação do órgão é maior do que em uma pessoa com mais idade. Os riscos de uma cirurgia desse porte são maiores em pessoas mais idosas.” “Acho que deveria ter uma avaliação caso a caso. Nada garante que o jovem terá mais tempo de vida.” Walter Jorge Paulo Neto Aluno do 1º ano da Faculdade de Medicina Alina Purvinis Professora da Faculdade de Psicologia “Sou contra. Depende da doença, do prognóstico e do quadro em que o necessitado se encontra. Existem prioridades e prioridades, mas essa questão tem que ser individualizada.” “Eu concordo, porque quanto mais jovem, maiores são as chances de o necessitado sobreviver. Quem tem menos idade, tem mais tempo de vida.” Cristiane Soares - Aluna do 3º ano da Faculdade de Enfermagem Carlos Tadayuki Oshikata Professor da Faculdade de Medicina “Deveria haver um estudo, porque a constituição prevê que todo mundo é igual. Essa questão está sendo mais social do que emergencial.” Reginaldo Romão - Aluno do 2º ano da Faculdade de Odontologia Jeanson Moraes - Aluno do 1º da Faculdade de Ciências Biológicas Fotos: Ricardo Lima CELEBRAÇÃO Os 30 anos de fundação do Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) foram celebrados, no último dia 30, com a palestra do professor Mário Sérgio Cortella, da PUC-SP, no Auditório Monsenhor Salim, no Campus II, com o tema “Da oportunidade ao êxito: Mudar é complicado? Acomodar é perecer!”. Para ele, há três pontos importantes: ensinar a generosidade mental; praticar a coerência moral e ter humildade intelectual. Outro ponto em destaque foi a apresentação de um vídeo comemorativo. Mensagens foram apresentadas, acontecimentos relembrados e personagens homenageados. A cerimônia contou com as presenças do diretor-adjunto do Centro de Ciências da Vida, professor José Gonzaga Teixeira de Camargo, que representou o reitor da PUC-Campinas, padre Wilson Denadai; do superintendente do HMCP, Antônio Celso de Moraes; do vice-presidente da Sociedade Campineira de Educação e Instrução (SCEI), Sebastião Carlos Biasi; do secretário de Saúde de Campinas, José Francisco Kerr Saraiva, e do prefeito de Campinas, Hélio de Oliveira Santos. “A lei não deveria favorecer ninguém. A prioridade tem que ser dependendo do quadro de necessidade. A vida é igual para todo mundo.” Diogo Coimbra Aluno do 4º ano da Faculdade de Fisioterapia “Não concordo, porque independentemente da idade, deveria haver um sistema melhor de captação de órgãos para que todos os necessitados possam ser assistidos. Quanto à fila de espera, não se deve dar prioridade para ninguém.” Imagem Arquivo pessoal Fotos: Ricardo Lima Galeria “Não concordo. Em minha opinião, deveriam ter prioridade os idosos e pessoas com problemas mais sérios. O restante, deveriam permanecer na fila, sem dar prioridade a ninguém.” mento dos processos e de educação continuada para os profissionais de saúde é extremamente importante para garantir a adequação do sistema como um todo. A atualização dos dados dos pacientes em lista de espera é um item fundamental. Isso permitirá que a alocação seja feita com base em dados confiáveis e atuais. Existe uma necessidade muito grande de educação dos próprios profissionais de saúde em questões associadas a realização de transplantes. O próprio entendimento adequado da utilização do critério encefálico para a constatação do óbito é um dos temas mais relevantes. Enfim, são temas que merecem ser adequadamente entendidos e discutidos com a sociedade como um todo visando o bem de todos, em especial dos pacientes que aguardam por transplantes. Esse é um compromisso que deve ser assumido por todos. UMA criança ou UM “U adolescente TEM a EXPECTATIVA DE vida MAIS ampliada. ATENDENDO ESSES jovens VOCÊ está, em TESE, permitindo QUE esse SER VIVA mais 40, 50 ou 60 ANOS.” José Gomes Temporão, ministro da Saúde Jornal da PUC-Campinas 04 9 a 22 de novembro/2009 Entrevista