Aula prática 124 Medição O Setor Elétrico / Abril de 2011 Desempenho dos medidores monofásicos de energia dos tipos eletrônico e de indução Por Marcelo Eduardo de Carvalho Paulino* Estudo compara o desempenho dos dois medidores comerciais e avalia os erros de medição de algumas cargas presentes no sistema elétrico Por Daywes Pinheiro Neto, Luiz R. Lisita, Paulo César M. Machado, José Wilson L. Nerys e Mara Grace S. Figueiredo* Tem-se observado no Brasil e no mundo o lineares. Dentre esses problemas, destaca-se o caso de cada medidor. aumento extraordinário do consumo de aparelhos dos equipamentos de medição, que podem ter suas eletroeletrônicos. Esses equipamentos são, em sua medições comprometidas. mostram que tanto os medidores do tipo indução maior parte, compostos por dispositivos como conversores chaveados, retificadores, inversores, atualmente tipos: distorções presentes nos sinais de tensão e de compensadores estáticos, etc. O processamento eletromecânico, que funciona pelo princípio da corrente. Nesse contexto, os medidores de energia de energia por meio desses dispositivos provoca indução eletromagnética, e eletrônico, que faz uso elétrica que foram projetados para funcionar em distúrbios nas formas de onda da tensão, de circuitos integrados. Ambos são projetados para sistemas lineares podem afetar a comercialização principalmente da corrente que consomem e, por funcionarem em condições puramente senoidais, justa entre concessionárias e consumidores. essa razão, são chamados de cargas não lineares. pois as normas e regulamentações vigentes não Portanto, o propósito desse estudo é quantificar Algumas normas internacionais citam vários contemplam formas de onda não senoidal. Assim, os erros de medição advindos de algumas cargas problemas no sistema elétrico originados a partir na presença de harmônicos, os resultados das que estão presentes hoje no sistema elétrico da distorção harmônica gerada por cargas não medições passam a depender do projeto específico e fazer um comparativo de desempenho entre Os medidores de energia elétrica existentes são divididos em dois Além disso, alguns trabalhos já desenvolvidos quanto os do tipo eletrônico são afetados pelas 125 O Setor Elétrico / Abril de 2011 dois medidores comerciais, um eletromecânico (indução) e o outro eletrônico. Metodologia O sistema de medição implementado é composto de três subsistemas, conforme ilustra a Figura 1. Todos os subsistemas operam simultaneamente alimentados com tensão de fase eficaz de 220 V por intermédio do variador de tensão. O primeiro subsistema é composto pelo sistema de aquisição de dados e pelo software LabVIEW, que irá realizar o tratamento dos sinais adquiridos pelos transdutores. O segundo subsistema é composto pelo medidor de energia elétrica monofásico do tipo indução. O terceiro subsistema é composto pelo medidor de energia elétrica do tipo eletrônico, que está em série com o Figura 1 – Sistema de medição implementado. segundo subsistema. Instrumento virtual Sendo: Os transdutores utilizados são de malha fechada do tipo C, que compensam a própria corrente de magnetização, 500 V/10 V para os transdutores de tensões e 50 A/5 V para os p,P – potência instantânea e potência ativa; 1 P= kT ∫τ τ + kT pdt k – constante de integração; tensão possuem uma largura de faixa de 0 a 300 τ – instante inicial; kHz com precisão de ± 0,2 % e os de corrente possuem uma largura de faixa de 0 a 500 kHz sistema de aquisição de dados é o software. É por O programa, desenvolvido em instrumentação virtual, utiliza-se das equações padronizadas para instrumentos de medição, conforme (1) a (7): S – módulo da potência aparente; ∫ com precisão de ± 0,1 %. Outro componente do exibição dos resultados. i,I – corrente instantânea e corrente