II CONCURSO PROCON CULTURAL 1º LUGAR NOME: LETÍCIA FERNANDA ARAÚJO COSTA – 11 ANOS ESCOLA: ESCOLA ESTADUAL PRINCESA ISABEL CATEGORIA: POESIA TEMA: A CRIANÇA E O CONSUMO TÍTULO: A CRIANÇA E O CONSUMO Crianças consumiam Brinquedos, bonecas, bolas E brincavam todo dia Brincavam todas as horas Hoje tudo mudou As meninas querem ser belas Artificialmente Os meninos querem tecnologia ocupando a mente Elas querem ser modernas Praticamente como modelos Esmaltes, batons, blushs Enfeites nos cabelos Elas querem avanços da tecnologia De última geração Vídeo games, jogos violentos De violência enchem o coração Nós, como crianças Devemos aproveitar Pois fase como a infância Nessa vida não há II CONCURSO PROCON CULTURAL 1º LUGAR NOME: SAMARA CARINA A. FRANÇA -14 ANOS ESCOLA: INSTITUTO FEDERAL DE ALAGOAS – IFAL (CEFET-AL) CATEGORIA: REDAÇÃO TEMA: A CRIANÇA E O CONSUMO TÍTULO: PEQUENOS CONSUMIDORES TÊM ALTO VALOR Que brasileiro, hoje, não se deslumbra com a pluralidade de opções “fascinantes” e “irremediáveis” oferecidas pelo palácio fornecedor? Dia-a-dia, adultos são alvos da ambição e do desejo de consumir mais e mais. Qualquer informação de melhor qualidade, eficiência ou modernidade serve como desculpa para mais uma compra. Portanto, se adultos, que se dizem tão experientes, vividos, “olhos abertos” e espertos, caem na luxúria do consumismo, imagine a situação de crianças e adolescentes. Consumismo infantil sempre existiu. Caso se pense na relação criança consumidora e empresa fornecedora há cerca de 40 anos, seria observado que o desejo de consumo sempre houve nos olhos delas, mas, com certeza, nada comparado ao que ocorre com as crianças “globalizadas” de hoje. Elas não pedem mais por simples bonecas de pano, imploram pela mais nova “Barbie noiva com vestido de seda” que viram na televisão. Elas criam um sentimento de conseguir tudo o que querem de qualquer jeito, tratando um capricho imaturo como uma necessidade. Crianças de 10 anos não sentem mais falta de brincar. As meninas preferem ler revistas de garotas de 17 anos... E os meninos? Estes se interessam pelo vídeo game importado mais caro do que comprar algo mais simples e conveniente para a idade. Logo, o consumo vem ajudando no fim precoce da infância e, nessa situação, as empresas fornecedoras são as que mais se aproveitam e, consequentemente, lucram. Elas se utilizam da mídia e das propagandas apelativas, que iludem os jovens quando levam mensagens subliminares, oferecendo vantagens de formas subjetivas e que não são cumpridas ao pé da letra. Assim, quando se fala em conscientização sobre o consumismo infantil, não quer dizer que os pais devem deixar seus filhos andarem nus, porque estão assustados com o que a visão capitalista demais pode causar neles. Não! Os pais podem ajudar impondo-os limites, mostrando que não se deve comprar tudo que se quer, e, sim, avaliar o que será útil. É preciso conversar abertamente se a situação financeira estiver escassa, pedir a compreensão do filho e não tentar fazer o impossível para satisfazer seus caprichos. A escola deve ajudar com palestras educativas, participando de forma mais amiga na vida do estudante. E as empresas precisam ser melhores fiscalizadas nas suas divulgações. Com cada um fazendo sua parte, será possível ajudar na conscientização das crianças e adolescentes, para que, no futuro, não tenhamos jovens robotizados pelo consumo.