Direito Internacional HUMANITÁRIO Tenente-coronel Armando Morado Ferreira ministra palestra na PUC-Campinas no dia 11 de novembro Vidal Cavalcante O instrutor da Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (ECEME) e professor do Instituto Militar de Engenharia (IME) tenente-coronel Armando Morado Ferreira ministra, no dia 11 de novembro, às 9h e às 20h, a palestra “Direito Internacional Humanitário - A Lei da Guerra - Panorama, Desafios e Contemporaneidade”. A palestra, que ocorre no Auditório Cônego Haroldo Niero, no Campus Central, é aberta ao público interno e externo da Universidade. Em entrevista ao Jornal da PUC-Campinas, o tenente-coronel abordou a questão da violação dos direitos humanitários e a atuação do Exército Brasileiro em áreas urbanas. Leia, abaixo, a entrevista. O Ana Paula Moreira [email protected] Jornal da PUC-Campinas - Qual a visão do senhor sobre a prisão de Guantánamo? Viola o Direito Internacional Humanitário? Tenente-coronel Armando Morado Ferreira Guantánamo é uma área sob jurisdição militar dos EUA, sobre a qual não dispomos de informações, além daquelas divulgadas pela imprensa. Em tese, um prisioneiro de guerra tem direitos assegurados pelo Direito Internacional Humanitário (DIH), mas há condições a serem atendidas e as circunstâncias dos conflitos atuais dificultam a clara identificação do combatente, particularmente quando se trata de um possível terrorista, agente que não encontra amparo no DIH, uma vez que o terrorismo é ilegal, mesmo considerando a excepcionalidade da guerra. Esperase que todos os indivíduos recebam tratamento condigno com um princípio basilar do DIH. Acredita-se que o mesmo venha ocorrendo, tendo em vista as frequentes visitas do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, desde 2002, e as recentes medidas vindas a público tomadas pelo governo dos EUA em consonância com o DIH. Quais as dificuldades e os resultados positivos do Exército Brasileiro no Haiti? São grandes as dificuldades de se atuar em outro país em grave crise, desprovido de infraestrutura adequada, com uma situação socioeconômica complexa e distante do Brasil. De fato, apesar de consentida pelo governo haitiano, a Força de Paz tem episodicamente encontrado resistência armada, travando combates reais e enfrentado lastimáveis perdas de vidas de brasileiros e de militares de outras nacionalidades. Não obstante, nossos soldados cumprem com reconhecido louvor a missão recebida, tendo como benefícios indiretos o aprimoramento do seu preparo operacional e a projeção positiva da imagem do Brasil no exterior. Extrapolando as atividades de combate, o Exército está contribuindo com o Haiti prestando atendimento médico à população local, auxiliando no socorro após calamidades públicas, como os furacões comuns na região, e executando obras de saneamento e de recuperação de estradas, além do projeto de uma hidrelétrica em andamento. Arquivo pessoal “O EXÉRCITO ESTÁ CONTRIBUINDO COM O HAITI PRESTANDO ATENDIMENTO MÉDICO À POPULAÇÃO LOCAL, AUXILIANDO NO SOCORRO APÓS CALAMIDADES PÚBLICAS, COMO OS FURACÕES COMUNS NA REGIÃO, E EXECUTANDO OBRAS DE SANEAMENTO E DE RECUPERAÇÃO DE ESTRADAS, ALÉM DO PROJETO DE UMA HIDRELÉTRICA EM ANDAMENTO.” ” A aquisição de aviões de guerra pelo Brasil pode ajudar no patrulhamento das fronteiras? Essa é uma questão cuja resposta afeta à Força Aérea Brasileira (FAB), mas pode-se afirmar que a grande extensão das fronteiras brasileiras, sejam terrestres ou marítimas, constitui desafio que demanda todos os meios disponíveis. Quanto aos novos caças do Programa FX, eles deverão ter um papel preponderante na defesa do espaço aéreo, mas, sem dúvida, também serão meios disponíveis para emprego na proteção direta das fronteiras. A aviação do Exército, atualmente dotada apenas de helicópteros, também cumpre seu papel, particularmente atuando nas