eficaz; T – período da potência instantânea; transdutores de correntes. Os transdutores de meio dele que é feito o tratamento dos sinais e a v,V – tensão instantânea e tensão eficaz; FP – fator de potência; ENLAB – energia medida pelo programa LabVIEW; Σh � 1 Vh ∞ THDv = 2 V12 Σh∞ � 1 Ih2 I12 Vh, Ih – tensão e corrente eficazes da h-ésima harmônica; V1,I1 – tensão e corrente eficazes da fundamental. Aula prática Medição 126 O Setor Elétrico / Abril de 2011 Sendo: e faziam uso de circuitos discretos. Em seguida, o medidor que está à montante (indução) estaria p,P – potência instantânea e potência ativa; desenvolveram-se DSPs medindo também o consumo do medidor eletrônico, v,V – tensão instantânea e tensão eficaz; (Digital Signal Processor) e, finalmente, com porém, o consumo desse medidor é insignificante i,I – corrente instantânea e corrente eficaz; circuitos integrados dedicados. Um medidor de perante a potência das cargas envolvidas. T – período da potência instantânea; energia comercial do tipo eletrônico pode ser k – constante de integração; esquematizado de acordo com o diagrama de τ – instante inicial; blocos presente na Figura 2. S – módulo da potência aparente; Os transdutores de tensão e de corrente eletrônico e do tipo indução em relação ao FP – fator de potência; fazem a aquisição e adequação dos sinais de entrada LabVIEW (EMED %) são obtidos conforme a ENLAB – energia medida pelo programa LabVIEW; a serem multiplicados. O multiplicador determina equação (8): Vh, Ih – tensão e corrente eficazes da h-ésima a potência instantânea por meio da multiplicação harmônica; dos sinais de tensão e de corrente vindos dos V1,I1 – tensão e corrente eficazes da fundamental. transdutores. A energia é obtida pela integração da Medidor do tipo indução Desde sua invenção por Oliver B. Shallenberger nos anos 1890, o medidor de medidores com Cálculo dos erros O erro percentual dos medidores do tipo EMED % = (1 – EMMED / ENLAB)*100. (8) potência instantânea que é realizada pelo integrador. Sendo: Por fim, o resultado é mostrado no registrador. ENLAB – Energia medida pelo programa LabVIEW; O medidor do tipo eletrônico foi colocado à jusante do medidor do tipo indução. Nesse caso, EMMED – Energia medida pelo medidor eletrônico ou pelo medidor do tipo indução. quilowatt-hora (KWh) tem sido amplamente utilizado pelas concessionárias para medir a energia elétrica utilizada por seus consumidores. Obviamente, passou por vários refinamentos até chegar ao modelo que se tem atualmente. Vale ressaltar que já existem medidores eletrônicos que se utilizam de componentes eletrônicos e circuitos integrados, sendo assim regidos por outros princípios de funcionamento. É importante salientar que no Brasil a maioria dos consumidores residencial, comercial e industrial ainda é faturada pelos medidores eletromecânicos do tipo indução. Medidor do tipo eletrônico Os primeiros medidores eletrônicos comerciais surgiram nas décadas de 1970/1980 Figura 2 – Diagrama em blocos de um medidor eletrônico. 127 O Setor Elétrico / Abril de 2011 A comparação entre os medidores do tipo Os fatores de potência não unitários eletrônico e indução, tendo o eletrônico como mostrados na Tabela 1 são todos indutivos e referência, é feita conforme a equação (9): os resultados das medições e análises estão organizados na Tabela 2. E % = (1 – ENIND / ENELE)*100. (9) Na Equação (8), nota-se que EMED% é positivo quando os medidores medem menos Sendo: que o medidor virtual (LabVIEW) e é negativo E % – Erro percentual entre os medidores dos quando os medidores medem mais que o tipos eletrônico e indução. medidor virtual (LabVIEW). O erro percentual entre os dois medidores, Resultados experimentais conforme a equação (9), mostra que, quando o Os medidores