III Seminário Descentralização das Políticas e ações em saúde:impacto e desafios para o enfrentamento da epidemia do HIV/Aids Mesa: Descentralização: impactos e desafios na sociedade civil organizada De um aquário se pode fazer uma peixada, mas, de uma peixada nunca se pode fazer um aquário . • A descentralização é um fato irreversível, todos aqui são favoráveis dessa modalidade. • A ONG existe por causa da omissão do Estado. Se o Estado cumprir seu papel não há necessidade de intervenção da ONG na oferta de serviço, restando a esta o real exercício do controle social como missão precípua.Que foi quem realmente iniciou a resposta brasileira a Aids. A grandeza do SUS • SUS abriga uma estrutura de saúde composta por uma • rede de 63 mil unidades ambulatoriais, • 6 mil unidades hospitalares e 440 mil leitos. • Anualmente o SUS produz 12 milhões de internações hospitalares; • 1 bilhão de procedimentos de atenção primária; 150 milhões de consultas médicas; • 2 milhões de partos; • 300 milhões de exames laboratoriais; • 132 milhões de atendimentos de alta complexidade e • 14 mil transplantes de órgãos. % de Execução Mês/Ano de Pagamento da 1ª parcela Estado/Município UF SES / SMS / Capitais Valor do Incentivo 1 Total de recursos repassados até competência novembro/2009 Saldo em conta em janeiro/2010 Saldo em Meses 28/10/03 Manaus* AM Capital 714.940,98 3.955.881,12 sem infor 01/08/03 Cuiabá* MT Capital 284.330,68 1.848.149,40 sem infor 08/10/03 Teresina* PI Capital 436.461,60 2.106.856,80 sem infor 99,74% 30/06/03 Curitiba PR Capital 932.450,35 5.230.131,50 13.819,71 0 99,06% 29/04/03 São Paulo SP Capital 7.044.266,86 26.093.322,84 245.126,07 0 97,19% 01/08/03 Aracaju SE Capital 324.786,88 2.111.114,70 59.279,32 2 94,77% 11/09/03 Fortaleza CE Capital 1.141.557,28 6.516.492,53 340.617,36 4 95,53% 30/06/03 Maceió AL Capital 367.735,24 2.420.923,64 108.112,53 4 94,20% 01/08/03 Vitória ES Capital 345.844,33 1.947.688,14 112.970,24 4 90,81% 30/06/03 Campo Grande MS Capital 689.496,95 3.630.688,26 333.488,34 6 83,07% 30/06/03 Florianópolis SC Capital 620.298,69 2.901.615,25 491.308,84 10 85,29% 08/10/03 João Pessoa PB Capital 426.378,92 2.537.091,16 373.093,76 11 84,55% 29/04/03 São Luís MA Capital 746.927,73 4.256.062,20 657.399,26 11 84,48% 08/10/03 Rio Branco AC Capital 146.310,76 926.634,79 143.812,02 12 85,62% 11/09/03 Boa Vista RR Capital 171.396,17 1.142.641,16 164.335,65 12 85,03% 11/09/03 Palmas TO Capital 165.607,17 1.104.047,80 165.262,59 12 69,24% 30/01/04 Salvador BA Capital 1.289.127,10 6.312.762,60 1.941.947,41 18 71,24% 01/03/04 Porto Alegre RS Capital 1.138.551,21 7.305.862,15 2.101.517,53 22 67,32% 28/10/03 Recife PE Capital 859.822,60 5.073.891,24 1.658.244,14 23 65,11% 30/01/04 Porto Velho RO Capital 204.797,39 1.228.784,34 428.666,25 25 50,00% 11/09/03 Belo Horizonte MG Capital 1.146.222,56 5.436.874,34 2.718.692,83 28 45,18% 01/08/03 Belém PA Capital 716.865,14 3.354.130,04 1.838.600,74 31 30,81% 08/10/03 Rio de Janeiro RJ Capital 2.467.946,56 12.242.846,20 8.471.010,95 41 36,90% 03/06/04 Macapá AP SMS 207.523,25 1.175.965,05 742.011,08 43 40,56% 01/08/03 Goiânia GO Capital 516.196,08 3.355.274,52 1.994.457,05 46 16,89% 