Desenvolvimento Distribuído de Software Em busca de uma METODOLOGIA Yuska Paola Costa Aguiar [email protected] www.dsc.ufcg.edu.br/~yuska Novembro de 2005 Roteiro Introdução Cenários Práticas Ferramentas Processo de Desenvolvimento Mensuração do Esforço Empenhado Conclusões Referências Introdução Desenvolvimento Distribuído de Software (DDS) é uma realidade baseada em práticas e apoiada em ferramentas É possível adequar metodologias e processos existentes para a realidade do DDS? É mais prudente propor uma metodologia capaz de guiar o DDS a partir das características, das práticas e das ferramentas existentes? Cenários [ANGIONI, SANNA, SORO-2005] Outsourcing E-lancing Uma empresa contrata outra para desenvolver módulos ou partes do software Offshore Outsourcing: as empresas estão localizadas em países diferentes. Maior dificuldade devido as barreiras culturais, de idioma, de padrões... [MALONE - 1998] Rede virtual de freelancer que trabalham juntos no desenvolvimento de um software. Quando o software é concluído a rede se dissolve e seus membros continuam a trabalhar independentemente Open Source Um time de desenvolvedores central é responsável por integrar as funcionalidades, partes do código desenvolvidas por outros programadores que estão geograficamente distribuídos e contribuindo “voluntariamente” para com o projeto Práticas [ROBINS - 2005] Prover acesso imediato e universal Voluntários motivados Disponibilizar todos os artefatos atualizados (custo zero) Código da aplicação, projeto, bugs em aberto, responsabilidades dos desenvolvedores, cronograma, projeto arquitetural... Colaboradores geralmente são usuários Open Source Incluir necessidades particulares no software Prazer de ter sua contribuição aceita Necessitar de validação externa de suas habilidades... Encorajar a pluralidade de colaboradores Os colaboradores devem apoiar uns aos outros Crescimento da população Estímulo para a criação de novas funcionalidades Práticas [ROBINS - 2005] Trabalhar em comunidade (Práticas) A fim de acumular bens de software Ambiente Colaborativos de Desenvolvimento (SourceForge e SourceCast) Seguir Padrões Validação do projeto Tomada de decisão de escopo Implantação do reuso Cultura de Reuso Contribui no gerenciamento do escopo Apresenta resultados mais rapidamente Evita duplicação de código Práticas [ROBINS - 2005] Releases rápidos e freqüentes Revisão dos colegas Eliminação de defeitos de codificação Aumento na qualidade do código produzido Integração [JORGENSEN - 2005] Sua prática freqüente reduz a carga de trabalho Na maioria dos casos Open Source é uma atividade centralizada Centralização da Integração em um ambiente descentralizado. Existe uma contradição? Integração [JORGENSEN - 2005] Integração Centralizada Sobrecarregar o executor da tarefa Demandar mais tempo para disponibilizar uma nova versão Desestimular o relato ou reparo de erros Integração Descentralizada É responsabilidade do programador integrar o código modificado Deve ser acompanhado por Testes e Revisão dos Colegas O código não tem dono, mas existe um responsável pela manutenção do mesmo no que diz respeito a fixar bugs encontrados por outros desenvolvedores e responder aos problemas reportados; Estimula os desenvolvedores Ferramentas [ROBINS - 2005] Controle de Versão CVS, WinCVS, CVSWeb, TortoiseSVN Acesso universal - Releases freqüentes - Integração – Revisão dos colegas Suporte Técnico e Rastreamento de Erros Bugzilla, Scarab Releases freqüentes – Revisão dos colegas Lista de e-mails Comunicação Sites Web do projeto Acesso universal – Reuso Ferramentas [ROBINS - 2005] HOWTOs, FAQs Orientada a objetivos Acesso universal – Comunicação Wiki, TWiki, SubWiki Atualização feita pelos usuários Exemplo de como organizar as informações Acesso universal – Comunicação Construção do Sistema Make, Automake, Autoconf, Ant, Tinderbox, gump, CruiseControl, XenoFarm, Maven Motiva os desenvolvedores Ferramentas [ROBINS - 2005] Projeto e Geração de Código Torque, Castor, Hibernate XDoclet, vDoclet.JUnitDoclet, Doxygen Motiva os desenvolvedores Garantia de Segurança JUnit, PHPUnit, PyUnit, NUnit (testes) Lint, LCLint, Checkstyle, JCSC, JDepend, PyCheck, RATS, Flawfinder (erros de inicialização de variáveis, chamada a bibliotecas incorretas) Codestriker (revisão remota de código) Qualidade – Integração – Revisão dos colegas Ferramentas [ROBINS - 2005] O que falta? Suporte para atividade tradicionais de: Gerenciamento de requisitos Gerenciamento de projeto Métricas Estimativas Cronograma Projeto de teste Impacto da Utilização das Ferramentas [ROBINS - 2005] Ferramentas são gratuitas Mais membros do time de desenvolvimento estão aptos a acessar e contribuir com os artefatos durante todas as fases do desenvolvimento Todos os artefatos disponíveis e atualizados Redução de “retrabalho” Reuso Contribuição dos Stakeholders Acesso