5 A- política CUIABÁ, DOMINGO, 4 DE AGOSTO DE 2013 A GAZETA CORTES DE PESSOAL Câmara enxuga gastos SISSY CAMBUIM DA REDAÇÃO Iniciam a partir desta semana os cortes de pessoal na Câmara de Cuiabá anunciados no fim de junho. De acordo com o presidente da Casa, vereador João Emanuel Moreira Lima (PSD), as demissões devem atingir cerca de 25% dos servidores administrativos. Desde maio o Legislativo vem realizando um estudo para reduzir os custos do Legislativo Municipal. Conforme o parlamentar, o aumento do número de vereadores em relação à legislatura passada promoveu impacto não apenas na folha de pagamento, mas também nas contas de consumo básico, como energia e materiais de consumo, com acréscimo aproximado de 30% nos gastos mensais. Inicialmente, o enxugamento da máquina previa a fusão de secretarias, o que provocaria a extinção de cargos de secretário, cujo salário é de R$ 8 mil, em pelo menos duas, das 10 pastas existentes. Contudo, João Emanuel avalia que a medida não será necessária e os cortes atingirão apenas os servidores que atuam nelas. Ao todo, devem ser exonerados 30 funcionários comissionados e contratados que desempenham atividades meio. Ele explica que a redução da verba indenizatória dos parlamentares, aplica- VERBA Rendimentos de vereadores caem SISSY CAMBUIM DA REDAÇÃO Após a decisão em caráter liminar da Terceira Câmara Cível, sob relatoria da desembargadora Maria Erotides Kneip, que determinou a redução da verba indenizatória dos vereadores de Cuiabá, os parlamentares tiveram uma redução de mais de 57% em suas remunerações mensais. O benefício, que a partir de fevereiro passou a ser de R$ 25 mil mensais, foi limitado a R$ 1,968 mil desde o mês passado. Com isso, o impacto na folha de pagamento foi de aproximadamente R$ 575,8 mil mensais. Além da verba indenizatória, os vereadores da Capital contam com subsídio mensal de R$ 15,031 mil. A decisão da Justiça estipulou que a soma desses valores não poderia ultrapassar o teto constitucional que, no caso, é o salário do prefeito de Cuiabá, de atuais R$ 17 mil. Sem possibilidade de recorrer da liminar, a Câmara terá que cumprir a medida até que a ação proposta pelo Ministério Público Estadual em março seja concluída. O processo tramita na Vara Especializada de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá. Além da redução da verba indenizatória, o MPE pede o ressarcimento ao erário dos valores recebidos pelos parlamentares acima do salário do prefeito desde 2010, quando a soma de seus subsídios e verba indenizatória começou a ultrapassar esse valor. da desde o mês passado, já promoveu um impacto significativo nos gastos da Câmara, no entanto, os cortes ainda são necessários para que seja atingida a redução de aproximadamente 20% no custo da folha de pagamento. O objetivo é fazer com que o Legislativo Municipal possa operar com uma margem abaixo do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), que estipula a utilização máxima de 70% do duodéci- mo nos gastos com pessoal. Neste ano, a Câmara conta com um repasse mensal de R$ 2,704 milhões. Durante todo o primeiro semestre, a Casa trabalhou dentro do limite máximo previsto. Apesar dos cortes, o presidente também descartou a realização de novos investimentos na estrutura do Legislativo, como a aquisição de equipamentos para a informatização do processo legislativo e votação eletrônica, prevista desde o início do ano legislativo. Otmar de Oliveira Presidente da Câmara se baseou em estudo para as demissões