XII Congresso Brasileiro de Ecotoxicologia 25 a 28 de setembro de 2012 Porto de Galinhas – PE MONITORAMENTO DE HIDROCARBONETOS POLICÍCLICOS AROMÁTICOS EM AMOSTRAS DE ÁGUA E TECIDOS DE PEIXE DA BAÍA DE GUANABARA- RJ Leonardo L. Resende; Adriana H. Nudi; Thais Pedrete; Daniela Batista; Angela Wagener. [email protected] (Laboratório de Estudos Marinhos e Ambientais (LABMAM) - Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro) Atualmente o aumento de fontes de poluição em rios, mares e solos tem exigido um maior controle e fiscalização em relação aos níveis de contaminantes lançados na natureza e o ambiente aquático é um dos ecossistemas que mais sofre impactos causados pela ação antrópica, uma vez que constitui o compartimento final de vários produtos gerados pela atividade humana. O objetivo do presente estudo foi determinar os níveis de hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPAs) em amostras de água e tecidos do peixe Micropogonias furnieri (n=3; corvina,) oriundos da Baía de Guanabara (Rio de Janeiro). Os HPAs tem uma grande importância em monitoramentos ambientais, pois apresentam perigo em potencial à biota local, uma vez que mais de 30 HPAs e seus derivados apresentam efeitos carcinogênicos. Foram escolhidos 5 pontos da Baía de Guanabara (Porto do RJ, Porto de Niterói, Marina da Glória, Boca da Barra), a fim de comparar de forma clara os locais que recebem maior ou menor influência das atividades antropogênicas. Foram analisados os 16 compostos prioritários (USEPA), e os compostos alquilados totalizando-se 38 HPAs por cromatografia gasosa acoplada ao espectrômetro de massas. A concentração média dos 38 HPAs em água variou de 58 ng.L-1 (Marina da Glória) a 93 ng.L-1 (Porto do RJ). Os resultados obtidos para os tecidos de peixes seguiram a mesma tendência dos níveis de concentração dos HPAs nas amostras de água: 15 ng g -1 para Porto do RJ e Boca da Barra e de 4,0 ng g-1 para a área da Marina da Glória. Não foram observadas correlações entre os HPAs determinados nas amostras de água e tecidos de peixes analisados. As razões diagnósticas indicaram uma mistura de fonte na área avaliada (aportes petrogênico e pirolíticos), que corrobora com a área da BG que é sujeita a diferentes atividades antrópicas, tais como intenso tráfego de embarcações, diversos tipos de indústrias em seu entorno, além de atividades de exploração e prospecção de petróleo. Comparado com dados da literatura nos mesmos locais, observou-se um decréscimo nas concentrações de HPA em ambas as matrizes. Ao contrário do esperado, a estação que recebe maior aporte de águas consideradas limpas (Boca da Barra) não foi a área com a menor concentração de HPAs, fato que pode ser relacionado ao período do dia em que foi realizada a amostragem (maré vazante). Não foi observada a bioacumulação destes compostos nas amostras de peixes analisadas. Novas amostragens serão realizadas a fim de obter uma melhor caracterização da área e a compreensão dos padrões de distribuição dos HPAs em ambientes estuarinos. Palavras-chave: HPA, Baía de Guanabara, Micropogonias furnieri Sociedade Brasileira de Ecotoxicologia (SBE) Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) 428