Ano III - Número 45 Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas 9 a 22 de abril/2007 Não somos os únicos culpados Fotos: Ricardo Lima Vista de Campinas no final da tarde, com queimadas que prejudicam ainda mais o clima quente e seco Entrevista O helicóptero feito de sucata cirúrgica Trabalho desenvolvido por professor e aluno da Faculdade de Engenharia Ambiental mostra que a Terra vem aquecendo nos últimos 10 mil anos, independente da ação humana Uma pesquisa realizada pelo professor Júlio César Penereiro e pelo aluno Ricardo Costa Pellegrini, ambos da Faculdade de Engenharia Ambiental da PUC-Campinas, mostra que o homem talvez não seja o único culpado pelo aquecimento global. Segundo o trabalho, o planeta Terra vem aquecendo nos últimos 10 mil anos e a ação humana apenas acelerou o processo. A pesquisa toma como base a relação entre as atividades solares e a absorção do carbono 14 encontrado em troncos de árvores. Página 05 O pai da Lei Rouanet O diplomata e professor Sérgio Paulo Rouanet, autor da Lei de Incentivo à Cultura que leva o seu nome, esteve na PUC-Campinas e falou sobre Diplomacia, Psicanálise, Marxismo e, claro, sobre as perspectivas culturais do País. Para ele, a cultura brasileira está em evidência. "Nossa cultura é muito forte e está desabrochando em todas as áreas", afirma. A Lei Rouanet viabiliza a produção de diversos projetos culturais no Brasil, já que concede benefícios fiscais a pessoas jurídicas e físicas que investem na área. Em 2006, 2.807 projetos foram financiados com base na lei, totalizando R$ 813 milhões em captação. Página 04 Rouanet, autor da Lei de Incentivo à Cultura, que beneficiou 2.807 projetos em 2006 Quando a sucata vira arte Transformar sucata cirúrgica em objetos de arte. Este é o hobby do médico ortopedista Rafael Coletti Castelnovo, do Hospital da PUCCampinas. Para fazer um helicóptero, ele gasta duas horas e utiliza 50 peças. "O processo é delicado e exige paciência e a escolha do material adequado", explica. Página 06 Rumo ao Pan Zenaide Vieira, aluna da Educação Física, está quase garantida nos 3 mil metros com barreiras Três alunas da PUC-Campinas estão perto de concretizar o sonho de muitos brasileiros: disputar os Jogos Pan-americanos, que serão realizados em julho, no Rio de Janeiro. Zenaide Vieira e Thaíssa Bernardo Presti, alunas de Educação Física, buscam vaga no atletismo e Milena Canto Sae, estudante de Psicologia, tenta integrar a equipe de saltos. O professor Ricieri Dezem é presença garantida como árbitro de provas de atletismo. Página 08 02 9 a 22 de abril/2007 Jornal da PUC-Campinas Editorial Vamos cuidar do que é de todos A Universidade tem seu sentido inscrito na própria palavra: universitas, abertura crítico-transformadora, criativa, a tudo o que diz respeito ao destino da humanidade, tomada não como entidade abstrata, mas realidade histórica em processo. Conhecer a realidade, descobrir os limites e possibilidades de sua transformação inserindo-se no coração do processo transformador, repensar continuamente os fundamentos éticos que a guiam são a marca de sua universalidade. Marca que a impede de ser um castelo onde o brilho do saber encanta e ofusca. Marca que não deixa que se dobre às seduções e modismos do momento, sem, no entanto, ignorá-los, mas submetê-los ao seu juízo crítico. A preocupação com o meio ambiente e, mais especificamente com o aquecimento global, estão na ordem do dia e a Universidade não pode ficar isenta. "Uma verdade inconveniente", documentário dirigido por Davis Guggenheim, visto por muitos críticos como uma espécie de show apresentado por Al Gore, ex-candidato à presidência dos Estados Unidos, levou a discussão para as ruas. Até mesmo a temperatura, experimentada como elevada demais para essa época do ano, foi vista como resultado imediato do aquecimento global. Aí deve entrar a discussão universitária, sensível ao cotidiano do mundo. Nesse debate ela participa como instância crítica. Estar na mídia e na "boca do povo" raramente expressa a urgência ou a relevância de um tema, principalmente quando as duas formas de presença - sintetizadas como "opinião pública" - coincidem. Quando Fidel Castro vê como resultado da política norte-americana de combustíveis não poluentes a produção da fome, alerta para uma discussão que deve ser "politizada". Não abandonada - seria deixar o ouro para o bandido - mas discutida no interior das relações internacionais de poder. A propósito, não se pode esquecer que o gesto parte do presidente de um país que se recusou a assinar o protocolo de Kyoto. Politizar não significa pôr a natureza como intocável - próprio a um romantismo, que, no seu devido lugar, não deixa de ser saudável - ou ver os danos irreversíveis a ela causados como conseqüência mecânica de atitudes individuais ou grupais. É no interior das relações econômicas, cada vez mais "consistentes" nos seus danos e, paradoxalmente mais "fluídas" nos seus mecanismos de circulação e controle, que o problema deve ser discutido. Há o funcionamento "objetivo" da terra e só seu conhecimento possibilita a transformação - a natureza para ser comandada precisa ser obedecida, diz Bacon mas as ações de comando nunca são inocentes, a não ser que acreditemos ingenuamente na neutralidade do saber sobre a realidade natural e social. Há, sim, o outro lado da