a informações atualizadas pode estimular a participação dos interessados Impacto da Utilização das Ferramentas [ROBINS - 2005] Ferramentas suportam releases incrementais Os releases podem acontecer mais cedo e com maior freqüência Diminuição da sobrecarga dos desenvolvedores Aumento da produção e da satisfação dos desenvolvedores O suporte a revisão dos colegas Aumenta a qualidade do produto Diminui o retrabalho Erros são encontrados precocemente Processo de Desenvolvimento Metodologias tradicionais não dão suporte as características existentes no Desenvolvimento Distribuído de Software Algumas práticas apontam para um conjunto de aspectos a serem levados em consideração quando se tenta elaborar um processo de desenvolvimento de software adequado a essa realidade Processos Ágeis parecem ser mais adequados as características do Desenvolvimento Distribuído de Software Processo de Desenvolvimento [ANGIONI, SANNA, SORO - 2005] Metodologias Ágeis X DDS Características Comuns: Mudança como regra Releases freqüentes Feedback contínuo Padrões de codificação Valorização da comunicação Propriedade coletiva de código Características Divergentes: Cliente “real” não existe (Open Source) Processo de Desenvolvimento [ANGIONI, SANNA, SORO - 2005] MAAD (Methodology for Agile Distributed Development) Projeto Requisitos As maiores devem ser quebradas em menores, e as menores agrupadas em maiores Desenvolvedores Descritos detalhadamente (Mapeamento requisito código deve ser fácil) Tarefas Todos devem ter uma visão única Escolhe com o que trabalhar (respeitando as prioridades estabelecidas) Devem estar informados sobre o que os outros desenvolvedores estão fazendo (Open Source?) Releases Constantes, flexíveis no conteúdo, mas rígidos na data de entrega (Open Source?) Processo de Desenvolvimento [ANGIONI, SANNA, SORO - 2005] Documentação Código Atualizada Disponível Enxuta Padrões de codificação Documentação Testes Refatoramento Integração contínua Feedback Do time de desenvolvimento Do cliente (Open Source) Mensuração do Esforço Empenhado [DALLE, DAVID - 2005] Tentativa de encontrar um modelo de produção (matemático econômico) capaz de representar o esforço empenhado pelos desenvolvedores em um projeto onde o desenvolvimento acontece de forma distribuída Número de linhas adicionadas e removidas Correção de bugs Melhoria do código Módulos de baixo nível possuem mais valor Diversidade de funcionalidades possibilita combinações Maior confiabilidade em códigos mais “conhecido” pela comunidade O empenho depende da motivação dos colaboradores Um único colaborador contribuindo para o crescimento de vários projetos distintos A “alocação de pessoal” é mais probabilística do que determinística Conclusões Questões presentes em metodologias ágeis não podem ser substituídas, com mesma eficiência, por “encontros virtuais” ou revisão dos amigos As características de Outsourcing, E-lancing e Open Source podem ser consideradas distantes quando se tenta traçar uma metodologia comum aos três cenários Stand-up Meeting Programação em Pares Presença do Cliente Gestão de Pessoal Os projetos oferecem características peculiares, fator que dificulta a consolidação de uma metodologia de apoio. O que é mais provável é a indicação de aspectos a considerar quando se fala de ambiente distribuído de software Comunicação Integração Contínua Releases Freqüentes Uso de Padrões Referências [JORGENSEN - 2005] JORGENSEN, Niels. Incremental and decentralized Integration in FreeBSD. In: FELLER, Joseph, FITZGERALD, Brian, HISSAM, Scott A., LAKHANI, Karim R.. Perspectives on Free and Open source Software. Massachusets Institute of Tecnology, Library of Congress Cataloging-Publication Data, 2005. p. 227-243. [ROBBINS - 2005] ROBBINS, Jason. Adopting Open Source Software Engineering (OSSE) Pratices by Adopting OSSE Tools. In: FELLER, Joseph, FITZGERALD, Brian, HISSAM, Scott A., LAKHANI, Karim R.. Perspectives on Free and Open source Software. Massachusets Institute of Tecnology, Library of Congress Cataloging-Publication Data, 2005. p. 245-264. [DALLE, DAVID - 2005] DALLE, Jean-Michel, DAVID, Paul A.. Allocation of Software Development Resources in Open Source Procuction Mode. In: FELLER, Joseph, FITZGERALD, Brian, HISSAM, Scott A., LAKHANI, Karim R.. Perspectives on Free and Open source Software. Massachusets Institute of Tecnology, Library of Congress Cataloging-Publication Data, 2005. p. 297-227. [ANGIONI, SANNA, SORO - 2005] ANGIONI, Manuela, SANNA, Raffaella, SORO, Alessandro. Defining a Distributed Agile Methodology for na Open Source Scenario. Proceedings of the First International Conference on Open Source Systems, Genova, Julho de 2005. p. 209- 214. [MALONE - 1998] MALONE, Thomas W., LAUBACHER, Robert J.. The Dawn of elance Economy. Harvard Business Review, 1998. p. 145-152. Download em: http://www.hbsp.harvard.edu.