usados nesse trabalho são erro E% for negativo, significa que o medidor de fabricantes nacionais e atendem a todos os do tipo indução mediu mais que o eletrônico requisitos técnicos exigidos pelo Inmetro e pela e, quando o erro E% for positivo, significa que Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). o medidor do tipo indução mediu menos que o Nesse estudo analisou-se o desempenho eletrônico. dos medidores para nove cargas com diferentes comportamentos, no que se refere ao fator de (E%) entre os dois medidores manteve-se potência (FP) e à distorção harmônica total de pequeno, corrente (THDi). A Tabela 1 relaciona essas encontrada, em módulo, foi de 1,12%. Temos na cargas, bem como mostra os valores de FP e Figura 3 um gráfico comparativo do desempenho THDi medidos pelo sistema de aquisição de dos medidores em estudo. Os medidores dados (LabVIEW). analisados possuem classe de exatidão de Na escolha das cargas procurou-se obter ± 2%. Mesmo assim, os resultados mostram um quadro de maior representatividade dos que algumas cargas ficaram fora da classe de equipamentos existentes em uma residência exatidão (cargas C3, C5, C7, C8 e C9). Apesar comum. Os aparelhos elétricos com a função de da grande diferença no aspecto construtivo, aquecimento, tais como chuveiro e ferro elétrico, verifica-se pela Figura 3 que o desempenho dos foram representados por resistores (C1). dois medidores é bem próximo. Para as cargas analisadas, o erro percentual sendo que a maior diferença Tabela 1 – Cargas utilizadas Descrição FP C1 Carga linear com FP unitário 1,00 2,44 C2 Carga linear e computadores 0,98 13,51 C3 Computadores 0,74 87,61 C4 Retificador de meia onda 0,69 42,34 C5 Enceradeira industrial FP = 0,52 0,52 3,18 C6 Enceradeira industrial FP = 0,72 0,72 4,11 C7 TV, DVD, lâmpadas e ventilador 0,86 46,59 C8 Ar-condicionado 0,99 5,82 C9 Aspirador de pó 0,95 20,78 Carga THDi (%) Tabela 2 – Resultados das medições Carga ENLAB (Wh) ENIND (Wh) ENELE (Wh) EIND % EELE % E% C1 792,43 784,90 778,13 0,96 1,80 -0,86 C2 619,14 608,40 614,38 1,74 0,77 0,97 C3 309,91 304,20 301,25 1,84 2,79 -0,98 C4 661,43 649,80 656,88 1,76 0,69 1,08 C5 287,75 259,20 258,13 9,92 10,30 -0,41 C6 255,01 252,00 251,25 1,18 1,47 -0,30 C7 526,54 504,00 506,25 4,28 3,85 0,44 C8 882,27 855,00 862,50 3,09 2,24 0,87 C9 510,73 495,00 500,63 3,08 1,98 1,12 Aula prática 128 Medição O Setor Elétrico / Abril de 2011 Figura 3 – Erro entre os medidores eletrônico e indução em função do tipo de carga. A diferença de medição entre o medidor tipo indução e o eletrônico em relação ao tipo de carga é ilustrada na Figura 4, em que se observa que o medidor eletrônico, em algumas situações de carga, mede mais (erro positivo) e em outras mede menos (erro negativo) em relação ao medidor do tipo indução, mantendo-se dentro de uma faixa de -0,98% a 1,12%. Para o caso da enceradeira industrial, nota-se os medidores foi de 1,12%, mostrando que os que após a correção do fator de potência de 0,52 medidores analisados, mesmo tendo princípios indutivo (C5) para 0,72 indutivo (C6), o erro caiu de operação muito diferentes, apresentam de 10,3% para 1,47%. Como nesses dois casos desempenho bastante similar. de cargas o THDi não sofreu uma alteração significativa, conclui-se que o fator de potência FP) apresentou o maior erro de medição tanto foi o principal responsável pela grande diferença para o medidor eletrônico quanto para o medidor entre os erros encontrados. do tipo indução. A correção do FP da enceradeira industrial de 0,52 para 0,72 trouxe uma melhora De acordo com o artigo 64 da Resolução A carga C5 (enceradeira industrial com baixo nº 456 da Aneel, todo consumidor cujo fator de significativa na medição dos medidores. potência de sua carga seja menor que 0,92 está