questão. O "cuidado da criação", de caráter emotivo-romântico, não destituído de significado. Mas, se for desvinculado de um sentido de preservação do coletivo, corre o risco de reduzir-se a gestos individuais espetaculares ou a rituais esporádicos. Além de nem sempre despertarem o sentido de responsabilidade coletiva, trazem implícito o risco de despolitizar a discussão do problema. Esse risco, entretanto, não pode nos desobrigar de cotidianamente cuidar com carinho do que é de todos. Notas CNN abre inscrições para Concurso Universitário de Jornalismo Para incentivar futuros repórteres e jornalistas do Brasil, a rede CNN Internacional realiza a 3ª edição do Concurso Universitário de Jornalismo CNN. O concurso propõe que alunos de Jornalismo inscrevam trabalhos realizados sobre o tema "Responsabilidade social: o esporte como ação social", com até dois minutos de duração cada, gravados em formato DVD, Mini-DV ou Beta. O vencedor ganhará uma viagem para conhecer a sede dos estúdios da CNN, em Atlanta, nos Estados Unidos, além de exibir seu trabalho na CNN International. As inscrições devem ser feitas pelo site www.concursocnn.com.br, até o dia 8 de julho. Colégio Pio XII desenvolve Coral com alunos e comunidade O Colégio de Aplicação Pio XII, da PUCCampinas, abre inscrições para o Coral de Pais e Amigos Pio XII e para o Coral Juvenil Pio XII. Em ambos, a participação é gratuita, mediante processo de inscrição e seleção. O Coral de Pais e Amigos é aberto aos pais, familiares, amigos e ex-alunos do colégio, enquanto que o Coral Juvenil é aberto para todos os alunos da 5ªsérie do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio de Campinas e região, sejam de escolas públicas ou particulares. Os interessados devem se inscrever até o dia 20 de abril. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (19) 3737-3170, pelo site www.pioxii.br ou pelo e-mail [email protected]. Reitor da PUC-Campinas Padre Wilson Denadai Agenda 09/04 Projeto Inter'Arte, das 12h às 13h, no Campus II. Informações: (19) 3756-7216 16/04 Projeto Inter'Arte, das 12h às 13h, no Campus Central. Informações: (19) 3756-7216 17/04 Apresentação de Saxofone no Projeto Comunidade Interna, das 9h35 às 10h, na Faculdade de Letras. Informações: (19) 3756 -7242 17/04 Apresentação do Coral Universitário no Projeto Arte no Campus, a partir das 12h30, na Igreja Nossa Senhora da Esperança, Campus II. Informações: (19) 3756 -7242 17/04 Espaço leitor @ Qual sua opinião sobre o Jornal da PUC-Campinas? Quer sugerir uma pauta? Divulgar o que você está fazendo? Participe! Mande uma mensagem para a redação. [email protected] Parabéns à equipe do Jornal da PUC-Campinas por trazer um tema de suma importância para a vida acadêmica. O estudante, ao realizar um intercâmbio, estará enriquecendo não só o seu currículo, mas também o seu crescimento como pessoa. Adquirir conhecimentos sobre uma nova cultura, um novo idioma, analisar como são as relações socioafetivas de uma população é uma oportunidade única, que deve ser aproveitada em todos os seus limites. Fábio Domingos, estudante de Filosofia A reportagem de capa da edição 44, denominada "Portas abertas para o mundo", é muito interessante, pois a ambiência estudantil se torna mais plural e diversa, sem mencionar as trocas de experiências culturais que potencializam o conhecimento, pois a aprendizagem não se restringe à sala de aula, mas a todos os espaços de convivência social universitária. Uma maior convivência com "o outro", com a diversidade étnica, com o diferente, resulta numa construção da solidariedade, de tolerância entre povos e do respeito aos direitos humanos. Tal matéria demonstra a preocupação da PUC-Campinas em criar novos caminhos e novas oportunidades tanto para os seus alunos quanto para alunos oriundos de outros países. Luiz Roberto Alves de Lima, estudante de Direito Apresentação de Música de Câmara no Projeto Comunidade Interna, das 20h45 às 21h10, na Faculdade de Letras. Informações: (19) 3756 -7242 17/04 1ª Jornada de Pesquisa em Psicanálise e Fenomenologia do Laboratório de Psicologia Clínica Social, das 9h às 19h, no Auditório Monsenhor Salim, Campus II. Informações: (19) 3756-7273 19/04 Projeto Inter'Arte, das 18h30 às 19h30, no Campus Central. Informações: (19) 3756-7216 21/04 Feriado nacional - Dia de Tiradentes Expediente Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Denise Tavares, Wagner José de Mello e Sílvia Regina Machado de Campos; Coordenador de Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Editor - Luiz Guilherme Fabrini (MTb 20.561); Repórteres - Adriana Furtado, Crislaine Gava e Du Paulino; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Estagiários - Giovanna Franceschi Dias, Guilherme Facio Guimarães e Roberta Accardo; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte Gráfica Digital; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3756-7147 e 3756-7674. E-mail: [email protected] 03 Jornal da PUC-Campinas 9 a 22 de abril/2007 Opinião Aquecimento global e o município Ernesto Dimas Paulella O século XX termina e o século XXI inicia com uma grande discussão mundial, o aquecimento global, que nada mais é do que um fenômeno climático, que provoca o aumento da temperatura da superfície da terra, certamente por causas antropogênicas, afirmam os cientistas. Mas há também posições