Sérgio Bittencourt-Sampaio
O Hotel Salusse
em Nova Friburgo
Núcleo familiar, político e social
Edição revista e ampliada
IMPRIMATUR
Nova Friburgo em meados
do século xix
A antiga colônia suíça de Nova Friburgo, logo após seu estabelecimento, ou seja, a partir de 1820, passou a ser denominada Vila de São
João Batista de Nova Friburgo. Situada no alto da Serra dos Órgãos, permitia, na segunda metade do século XIX, o escoamento obrigatório do
principal produto da região, o café cultivado nas fazendas de Cantagalo
e adjacências – Nossa Senhora da Conceição do Paquequer e São José do
Ribeirão, atuais Sumidouro e Bom Jardim. A produção secundária correspondia ao cultivo de flores em Lumiar e Conselheiro Paulino, e de verduras em Rio Grande e Terras Frias.
Pela localidade, passavam habitualmente tropeiros conduzindo levas
de animais carregados de produtos do norte da província, em direção à
Baixada Fluminense e à cidade do Rio de Janeiro.
A expansão cafeeira da região estava concentrada em propriedades de
latifundiários que desfrutaram de notável poder político local, como as
famílias Clemente Pinto, Moraes, Rimes, Aquino e Ferreira Pinto. A produção alcançava o topo da serra, pelos vales do Rio Grande e do Bengalas, e através do Rio Santo Antônio. A partir daí, descia pelo Rio Macacu
até alcançar a Baixada Fluminense.
Contribuíam, também, de maneira importante na pequena economia do lugar, o artesanato de couro, metal e madeira, além da fabricação
de aguardente e manteiga. Tão logo estabelecido esse comércio rudimentar, surgiram fraudes na produção de vinhos, aguardente, licor e pão, de
modo que, em 1822, a população se queixava dos delitos praticados, solicitando providências à Câmara. Atendendo ao pedido dos habitantes, o
órgão administrativo providenciou a divulgação de editais e enviou almotacés em diligências para regularizar a situação. Todavia, somente no período
1829-1833, entrou em vigor a aferição de pesos e medidas de acordo com
os padrões fixados pela citada instituição.
A vila atraía pessoas da mesma província e de outras, não só no setor econômico, mas em função das privilegiadas condições climáticas e da
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existência de escolas de alto nível, aptas a preparar meninos pertencentes
à aristocracia rural para o futuro ingresso nas academias do Império.
O clima seco e ameno, na maior parte do ano, conferia-lhe a prioridade na escolha para o tratamento da tuberculose pulmonar, único existente na ocasião. Logo, Nova Friburgo adquiriu fama de cidade hospitaleira, máxime na fase 1850-1890. Muitos pacientes, que para lá viajaram
na condição de doentes, se fixaram após a cura, originando famílias e
ocupando cargos políticos ou administrativos relevantes. Tal ocorreu
com o coronel Manuel José Teixeira da Costa, que, tendo buscado a localidade por motivo de saúde, nela permaneceu e chegou a desempenhar
altas funções administrativas como delegado de polícia e presidente da
Câmara Municipal.
Nos primeiros anos da década de 1850, três profissionais estrangeiros atuavam no atendimento médico: o francês Jean Bazet e os alemães
Johann Heinrich Braune e Ferdinand H. Braune. A atividade do primeiro,
Cavaleiro da Ordem de Cristo, não se limitava à área da saúde; ocupou
cargos notórios (juiz de paz, comandante da Guarda Nacional e, várias
vezes, presidente da Câmara).
Cedo, a localidade serrana conquistou excelente conceito na área
instrucional. Embora, desde o início, tenham surgido dissidências entre
educadores e Câmara quanto a salários, a constante vigilância exercida
por esta entidade sobre as atividades docentes denota o interesse governamental pelo assunto.
Dois professores de primeiras letras acompanharam os imigrantes suíços: Simon Antoine Mettraux, dotado de conhecimentos de francês e alemão, e Bonaventure Bardy, que só falava francês.
Conforme relato de Henrique Bon (2008), Mettraux especializou-se
no denominado Método Lancaster ou de Ensino Mútuo, aplicado, pela primeira vez no Brasil, em Nova Friburgo. As turmas, repartidas em pequenos grupos, ficavam aos cuidados de um aluno mais esclarecido, que lhes
transmitia os ensinamentos do professor. Equivalia ao que, hoje, denominamos monitor. Em função do interesse despertado e do bom resultado
obtido, o método passou a ser incorporado, depois, nas aulas do Império. Contudo, apesar da inovação, Mettraux nunca exerceu a profissão no
Brasil. Em busca de uma ocupação mais rendosa, dedicou-se à cultura do
café e faleceu em Cantagalo aos oitenta anos (1878).