fronteiras da Amazônia, a partir de Manaus, e nas da Região Oeste, a partir de Campo Grande. No futuro, planeja-se aumentar a capacidade de monitoramento da Amazônia, hoje baseada na vigilância pelos Pelotões de Fronteira, com o uso de radares e veículos aéreos não tripulados (VANT) em desenvolvimento pelo Exército, bem como pelo emprego de satélites. Quais medidas precisam ser tomadas para o Exército atuar nos morros do Rio de Janeiro ou em outras regiões brasileiras que precisem de apoio na segurança? É também missão constitucional das Forças Armadas a garantia dos poderes constituídos, da lei e da ordem, quando acionadas por um dos poderes. De forma semelhante, a Constituição atribui aos órgãos de polícia a missão de Segurança Pública. Ainda com referência ao texto constitucional, verifica-se que as Forças Armadas somente atuam em caso de grave perturbação da ordem pública, caracterizada pela incapacidade dos órgãos de Segurança Pública frente à situação, assim declarada pelo governador do respectivo Estado e confirmada por decretação do Estado de Defesa pelo Presidente da República. Apesar da gravidade e da frequência dos atos de violência urbana, ainda não foi configurada no País a situação do Estado de Defesa e as atuações das Forças Armadas têm se restringido a cooperações com órgãos de Segurança Pública nas áreas de logística e inteligência, além de operações pontuais, com objetivos limitados e sempre por ordem do Presidente da República ou com amparo em mandatos judiciais, como ocorre, por exemplo, na busca de indivíduos que tenham cometido crimes militares. Na opinião do senhor, quais medidas o governo federal precisa ter para combater a violência nas cidades brasileiras? A questão é complexa e demanda ações governamentais em todos os campos, não sendo predominante o militar, no qual a atuação do Exército se dá conforme foi explanado nas respostas anteriores. O Exército também atua em outros campos, como na inserção na sociedade proporcionada pela prestação do Serviço Militar, que inclui também a profissionalização, enfatizada pelo programa Soldado Cidadão, e até mesmo em ações de inclusão digital, como o abrigo de pontos de acesso do programa Governo Eletrônico – Serviço de Atendimento ao Cidadão (GESAC) em diversos pontos do Brasil, até mesmo nas distantes fronteiras da Amazônia. Jornal da PUC-Campinas 9 a 22 de novembro/2009 05 Polêmica SOBREVIDA para crianças e adolescentes Fotos: Ricardo Lima “É preciso desburocratizar os procedimentos” O tradutor Felipe Boschiero, 34 anos, está há cinco na fila de transplantes de rim. Portador de uma insuficiência renal crônica, ele já se submeteu a dois transplantes e, há seis anos, espera pelo terceiro. Formado em História pela PUC-Campinas e trabalhando como tradutor na reitoria da Unicamp, ele encontrou um jeito de conviver com o problema. “Aprendi, desde cedo, a lidar com a situação. Não faço drama e procuro viver meu dia a dia da melhor maneira possível”, contou. “É claro que tenho algumas dificuldades, mas descobri que, muitas vezes, é mais difícil resolver um problema do cotidiano do que administrar minha saúde”, completou. Para Boschiero, tão importante quanto aprimorar as leis que regem o Sistema Nacional de Transplante, é desburocratizar os procedimentos, oferecer equipes mais especializadas, incentivar as doações e ter rapidez e eficiência nas técnicas de captação dos órgãos. “O problema maior na doação é a crença, e não a ignorância. Precisamos desenvolver na sociedade a consciência da doação”, finaliza. Raquel Lima [email protected] O novo regulamento do Sistema Nacional de Transplantes (SNT), anunciado pelo Ministério da Saúde em outubro e que passa a valer a partir deste mês, despertou uma reflexão sobre o valor da vida. É que entre as mudanças, está a prioridade que passa a ser dada a pessoas com menos de 18 anos para