contrárias a esta teoria, que pregam serem estes fenômenos naturais, em função de ocorrências já conhecidas em outras eras, como a glacial, que congelou o planeta. Teorias à parte, o fato é que o planeta vem sofrendo com muitas adversidades climáticas nos últimos anos, o que tem provocado esta discussão a nível mundial, com a coordenação da ONU. Na prática, este aumento de temperatura tem origem, muito provavelmente, no chamado "efeito estufa", decorrente das atividades humanas, mais precisamente das atividades econômicas e industriais, que se utilizam dos recursos naturais como matérias primas para a elaboração dos produtos de uso contemporâneo, que tem como resultado final a geração de gases conhecidos como gases de efeito estufa (GEE), como o metano, o dióxido de carbono, entre outros nocivos e agressivos. Galeria Segundo a NASA, o planeta esquentou 0,8ºC nos últimos 30 anos Sem dúvida que há evidências claras do aquecimento global, como a diminuição da área de cobertura de gelo no hemisfério norte, que ultimamente diminuiu 15%. James Hansem, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais, da NASA, afirmou em 2006 que, nos últimos 30 anos, o planeta esquentou 0,8 ºC. Outra evidência é o aumento do nível do mar, que vem aumentando 0,025 m por década, pelo efeito do derretimento das calotas polares, o que poderá comprometer todo o sistema urbano litorâneo mundial e provocar enchentes no sistema fluvial, pela retenção interior das águas. Entretanto, já existem fatos muito reais, como: 1) O Ártico e a Groenlândia estão derretendo. Em 2005, em relação a 1979, a cama- da de gelo foi 20% menor. 2) Devido ao aquecimento das águas, os furacões de categorias 4 e 5 dobraram nos últimos anos. 3) O Brasil, na região sul, de forma inédita, entrou na rota dos ciclones em 2004. 4) O nível do mar subiu de 10 a 25 cm no século XX. 5) Os desertos avançam e as áreas tomadas por secas dobraram nos últimos 30 anos. Só na China, as áreas desérticas avançam 10 mil km² por ano. 6) A ONU estima que 150 mil pessoas morrem por ano em conseqüência das secas e das inundações e estima que, em 2030, este número dobrará. Em função destas constatações, nasceu no final do século XX a Agenda 21, que, em seus 40 capítulos temáticos, orienta as nações para o desenvolvimento sustentável. Ou seja, atingir e manter um nível de desenvolvimento tecnológico e econômico que seja sustentado pelos recursos naturais e pela civilização, de maneira a não destruir as condições ideais de vida no planeta. O protocolo de Kyoto, assinado em 1997 e em vigor em 2005, é um exemplo concreto de racionalidade na redução das emissões de GEE. Entretanto, é preciso que os municípios se juntem Imagem NO CORAÇÃO DA CIDADE - Visita ao coração da Catedral Metropolitana de Campinas, o maior prédio construído em taipa de pilão (barro misturado com capim) do mundo e que passa por um intenso trabalho de restauro. Indo a fundo nos seus segredos, é na cripta de mármore que estão sepultados os bispos da cidade. Revisitar a história de Campinas desde o início de sua formação, é o objetivo dessa prática de formação, ministrada pelo professor João Verde, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas, que discute a história e o patrimônio com o intuito de compreender melhor a cidade por meio da sua evolução. Ernesto Dimas Paulella é agrônomo, administrador e urbanista, especialista em Engenharia Econômica, mestre em Urbanismo, professor de Elaboração e Análise de Projetos e professor de Gestão Pública e Meio Ambiente no curso de Pós Graduação/ Especialização do CEA, da PUC-Campinas. "VOCÊ ACHA QUE O AQUECIMENTO GLOBAL É PRODUTO, EXCLUSIVAMENTE, DA AÇÃO DO HOMEM?" "Com certeza, sim. Pelo desrespeito à natureza. Toda ação do homem retorna para ele, seja com esse aquecimento ou com catástrofes." Jonas Sousa, funcionário do Centro de Ciências Humanas (CCH) "Sim, por causa da ganância de sempre querer inventar algo para sua comodidade. O carro, por exemplo, facilita a nossa vida, mas polui o ar." Larissa Cardoso, aluna da Faculdade de Relações Públicas nesta luta, fazendo a sua própria Agenda 21, implementando políticas públicas, orientadas para o adequado manejo dos recursos naturais locais, incentivando a indústria limpa e os projetos de desenvolvimento limpo, como, por exemplo, o etanol e o biodiesel, a compostagem de resíduos orgânicos do lixo domiciliar, a reciclagem dos resíduos inertes e a redução da geração de resíduos. Se isto for perseguido, certamente conseguiremos, em pouco tempo, recompor os níveis de potabilidade das águas, das reservas florestais e faunísticas, condições basilares para a nossa permanência no planeta. Fotos: Ricardo Lima Não. O Universo é uma coisa viva. Não sabemos o quanto disso é transmutação dele e o quanto é ação do homem." José Antonio Bernal F. Olmos, diretor adjunto da Faculdade de Administração Comércio Exterior "As indústrias não estão nem aí e, por isso, o ar, o clima, está tudo muito quente. Não sabemos mais o que é inverno e o que é verão." Alexandra G. Pereira, funcionária do Centro de Ciências Exatas, Ambientais e de Tecnologias (CEATEC) "Sim. Além do uso exagerado de combustíveis fósseis, a emissão de CO2 em grande quantidade retem a energia do sol." Augusto Etchegary Júnior, professor da Faculdade de Química O tempo É o melhor AUTOR. Sempre ENCONTRA UM