PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA Profa Dra Neusa Maria Osti Células Matadoras Naturais (NK) As células NK são grandes linfócitos que, a exemplo dos LTc utilizam grânulos citoplasmáticos contendo perforinas e granzimas para destruirem as células alvo. Constituem cerca de 15% dos linfócitos do sangue periférico e 3 a 4% dos linfócitos esplênicos. São também encontradas no pulmão, mucosa intestinal e fígado. Comparando-se com os processos de destruição dos LTc, cuja capacidade de reconhecer alvos depende da apresentação do antígeno por moléculas de MHC da classe I, a desnutrição natural pelas células NK é inibida por estas moléculas e intensificada pela sua ausência. Os microrganismos, principalmente os vírus, na tentativa de sobreviverem nos hospedeiros infectados, desenvolveram mecanismos de escape às defesas imunes. Isto pode acontecer com a inibição da apresentação do antígeno para os LTc através do MHC de classe I e assim, o vírus poderá tornar-se invisível para estas células não ocorrendo a apoptose. STITES, D.P.; TERR, A.I.; PARSLOW, T.G. Imunologia Médica. 9.ed., Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000. 689p. Um exemplo da luta constante entre os microrganismos e seus hospedeiros é a adaptação dos mamíferos para reconhecerem as células deficientes em MHC de classe I. OSTI, N.M. 1 PONTÍFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS DISCIPLINA DE IMUNOLOGIA Profa Dra Neusa Maria Osti Células Matadoras Naturais (NK) Neste caso, os vírus tentam escapar do reconhecimento pelos LTc inibindo a expressão de MHC de Classe I, porém as células NK evoluiram para responder especificamente à ausência de MHC de classe I nas células infectadas por vírus. As células NK expressam receptores inibitórios que reconhecem as moléculas do MHC de classe I e por isso são inibidas pelas células que expressam a classe I e são ativadas pelas células alvo que não possuem moléculas de classe I. Uma vez que, todas as células nucleadas normais, expressam moléculas de MHC de classe I, a destruição das mesmas pelas células NK é evitada. STITES, D.P.; TERR, A.I.; PARSLOW, T.G. Imunologia Médica. 9.ed., Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2000. 689p. ABBAS, A.K.; LICHTMAN, A.H.; POBER, J.S. Imunologia Celular e Molecular. 4.ed., Rio de Janeiro: Livraria e Editora Revinter Ltda, 2003. 544p. OSTI, N.M. 2