sujeito a uma multa, pois baixo fator de potência eletrônicos, provoca perda de energia e queda de tensão consumidores residenciais do Grupo B ainda na rede. Além disso, a concessionária deixa de é tarifada pelos medidores do tipo indução. faturar uma parte da energia consumida (erro de Analisando de forma geral, quando comparados medição). com os medidores eletrônicos, os medidores do tipo indução são mais robustos, possuem menor A Figura 6 mostra a influência da distorção Mesmo com a invenção dos medidores é fato que a maioria dos harmônica total de corrente sobre o erro dos custo e apresentam maior tempo de vida útil. medidores. Com relação a essa distorção, Pelos resultados obtidos nesse trabalho verifica-se, com base na Figura 6, que o conclui-se que, pelo menos para os tipos de comportamento dos dois medidores é muito cargas analisadas, não se justifica a troca dos semelhante, pois ou medidores do tipo indução pelos medidores diminuem conjuntamente, de acordo com o do tipo eletrônico, uma vez que estes, a longo THDi e também com o tipo de carga. prazo, não parecem ter melhor custo/benefício. os erros aumentam Em todos os casos, os erros dos medidores em relação ao padrão de medição (LabVIEW) apresentaram valores positivos, indicando que a concessionária está subfaturando a energia consumida. Figura 4 – Erro entre os medidores tipo indução e eletrônico em função da carga. Referências bibliográficas IEEE, Recommended Practices and Requirements for A Figura 5 mostra o comportamento do Harmonic Control in Electrical Power Systems, IEEE erro de medição dos medidores em função Standard 519-1992, 1993. do fator de potência da carga. Nessa figura, IEC, Electromagnetic Compatibility (EMC) – Part 2: observamos que, para a carga C8 (fator de Environment – Section 6: Assessment of the Emission potência alto), obteve-se um erro fora da Figura 6 – Erro dos medidores em função do THDi. faixa de exatidão e, para a carga C4 (fator de potência baixo), obteve-se um erro dentro da erro de medição. Figura 5 – Erro dos medidores em função do fator de potência. Regards Low-Frequency Conducted Disturbances, IEC 61000-2-6 First edition, Geneva, 1995. faixa de exatidão. Assim, pode-se afirmar que existem outros fatores contribuindo para o Levels in the Power Supply of Industrial plants as Conclusão ANEEL, Procedimentos de Distribuição de Energia Os medidores de energia elétrica comerciais Elétrica no Sistema Elétrico Nacional – PRODIST, são projetados e calibrados para trabalharem Módulo 5 – Sistemas de Medição, 2008. com sinais de tensão e corrente senoidais e INMETRO, Resolução nº 88 – Medidores de energia também com fatores de potência próximos elétrica ativa baseados no princípio de indução, à unidade. Porém, nos dias de hoje, o sistema monofásicos e polifásicos, 2006. elétrico também alimenta cargas não lineares e INMETRO, com diferentes fatores de potência. Dessa forma, Portaria Inmetro N. 431, 2007. o comportamento dos medidores (eletrônico NBR, Medidores Eletrônicos de Energia Elétrica – e do tipo indução) é imprevisível diante de Especificação, NBR 14519, 2000. diferentes combinações de cargas. NBR, Medidores Eletrônicos de Energia Elétrica – Método de Ensaio, NBR 14520, 2000. Para a medição com carga linear, o erro Regulamento Técnico Metrológico, encontrado está dentro da faixa de exatidão, NBR, Medidores Eletrônicos de Energia Elétrica – comprovando a credibilidade e a eficiência do Procedimentos, NBR 14521, 2000. sistema de medição implantado como referência. Hirano, T.; Wada, H. Effect of Waveform Distortion A maior diferença encontrada no erro entre on Characteristics of Watthour Induction Meter, 129 O Setor Elétrico / Abril de 2011 Electrical Engineering in Japan, 89 (4): 29 – 39, 1969. Silva, L. S. Influência