receber órgãos de doadores da mesma faixa etária. Segundo o ministério, isso se dá devido à maior expectativa de vida desses pacientes. As crianças e adolescentes também ingressarão na lista para transplantes de rim antes de entrarem na fase terminal da doença renal crônica, ou de terem indicação para diálise. O presidente da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), Valter Duro Garcia, disse “concordar plenamente” com as medidas. “É o mesmo critério usado nos EUA e em vários países europeus. Para os doadores acima de 55 anos, as crianças não recebem esses rins, porque têm menor duração. Então, o uso dos rins de crianças menores de 18 anos (em torno de 10% dos doadores) apenas corrige a injustiça. Não há privilégio algum. Outro ponto é que as crianças sofrem mais do que os adultos em lista de espera”, argumentou. “Não se dá maior valor à vida das crianças. Ambos, crianças e adultos, têm a mesma chance (rins acima de 55 anos alocados para adultos e rins abaixo de 18 anos alocados para crianças). Embora o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) lhes dê prioridade em tratamentos de saúde”, completou o presidente da ABTO. O médico Henrique Cesar Zambotti, membro do Conselho de Ética do Hospital e Maternidade Celso Pierro, da PUC-Campinas, também não entende as novas regras como privilégio aos jovens. “Quanto menor a faixa etária, menor a incidência de comorbidades. É uma probabilidade maior de sucesso do transplante.” Para o diretor adjunto do Centro de Ciências da Vida (CCV) da PUCCampinas, José Gonzaga Teixeira de Camargo, “a questão vai além da discussão se crianças e adolescentes devem ter prioridade na fila de espera, mas, sim, se o doador e o receptor têm condições de efetivar o transplante”. “A idade avançada não é impeditivo, mas, sim, as comorbidades do paciente, ou seja, as enfermidades associadas ao tempo e à doença, ao tratamento e ao estilo de vida que esse receptor teve. Nesse sentido, um organismo jovem tende a ser mais saudável e, assim, poderá ter excelente resultado em um transplante de rim”. Segundo o padre José Antonio Trasferetti, diretor da Faculdade de Filosofia e estudioso da bioética na medicina, a Igreja Católica é favorável à doação de órgãos para a realização de transplantes desde que sejam feitos dentro de uma ética aplicada a procedimentos normativos. “Do ponto de vista moral e cristão, doar órgãos O NÚMERO é um ato evangélico, que deve ser feito à luz das regras determinadas pelo governo e área médica. Sem essas normas, corpacientes estão na remos o risco de cair no tráfico de órgãos, fila de espera de esse sim um crime condenado pela transplante de Igreja”, declara. órgãos no Brasil O 63 mil “Doar é um dever de consciência” A professora Sandra Forster Joanini, da Faculdade de Serviço Social, doou um rim para seu filho Artur, há dez anos, quando ele tinha 25 anos. Hoje, ele é promotor em Três Pontas (MG). “O diagnóstico de insuficiência renal crônica veio como uma bomba para a família e tivemos de enfrentar o problema com dieta, medicamentos, hemodiálise e, finalmente, o transplante”, contou. Hoje, Sandra e Artur têm vidas normais, mas controladas por exames rotineiros. Depois de conhecer de perto o sofrimento dos pacientes tratados na hemodiálise, Sandra é favorável às novas regras no Regulamento Técnico do Sistema Nacional de Transplantes, como a prioridade que crianças e adolescentes passam a ter na inscrição da lista para um transplante de rim, antes de entrar na fase terminal da doença renal crônica e de ter indicação para diálise. “Apesar de o tratamento ser eficiente, ele é muito agressivo, principalmente às crianças, que são mais sensíveis e menos tolerantes”, justificou. Outra bandeira que a docente levanta é a necessidade de conscientização da sociedade para a doação de órgãos. “Doar é um dever de consciência”, conclui. OUTRAS