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Bardy, por sua intensa atividade, pode ser considerado o mais antigo
professor atuante na vila. Com a precoce idade de dezenove anos, possuía o título de mestre régio das primeiras letras e de gramática francesa.
Atuou de maneira intensa e eficaz na primeira e única escola local, a partir de 14 de julho de 1830 até o encerramento da entidade, naquele mesmo
ano. A escola voltou a funcionar em dezembro de 1832, sob a direção interina do professor Nicolau Coelho Messider, que, mais tarde, solicitou
demissão (30 de abril de 1834).
No entanto, os dois educadores naturais da Suíça desconheciam a
língua portuguesa. D. João VI mostrou-se preocupado com o ensino a cargo de estrangeiros, sem condições de transmitir os fundamentos da nossa
complexa gramática. Cônscio das dificuldades e da falta de tempo que os
adultos enfrentariam para o aprendizado, temia que os descendentes, reunidos com parentes e amigos, chegassem a formar um núcleo estrangeiro no Brasil, onde francês e alemão fossem os únicos idiomas correntes.
Os imigrantes adquiriram obrigatoriamente a nacionalidade portuguesa,
mais uma razão para adotarem a nossa língua.
Com o intuito de impor o idioma nacional, o soberano, por decreto
de 3 de junho de 1820, criou cadeiras de primeiras letras e de gramática
portuguesa e latina, lecionadas pelo professor Antônio José de Paiva Guedes
de Andrade.
Havia também necessidade urgente de se pôr Nova Friburgo em contato com a Corte e as localidades próximas. Para tanto, o governo organizou um serviço de correios, em decreto de 24 de janeiro de 1820, segundo
o qual, a distribuição da correspondência se limitava de Nova Friburgo à
Corte e a Macacu e vice-versa. Os postilhões partiam duas vezes por semana: às segundas-feiras e às quartas-feiras do Rio de Janeiro, e às segundas-feiras e quintas-feiras da colônia. Dois dias depois chegavam ao seu destino.
Os correios, munidos de portarias especiais, desfrutavam da atenção
e dos cuidados das pessoas nas cidades e nas estradas. Em caso de necessidade, elas lhes forneceriam agasalhos, abrigo para pernoite e guarda das
malas em lugares seguros.
A criação de novos distritos – Rio Preto e São José –, em 1833, levou à
fundação de mais dois educandários, um em cada logradouro, para os quais
foram designados os professores Aureliano de Souza e Oliveira Coutinho.
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No decênio seguinte, o alto conceito de Nova Friburgo, na área educacional, se espalhou pela Corte e pelos grandes centros do país com a
fundação do Instituto Colegial pelo inglês John Henry Freese (1841), autor de obras sobre ciências comerciais editadas em inglês e aplicadas em
diversas escolas norte-americanas. Pelo educandário, passaram afamados
vultos ligados à história e às letras, como Casimiro de Abreu, dos nove
aos quinze anos,1 além de personagens relevantes na política e na administração local.
Dotado de variada biblioteca, o extenso programa didático englobava
alfabetização, idiomas (português, inglês, francês, alemão e latim), matemática, engenharia civil, geografia (incluindo noções de navegação), história, astronomia, retórica, filosofia, religião, moral, contabilidade comercial, desenho, música, dança e esgrima. Ademais, havia uma interessante
modalidade de aula denominada “despertadora”, voltada ao desenvolvimento da capacidade intelectual. Consistia em debates livres e improvisados a respeito de desenho linear, história natural, física, química, tipos de
fábricas, entre outros temas, precursores dos atuais seminários.
Para podermos avaliar a elevada reputação adquirida pela instituição,
basta lembrar que, em 1845, abrigava entre sessenta e oitenta alunos, na
maioria de famílias ricas do Rio de Janeiro.
O fundador teve como sucessor, na direção, Teodoro Gomes, que
não conseguiu manter o colégio e vendeu as instalações para Galiano das
Neves e Cristóvão Vieira de Freitas. Em respeito à tradição e em tributo ao
idealizador, os novos donos intitularam-no Colégio Freese. A escola permaneceu em funcionamento sob a direção de Lameira de Andrade e, depois, de Getúlio de Mendonça, até a aquisição do imóvel por Carlo Eboli,
que, ali, construiu um centro hidroterápico.
Outra entidade educativa de igual importância, o Colégio São Vicente
de Paulo, ocupou o Château (1852), nome dado pelos suíços à sede da Fazenda do Morro Queimado que, mais tarde, serviu a outros educandários.
Sob a direção de Francisco Marques de Souza Lisboa, ministrava-se um
currículo similar ao do Colégio Freese, incluindo os mesmos idiomas.