final perfeito. Charles Chaplin, Ator inglês 04 9 a 22 de abril/2007 Jornal da PUC-Campinas Entrevista Ricardo Lima Rouanet: "os produtores culturais estão fazendo a parte deles e farão cada vez mais" Cultura brasileira em EVIDÊNCIA O diplomata Sérgio Paulo Rouanet, em visita à PUC-Campinas, fala sobre a Lei de Incentivo à Cultura, que leva seu nome, e aposta no bom momento do cinema, do teatro e da literatura nacionais Jornal da PUC - O senhor se aproximou da Psicanálise, no amplo leque de sua formação acadêmica na área de Ciências Humanas? Sérgio Paulo Rouanet - Primeiro me interessei pela Psicanálise no dia em que eu mesmo comecei a fazer Psicanálise em Genebra. A partir daí, comecei a ler a obra de Freud, comecei a ver que a Psicanálise poderia servir como mediadora entre o indivíduo e a sociedade. A Psicanálise tinha mais coisas em comum com o marxismo, por exemplo. De alguma maneira era outra janela para compreender o ser humano e sua complexidade individual e social. São duas chaves para a compreensão do homem: uma chave que tem a ver com a situação do homem enquanto indivíduo, que seria a Psicanálise, e a situação do homem enquanto integrante de relações sociais, que cria a dimensão do marxismo. A Psicanálise seria um instrumento para libertar o homem dos seus condicionamentos internos e o marxismo, um instrumento para libertar o homem de seus condicionamentos objetivos, externos e internos. JP - Como foi a influência que a combinação Psicanálise, Política e Diplomacia exerceu sobre a sua carreira? Rouanet - A Diplomacia fazia parte do cotidiano da minha profissão. Foi uma opção profissional que me permitiu estudar muito no exterior e usufruir de boas bibliotecas. Tive a felicidade de ir a lugares bem interessantes do ponto de vista cultural, como Nova Iorque, Washington, Genebra, Zurique, Copenhague, Berlim. Estudei Economia, Ciências Políticas, Filosofia. A Q Renata Rondini [email protected] Quando se fala em Rouanet, todos se lembram da Lei de Incentivo à Cultura, que, a cada ano, viabiliza a produção de diversas atividades culturais no Brasil. Pois quem dá nome a ela é o diplomata, ensaísta, conferencista e professor carioca Sérgio Paulo Rouanet, autor da lei quando ocupou o cargo de secretário de Cultura da Presidência da República no governo de Fernando Collor de Mello. Ele esteve na PUC-Campinas no último dia 14 de março, para acompanhar a aula inaugural da Faculdade de Ciências Sociais, ministrada por sua mulher, a socióloga Bárbara Freitag Rouanet. Graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela PUC do Rio de Janeiro, ingressou na carreira diplomática, assumindo postos nos Estados Unidos e Europa. Concluiu mestrado em Economia, Ciências Políticas e Filosofia, todos nos Estados Unidos, e doutorado em Ciências Políticas pela Universidade de São Paulo (USP). Atualmente, é professor associado na Universidade de Brasília e membro da Academia Brasileira de Letras. Criou, em Berlim, o Instituto Cultural Brasileiro, inaugurado em setembro de 1995 e que destina-se a divulgar a cultura brasileira na Alemanha e a trazer exposições de museus alemães para o Brasil. Foi embaixador do Brasil na Dinamarca e na República Tcheca, e cônsul-geral em Berlim. Nesta entrevista exclusiva ao Jornal da PUCCampinas, Rouanet fala sobre Cultura, Psicanálise, Marxismo e conta um pouco de sua história. Para ele, a cultura brasileira vive um excelente momento. "Tenho uma visão bastante otimista. A cultura brasileira é muito forte, muito dinâmica e está desabrochando em todas as áreas", diz. Confira, a seguir, os principais trechos da entrevista. Psicanálise, de alguma maneira, serviu de base para tudo isso. JP - O senhor foi secretário de Cultura da Presidência da República entre 1991 e 1992, período em que criou a Lei Rouanet de incentivo à Cultura. Na sua opinião, passados 15 anos, a lei cumpriu seu propósito? Por que? Rouanet - Naquele momento, houve uma série de equívocos nas políticas culturais. O fim da Lei Sarney, por exemplo, foi um equívoco, porque ela foi um instrumento extremamente benéfico para a classe cultural e para a cultura brasileira. Então, eu me propus a fazer uma lei que de novo pudesse ser útil para a cultura, que pudesse ajudar os artistas e intelectuais em geral a finalizarem suas produções culturais. Aproveitei o que havia de mais valioso na Lei Sarney, que era a idéia do Mecenato, do incentivo fiscal. Minha contribuição foi ter tornado essa lei mais completa. O incentivo fiscal foi apenas uma das dimensões de um tripé. Os outros dois pés foram mecanismos de bolsa, que eu acho que nunca chegou a ser utilizado, e o Fundo Nacional de Cultura, porque até então os recursos financeiros eram apenas uma forma de renúncia fiscal por parte do Estado. O Estado abria mão de suas receitas fiscais, mas não era dinheiro vivo, o dinheiro vivo passou a ser o Fundo Nacional de Cultura. O objetivo não era criar um programa cultural, um projeto cultural, mas o Estado tem como fornecer recursos para que a sociedade civil, que é a verdadeira dona da cultura, possa atender o que a sociedade espera dela, seja na produção de filmes, peças de teatro, livros no campo das artes plásticas, da literatura, da música. JP - No meio artístico, ainda há uma grande reclamação de que a lei beneficia aqueles grupos que já estão estruturados, enquanto