MUDANÇAS Outras mudanças em relação ao transplante de órgãos Doadores com doenças transmissíveis, como a hepatite C, serão autorizadas a doar para pacientes que tenham a mesma enfermidade, exceto para transplantes de tecido; Uma comissão ética deverá autorizar os transplantes entre pessoas vivas sem parentesco; Paciente poderá consultar sua posição na lista de espera por meio de um site; A ficha do paciente será constantemente atualizada pela equipe médica. Fonte: Ministério da Saúde Novas regras do Ministério da Saúde para aprimorar o Sistema Nacional de Transplantes (SNT) prioriza atendimento aos mais jovens Ciça Toledo [email protected] Jornal da PUC-Campinas 06 9 a 22 de novembro/2009 Fotos: Ricardo Lima Comemoração anos de 30 Ciências Biológicas A senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, faz palestra na Universidade para celebrar a data Ana Paula Moreira [email protected] Em comemoração aos 30 anos da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Campinas e também da regulamentação da profissão, a senadora e ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (PV-AC), vem à Universidade, no dia 12 de novembro, para ministrar a palestra “Brasil Sustentável: Desafios e Perspectivas”, às 20h, no Auditório Monsenhor Salim. O evento também terá a participação de ex-alunos e de um representante do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01). A Faculdade de Ciências Biológicas foi criada em outubro de 1979. No mesmo ano, a profissão foi regulamentada no Brasil, por meio da Lei 6.684, que tornou legal o exercício da biologia. A profissão de biólogo já existe no país desde 1934, quando foi criado o curso de História Natural, na Universidade de São Paulo (USP). Para a diretora da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Campinas, Mariângela Cagnoni Ribeiro, ao longo desse período, ocorreram mudanças benéficas para o profissional. “Houve uma valorização que permitiu novas áreas de atuação, como saúde, biotecnologia e projetos de sustentabilidade.”, afirmou. A professora ressaltou, ainda, a importância de a senadora participar das comemorações do curso. “É um nome relevante nas questões ambientais e da sustentabilidade do Brasil, além de ser um estímulo para os futuros profissionais”, completou a diretora. Para o presidente do Conselho Regional de Biologia (CRBio-01), Wladimir João Tadei, antes da regulamentação do biólogo, o profissional apenas atuava nas escolas e universidades. “Podemos dizer que hoje o biólogo é um profissional liberal, há um leque de opções para atuação. Para o sucesso na carreira é importante uma formação sólida e ampla. A universidade permite um direcionamento que ajuda o aluno a traçar seus interesses”, disse o presidente. Com o objetivo de estudar no exterior, o estudante do 3º ano Gabriel Duarte Garcez participa de congressos e de grupos de pesquisa. Depois de formado, o aluno pretende seguir a área de pesquisa marinha. Para Garcez, o curso ajuda a se preparar para alcançar seus objetivos. “Participo de pesquisas, de vários congressos para conhecer a linguagem científica e o MARINA SILVA que é produzido no exterior.” A ex-aluna e hoje consultora ambiental Maria de Fátima Tonon, quando entrou para o curso de Ciências Biológicas, em 1986, sempre teve interesse em trabalhar na área de meio ambiente e educação ambiental. Na época, o campo de atuação não era tão amplo, Raio x como atualmente. “Quando me O curso de Ciências formei, ninguém pensava em disBiológicas da PUC-Campinas, cutir educação ambiental nas dando ênfase ao Meio Ambiente e à escolas. Nos dias de hoje, se Biotecnologia, tem duração de oito semestres. O aluno obtém o título de tornou uma questão séria, licenciado (para a atuação no ensino de passou a ser incorporada no Ciências Biológicas e Biologia) e bacharel dia a dia. A legislação ambien- (para o