das distorções harmônicas Measurement of Electric Power Quantities Under Baghzouz, Y.; Tan, O. T. Harmonic analysis of induction em medições de energia elétrica. Dissertação de Sinusoidal, Nonsinusoidal, Balanced, or Unbalanced watthour meters performance. IEEE Transactions on Mestrado, Faculdade de Tecnologia, Universidade de Conditions. IEEE Standard 1459-2000, 2000. Power Apparatus and Systems, Baton Rouge, PAS-104 Brasília, Brasília, DF, 2006. Edison Electric Institute, Electrical metermen's (2): 399 – 406, 1985. Caldeirão, L. C. Avaliação experimental de medidores handbook. Fourth Edition, New York, 1965. Girgis, A. A.; Baldwin, T. L.; Makram, E. B.; Fortson, H. watt-hora operando em condições não senoidais. ANEEL, Resolução nº 456 – Condições Gerais de R. Testing the Performance of Three-phase Induction Dissertação de Mestrado, Universidade Estadual Fornecimento de energia elétrica, 2000. Watthour Meters in the Presence of Harmonic Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Ilha Solteira, SP, Distortion. IEEE Transactions On Industry Applications, 2007. 26 (4): 689 – 695, 1990. Suhett, M. R. Análise de técnicas de medição Chou, C. J.; Liu, C. C. Analysis of the performance de potência reativa em medidores eletrônicos. of induction watthour meters in the presence of Dissertação de Mestrado, COPPE, Universidade harmonics. IEEE Electric Power System Research, Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2008. New York, 32: 71-79, 1995. Pinheiro Neto, D.; Lisita, L. R.; Oliveira, A. M.; Machado, Balthazar, M. Q. F. Medidores de Watt-hora P. C. M.; Nerys, J. W. L.; Araújo, L. C. Avaliação de eletrônicos na presença de harmônicos: análise e desempenho de medidor trifásico de energia elétrica testes preliminares. Dissertação de Mestrado, COPPE, tipo indução operando com cargas não lineares, VIII Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Conferência Internacional de Aplicações Industriais, RJ, 2004. Poços de Caldas, MG, 2008. Velasco, L. N. Análise experimental de erros de Lisita, L. R.; Santos, G. B.; Machado, P. C. M.; Pinheiro medição de energia elétrica ativa em medidores Neto, D.; Oliveira, J. V. M. Avaliação de desempenho eletromagnéticos tipo indução, sujeitos a distorções de medidor monofásico de energia elétrica do tipo harmônicas de correntes e tensões, em sistemas indução operando com cargas residenciais. VIII equilibrados e desequilibrados. Dissertação de Conferência Brasileira sobre Qualidade da Energia Mestrado, Universidade Estadual Paulista “Júlio de Elétrica, Blumenau, SC, 2009. Mesquita Filho”, Ilha Solteira, SP, 2005. IEEE, Trial-Use Standard Definitions for the *Daywes Pinheiro Neto é engenheiro eletricista e mestre em Engenharia Elétrica pela Universidade Federal de Goiás (UFG). Atualmente trabalha no Departamento de Engenharia da Agência Goiana de Comunicação. Luiz Roberto Lisita é engenheiro eletricista (UFG), com especialização em Sistema de Potência (UFU) e mestre em Engenharia Elétrica (UFG). Atualmente é professor adjunto I da Escola de Engenharia Elétrica e de Computação da UFG. Paulo César Miranda Machado é engenheiro eletricista (UFG), mestre em Física (UFG) e doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Leeds, Inglaterra. Atualmente é Professor Titular da Escola de Engenharia Elétrica e de Computação da UFG. José Wilson Lima Nerys é engenheiro eletricista (UFG), mestre (UFU) e doutor em Engenharia Elétrica pela Universidade de Leeds, Inglaterra. Atualmente é Professor Associado da Escola de Engenharia Elétrica e de Computação da UFG. Mara Grace Silva Figueiredo é engenheira eletricista (UFG) e mestre em Engenharia Elétrica (UFU). Atualmente é professora assistente IV da Escola de Engenharia Elétrica e de Computação da UFG.