que os pequenos ou com menos expressão continuam a sofrer com a falta de apoio. O que o senhor acha disso? Rouanet - Eu já tinha consciência plena, na época, de que os recursos eram concentrados no eixo Rio-São Paulo. Eu tentei incluir na própria lei, sobretudo na parte que se refere ao Fundo Nacional de Cultura, que o objetivo seria distribuir os recursos de maneira mais eqüitativa do ponto de vista geográfico. Só que a concentração de recursos na parte mais rica do Brasil não é o resultado de uma lei, é o resultado de uma realidade. JP - O que ainda falta para o Brasil valorizar a sua cultura e aumentar a produção, pois talentos não faltam? Rouanet - Eu tenho uma visão bastante otimista. Tenho a impressão de que a cultura brasileira é muito forte, muito dinâmica e está desabrochando em todas as áreas. O cinema brasileiro renasceu, no teatro existe muita coisa importante, literatura com personalidades importantes. A cultura brasileira está em evidência. Na medida em que o governo brasileiro fizer a sua parte, e tem que ser uma parte discreta porque não é o Estado que tem que fazer a cultura, mas o Estado tem que viabilizar, criar condições objetivas para que a cultura possa florescer, eu tenho a impressão de que os produtores culturais estão fazendo a deles e farão cada vez mais. Jornal da PUC-Campinas Aquecimento global Pesquisa desenvolvida por professor e aluno da Faculdade de Engenharia Ambiental mostra que a Terra vem aquecendo nos últimos 10 mil anos, independente da ação humana 05 9 a 22 de abril/2007 A CULPA não é só nossa Ricardo Lima O Adriana Furtado [email protected] Olhar para o passado talvez seja a melhor maneira de entender as mudanças climáticas que preocupam a humanidade. Decifrar as variações e os registros da atividade solar através do tempo pode ser uma das formas para se retratar o passado do nosso Planeta e ajudar os pesquisadores a solucionarem e compreenderem melhor os fenômenos ocorridos atualmente, como as questões relacionadas ao aquecimento global. Utilizando métodos estatísticos para identificar os diferentes registros da atividade solar, o professor Júlio César Penereiro e o aluno Ricardo Costa Pellegrini, ambos da Faculdade de Engenharia Ambiental da PUC-Campinas desenvolvem, desde 2005, um projeto de Iniciação Científica (IC), que estabelece a Conexão entre anéis de árvores como registros do passado e a atividade solar nos últimos 10 mil anos. O projeto revela que há uma relação inversa O estudante Ricardo Costa Pellegrini, da Faculdade de Engenharia Ambiental da PUC-Campinas entre as atividades solares e a absorção do carbono 14 encontrado nos tron- Faculdade de Matemática. Foram analisados nos períodos correspondentes", acrescentou o cos de algumas árvores. E, o mais surpreen- dados, já disponíveis na literatura, de várias pesquisador. dente: indica que o homem talvez não seja o amostras de anéis de árvores e medidas realiPor muito tempo rejeitada pela comunigrande vilão e único responsável pelo aqueci- zadas com telescópios de pequeno porte em dade científica, a teoria que relaciona diretamenmento global, mas, sim, que o planeta vem contagem de manchas solares. te a irradiação solar ao clima da Terra agora aquecendo nesses últimos 10 mil anos, já que O carbono 14 é um isótopo do carbono 12. parece ser consenso nessa mesma comunidaas emissões de gases, inclusive o carbono, são Ele se origina na atmosfera terrestre através da de. De acordo com Penereiro, analisando os consideradas as maiores responsáveis pelo reação causada entre um raio cósmico (nêumateriais é possível notar que fatores naturais, aumento da temperatura terrestre. tron proveniente do espaço sideral) com o nitrotais como as mudanças na órbita da Terra e no Nesse estudo, aluno e professor encontra- gênio existente. Na natureza, essas árvores, ao campo magnético, podem ter contribuído para ram nos troncos das coníferas (árvores de espé- realizarem a fotossíntese, absorvem o carbono a maior ou menor absorção de carbono 14. cies como, por exemplo, Sequóias, Pinheiros 14 que fica retido no tronco após serem cortaAssim, as alterações climáticas podem ser come Araucárias) a base para a investigação da ati- das. "Ao analisarmos um corte de tronco, podeprovadas. "Independente do fator humano, vidade solar naquele período. "Usamos o car- mos estimar a concentração de carbono 14 em notamos que o planeta vem aquecendo poubono 14 absorvido no tronco dessas árvores relação ao carbono 12 e, com isso, calcular a co, mas gradativamente nos últimos 10 mil para estimar, analisar e compreender o perfil idade da árvore. Já que a quantidade de carboanos. Por isso não podemos assegurar que o das alterações nas atividades existentes no Sol no 14 na atmosfera depende da atividade do homem é o único responsável pelo aquecinos últimos 10 mil anos", explicou o coorde- Sol sobre nosso planeta, podemos identificar o mento global, pois podem haver influências nador da pesquisa, que também é professor da aumento ou a diminuição da atividade solar externas", afirmou. Industrialização acelerou aumento da temperatura Compartilhando da mesma opinião do professor, o estudante Ricardo Costa Pellegrini também não responsabiliza unicamente o homem, mas acredita que sua contribuição tem potencializado o aumento da temperatura, o que fica evidente, por meio dos dados