Pronunciamento
Deputado Federal Leandro Vilela (PMDB- GO)
MORTE DA EX-VEREADORA NADIR GARCIA CUNHA
Brasília, 7 de julho de 2005.
Senhor presidente, senhoras e senhores deputados,
A cidade de Chapadão do Céu, no meu Estado de Goiás, está de luto.
Nadir Garcia Cunha, uma das pioneiras do município, faleceu no último
dia 5 de julho e nos deixa uma imensa saudade e a certeza de que
devemos olhar para frente e continuar a nossa luta por um futuro melhor
para as próximas gerações que nos sucederão. Quero falar um pouco
sobre essa mulher que conheci e que lamentavelmente não está mais entre
nós.
Conheci Nadir na luta política em Chapadão do Céu, uma cidade com
índices de desenvolvimento social e econômico acima da média, graças a
pessoas como ela, que trabalhava dia e noite, noite e dia para fazer
daquele município um porto seguro para todos aqueles que ali resolveram
se instalar.
Nadir não fugia à luta. Estava sempre animada e buscando intervenções
que pudessem melhorar a vida daqueles que aportavam em Chapadão. Ela
se ligava em todas as atividades que fossem de interesse da comunidade.
Mas tinha uma atenção especial à área da cultura.
É com muita tristeza que me lembro do período em que ela ocupou uma
cadeira na Câmara Municipal de Chapadão. Foi uma vereadora acima da
média. Atuante, preocupada em melhorar as condições de vida do
município, ela deixou a sua marca no legislativo.
Com certeza, senhor presidente, o Brasil seria melhor se tivéssemos não
uma Nadir, mas milhares de pessoas com o mesmo espírito empreendedor
dela e de seus familiares. Falo da sua família porque também conheci o
seu pai, outro pioneiro do município, o senhor Alberto Rodrigues da
Cunha, e também o seu irmão, o nosso atual prefeito, o senhor Paulo
Rodrigues da Cunha.
Essa família veio do interior de São Paulo para buscar dias melhores em
Goiás. E foi com muito sacrifício que eles atingiram os seus objetivos,
principalmente ajudando na construção de uma das melhores cidades para
se viver no Brasil.
Nadir tinha formação universitária. Era formada em Letras e Pedagogia.
Como se vê, senhor presidente, era uma pessoa que se preocupava em
estar aprendendo sempre para poder compartilhar conhecimento e
ensinamentos que recebeu nos bancos das universidades.
Infelizmente, nós perdemos Nadir. Nós ficamos sem ela, mas Deus
ganhou uma pessoa que certamente vai estar nos abençoando e nos
orientando no nosso dia a dia nessa caminhada que tem sido tão cheia de
pedras no caminho, mas que nos deixa a certeza de temos a obrigação de
lutar por dias melhores.
Suas filhas Lara Antônia, de 12 anos; Ana Clara, de 3 anos; e Marina, de
2 anos; ficaram órfãs de uma pessoa amada e com uma dedicação especial
à família. A dor de perder uma mãe é indescritível. É uma ferida que dói e
não se sente. É uma dor que desatina sem doer, como dizia o nosso poeta
português, Camões. Deixo a elas os meus mais profundos e sinceros
sentimentos. E com mais intensidade ainda porque conheci a mãe dessas
crianças.
Durante longos oito anos Nadir lutou contra um câncer. Que acabou
tirando a sua vida. Mas isso não significa o fim de tudo. Ao contrário.
Para nós que ficamos, temos agora a obrigação de seguir os seus
ensinamentos e não entregar nunca e não desistir jamais. Muito obrigado
por tudo, Nadir. Que Deus a acompanhe nessa nova jornada. Muito
obrigado.
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