XVI Congresso Sul-Brasileiro de Ginecologia e Obstetrícia
I Jornada Sul-Brasileira de Mastologia
Pôster Digital - OBSTETRÍCIA
TP80 - DEFEITOS DE FECHAMENTO DO TUBO NEURAL: ACHADOS
OBSERVADOS EM UM FETO COM MIELOMENINGOCELE AVALIADO ATRAVÉS
DO ULTRASSOM BIDIMENSIONAL E DA RESSONÂNCIA MAGNÉTICA
ANDREIA FORSIN MORO 1; DANIELA DENARDIN 1; FABIOLA ELISABETE SAVARIS 1; LUCIANO TARGA 2; JAMILE PICETTI 3; CHAIANE BEDIN 3;
RAFAEL FABIANO MACHADO ROSA 4; ANDRÉ CAMPOS CUNHA 5; PAULO RENATO KRAHL FELL 6; CRISTINA VIOLA VIVES 7;
Introdução: os defeitos de fechamento do tubo neural são malformações congênitas comuns que ocorrem
devido a uma falha no fechamento do tubo neural embrionário, durante a quarta semana de embriogênese.
Caracterizam-se por um espectro clínico variável, que oscila da espinha bífida oculta à anencefalia. Relatamos
aqui os achados observados em um feto com mielomeningocele avaliado através do ultrassom bidimensional e da
ressonância magnética. Relato do caso: a gestante apresentava 31 anos quando veio primeiramente à avaliação
na medicina fetal. Esta era a sua quarta gestação, sendo que possuía história de uma perda gestacional prévia. Ela
apresentava diagnóstico de diabete melito gestacional com necessidade de insulinoterapia. O rastreio de primeiro
trimestre havia mostrado uma medida da translucência nucal de 1,6 mm e presença do osso nasal. O ultrassom
morfológico mostrou crânio com estreitamento bitemporal (sinal do limão) e cerebelo achatado (sinal da banana),
além de presença de uma mielomeningocele lombar medindo 2,8 cm X 2,7 cm X 1,6 cm. A ressonância magnética
fetal confirmou os achados observados através do ultrassom e verificou a presença de dilatação dos ventrículos
laterais. A lesão lombossacra era coberta por uma membrana (mielomeningocele). A dilatação dos ventrículos
foi verificada também logo após através de um novo exame de ultrassom (o tamanho dos ventrículos laterais era
de 12,9 mm). Neste, observou-se também um ILA de 19. A ecocardiografia fetal foi normal. A criança nasceu de
parto cesáreo, a termo, pesando 3265 g, e com escores de Apgar de 9 tanto no primeiro como no quinto minuto.
O diagnóstico de mielomeningocele não rota foi confirmado após o nascimento. O ultrassom cerebral pós-natal
mostrou também moderada a grande ectasia dos ventrículos laterais e de terceiro ventrículo. Conclusões: a ressonância magnética tem se mostrado como um exame complementar de grande importância para o ultrassom,
especialmente na avaliação de casos de malformações cerebrais/encefálicas. Seus resultados vêm sendo importantes para o adequado manejo dos pacientes, bem como determinação de prognóstico: há descrições na literatura,
por exemplo, de que a ausência de uma membrana cobrindo a lesão está associada a um maior risco de escoliose
e de disfunção da bexiga.
Palavras-Chave:Mielomeningocele;
Tubo neural;
Malformação congênita.
1 - Médica Residente em Ginecologia e Obstetrícia do HMIPV;
2 - Médico Radiologista da Tomo Clínica e do HMIPV;
3 - Médica Ginecologista/Obstetra e Residente da Medicina Fetal do HMIPV;
4 - Médico Geneticista do HMIPV;
5 - Médico Ginecologista/Obstetra Preceptor da Medicina Fetal do HMIPV;
6 - Médico Ginecologista/Obstetra Preceptor da Medicina Fetal do HMIPV;
7 - Médica Pediatra Neonatologista do HMIPV;
Vol. 41, Supl. Nº.1, de 2012 - 125
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