Água e Esgoto Dez anos depois da inauguração do aqueduto e do chafariz da Carioca, já no governo de Antonio Gomes Freire de Andrada, o último antes da transformação da cidade em sede da a colônia, colônia, foram construídos tanques para a lavagem de roupa ao lado do chafariz. Todavia, o abastecimento de água já começava a apresentar problemas. Ainda se passaria uma década até que o governador mandasse rever o projeto dos “Arcos Velhos” Velhos” de Aires de Saldanha, para que o aqueduto se dirigisse em linha reta até o Campo de Santo Antônio. Em 1744, Gomes Freire, que governou por 30 anos, determinou que o Aqueduto da Carioca fosse refeito com pedras do país, ligadas por argamassa de cal misturada turada com borra de azeite de baleia. Para atender uma carta régia, dois anos mais tarde fez com que as águas fossem cobertas por abóbodas de tijolo, já que até então elas corriam a céu aberto. Negra e negro carregadores de água. Fonte: Museu Castro Maya Maya. O aqueduto, em estilo romano, ganhou arcadas em duas ordens, numa extensão de cerca de 300m e altura de 17,60m. No seu início, Gomes Freire mandou construir o reservatório da Carioca, que ficaria conhecido como da “Mãe d’água”, em homenagem ao rio que abastecia abastecia a cidade. A rua que dava acesso à nova construção passou a se chamar rua do Aqueduto e mais tarde Almirante Alexandrino. Cidade Colonial Aquedutos, fontes e chafarizes Planta do jardim do reservatório da Carioca. Fonte: Inepac.. O Chafariz da Carioca daria origem a muitos outros chafarizes e bicas que matariam a sede dos cariocas até o século XX. O segundo a ser construído na cidade também foi uma iniciativa de Gomes Freire, que aproveitou a experiência do escoamento das águas da Lagoa de Santo Antônio até o Largo do Carmo para estender um novo encanamento até ali e abastecer de água a freguesia que mais crescia. O chafariz do Largo do Carmo, construído por Gomes Freire com pedras de cantaria trazidas de Portugal, seria substituído substituído em 1789 por outro à beira do cais, que pode ser visto até hoje: o chafariz da Pirâmide, construído pelo mestre Valentim da Fonseca e Silva. 2 Os dois primeiros chafarizes da cidade deixaram de existir e o mais antigo chafariz da cidade passou a ser o do Cais da Glória, na rua da Glória, inaugurado em 1772. Foi uma iniciativa de Antônio de Almeida Soares Portugal, o Marquês do Lavradio, responsáv responsável ainda pela fonte do Menino Deus, na rua de Matacavalos, atual Riachuelo. Vieram em 1785, no governo do vice vicerei Luís de e Vasconcelos e Sousa, Conde de Figueiró, os chafarizes das Marrecas e a fonte dos Amores, o primeiro situado na rua dos Barbonos, atual al Evaristo da Veiga, em frente à rua das Belas Noites (que, por causa das pequenas esculturas em bronze figurando aqueles pássaros, seria rebatizada Chafariz da rua Matacavalos. Fonte: Cedae. como rua das Marrecas), e o segundo no Passeio Público, o primeiro parque da cidade, construído no lugar d da a Lagoa do Boqueirão, depois que esta foi aterrada. O chafariz também foi obra do mestre Valentim. O vice-rei Luís de e Vasconcelos e Sousa ainda deu à cidade os chafarizes do Lagarto e do Largo do Capim, além do aqueduto do Catumbi, que aproveitava as águas daquele rio e de seus afluentes, o Papa Couve e o Coqueiro. O aqueduto, também na forma de arcos superpostos, ficava próximo à atual rua Itapiru, mas já não existe. 3 Foi sucessor de d. Luís de Vasconcelos e Sousa José Luís de Castro, Conde de Rezende, que daria continuidade à construção de chafarizes, como o das Saracuras, que ficava dentro do Convento da Ajuda (na atual Cinelândia), e o do Largo do Moura, próximo ao Largo do Paço. O primeiro se encontra hoje na Praça General Osório, em Ipanema. O mestre Valentim assinou a maior parte das obras, como a fonte dos Amores e os chafarizes do Lagarto e das Saracuras. Após a chegada da Família Real foram construídos o chafariz do Campo de Santana e o do Catumbi, ambos abastecidos pelo aqueduto do Catumbi. O primeiro seria substituído por outro antes de ser demolido, em 1835, para dar lugar anos mais tarde Chafariz do Lagarto. Fonte: Cedae. à estação tação central d. Pedro II, futura Central do Brasil. O segundo, próximo ao Regimento de Cavalaria da Polícia Militar, foi demolido e substituído pelo chafariz das Patacas, ainda existente. Merecem destaque ainda a Bica da Rainha, onde d. Maria I, mãe de d d. João, ia beber água, o chafariz das Boiotas, no morro de Santo Antônio, o do Rocio Pequeno (Praça 11), que hoje se encontra na Praça Afonso Vizeu, no Alto da Boa Vista, e o da Ponte dos Marinheiros, no final do canal do Mangue. O próprio Chafariz da Carioca Cari seria substituído, em 1829, por outro de madeira imitando tando granito, com 40 torneiras; e por um terceiro, em 1842, com 35 torneiras de bronze, demolido em 1926. 4