A CIDADANIA PORTUGUESA A identidade nacional está ameaçada pelo multiculturalismo não apenas nas formas cultural e social como também na forma jurídica. Com efeito, à subversão dos valores portugueses e à implantação de ilhas hostis a Portugal na sociedade portuguesa junta-se a subversão na forma jurídica. Efectivamente, o multiculturalismo pretende igualizar juridicamente portugueses e não portugueses, até mesmo anti-portugueses, aqueles que manifestam ostensivamente os seus sentimentos contra Portugal nas suas expressões culturais ou perturbando a ordem pública portuguesa. Tal visão da cidadania portuguesa, olhada como qualidade obtida por simples preenchimento de um qualquer boletim de inscrição, assim perigosamente desvalorizada, tem origem no internacionalismo da esquerda. Esta sempre foi apoiante e promotora dos nacionalismos terceiro-mundistas e dos recalcamentos anti-portugueses, que da Civilização e de Portugal apenas pretendem os benefícios e as dádivas. Paradoxalmente, uma certa extrema-direita patética, pouco inteligente, saudosista, de mentalidade utopista imperial, mergulhada numa híbrida «cultura luso-tropical», também preconiza a desvalorização da cidadania portuguesa ao pretender concedê-la a qualquer um, sem critério de merecimento e ignorando o problema da coesão e da identidade nacional. A cidadania portuguesa é um dos pilares da identidade nacional. A cidadania portuguesa é um bem a preservar como a menina dos nossos olhos. Compete aos que a adquirem pelo nascimento respeitá-la. Compete aos poderes públicos concedê-la aos que vêm para engrandecer Portugal ou o seu prestígio, que dela são dignos, que tenham assimilado a portugalidade — e exclusivamente a esses. O Fórum REPENSAR PORTUGAL — RECONSTRUIR PORTUGAL, promoverá as disposições jurídicas que valorizem a cidadania portuguesa, que impeçam a sua degradação e que a preservem como um bem precioso a respeitar, a honrar e a conservar.