analisados, após o advento da industrialização. "Nos últimos 50 anos, nunca houve uma emissão de Carbono tão grande, assim como os registros de aumento da temperatura", argumentou Pellegrini. Ainda de acordo com o aluno, a pesquisa revela que apesar do gradativo aquecimento no planeta, entre os anos de 1650 e 1700, a Terra passou por uma chamada Pequena Era do Gelo. Nesse período, foram cons- tatadas baixa atividade solar e alta absorção de carbono 14. Essa identificação abre uma nova porta para pesquisa, já que, com a alta concentração de carbono, a temperatura deveria ter aumentado. "Também não podemos afirmar que apenas as emissões de carbono são responsáveis pelo aquecimento global", observou o aluno. Mesmo sem a comprovação científica, o estudante acredita que exista a possibilidade de que as concentrações de carbono emitidas na atmosfera sejam cumulativas e que a grande onda de calor que vivemos hoje seja uma conseqüência do passado. Mas, como ele mesmo disse, isso já é uma nova tarefa a ser desenvolvida na pesquisa em progresso. 06 9 a 22 de abril/2007 Jornal da PUC-Campinas Criatividade Ortopedista transforma sucata em objetos de arte Rafael Castelnovo, do Hospital da PUC-Campinas, cria robôs, carros e até helicópteros, utilizando sobras de materiais cirúrgicos Fotos: Ricardo Lima Crislaine Gava [email protected] P arafusos, porcas e fixadores externos se transformam em uma bela escultura nas mãos do ortopedista do Hospital da PUC-Campinas, Rafael Coletti Castelnovo. Especialista em fixadores externos (gaiola), Castelnovo cria helicópteros, carros, robôs, dentre outros objetos, com a sobra de materiais cirúrgicos. "A sucata pode dar origem a objetos construtivos e expressivos", observa o médico. Adepto de esportes e aparelhos locomotores, a paixão por criar objetos inusitados começou na infância. Porém, naquela época, ele usava seus brinquedos de montar e as peças dos rádios a válvula da avó para esculpir as peças. "Quando era criança eu deixava minha mãe preocupada, pois tudo nas minhas mãos se transformava", completa Castelnovo. Com cerca de 70 esculturas feitas, em 2001 Castelnovo descobriu em seu trabalho, como ortopedista, uma forma de arte. Em apenas 30 minutos, o que parece ser sucata, se transforma em um robô sobre rodas. Já para fazer um helicóptero, ele gasta, em média, duas horas e, para cada escultura, utiliza cerca de 50 peças. "O processo é delicado e exige paciência e a escolha do material adequado", explica o ortopedista. Porém, tendo em mente o que vai ser produzido, basta emendar as partes com porca e parafuso e está pronta mais uma escultura. O artista diz que tudo começou naturalmente. Ele aperfeiçoou seu trabalho, primeiro com peças pequenas, como é o caso da primeira escultura produzida, o robô, e depois partiu para esculturas maiores, como os helicópteros. Na maioria das vezes, Castelnovo começa uma obra sem saber como vai ficar. "Às vezes, no meio do dia, eu começo a montar, paro um pouco, volto. Nem sempre consigo fazer o que imaginei, começo a mexer na peça e, aos poucos, ela vai se moldando", explica. Uma das esculturas já ganhou a nota máxima em uma gincana realizada em 2002 pelo hospital, em comemoração ao Dia do Profissional da Saúde, 12 de maio. "É atuando como ortopedista que eu me sinto realizado. Porém, busco neste pra- O ortopedista Rafael Coletti Castelnovo, do Hospital da PUC-Campinas; ao lado, robô feito com sucata cirúrgica zeroso hobby uma forma de relaxamento e distração", afirma. O médico diz que o mais interessante é fazer arte com algo que não serviria para mais nada e viraria sucata. O escultor diz que não quer ganhar dinheiro com a arte e sim mostrar o que sabe fazer. Uma prova disso são seus seguidores, como os residentes médicos do Serviço de Ortopedia do Hospital. "A partir dessa iniciativa, faço algumas peças, mas me dedico mesmo a montar facas", afirma o residente Dante Palloni Costa Dias. Mas Castelnovo não deixa de provocar os aprendizes: "as esculturas deles não ficam tão boas quanto as minhas; eles precisam treinar mais." A maior parte das esculturas, confeccionadas com material em aço inox, já foi dada para colegas de trabalho, amigos e familiares. Atualmente, o ortopedista conta com 10 peças em seu acervo pessoal. Castelnovo tem uma vida agitada como médico e é nos momentos de folga que cria suas esculturas. Mas ele escolheu o sábado como dia de seu compromisso com a arte. Atualmente, não tem muito tempo para atender às inúmeras demandas. Entretanto, quando o pedido é especial, como o da namorada, ele dá um jeitinho e coloca em prática suas habilidades. PUC-Campinas fornece maquetes para escolas públicas realizada a 1ª Exposição de Instrumentos Didático-Pedagógicos. A exposição, realizada A Faculdade de Ciências em parceria com a Prefeitura Biológicas da PUC-CamMunicipal de Campinas, expôs pinas promove a doação de cerca de 400 maquetes produinstrumentos pedagógicos zidas pelos alunos da PUCpara escolas estaduais e muniCampinas e doadas a 40 escocipais da rede pública de las da rede municipal de ensiCampinas. São cerca de 50 no. "Com as doações queremos instrumentos que reproducontribuir para o início de zem processos biológicos e montagem de laboratórios de estruturas microscópicas em ciências nas escolas", explica a escala visível a olho nu. Essas diretora. maquetes