O EXISTENCIALISMO
O Existencialismo é um movimento filosófico do
século XX, cuja origem pode ser das obras de Kierkegard,
filósofo dinamarquês do século XIX, pessimista e irônico. É
um movimento complexo, não é possível definí-lo apenas
como filosofia do vivido; sua terminologia é frequentemente
vaga e imprecisa. Kierkegaard era teólogo, protestante; sua
obra, descoberta pelo alemão Heidegger, atendia aos
anseios da época, após a primeira grande guerra, quando
um pessimismo intenso atingia os pensadores.
Mas Sartre, francês e independente do pensamento
alemão, também fez uma filosofia existencialista, o mesmo
acontecendo na Rússia (onde a obra de Dostoiéwisk
exerceu grande importância) na Espanha. (Unamuno)
Pode-se dizer que "Kierkegaard renaissance" foi
acompanhada de movimentos de todas as espécies.
No existencialismo cristão há uma união entre Deus e
a existência, isto é, a existência é a vocação essencial da
transcendência religiosa; fundar filosoficamente a "pessoa"
é capacitar invocação religiosa. Penetrar no âmago da
existência concreta é captar a contradição que ela é, sentir
a existência na sua situação de realidade consigo mesmo e
em conjunto com a transcendência. A existência é um elo
de encarnação, e participações, que participa do ser, e o
transcende. É a presença de Deus no eu, da colação, do
indivíduo singular diante de Deus. Procurar Deus é decidir
de si mesmo, e procurar a si mesmo é encaminhar-se para
Deus. Estes dois movimentos estão empenhados
necessariamente. A verdade do homem só é conquistada
quando
ele
procura
se
entregar
a
Deus
Como a verdade do homem só é conquistada quando
ele procura se entregar a Deus, a verdade de Deus se
revela autêntica no existencialismo humano. Coloca-se
também a luta contra um anonimato, contra a massificação,
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contra o convencionalismo. Ser si mesmo, e somente si
mesmo, a conquista da pura autenticidade. Ser si mesmo é
viver intimamente, desesperadamente, a existência
quebrada no seu contínuo problematizar-se. A existência é
o problema perpétuo entre dúvida e certeza. Concluindose: para o existencialismo, o existente (o homem) não tem
a existência, mas é a existência. Se possuísse a existência,
esta faria parte de uma essência que definiria a natureza
humana, porque esta se define a si mesmo. Todo existente
é a sua existência. Todo homem não é uma essência
existenciada, mas uma existência que dá a sua parte à
essência. O homem existe, não é; é aquele que se cria
existindo: a sua existência coincide com a temporalidade. O
homem é a sua liberdade. O homem está ligado ao mundo
e aos outros homens, é o SER puro da existência humana,
ligado ao mundo e empenhado na vida, é uma historicidade
absoluta, da qual não se deve "evadir".
Gabriel Marcel considera a sensação como sendo o
sentir fundamental, a imediata participação pela qual
entramos em contato com a morte, esta imediatez suprime
o real - Sujeito - Objeto, do objeto como sendo algo para
fora de mim - deixe-se apenas conhecer a realidade que
nos é dada imediatamente. Não posso pensar o Nada,
porque se eu o penso e o faço, sou um objeto exterior a
mim. O meu corpo não é pensável, pois se o fizesse eu o
negaria sendo MEU; eu sou um eu encarnado. Eu existo, e
existe o Mundo com que realizo relações sentidas. O
existir, o reconhecimento de um mistério, é um mistério, e
um mistério deve-se apenas aceitar. Há o perigo de se
renegar a participação EU-MUNDO. Eu tomar o EU
estranho a mim (e com isso o Mundo).Tem-se que lutar
para que isso não aconteça, e só a luta é a confiança num
princípio superior (Deus) é que consegue vencer.
Sartre - o existencialismo sartriano é também
ontologia, análise e sentido do ser - mas o Ser é sua razão
sem causa e sem meio.É a redução da existência a ação,
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ao ATO - a causa superior é sempre de um objeto - este
conhecimento porém é sempre é ele próprio um objeto
(versus-idealistas), um modo de ser do sujeito que
conhece. Há um ser de consciência (pour-soi) mais ou
menos com o mesmo movimento perene - devir Hegeliano
que se dirige a um ser EN-SI.
O En-Si para Sartre é apenas - nem ativo, nem
passivo. É uma massa empastada de si mesmo. A
consciência é uma manifestação do ser em si puro,
matéria. O Nada é uma realidade do ser em si com "pour
soi". O cansaço se tornando pleno torna-se NADA. Assim o
nada "é". E a nossa reação diante de uma morte que um
NADA, é o vômito. O homem sartriano é a nausea, a
matéria, ser eterno, devir.
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O EXISTENCIALISMO O Existencialismo é um movimento filosófico