Programa Compartilhar "O conhecimento do processo técnico implica não apenas numa melhor apreciação estética, como também numa certa 'tomada de consciência' quanto ao ato de gravar. Partir do código da palavra para o da imagem é reaver um processo de conhecimento que - talvez com exceção daqueles que possuem certa aptidão para o desenho ou conhecimento de línguas por hieróglifo - requer uma nova maneira de pensar sobre o mundo. A técnica da gravura parece fazer sentir ainda mais a transposição desse meio, que pudemos exercitar no ateliê por diferentes modos, dentre eles: através da configuração da idéia - por um desenho - em uma folha de papel em branco, no exercício de gravar no isopor e no ato de gravar no linóleo. A configuração da idéia em uma folha de papel em poder iniciar a formação artística do indivíduo, que deve vencer a vergonha de expor um desenho. Como tirar uma fotografia e não acharmos que somos exatamente daquele jeito, ou gravar a voz em um gravador e nos escutarmos; o estranhamento inibe a atitude de transpor uma idéia para o papel". monitora Fabiana Camargo Pellegrini