Em 1858, integrou a diretoria, o respeitável Barão de Tautphoeus,
Professor do Colégio D. Pedro II no Rio de Janeiro e vereador em Nova
Friburgo. Dotado de invulgar inteligência e cultura, altamente conceituado, desfrutou de respeito e admiração provindos de pessoas ilustres como
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Joaquim Nabuco e o próprio Imperador. No biênio 1860-1861, o referido barão permaneceu como único diretor.
Na década de 1860, foram criadas outras instituições de ensino na vila: o Colégio de Humanidades, dirigido por Valentim José da Silva Lopes
(1864) no Château; o Colégio Friburguense, internato e externato feminino, e o Liceu Nacional.
Os dados mencionados não deixam dúvidas quanto à excelente qualidade da educação oferecida em Friburgo naquele tempo. Formou-se, assim, uma tradição de ensino mantida por mais de um século. Um aspecto
nos chama a atenção: a implantação de modalidades de aulas inovadoras,
aplicadas, ainda nos dias de hoje, nas universidades em geral. Fica, portanto, justificada a procura por internatos em escolas friburguenses para crianças e adolescentes, vindos, não só da capital bem como de outras
partes do Brasil.
O acesso, a partir da Corte, era difícil, moroso e exaustivo, requerendo
cerca de quatro dias e realizado em etapas, às quais não faltavam percalços. O professor e naturalista alemão Hermann Burmeister, catedrático
de zoologia na Universidade de Halle, em peregrinação pelo Norte Fluminense (1851), nos legou um minucioso relato da trajetória.
A jornada principiava na Praia da Saúde, de onde partia o navio que
cruzava a Baía do Rio de Janeiro (Baía de Guanabara) em direção à foz do
Rio Macacu e prosseguia no trajeto fluvial, passando pela Vila de São José
até Sampaio, a uma milha e meia acima da desembocadura. Lá chegando,
os passageiros desembarcavam, eram conduzidos no lombo de mulas por
criados que os aguardavam e percorriam trilhas através de lugarejos denominados Tambi, Santana, Águas Compridas e Mendonça (Cachoeiras
de Macacu). Finalmente, empreendiam a travessia da Serra dos Órgãos,
ao longo da qual estavam distribuídos diminutos albergues para repouso,
pernoite ou abrigo das pessoas e animais durante as tempestades estivais,
quando o progresso da viagem se tornava inviável.
Em 1851, Nova Friburgo reunia uma população de 4.810 habitantes. A constante migração de forasteiros, em quantidade cada vez maior,
induzia a construção de novos alojamentos e locais para refeições.
Contudo, são muito escassas as referências a hospedarias antes de 1850.
As primeiras notas a respeito daquela pertencente a Salusse, no Almanak
Laemmert, datam de 1848, ao lado de mais dois estabelecimentos congêne21
res: o Mindelino, propriedade de Mindelino Francisco de Oliveira, e o de
Mme. Clere (Clair). Burmeister aludiu à existência de uma hospedaria para
pessoas importantes, onde se realizavam bailes filantrópicos, porém omitiu
o nome da entidade e dos dirigentes, além de detalhes relativos à localização.
Apenas, podemos admitir que ele se referia a alguma destas aqui citadas.
O início das atividades comerciais empreendidas pelo imigrante francês Guillaume Salusse remonta a um período bem anterior, ou seja, a janeiro de 1831. Tratava-se de um pedido de autorização, encaminhado à
Câmara, para estabelecer casa de pasto e jogo de bilhar.
Decorridos três anos, a esposa, Marianne, requereu licença para comercializar “secos e molhados” em sua casa de negócios.
Quanto aos primórdios do Hotel Salusse, a historiadora Marieta de Moraes Ferreira, tetraneta do casal franco-suíço, ressaltou a discordância entre
as informações colhidas a partir da memória familiar e outras constantes nos
registros documentais. Segundo uma versão,“resultou da iniciativa de Marianne de passar a cobrar diárias dos amigos do marido que constantemente
se hospedavam em sua casa”. Segundo outra,“a origem do famoso hotel
foi mesmo uma hospedaria para doentes” (FERREIRA, 2008, p. 53).
De qualquer modo, há evidências de que Marianne possuía, em 1837,
uma hospedaria para pessoas em vias de tratamento, sobretudo acometidas de tuberculose pulmonar.
Aos 17 de outubro de 1839, Guillaume solicitou, à Câmara, permissão para aceitar, em casa, enfermos em busca de cura. O órgão competente questionou se o interessado desejava uma “licença de hospital para receber doentes ou de hospedaria em que admite doentes para tratamento”
(JACCOUD, 2006, p. 296). Na resposta, Salusse esclareceu a finalidade
do pedido − hospedaria –, mas com a ressalva de receber pessoas com problemas de saúde, em sua casa, quando lhe conviesse.
