FINANCIAMENTO DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO Maria Alicia D. Ugá Seminário Políticas de Saúde no Chile e Brasil, 2006 MODELO DE FINANCIAMENTO SETORIAL A estrutura do gasto nacional em saúde é herdada do modelo do sistema de saúde prévio ao SUS, no qual o papel do Estado havia sido fundamentalmente o de promover a expansão do setor privado. => Nosso sistema de saúde, constitucionalmente definido como sendo de acesso universal e integral, exibe uma estrutura do gasto que em nada se assemelha à dos sistemas nacionais de saúde de cunho welfariano, mas se aproxima do padrão estadunidense, tido como sistema típico do modelo liberal de sistemas de saúde. Composição do Gasto em Saúde Alguns países da OCDE e Brasil EUA Reino Unido Suécia Espanha Portugal Publico Seguro Privado Pagam. Diretos Itália Alemanha França Dinamarca Brasil (2002) 0,0% 10,0% 20,0% 30,0% 40,0% 50,0% 60,0% 70,0% Fonte: Países da OCDE: OMS, World Health Report, 2000 80,0% 90,0% 100,0% COMPOSIÇÃO DO FINANCIAMENTO SISTEMA DE SAÚDE, BRASIL, 2002. GASTO EM SAÚDE R$ Milhões Gasto Público Total 50.473,5 Gasto Privado - Planos e Seguros de Saúde 25.063,1 Gasto Privado direto das Famílias 39.778,5 Gasto Total 115.315,1 Fonte: Elaboração própria, a partir de dados da POF, do SIOPS e da ANS % 43,8 21,7 34,5 100,00 OFERTA DE SERVIÇOS (Mix Público x Privado) Health Providers - Brazil, 2002 Public N.º % TOTAL BRAZIL Ambulatory Units Hospitals Private N.º % TOTAL N.º % 31.199 2.588 76 35 9.778 4.809 24 65 40.977 7.397 100 100 NHS / SUS Ambulatory Units 30.957 Hospitals 2.519 Beds 161.635 95 42 37 1.469 3.414 277.942 5 58 63 32.426 5.933 439.577 100 100 100 71% dos provedores privados têm contrato com MS Elaboração própria. Fontes: AMS / IBGE e SIH/MS, 2002 FINANCIAMENTO DO SETOR SAÚDE Setor público: 43,8 % => 10,6% da receita tributária Setor Privado: 56,2 % => Gasto direto + Seguros e Planos Health Expenditures - Public Sector Brazil - 2002 Health Expenditures - Private Sector Brazil - 2002 Municipal 22% State 20% Insurance 35% Federal 58% Out-ofPocket 65% Estimativas a partir do SIOPS Peso do financiamento da saúde sobre a renda familiar Peso do Financiamento do Setor Saúde sobre a Renda familiar per capita, segundo tipo de gasto, por Decil de Renda familiar per capita - Brasil, 2002 12,00 10,00 Peso % sobre a renda 8,00 Peso Privado direto 6,00 Peso Planos de Saúde 4,00 Peso SUS 2,00 Fonte: POF/IBGE 2002/3 SIOPS/MS 1 2 3 4 Ugá, M.A.D. e Santos, I. 2005 5 6 Decil de Renda 7 8 9 10 Composição do gasto privado direto em saúde por decil de renda familiar p/c. Brasil, 2002. 100% Outras Material de Tratam. 80% Exames diversos 60% Hospitalização + Serv. Cirúrgicos 40% Tratam. Ambulatorial Consulta Médica 20% Trat. Dentário 0% 1 2 3 Fonte: POF/IBGE 2002/3 Ugá & Santos, 2005 4 5 6 Decil de Renda 7 8 9 10 Medicamentos O FINANCIAMENTO DO SUS É DISCIPLINADO POR: 1. CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988: % ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL * Inicialmente: % contribuições sociais do OSS (COFINS, CSLL, Contrib. Folha Salarial + impostos gerais) Em lei complementar, estabeleceu-se 30% do OSS para a Saúde * Posteriormente, incluída contribuição social vinculada à saúde: CPMF (1997) 2. EMENDA CONSTITUCIONAL 29: Estabelece % mínimos das receitas federal, Estadual e municipal a serem destinados à saúde O ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL NA CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 E O OBJETIVO DE GARANTIR FONTES ESTÁVEIS DE RECURSOS PARA AS ÁREAS SOCIAIS A CONSTITUIÇÃO FEDERAL de 1988 define o ORÇAMENTO SEGURIDADE SOCIAL e não vincula fontes para cada área (Previdência, Saúde e Assistência Social) . Em lei complementar, estabeleceu-se 30% do OSS para a Saúde Fontes do OSS: contribuições sociais * Contrib. social sobre folha de salários * COFINS (sobre faturamento das empresas * CSLL (sobre