foram produzidas As escolas das redes estadual pelos alunos da faculdade na e municipal de Campinas que disciplina de Práticas Intiverem interesse em retirar os tegradas, cujo objetivo é fazer Alunos da Faculdade de Ciências Biológicas preparam as maquetes que são doadas para escolas públicas instrumentos pedagógicos doacom que o conhecimento teóMariangela Cagnoni Ribeiro, a atividos pela Faculdade de Ciências rico, aprendido em sala de aula seja de ciências das escolas. dade de confecção das maquetes ocorBiológicas devem entrar em contaconcretizado nas maquetes para De acordo com a diretora da re desde 2004 e, no ano passado, foi to pelo telefone 3729.6817. utilização em aulas e laboratórios Faculdade de Ciências Biológicas, Adriana Furtado [email protected] Jornal da PUC-Campinas 9 a 22 de abril/2007 07 Fotos: Ricardo Lima MURAL Por dentro da Ginástica Rítmica Popular Professora da PUC-Campinas lança livro sobre o tema, fruto de pesquisa realizada com crianças de Piracicaba E ntender a ginástica rítmica a partir de uma visão popular e como ferramenta de promoção do desenvolvimento motor e da criatividade nas crianças. Essa é a abordagem adotada pela professora da Faculdade de Educação Física da PUCCampinas Roberta Gaio em seu livro Ginástica Rítmica Popular - uma proposta educacional, que está em sua segunda edição ampliada e atualizada. Publicado pela Editora Fontoura, o livro conta com 149 páginas e é fruto de uma pesquisa realizada pela professora na cidade de Piracicaba envolvendo crianças de escolas e comunidades locais. A obra revela a necessidade da criança vivenciar experiências motoras, ampliando seu repertório motor, além de contribuir para seu desenvolvimento e sua criatividade a partir das vivências lúdi- vagas de estágios A educação está no gibi O cartunista, jornalista e escritor DJota Carvalho Jr.(foto), autor da tira Só Dando Gizada, publicada diariamente no Caderno C do Correio Popular, lançou em março, na Fnac, o livro A educação está no gibi. Professor do Centro de Linguagem e Comunicação (CLC) da PUC-Campinas, DJota mostra as várias possibilidades de utilização dos gibis em sala de aula. Primeiro, o autor situa o leitor no mundo dos quadrinhos. Feito isso, descreve uma série de exercícios utilizando HQs em disciplinas curriculares. Por fim, dá dicas, todas ilustradas, para professores e alunos produzirem histórias, provando que o humor gráfico pode ser uma excelente ferramenta didática. O livro, publicado pela Papirus Editora, tem 112 páginas e está à venda por R$ 28,50. Professor de Direito lança livro O professor Valdeci dos Santos, do Curso de Direito da PUC-Campinas, lançou, no último dia 30, no auditório Nobrão, no campus Central, a segunda edição - atualizada e ampliada - do livro Teoria Geral do Processo, editado pela Millennium Editora. Durante o evento, houve sessão de autógrafos do autor e sorteio de exemplares do livro. classificados cas propiciadas pela ginástica. "O livro tem a proposta de mostrar que é possível desenvolver um trabalho com a ginástica rítmica em escolas e comunidades de maneira geral e de forma popular", explica a autora. A professora dividiu o livro em três capítulos. No primeiro, traz um histórico geral da ginástica rítmica. No segundo capítulo, a autora trata mais diretamente do trabalho com crianças e as atividades da ginástica rítmica, desde noções motoras até referentes à relação com a família. No terceiro e último capítulo, é feita a desmistificação da ginástica rítmica popular. O preço nas livrarias é R$ 28,00. Roberta Gaio formou-se pela Faculdade de Educação Física da PUC-Campinas, em 1981, e é docente da Universidade desde 1987, nas disciplinas Ginástica Geral, Ginástica Rítmica e Educação Física para Pessoas com Necessidades Especiais. Fez mestrado e doutorado na Universidade Metodista de Piracicaba (Unimep). CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola) > TÉC.ELETRÔNICA - Cursando 1º a 2º ano, masculino, horário das 8h às 17h, Bolsa auxílio de R$ 500,00 + Vale transporte + Vale refeição, cód. 46170 Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 46170 > TÉC.ELETRÔNICA - Cursando 1º a 2º ano, horário das 8h às 17h, Bolsa auxílio de R$ 3,36 p/ hora + Vale transporte + Vale refeição + Assistência Médica, cód. 46173 Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 46173 > CIÊNCIAS CONTÁBEIS - Cursando 4º ano, masculino, horário das 8h às 17h, Bolsa auxílio de R$ 680,00 + Vale alimentação, cód. 47310 - Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 47310 > EDUCAÇÃO FÍSICA - Cursando 3º a 4º ano, Morar em Indaiatuba, horário das 18h às 21h, Bolsa auxílio de R$ 4,00 p/ hora, cód. 59334 Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 59334 > ENGENHARIA CIVIL - Cursando 3º a 4º ano, horário das 8h às 17h, Bolsa auxílio de R$ 1.033,00 + Vale Alimentação, cód. 47342 Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 47342 > ENGENHARIA CIVIL - Cursando 2º a 3º ano, horário das 7h30 às 16h30, Bolsa auxílio de R$ 1.000,00 + Vale Alimentação, cód. 67458 Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 67458 > ENFERMAGEM - Formação em 12/2007, horário das 15h às 21h (segunda a sexta-feira), Bolsa auxílio de R$ 400,00 + VT + Cesta Básica Cód. 61790 - Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 61790 > BIBLIOTECONOMIA - Cursando de 2º