No parágrafo acima, é digno de nota o interesse de Guillaume pela acomodação de pessoas com problemas de saúde. Acredita-se que Marianne realizava tal concessão, pelo menos, havia dois anos, e a insistência
em aprovar a medida traduz a importância desse tipo de hóspedes para
o movimento do hotel. Sem dúvida, eles representavam uma parcela importante no faturamento da casa. Não devemos esquecer que Friburgo,
então uma cidade para tratamentos de diversos males, em particular pul-
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monares, atraía, de preferência, indivíduos com problemas de saúde, e
não tanto aqueles motivados por simples turismo.
A tísica criava, muito mais do que nos dias de hoje, um estigma para
os portadores da doença. O temor por ela causado era tamanho que nem
se ousava pronunciar aquele temível nome. No caso, recebia várias designações (mal do peito, moléstia consumptiva, clorose e outras), tudo para se
evitar a verdadeira denominação. Os pacientes sofriam de rejeição em muitos locais e, eles próprios, formavam grupos isolados das outras pessoas.
Embora envolvendo alto risco de contágio e, mesmo, de morte dos doentes, em caso de agravamento das enfermidades, o casal Salusse resolveu enfrentar a situação e administrar as complicações que porventura surgissem.
O rápido sucesso e a ampliação dos preditos negócios resultaram da
conjunção de dois fatores primordiais: Guillaume, de certo, possuía algum capital para investimentos, e Marianne era dotada de excepcional
tino comercial e notável capacidade de trabalho. Ele devia ter recursos
próprios, pelo menos, os provindos da profissão exercida durante muitos anos na Marinha Francesa. Na fase inicial da relação com Marianne,
a presença e a atuação do marido foram de suma importância. Embora,
na evolução dos negócios, a participação da esposa tenha sido fundamental, nada poderia ser realizado, no princípio, sem a experiência, o conhecimento, o prestígio e o suporte financeiro de Guillaume, que permitiram
aquisição de imóveis e aplicação de recursos para estabelecer comércio.
No empenho conjunto, o casal nunca deixava de dedicar especial
atenção às finanças, controlando com zelo a receita e as despesas contraídas pelos hóspedes:
Seu senso de negócios não os deixava de descuidar da cobrança dos aluguéis dos
quartos nem mesmo após o falecimento dos hóspedes. Quando um hóspede morria sem efetuar os pagamentos devidos, a única alternativa possível era recorrer
à Justiça, e isso foi feito em 1838, contra Pedro Celestino Guibert, e, em 1846,
quando o casal Salusse requereu a posse dos bens – um escravo, um relógio e roupa –
do finado devedor Henrique Korfle. (FERREIRA, 2008, p. 53)
Na relação de hospedarias na região, no biênio 1851-1852, o Almanak Laemmert assinalava: na vila, as de Salusse, Pedro Boulanger e o Hotel do Universo (de Francisco Xavier Rodrigues de Lima); na serra, as de
Guilherme Ellara, Carlos Girard e José Cler (Clere). O hotel de Gustavo
Leuenroth passou a figurar somente a partir de 1853.
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Na segunda metade dos anos 1850 e na década posterior, tornou-se
evidente o aumento de alojamentos na vila, incluindo os de José Galdino da Veiga, Amâncio José Pereira de Souza, Francisco José de Magalhães
(delegado do Cônsul de Portugal em 1865), Marie Clair (Claire), Salusse
e Leuenroth. Os dois últimos começavam a se firmar junto aos viajantes
pela qualidade, e foram os únicos, desse período, que permaneceram em
funcionamento até o fim do século.2
Certos dados indicam que, não raro, a formação de hotéis podia ser
precedida de atividade similar em âmbito doméstico. No começo, residência e hospedaria se confundiam. Visitantes e famílias dos proprietários ocupavam o mesmo imóvel. Por exemplo, Burmeister permaneceu na
companhia dos Leuenroth, cujos membros eram ou hamburgueses natos
ou descendentes do pastor Sauerbronn, primeiro missionário protestante residente em Friburgo desde 1824. Assim também, Marianne Salusse
parece ter aceito simultaneamente pessoas sadias e doentes em casa, onde
viviam os familiares, antes mesmo do licenciamento do hotel.
Entre os fatores primordiais que condicionavam a seleção de um local
para permanência dos viajantes estrangeiros estava a nacionalidade dos
proprietários e o idioma por eles utilizado – uma questão de comunicação e identidade cultural. A título de exemplo, os franceses manifestavam
preferência pelo Salusse; os alemães, pelo Leuenroth.
No geral, os hotéis friburguenses superavam os de Petrópolis, sobretudo no que diz respeito às condições higiênicas, na opinião de Jakob von
Tschudi, diplomata e pesquisador suíço no Brasil (1857 e 1860). Alojado no Hotel Leuenroth, sua afirmativa resultou da observação de outros
existentes nas duas cidades serranas.
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O HOtel SaluSSe em Nova Friburgo