lucro líquido das empresas) + impostos gerais que se fizessem necessários * Posteriormente, incluída contribuição social vinculada à saúde: CPMF (1997) PROBLEMAS NO FINANCIAMENTO SETORIAL: Nunca foi cumprida a definição de 30% do OSS para a Saúde (ajuste macroeconômico) * Pagamento indevido dos EPU com recursos do OSS * Em 93, vinculação das contribuições sobre folha de salários para a previdência * Corrosão das receitas, devido à recessão * 94: Fundo Social de Emergência => FEF => DRU 20% das contrib. e impostos são retidos e alocados livremente pelo governo federal. * recorrente contingenciamento dos repasses ao MS =>97: contribuição social vinculada à saúde: CPMF Anos 90: DESPRIORIZAÇÃO DO GASTO EM SAÚDE Em 1989 o gasto federal em saúde alcançava 19% da despesa total efetiva do governo federal Em 1992 foram alocados à saúde menos de 12% Em 1994 apenas 5%; Em 1995 somente 5,5%; E em 1996 um percentual ainda menor: 4,9% + BAIXA PARTICIPAÇÃO DOS ESTADOS NO FINANC. => No final dos 90, a questão era a de garantir um volume estável de recursos para o SUS => VINCULAÇÃO A EMENDA CONSTITUCIONAL 29 (2000) E O OBJETIVO DE VINCULAR RECURSOS PARA O SETOR SAÚDE NAS 3 ESFERAS DE GOVERNO FINANCIAMENTO DO SUS e a EC-29 1. União: - para o ano de 2000, o montante de recursos vinculado será o valor empenhado em ações e serviços públicos de saúde no exercício financeiro de 1999, acrescido de, no mínimo, 5% e - para cada ano do período de 2001 a 2004, a vinculação corresponderá ao valor apurado no ano anterior, corrigido pela variação nominal do PIB. 2. Estados e municípios: Deverão vincular ao SUS um % de toda a receita de impostos, inclusive das transferências constitucionais. ESTADOS: 7% em 2000, aumentando anualmente pelo menos 1/5 até atingir em 2004 o percentual de 12%; MUNICÍPIOS: idem, devendo atingir 15% em 2004. Situação de estados e municípios frente à EC-29 2004 MUNICÍPIOS: atingir em 2004 alocação de 15% Situação: 51% cumpriram a EC-29 8% não cumpriram 41% não informaram Em média, alocaram em 2003 17,4% para saúde ESTADOS: atingir 12% em 2004 Situação: 9 cumpriram a EC-29 4 não cumpriram 14 não informaram Em média, alocaram em 2003 9,6% para saúde DESPESA COM AÇÕES E SERVIÇOS DE SAÚDE (em R$ correntes) ______________________________________ ESFERA 2000 2001 2002 2003 ______________________________________________________ Federal 20.351 22.474 24.737 27.181 Estadual 6.313 8.270 10.309 12.224 Municipal 7.404 9.269 11.759 14.218 _____________________________________________________ Crescimento gasto federal: 33,6% Crescimento gasto municipal: 93,6% Crescimento gasto estadual: 92,0% FINANCIAMENTO DO SUS: Tendências • Houve uma nítida retração da participação da esfera federal no financiamento: 75% em 1980, 60% em 2000, 56% em 2001, 53% em 2002, 51% em 2003 • Mas isso não significou uma diminuição no gasto federal: em termos correntes aumentou 33,6% em 2000-2003, e se manteve constante se descontada a inflação setorial • Houve uma importantíssima elevação do gasto estadual (de 94%) e municipal (de 92%) e, assim, de sua participação no financiamento do SUS FEDERALISMO FISCAL E A PARTICIPAÇÃO DAS 3 ESFERAS DE GOVERNO NO FINANCIAMENTO DO SUS PARTICIPAÇÃO DAS 3 ESFERAS DE GOVERNO NO GASTO PÚBLICO EM SAÚDE - 1980 - 2003 (%) __________________________________________________ ESFERA 1980 1990 1992 1993 2003 __________________________________________________ Federal 75 73 68 72 51 Estadual 18 15 14 12 23 Municipal 7 12 18 16 26 __________________________________________________ Fontes: Médici, A. "Gastos com Saúde nas Três Esferas de Governo: 1980-1990". O Financiamento da Saúde no Brasil. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde, 1994. Médici, A. & Marques, R. Saúde: Entre Gastos e Resultados. São Paulo: IESP/FUNDAP, 1993 (mimeo). Os dados de 2002 são de elaboração própria. 