desenvolvimento de pesquisa básica tal é rigorosa e precisa de pro- e aplicada, em empresas). Pode atuar em fissionais que se adéquem. áreas de preservação, controle ambiental Com isso, o biólogo toma a e centros de pesquisa, capacitando-se, sua posição no mercado”, con- também, a realizar perícias e emitir laudos técnicos. Desde o tou Maria de Fátima, proprietáinício do curso, há aulas ria de uma assessoria ambiental. práticas. CEA No dia 13 de novembro, a Senadora Marina Silva ministra a palestra “Desenvolvimento com Sustentabilidade”, às 8h30, no Auditório Dom Gilberto, no Campus I da Universidade. O evento é organizado pela Faculdade de Administração e pelo Grupo de Pesquisa do Centro de Economia e Administração (CEA) “Inovação, Competiti-vidade e Políticas Públicas” da PUC-Campinas. A inscrição é gratuita e pode ser feita até as 17h do dia 12, pelo e-mail [email protected], informando nome e endereço eletrônico. Outras informações: (19) 3343-6776. O reitor da PUC-Campinas, padre Wilson Denadai, que estará em viagem internacional durante esse evento, agradeceu, diretamente, à senadora, dando-lhe as boas-vindas, manifestando sua satisfação em recebê-la, novamente, na PUC-Campinas e designou o coordenador do Departamento de Comunicação Social, professor Wagner Mello, para recepcioná-la nos dias 12 e 13. “PODEMOS DIZER QUE HOJE O BIÓLOGO É UM PROFISSIONAL LIBERAL, HÁ UM LEQUE DE OPÇÕES PARA ATUAÇÃO.” ” WLADEMIR JOÃO TADEI, PRESIDENTE DO CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA (CRBIO-01) MARIA DE FÁTIMA TONON Professor apresenta trabalho em Cuba O professor da Faculdade de Ciências Biológicas da PUC-Campinas Jodir Pereira da Silva participou, em outubro, do Congresso Latino-americano de Ciências do Mar, realizado em Cuba. Os trabalhos foram produzidos pelo grupo de pesquisa Ecopere-SE, ministrado pelo professor e formado por alunos da Universidade. Silva apresentou quatro trabalhos e dois pôsteres. A pesquisa é feita a partir do monitoramento mensal do caranguejo aranha, em Ilhabela, no litoral paulista. Entre os dados avaliados estão o número de espécies presentes no local e a morfologia dos animais. Segundo Silva, a participação no congresso é importante para a publicação do trabalho e divulgação da Instituição. “Coloca a PUCCampinas como uma das Universidades que participam do desenvolvimento tecnológico no cenário nacional e internacional”, explicou o professor. Jornal da PUC-Campinas 07 Com prêmios para as melhores criações e troféu que homenageia o maestro Carlos Gomes, o evento busca revelar talentos no cartum, charge e caricatura 9 a 22 de novembro/2009 cartuns charges :) caricaturas Henderson Arsênio [email protected] A Fotos: Ricardo Lima :) A partir do dia 17, a cidade estará mais bem-humorada. Nesse dia, será inaugurado o 1º Salão de Humor de Campinas, que exibirá cartuns, charges e caricaturas de artistas gráficos campineiros e da região. Os trabalhos estarão expostos até 19 de dezembro no Centro de Convivência Cultural de Campinas, na Praça Imprensa Fluminense, no Cambuí. A entrada é gratuita. O idealizador do Salão, Jan Fernandes, contou ao Jornal da PUC-Campinas como surgiu esse projeto. “A ideia de promover um salão de humor em Campinas surgiu de maneira incidental, quando eu conversava com o amigo e ilustrador Dino Alves. Estávamos falando sobre a grande quantidade e qualidade dos artistas de Campinas e região e pensamos no fato, até engraçado, de que Campinas tem vários artistas e escolas da nona arte, mas não tinha um salão. E daí veio a pergunta: por que não?”, relatou o jornalista, que também é membro da Associação Campineira de Imprensa (ACI). Djota Carvalho é jornalista, cartunista e faz parte do júri do Salão. Ele contou porque as caricaturas fazem tanto sucesso: “O humor gráfico, por mais autoral que seja, permite que quem o vê interprete de