Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul Curso de Física - Laboratório de Física Experimental A 1 Prof. Paulo César de Souza ROTEIRO DA EXPERIÊNCIA Nº 6 ()ו MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME VARIADO (MRUV) 1 Objetivos Observação e caracterização do movimento retilíneo uniformemente acelerado (MRUV) sob a influência de um campo gravitacional num plano inclinado. 2 Introdução Na Figura 1 apresentamos um corpo massa m , submetido a uma força gravitacional P , num plano inclinado de angulação θ. m num plano inclinado com ângulo θ. A atuação de uma força gravitacional P e suas componentes são mostradas. Figura 1 Esquema de um corpo de massa Pela 2ª lei de Newton1 a força resultante F que atua sobre um corpo com massa m e aceleração a será: dp dv F= = m⋅a = m⋅ (1) dt dt p é o momento e v a velocidade instantânea. No caso do plano inclinado a aceleração será a = g ⋅ senθ , assim a equação (1) aplicada ao problema resultará em: dv (2) m ⋅ g ⋅ senθ = m ⋅ dt A solução da equação (2) para a velocidade ( v ) e a posição ( s ) será: 2 v ( t ) = v0 + g ⋅ senθ ⋅ t (3) g ⋅ senθ 2 s ( t ) = s0 + v0 ⋅ t + ⋅t 2 A posição inicial e velocidade inicial são s0 e v0 , respectivamente. No caso do corpo partir do repouso tem-se: s ( t ) = 12 g ⋅ senθ ⋅ t 2 (4) 3 Esquema e Procedimento Experimental Nessa experiência utilizaremos o arranjo experimental mostrado na Figura 2. O corpo de prova é um carrinho presente num plano inclinado de 5º que desliza praticamente sem atrito sobre um colchão de ar. O funcionamento do dispositivo é relativamente simples: após a passagem do carrinho pelo primeiro sensor o cronômetro digital começa a contagem do tempo de passagem entre cada sensor seqüente. Um gerador de fluxo de ar acoplado a régua metálica cria o colchão de ar que faz o carrinho deslizar quase sem atrito. Figura 2 Arranjo experimental do movimento retilíneo uniforme. A régua metálica possui cinco fotossensores, ligados a um cronômetro digital, e um gerador de fluxo (não mostrado) de ar que permite o carrinho percorrer o trajeto praticamente sem atrito. O carrinho possui uma haste que ao passar pelos fotossensores aciona o cronômetro digital. É aconselhável ao experimentador a escolha de cinco posições diferentes para a fixação dos sensores na régua metálica do sistema, a Figura 2 apresenta uma sugestão. Antes do lançamento a haste do carrinho deve estar o mais próximo possível do primeiro fotossensor para que a equação (4) seja válida. O experimentador deve realizar no mínimo 5 lançamentos distintos partindo sempre do mesmo ponto. 3 4 Análise dos Resultados e Apresentação (a) Elabore uma tabela com os valores de ∆S (espaços), ∆t (intervalos de tempo) e v (velocidades média). Determine a incerteza experimental de cada grandeza física medida. (b) Faça um gráfico em papel milimetrado dos valores medidos S x t 2 (com barras de incertezas transferidas) e aplicando os mínimos quadrados2 determine g ⋅ senθ e a aceleração da gravidade local com as respectivas incertezas. Compare com o valor para Dourados-MS – justifique seus resultados. (c) Para verificar o modelo da dependência quadrática3 com o tempo utilize um papel dilog fazendo o gráfico S x t (com barras de incerteza). Determine os coeficientes graficamente. 5 Discussão dos resultados O experimentador deve reunir indícios experimentais para elaborar uma discussão madura dos resultados e suas conclusões. Os itens a seguir devem ser respondidos: I. Os parâmetros iniciais que caracterizam o movimento do corpo de prova são razoáveis para a escolha do modelo apresentado na equação (4)? II. O valor encontrado da aceleração da gravidade está de acordo com os valores encontrado pelo pêndulo simples e queda-livre? E os valores tabelados para Dourados-MS? III. Se o corpo tivesse outra forma como seriam os resultados? 6 Referências 1 H.M. Nussenzveig, Curso de Física Básica 1 - Mecânica, Editora Edgard Blücher Ltda, 3ª ed., São Paulo (1996). 2 J. H. Vuolo, Fundamentos da Teoria de Erros, Editora Edgard Blücher Ltda., São Paulo, 1992. 3 http://www2.uefs.br/depfis/sitientibus/vol1/Alvaro_Main-SPSS.pdf