08/10/03 Natal RN Capital 419.956,70 2.591.403,74 954.904,56 62 % de Execuçã o Mês/Ano de Pagamento da 1ª parcela 100,00% 01/08/03 99,88% Total de recursos repassados até competência novembro/2009 Saldo em conta em janeiro/2010 UF SES / SMS / Capitais SES - Sergipe SE SES 798.022,43 4.424.555,40 0,02 0 01/08/03 SES do Distrito Federal** DF SES 1.618.117,95 8.916.075,30 10.896,54 0 99,97% 11/09/03 SES - Piauí PI SES 619.190,33 3.848.884,33 1231,28 0 97,79% 22/01/04 SES - Rondônia RO SES 396.586,92 2.444.076,59 54.113,88 2 98,36% 30/05/03 SES - Ceará CE SES 1.201.857,08 12.013.736,18 196.927,26 2 94,09% 11/09/03 SES - Acre AC SES 261.971,21 1.773.250,66 104.768,38 5 89,07% 11/09/03 SES - Santa Catarina SC SES 1.851.093,96 8.629.557,74 943.209,33 6 87,84% 30/06/03 SES - Mato Grosso do Sul MS SES 964.449,38 5.977.495,83 727.145,68 9 85,49% 30/06/03 SES - Minas Gerais MG SES 2.875.239,85 18.351.314,74 2.663.206,89 11 79,75% 01/08/03 SES - Pernambuco PE SES 1.790.477,45 10.077.172,28 2.040.861,77 14 73,13% 28/10/03 SES - Amazonas AM SES 965.733,71 5.052.776,31 1.357.675,88 17 81,24% 01/08/03 SES - Maranhão MA SES 503.735,68 4.063.627,99 762.371,55 18 79,26% 01/08/03 SES - Pará PA SES 797.335,15 5.926.597,85 1.229.343,12 19 76,16% 08/10/03 SES - Paraíba PB SES 721.738,51 4.765.653,54 1.136.216,24 19 66,40% 30/01/04 SES - Amapá AP SES 489.155,64 2.487.633,84 835.796,94 21 67,40% 30/06/03 SES - Alagoas AL SES 835.615,47 4.690.493,01 1.529.190,72 22 69,51% 29/04/03 SES - Espírito Santo ES SES 734.919,48 4.876.682,64 1.486.680,15 24 79,19% 29/04/03 SES - São Paulo SP SES 5.217.093,68 52.543.894,00 10.933.250,57 25 74,52% 11/09/03 SES - Roraima RR SES 404.783,26 3.326.015,16 847.623,84 25 32,39% 30/06/03 SES - Rio Grande do Sul RS SES 4.222.737,99 14.005.063,04 9.468.781,78 27 57,35% 11/09/03 SES - Rio de Janeiro RJ SES 3.496.112,03 19.085.319,92 8.140.048,71 28 69,38% 01/08/03 SES - Bahia BA SES 1.985.830,24 16.534.745,08 5.062.317,02 31 45,63% 11/09/03 SES - Tocantins TO SES 454.934,28 2.393.100,18 1.301.082,63 34 46,86% 11/09/03 SES - Paraná PR SES 2.228.123,69 12.615.306,99 6.704.165,61 36 15,92% 01/08/03 SES - Mato Grosso MT SES 772.743,68 2.920.122,42 2.455.307,01 38 37,44% 01/08/03 SES - Goiás GO SES 1.237.373,99 6.902.586,26 4.318.196,47 42 26,11% 11/09/03 SES - Rio Grande do Norte RN SES 779.236,68 4.207.092,00 2.153.642,77 48 Estado/Município Valor do Incentivo 1 Saldo em Meses DEMONSTRATIVO DAS CAPITAIS 12% 0% sem informaçoes 4% 12% 00=01 8% 4% 02=10 11=20 21=30 15% 22% 31=40 41=50 23% 51=60 61=70 DEMONSTRATIVO DOS ESTADOS 7% 4% 7% sem informaçoes 15% 00=01 19% 02=10 11=20 21=30 31=40 26% 22% 41=50 Verbas paradas • Neste caso, faz-se necessário que o DENASUS/MS possa avaliar tecnicamente e contabilmente o motivo pelo qual R$ 140.409.523,41(cento e quarenta milhões, quatrocentos e nove mil, quinhentos e vinte e três reais e quarenta e um centavos) encontram-se parados nas contas dos Estados/Municipio; Quanto ao Aspecto do Monitoramento • 33% ou seja (9) (estados tiveram nota 2 ( Monitoramento Incompleto) e • 52% ou seja (14) Estados tiveram nota 1 (monitoramento completo). • 15% ou seja 4 outras unidades não foram monitoradas. REPASSE