maneira pessoal. Além disso, como o artista cria a cena que imagina na sua cabeça com exatidão, utiliza os ‘atores’ que quer e transforma a piada em um fato possível de ser visto e, muitas vezes, acreditado, ele leva vantagem em relação a quem precisa filmar ou fazer quem ouve a piada imaginar a cena. Ela está lá, criada muitas vezes de forma tão contundente e inequivocamente hilária como só uma charge, por exemplo, pode fazer”, opinou ele. De acordo com a professora da Faculdade de Artes Visuais Ana Maria Bittar, as charges e cartuns são, acima de tudo, uma arte lúdica: “Sem exigir representação muito intensa, as charges são populares graças ao fato de brincar com a imagem, tirando a questão da seriedade e transmitindo a mensagem por si só”, opinou ela. :) :) :) :) :) :) :) O Salão de Humor de Campinas distribuirá prêmios em dinheiro. Serão cerca de R$ 16 mil para os melhores trabalhos selecionados por uma banca. As categorias serão cartum, charge e caricatura. Para esses dois últimos, o tema é livre. Dalcio Machado, integrante da organização e jurado do concurso, explicou quais são os principais quesitos na escolha do vencedor: “Criatividade, ineditismo, criatividade, adequação ao tema, criatividade, domínio do tipo de arte gráfica escolhida e...já mencionei criatividade?”, brincou o cartunista. Cada categoria premiará com R$ 3 mil aos primeiros colocados; R$ 1 mil aos segundos e troféus aos colocados na terceira posição. Para a categoria cartum, todos os trabalhos terão um tema específico: meio ambiente. “As pessoas precisam se conscientizar de que o meio ambiente precisa ser respeitado, protegido e, digamos assim, ampliado. O humor é uma das ferramentas mais eficientes para se fixar ideias e conscientizar as pessoas”, argumentou Djota. Um dos pontos altos da premiação será o Troféu Carlos Gomes. “É uma das personalidades artísticas brasileiras de renome internacional e sua história está intimamente ligada a Campinas. Como gostaríamos que o maestro fosse ainda mais conhecido e reconhecido, criamos o prêmio aberto”, informou Bira Dantas, outro organizador e jurado da competição. Para participar dessa categoria, o artista pode enviar seu trabalho em qualquer formato (cartum, caricatura ou charge), mas deve ter o maestro como tema principal. Tradicionalmente, os salões de humor revelaram muitos talentos das artes visuais ao longo das suas edições. Esse também é um dos objetivos da mostra de Campinas. “Criar um salão como esse significa não só trazer a tona gente boa e desconhecida, mas dar espaço a todos para exibir e admirar bons trabalhos. E, claro, como há prêmios, reconhecê-los e incentivá-los também”, falou Bira. Segundo a professora Ana Bittar, a cidade tem um laço antigo com as artes. “Campinas é pioneira na questão das artes gráficas desde o início do século passado e possui, além de inúmeras escolas de arte, artistas renomados que nem sempre estão em voga”. Para ela, o Salão vem para preencher uma lacuna que existia: “Acredito que esse espaço trará um novo referencial para nós, como ocorreu com a cidade de Piracicaba”, analisou. Até o fechamento desta edição, o concurso já havia recebido mais de 400 inscrições, algumas vindas até de outros países, como Portugal, México, Coreia, Japão e Irã. SAIBA MAIS: www.salaodehumordecampinas.com.br 9 a 22 de novembro/2009 08 Jornal da PUC-Campinas Reconhecimento PUC-Campinas é a MELHOR UNIVERSIDADE privada do Brasil na área da Saúde Fotos: Ricardo Lima No ranking geral, a Instituição foi apontada como a 6ª melhor escola privada do país Da Redação [email protected] A PUC-Campinas recebeu, no último dia 27, o Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante e Banco Real Grupo Santander 2009. A Instituição foi consagrada como a melhor Universidade privada do Brasil na categoria Saúde. No ranking geral das melhores instituições de Ensino