2003- siops FEDERALISMO FISCAL Brasil, 2003 (%) Esfera de Governo Arrecadação Receita Própria Disponível UNIÃO 68,8 59,0 ESTADOS 26,6 24,9 4,8 16,1 100,0 100,0 MUNICÍPIOS Total Fonte: Affonso (2004) FEDERALISMO FISCAL Receita Tributária Disponível, 1988-2003 (%) Esfera de Governo 1988 2003 UNIÃO 62,3 59,0 ESTADOS 26,9 24,9 MUNICÍPIOS 10,8 16,1 100,0 100,0 Total Fonte: Affonso (2004) ESTRUTURA FISCAL • IMPORTANTE FLUXO DE TRANSFERÊNCIAS DE RECURSOS DA UNIÃO E DOS ESTADOS, QUE FAVORECEM PRINCIPALMENTE OS MUNICÍPIOS => 80% da receita municipal provém de transferências, e 50% de transferências da União • ENTRETANTO, O AUMENTO DA CARGA TRIBUTÁRIA OBSERVADO A PARTIR DESTA DÉCADA (que passou de 30% em 1998 para 38% em 2003) FAVORECEU PRINCIPALMENTE O NÍVEL FEDERAL, POIS AUMENTARAM AS CONTRIBUIÇOES SOCIAIS QUE NAO ENTRAM NA PARTILHA. PROBLEMAS QUE AINDA PERSISTEM NO FINANCIAMENTO DO SUS 1. DRU – Desvinculação das Receitas da União (ex-FSE, ex-FEF) => retenção no Tesouro Nacional de 20% de todas as fontes 2. CONTINGENCIAMENTOS => descompassos entre Receitas Autorizadas e Liquidadas 3. SUBSÍDIOS AO SETOR PRIVADO => Renúncia fiscal – ex: deduções no IR de gastos com saúde (em 2003, R$ 2,8 bilhões = 10% da receita das operadoras) 5. POLÍTICA MACRO-ECONÔMICA => Ajuste Fiscal => Política Monetária AVANÇOS NO FINANCIAMENTO DO SUS EVOLUÇÃO 1998 – 2003 - PNAD Total de internaciones y atendimientos por financiamiento Brasil, 1998 y 2003 Internaciones 1998 Internaciones 2003 Atendimientos 1998 Atendimientos 2003 0% Fuente: elaboración propia a partir de los micro datos de PNAD/IBGE, 1998 y 2003 20% SUS 40% 60% Seguro Privado 80% 100% Gasto del Bolsillo El número bruto de atendimiento e internaciones: • aumentaron en SUS (en 44% los atend y 21% de las hospit.) – contexto de diminucipón de las camas de la red publica • aumentaron los del seguro privado (en 21% los atend y 13% de las hospit.) • aumentaron los atend. del gasto del bolsillo (en 6% ) y disminuyeron las de las hospitalizaciones (en 16%) • aumentó la participación de los co-pagos en los seguros en atend. (12 p/ 16%) y diminución de las hospit. (16 p/ 15% de las hechas por seguro) Evolução dos Atendimentos segundo Financiamento (1998 e 2003) Consulta farmácia 1998 2003 Consulta odontológica 1998 2003 Consulta outro prof saúde 1998 2003 Gesso ou imobilização 1998 2003 Consulta médica 1998 2003 Cirurgia em ambulatório 1998 2003 Exames complementares 1998 2003 Vacinação, injeção, curativo 1998 2003 Quimio, radio, hemot. ou hemodiálise 2003 Consulta AC ou parteira 2003 0% 20% SUS Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006 Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003 40% Seguro Privado 60% 80% Gasto del Bolsillo 100% Evolução dos Atendimentos segundo Financiamento (1998 e 2003) Aumento Seguro: yeso Consulta farmácia 1998 2003 Consulta odontológica 1998 2003 Aumento del SUS en todos, excepto yeso Consulta otro prof salud 1998 2003 Yeso o imobilizacion 1998 2003 Consulta médica 1998 2003 Cirugía en ambulatório 1998 2003 Examens complementares 1998 2003 Vacunación, inyeccoó, curativo 1998 2003 Quimio, Radio, Hemot. o Hemodiálisis 2003 Consulta AC o parteira 2003 0% 20% SUS Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006 Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003 40% Seguro Privado 60% 80% Gasto del Bolsillo Aumento OOP: yeso y cirugía ambulatoria 100% Evolución de las Hospitalizaciones según Financiamiento (1998 y 2003) Tratam. Psiquiátrico 1998 2003 Tratamiento clínico 1998 2003 Intern. p/ Examens 1998 2003 Cirurgia 1998 2003 Parto Cesáreo 1998 2003 Parto Normal 1998 2003 0% 10% 20% 30% SUS Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006 Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003 40% 50% Plano Privado 60% 70% 80% 90% Gasto Privado Direto 100% • Aumenta la Participación del SUS en atendimientos todos décimos de Yfam RESULTADOS (3a) • Disminuye la participación OOP