PARA OSC • 4- No tocante a transferência de recursos financeiros para as OSC’s, observamos que 37,03% ou seja, apenas 10 ( Acre, Pará, Rondônia, Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina ) Estados tiveram seus projetos aprovados e executados. Enquanto a maioria 62,97, ou seja, 17 Unidades Federadas, não cumpriram o pactuado no PAM. Recomendações • Recomendação ao Departamento de DST/Aids e Hepatites Virais do Ministério da Saúde o REORDENAMENTO do PROGRAMA DE AÇÕES E METAS – PAM com vista à METODOLOGIA DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO porque a Atual aplicada é frágil e não revela aspectos qualitativos na direção da redução da infecção pelo vírus do HIV/AIDS, e não aponta radicalmente a melhoria da qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS. Proposição ao gestor • - O gestor precisa se empenhar para desenvolver melhor o seu papel, no financiamento das ações – gestor precisa cumprir o pactuado; contrapartida é baixa – só se coloca no PAM essencial, as vezes. a pactuação deve ser uma ação permanente, para além do PAM • -prioridade do gestor da AIDS, não tem a mesma prioridade no gestor da SAUDE e nas demais Secretarias. - burocracia, estados e municípios com legislação difícil na área de convenio; - Estados e Municípios com PAM Congelados, • - Precisamos rejeitar da tese de que o gestor sabe o que é melhor para população sem ouvir seus clamores locais; Precisamos de vontade política de resolver as questões. Usar a experiência dos editais do Departamento; • - As prestações de contas são ineficazes. - deficiência de recursos humanos para acompanhar as ações de monitoramento e valiação das ações do PAM; • Gestor precisa discutir as Metas UNGASS e ODM Proposição ao Conselho • - Conselhos de saúde deve deixar de agir como propriedade do gestor municipal/estadual; e deve fazer um acompanhamento que não se limite apenas a questão contábil OSC DE UM MODO GERAL • - Mobilizar as redes para fazer o acompanhamento das ações, fazer a militância política; • - aprofundar as questões de saúde na forma dos princípios do SUS; • - Precarização das ações das OSC, baixo repasse de recursos;Valores de projetos regionais sem atentar as especificidades regionais; • - baixa participação social - controle social precário para propor política em municípios de pouca infraestrutura; • - exigir nos conselhos a aplicação da portaria de repasse do PAM • Engessador exigência de contrapartida • Pouco domínio das ferramentas de monitoramento via web • Mecanismo de audiencia publica, Ministerio Público é pouco valorizado pelas OSC; • Fissura nos diálogos, por questões pessoais e institucionais • Autossustentabilidade multisetorial REFLETINDO • Enquanto milhões de reais dormem em contas bancárias, milhões de pessoas vivendo com HIV/Aids, continuam dormindo nas filas, em busca de serviços que nunca chegam. Desafio e Luta Tuberculose/ HIV/Aids Sífilis Outras DST’s Hepatite B Hepatite C Adm. ANTONIO ERNANDES MARQUES DA COSTA Coordenador da ONG/GRUPAJUS Coord. Adjunto do Comite Metropolitano de Combate a TB/PA - FUNDO GLOBAL Representante Norte na CNAIDS - MS/DEPARTAMENTO DST/AIDS/HEPATITES VIRAIS E-mail [email protected]