Superior, a PUC-Campinas foi considerada a 6ª melhor escola privada do país. Professores e diretores de faculdades Dez cursos da PUC-Campinas foram finalistas na cateestiveram na cerimônia promovida pela goria Saúde: Educação Física, Enfermagem, Farmácia, Editora Abril e pelo Grupo Santander Fisioterapia, Fonoaudiologia, Medicina, Nutrição, Odontologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Com a premiação, os cursos de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional conquistaram, pelo segundo ano consecutivo, o título de melhores do país. Segundo informações do Guia do Estudante, a estrutura da PUC-Campinas e a oportunidade de os estudantes atuarem em hospital-universitário próprio foram alguns dos fatores que mais contribuíram para o resultado. “O Centro de Ciências da Vida (CCV), onde são oferecidos os cursos da área de Saúde, conta com 33 laboratórios, farmáO pró-reitor de Graduação, professor cia-escola, ambulatórios e clínicas de fonoaudioA noite de premiação ocorreu no Germano Rigacci Júnior, recebeu o prêmio logia, odontologia, fisioterapia e terapia ocupacioMemorial da América Latina, em São Paulo em nome da PUC-Campinas nal. No mesmo campus, está o Hospital e Maternidade Celso Pierro, que atende 450 mil pacientes por ano”, informou o anuário. Para o pró-reitor de Graduação da PUCCampinas, Germano Rigacci Júnior, o prêmio é resultado do trabalho da Universidade na busca pelo ensino de excelência. "Esse prêmio representa todo o esforço da PUC-Campinas em relação à qualificação do ensino e ao trabalho desenvolvido no campo da Saúde”, declarou o pró-reitor. De acordo com a diretora do Centro de Ciências da Vida (CCV), Miralva Aparecida Silva, a premiação reflete o trabalho feito por toda a comunidade universitária. A atriz Cássia Kiss foi a mestre "Trata-se de um conjunto de indicadores que demonstra que de cerimônia estamos no caminho certo. Além do Prêmio Melhores Dez cursos da PUC-Campinas na área da Saúde foram homenageados Universidades, também tivemos resultados positivos em outras com o V Prêmio Melhores Universidades Guia do Estudante Banco Real avaliações, como o Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes) e a avaliação institucional promovida pelo INEP, do Ministério da Educação. Dessa maneira, o prêmio representa um traA cerimônia ainda teve balho de todos: professores, alunos, diretores e significa, também, participação da mais um apoio para aqueles que conhecem as dificuldades de quem Orquestra educa e atua na área da Saúde”, disse. Bachiana Jovem A premiação contou com a presença do presidente da Editora Abril, Jairo Leal, do representante do Santander Universidades, Jamil Chade, e da secretária de Educação Superior do MEC, Maria Paula Dallari Bucci. O evento ocorreu no Memorial da América Latina, em São Paulo, e teve como mestre de cerimônia a atriz Cássia Kiss. O processo de seleção identificou as melhores instituições de ensino superior nas áreas de Administração e Negócios; Meio Ambiente e Ciências Agrárias; Ciências Sociais e Humanas; Comunicação e Informação; Arte e Design; Ciências Exatas e Informática; Engenharia e Produção; e Saúde. Para isso, o Guia do Estudante coordenou a avaliação de 9.371 cursos de 1.332 instituições de ensino superior em SAIBA MAIS todos os estados brasileiros. Desse total, 28 universidades encabeçaPara concorrer ao prêmio, são selecionadas as instituições que tiveram, pelo menos, um curso ram as finalistas, disputando 18 prêmios, metade deles para univerconsiderado bom (três estrelas), muito bom (quatro estrelas) ou excelente (cinco estrelas) na sidades privadas e os demais para as públicas, incluindo dois de melhor avaliação do Guia do Estudante. O processo contou com a consultoria técnica do Ibope universidade do ano. Inteligência e a verificação de dados realizada pela PricewaterhouseCoopers. A