en todos los décimos Financiamento dos Atendimentos Decil de Renda • Disminuye la participación del por Seguro en casiFamiliar. todos Brasil, 1998 e 2003. décimos, excepto para los más ricos 100% 95% 90% 85% 80% Gasto Privado Direto 75% 70% 65% 60% Plano Privado 55% 50% 45% 40% SUS 35% 30% 25% 20% 15% 10% 5% 0% 1 2 3 4 5 2003 6 7 8 9 10 F Decil de Renda familiar s/agregado 1 2 3 4 5 6 1998 Decil da População organizada pela Renda familiar Fonte: Porto, Santos e Ugá, 2006 Elaboração própria a partir dos microdados da PNAD/IBGE, 1998 e 2003 7 8 9 10 SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS INTERGOVERNAMENTAIS NO ÂMBITO DO SUS Lei Orgânica da Saúde: O M.S. deve transferir recursos a estados e municípios segundo os seguintes critérios: . Perfil demográfico . Perfil epidemiológico . Características da rede de serviços . Desempenho técnico, econ. e financ. . Nível de participação da saúde nos orçam. Est. e Mun. . Previsão de investimento . Ressarcimento do atendimento a outras esferas Lei 8.142: . Caráter regular e automático . Per capita . 70% para os municípios Mas…. Desde 1990 as transferências no âmbito do SUS são disciplinadas por sucessivas Normas Operacionais SISTEMA DE TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS Há quatro grandes fluxos de recursos que, por sua vez, estão subdivididos em vários tipos de repasses financeiros, que incluem: - transferências globais de recursos calculadas em base a um valor per capita; - incentivos à implementação de programas específicos; - pagamento por serviços prestados. TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS 1. O Piso de Atenção Básica – PAB, compreendendo: - uma parte fixa (calculada com base em um valor per capita multiplicado pelo tamanho da população; e - uma parte variável, destinada ao estímulo financeiro à implementação dos programas: PACS e PSF, PCCN, Ações Básicas de VISA e Ações Básicas de Vigilância Epidemiológica e Ambiental; 2. Os recursos para procedimentos ambulatoriais de alto e médio custo/ complexidade: - a FAE (Fração Assistencial Especializada), destinada ao financiamento de procedimentos de média complexidade, medicamentos e insumos especiais e órteses e próteses ambulatoriais; - a APAC, relativa ao financiamento de Procedimentos de Alto Custo/Complexidade (pagamentos por procedimento) e TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS 3. Os recursos do FAEC (Fundo de Ações Estratégicas e Compensação) 4. Os recursos transferidos sob a forma de pagamentos por procedimento (via AIH) combinados com fatores de compensação a unidades que atuam com custos hospitalares diferenciados: * FIDEPS – Fator de Incentivo ao Desenvolvimento de Ensino e Pesquisa (destinado a hospitais de ensino e pesquisa) e * IVHE (Índice de Valorização Hospitalar de Emergência). Este sistema, instituído na NOB-96,continua em vigor, mesmo após a aprovação da NOAS. TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS PROBLEMAS: • Pulverização dos recursos; proliferação de contas; • Diminuição do grau de autonomia dos gestores locais: em 2004, 101 vinculações do gasto (“carimbos”) na média e alta complexidade, ações estratégicas e no PAB variável; • Baixa eficiência do gasto público. TRANSFERÊNCIAS do MS às SES e SMS (%) Ano Pagamento por Alta e média Atenção serviços prod. comp. Básica Ações Estratégicas 1997 71,3 28,7 - - 2000 39,9 36,4 24,6 - 2004 2,3 59,6 27,5 10,1 Fonte: DATASUS TRANSFERÊNCIAS do MS e SES às SMS Porte municipal Valor per capita < 10 mil habitantes 16,9 10 mil – 50 mil 17,4 50 mil – 100 mil 27,8 100 mil – 300 mil 36,0 300 mil – 500 mil 46,4 > 500 mil 54,8 Fonte: Ferreira, S. Municípios: Despesas com Saúde e Transferências Federais Bndes, 2002. PACTO PELA SAÚDE – 2006 Os blocos de financiamento para o custeio são: Atenção básica Atenção de média e alta complexidade Vigilância em Saúde Assistência Farmacêutica Gestão do SUS .