Cianobactérias Conteúdo Kleber Rena de Souza Santos – [email protected] Caracterização das cianobactérias Organismos procariontes Prochloron Acaryocloris - Parede celular: tipo gram-negativa - Reprodução exclusivamente assexuada Não apresentam flagelos nem cílios Fotossíntese oxigênica - Clorofilas a, b (Prochlorophyta), d, f - Pigmentos em tilacóides - Fotossistemas I e II água como doadora de elétrons Pigmentos - Carotenóides - Ficobilinas • Ficoeretrina Vermelho • Ficocianina Azul Capacidade de fixar N Aerótopos (algumas espécies) Fonte: Graham & Wilcox (2000), Lee (2008) Grânulo cianoficina Parede celular Tilacóides e ficobilissomos Membrana plasmática Amido das ciano aerótopos carboxissomo ribossomo óleo Bainha / mucilagem Fonte: www.sinecearasy.cz Produtores primários Cianobactérias: importância evolutiva Fóssil de cianobactéria de 3,5 bilhões de anos. Apex Basalt no oeste da Austrália (Schopf 1993). “Idade das cianobactérias” Importantes na modificação da atmosfera terrestre: redução de CO2 e aumento de O2. Pré-requisito para o desenvolvimento de formas de vida aeróbica (Schopt & Walter 1982). Berman-Frank et al. 2003 Acredita-se que os cloroplastos das plantas têm origem de cianobactérias ancentrais – endossimbiose (Margulis 1970, Vermaas 2001). Fixação de Nitrogênio por Cianobactérias Grupo A1: Heterocitadas (separação espacial) cianoficina Compostos C Conexões plasmodesmáticas (microplasmodesmos) Compostos N Amino ácidos Célula vegetativa H2 Heterocito Célula vegetativa Fonte: John Tiftickijian (http://www.doctortee.com/dsu/tiftickjian/nvp/cyanobacteria.html) Grupo A2: Não heterocitadas em condições aeróbias – separação temporal (escuro) Gloeothece, Cyanothece, Lyngbya Grupo B: Não heterocitadas em condições anaeróbias Plectonema boryanum Grupo A3: Não heterocitadas em condições aeróbias (separação espacial e temporal) Diazócitos e escuro Trichodesmium e Katagnymene Fonte: Gallon 2004. Fiore & Honda 2008 Luz Aerótopos e vantagens competitivas Grânulo cianoficina Parede celular Tilacóides e ficobilissomos Membrana plasmática Estruturas inertes, ocas, cilíndricas, cheias de gás, formadas exclusivamente a partir de proteínas Glicogênio Aerótopos Síntese é regulada por 20 genes carboxissomo Ribossomo Gotícula de óleo Bainha / mucilagem Flutuabilidade na coluna d’água Espécies podem formar florações Fonte: www.sinecearasy.cz Walsby 1994; Mlouka et al. 2004 Hábitat Ampla distribuição geográfica Maioria de águas continentais –Perifíton e plâncton Marinhas Simbioses –Plantas –Fungos Líquens –Animais Fotos: noticias.terra.com.br Ambientes terrestres –Superfície de diversos substratos –Interior de: •Solos •Rochas •Cavernas Ambientes extremos –Geleiras - 60°C –Fontes termais 72°C –Desertos –Hipersalinos –Alcalinos pH >9 (13) Fonte: Graham & Wilcox (2000) Peltigera britannica - Liquem Cycas Sistema de classificação Hoffmann et al. 2005 Taxonomia polifásica > Aspectos morfológicos, ecofisiológicos, bioquímicos, ultraestruturais e moleculares. Gloeobacteriophycidae (sem tilacóides) Gloebacterales Synechoccophycidae (tilacóides paralelos) Synechococcales Pseudanabaenales (fil. estreitos) Oscillatoriophycidae (tilacóides radiais) Chroococcales Oscillatoriales Nostocophycidae (tilacóides irregulares) Nostocales O que é uma floração?? Aumento na densidade de organismos, geralmente de uma ou algumas espécies Diretamente: Número de células ou organismos Biovolume Indiretamente: Clorofila a Floração de cianobactérias nos lagos do Jardim Botânica de São Paulo Para alguns autores: ≥20.000 céls. de ciano/mL; ≥2mm³/L biovolume celular de ciano; ≥10 mg/m³ clorofila a Microcystis Microcystis Planktothrix Radiocystis Dolichospermum (“Anabaena”) Aphanocapsa Cylindrospermopsis Atividades humanas e eutrofização Consequências da eutrofização Alteração na cor, turbidez, pH; Alteração na riqueza e densidade de espécies; Elevadas densidades de organismos tolerantes à condição eutrofizada (por ex: cianobactérias); Desequilíbrio ecológico. Biodiversidade Densidade 70 50 20 10 Eutrofização/Deterioração Foto: Huisman et al. 2005 40 Florações: problemas ambientais e de saúde pública Gosto e odor desagradáveis na água; Mortandade de peixes, aves e mamíferos; Aumento nos custos de tratamento da água. Tragédia de Caruaru, Pernambuco 02/1996: morte de mais de 60 pacientes em uma clínica de hemodiálise (Azevedo et al. 2002). Cianobactérias em notícia Veja1996 Agência Fapesp 2005 Jornal da SBFic 2001 Folha 2000 Pesquisa Fapesp 2005 Argentina ~2000 Floração de cianobactérias na Represa Billings Fotos: www.sabesp.br Floração de cianobactérias no Pantanal Sphaerospermopsis Microcystis Radiocystis Floração de cianobactérias no Pantanal Anabaenopsis elenkinii Floração de cianobactérias no Pantanal Arthrospira platensis Biodiversidade de algas e cianobactérias Gêneros Espécies 150 2.000 Rhodophyta 500-600 5.000-5.500 (algas vermelhas) (20 água doce) (150 água doce) Chrysophyceae 200 1.000 Chryptophyceae 12 200 Xanthophyceae 100 600 Bacillariophyceae 250 100.000 Dinophyta 130 2.000 Euglenophyceae 40 800 Chlorophyceae 355 2.650 Zygnemaphyceae 50 4.000-6.000 Cyanobacteria (diatomáceas) Exemplos (100 água doce) (+ 2.000 fóssil ) Referência: Hoek et al. (1995) Interpretação Salitrada Número de espécies Salina Baía 80 74 70 7 60 11 Chlorophyceae 50 41 40 10 30 20 17 3 10 Zygnematophyceae 14 21 3 7 Euglenophyceae Cryptophyceae Bacillariophyceae 4 20 8 2 3 10 9 Salitrada Baía Xantophyceae Cyanobacteria 0 Salina Foto: Sakamoto, A.Y. 2001 Riqueza de espécies de algas e cianobactérias em lagoas do Pantanal da Nhecolândia (Santos 2008) O que é monitoramento? Estudo e acompanhamento contínuo e sistemático do comportamento de fenômenos, eventos e situações específicas, cujas condições desejamos identificar, avaliar e comparar (Ibama 2005) Avaliar Identificar Situação Comparar Acompanhar