ao 4º ano, horário das 9h às 17h (2 horas de almoço) - Bolsa Auxílio de R$ 600,00 - Cód. 42872 Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 61790 > ANÁLISE DE SISTEMAS / CIÊNCIA DA COMPUTAÇÃO / ENG. DA COMPUTAÇÃO - Cursando 1º ao 4º ano, R$ 800,00 + vale transporte e cesta básica - sexo feminino, residir em Jaguariúna ou em regiões próximas - Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 53276 > PUBLICIDADE E PROPAGADA / PROPAGANDA E MARKETING Cursando 4º ano, R$ 400,00 + refeitório no local Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 42794 > ENGENHARIA MECÂNICA - Cursando 2º ou 3º ano, R$ 800,00 + vale transporte, vale refeição, possibilidade de prorrogação e efetivação - sexo masculino - Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 55783 > TÉCNICO EM QUALIDADE E PRODUTIVIDADE - Cursando 1º ao 3º ano, R$ 500,00 + possibilidade de prorrogação, efetivação, ambulatório médico, cesta básica, ônibus da empresa, refeitório no local Interessados enviar CV p/ [email protected] Assunto: 51934 Interessados deverão encaminhar o curriculum para o e-mail indicado e cadastrar-se no site do CIEE: www.ciee.org.br para verificar outras vagas disponíveis. MORADIA Vaga para estudantes Próximo ao Campus I. (19) 3287-0251 - Fátima MORADIA Quartos mobiliados Próximo ao Campus I. (19) 3208-0008 TRANSPORTE Águia Tranportes Santa Bárbara d'Oeste/Americana - Campus I. (19) 3458-3196 / 9234-4166 MORADIA Moça para dividir apartamento Próximo ao Campus Central. (19) 9626-6291 - Paula TRANSPORTE Eleni Transportes Campinas - Campus I (Noturno). (19) 3273-6116 / 9136-5126 SERVIÇO Aulas particulares de Português e Redação [email protected] (19) 3342-2072 / (11)8180-8536 As ofertas acima são de responsabilidade dos anunciantes 08 9 a 22 de abril/2007 Jornal da PUC-Campinas Esporte Fotos: Ricardo Lima Elas estão com o pé no Pan A atleta Zenaide Vieira (acima), em treino na Usina Esther, em Cosmópolis; ao lado,Thaíssa Bernardo Presti treina na pista da Faculdade de Educação Física Três alunas da PUC-Campinas disputam as seletivas para os jogos que serão realizados no Rio de Janeiro, em julho Outra aluna da Faefi que já está em vantagem na corrida para o Pan do Rio-2007 é Thaíssa Bernardo Presti, do 4º ano, que disputa uma vaga no revezamento 4x100. Campeã da modalidade em 2006 nos Jogos da Lusofonia, Não tem jeito. Basta acontecer algum grande evento esportivo para o que reuniu atletas de países de língua portuguesa em Macau, na China, é brasileiro vestir camisa amarelinha e tirar a bandeira do fundo do armário. uma das oito atletas pré-convocadas na modalidade, das quais seis se clasA emoção e a expectativa de ver nossos atletas subindo ao lugar mais alto sificam. "Participar de um Pan já é um sonho. Sendo no Brasil é ainda do pódio e entoar o Hino Nacional são indescritíveis. Aliás, mesmo que o melhor", comemorou a atleta, que já está reunida com a equipe pré-selelugar no pódio não seja tão alto assim ou que o atleta nem chegue até lá, cionada para se preparar para a última seletiva, a ser realizada em junho. nos orgulhamos desses heróis que representam a pátria, às vezes em esporLonge das pistas de atletismo, é na pistes, cujas regras nem bem entendemos. cina que a aluna do 4º ano de Psicologia Este ano, o brasileiro tem um ingreMilena Canto Sae luta por uma vaga nos diente a mais para deixar o patriotismo aflosaltos ornamentais, salto sincronizado, rar, uma vez que os Jogos Pan-americanos trampolim de três metros e salto de plaacontecem na cidade do Rio de Janeiro, de taforma. Veterana no Pan - já participou 13 a 29 de julho. Serão cerca de 5,5 mil dos Jogos em Santo Domingo 2003, na atletas de 48 países disputando 28 modaRepública Dominicana -, a atleta acha gralidades esportivas. Três alunas da PUCtificante a experiência de conviver duranCampinas têm grandes chances de figurar te dias numa vila olímpica rodeada dos entre os 700 atletas da delegação brasileimelhores atletas das américas. "Represenra no Pan 2007. tar o Brasil aqui dentro, provavelmente, Há dois anos ocupando o primeiro lugar será a primeira e última vez pra mim. no ranking brasileiro de atletismo dos 3 Então, esse Pan será uma experiência únimil metros com obstáculos, a aluna do 3º ca", completou. ano de Educação Física (Faefi) Zenaide Mas não serão só as competições que Vieira está com a participação praticamen- Dezem, professor de atletismo, é nome certo na arbitragem do Pan contarão com membros da comunidade te garantida, uma vez que são duas vagas acadêmica da PUC-Campinas. Do lado de fora das pistas o professor de para a modalidade e o primeiro colocado no ranking, que fecha agora em atletismo da Faefi Ricieri Dezem tem presença confirmada como coordemaio, é automaticamente classificado. A outra vaga é disputada entre os nador geral de arbitragem de pista, além de arbitrar a maratona e a marcha outros atletas em uma seletiva que acontece também em maio. Campeã e atlética. Diretor do Departamento de Arbitragem da Federação Paulista de recordista sul-americana em 2006 e campeã ibero-americana também no Atletismo e único árbitro paulista com status internacional, Dezem já parano passado, Zenaide acredita que representar o Brasil dentro de casa é ainticipou de dois pan-americanos, dois mundiais e dois sul-americanos. da mais gostoso. N Du Paulino [email protected]