Evento reforça o diálogo institucional da ArcelorMittal com o tecido social Belo Horizonte, 21 de Setembro de 2015 Evento foi prestigiado. Em primeiro plano: Dr.Mauro Flávio Ferreira Brandão (procurador-geral adjunto de justiça do MPMG), a desembargadora Áurea Maria Brasil Santos Perez (Tribunal de Justiça), a presidente do Servas, Carolina Pimentel; a diretora da ArcelorMittal, Suzana Fagundes; a secretária municipal Luzia Ferreira; o secretário estadual Nilmário Miranda e a Dra. Lílian Maciel (Tribunal de Justiça) Definitivamente, estamos todos conectados. E o auditório lotado da ArcelorMittal Brasil, em Belo Horizonte, comprovou que a Empresa avança a passos largos como participante de uma complexa fraternidade institucional. Juntamente com o Ministério Público de Minas Gerais, o Tribunal de Justiça e o Servas, a ArcelorMittal Brasil foi a anfitriã, na noite do dia 17/09, de um evento que marcou o diálogo e a reflexão sobre a realidade das pessoas em situação de rua. Um dos destaques foi a participação de Maurílio Pereira, Edson de Andrade Franco e Alex Maciel Teixeira, todos com trajetória de rua e que trabalharam no evento, respectivamente, como mestre de cerimônia, músico e fotógrafo. A ArcelorMittal aderiu ao projeto “Rua de Respeito: todos temos direito a ter direitos”, representando o apoio da iniciativa privada à proposta. O projeto visa à inclusão social e ao resgate dos direitos civis, políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais das pessoas em situação de rua. Por trás deste compromisso está o desenvolvimento de ações em rede para mobilizar, articular e integrar esforços entre a sociedade civil, iniciativa privada e instituições públicas. “Todas as esferas estão integradas nesse pensar coletivo para a melhor compreensão das pessoas em situação de rua. Embora seja um tema de vocação pública, dada a sua complexidade e o alcance dos seus efeitos, é necessário que trabalhemos juntos para aumentar a efetividade da inclusão social dessas pessoas. Acreditamos que a intervenção sistêmica potencializa e acelera o desenvolvimento social. A sociedade apenas floresce em um ambiente saudável e digno. Qualquer negócio somente pode existir e prosperar em um tecido social saudável”, afirma Suzana Fagundes, diretora Jurídica e de Relações Institucionais da ArcelorMittal Brasil. Participaram da mesa de abertura o procurador-geral de Justiça Adjunto Administrativo do Ministério Público de MG, Mauro Flávio Ferreira Brandão; a desembargadora Áurea Maria Brasil Santos Perez, representante do presidente do TJMG; o secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania, Nilmário Miranda; a secretária Municipal de Políticas Sociais, Luzia Ferreira; e a presidente do Servas, Carolina Pimentel. O tema também foi debatido por meio de dois painéis, o primeiro sobre o contexto das pessoas em situação de rua, com a participação de representantes do movimento nacional, do comitê municipal, e de cooperativas. O segundo foi um debate em torno do livro que teve o apoio da ArcelorMittal, “Direitos Fundamentais das pessoas em Situação de Rua”, organizado pelo promotor de Justiça, Paulo César Vicente Lima. “O livro nasceu da carência de uma literatura específica sobre o tema. É o trabalho de dois anos que se tornou referência para profissionais e interessados no assunto”, afirma o promotor. O tema tem sido foco da área de Relações Institucionais, porque o fenômeno das pessoas nessa condição faz parte da rotina de quem trabalha na Empresa. O diferencial da ArcelorMittal está na identificação da causa dos dilemas de grande impacto social, indo a campo em postura dialógica e transparente, a bordo de sua corresponsabilidade institucional, para integrar instituições, saberes, pessoas e recursos para ganhos em escala, no alcance de abrangência e efetividade em suas ações. Daí a necessidade de intervenções sistêmicas, que aprimorem com maior celeridade e precisão, a qualidade de vida dentro e fora de nossos pontos de presença no Brasil e no mundo. Dr. Mauro Flávio Ferreira Brandão Procurador - Geral de Justiça Adjunto Administrativo do MPMG “A ArcelorMittal recebeu o Ministério Público em 2010 para conhecer um projeto que apresentei (o Ministério Público Itinerante) e, desde então, esta parceria não cessou mais. O Ministério Público recebeu pela Constituição Brasileira a missão de defender os direitos sociais e também de fazer valer os direitos consagrados na Constituição; e um deles é a dignidade humana. É por isso que estamos aqui de braços dados com o Poder Judiciário, o Governo do Estado, o Servas e, principalmente, com a iniciativa privada, representada pela ArcelorMittal. Esta é a verdadeira governança intersetorial, poder público, iniciativa privada e população mobilizada na construção do bem comum. Essa é a nossa ideia e o nosso propósito.” Neste contexto, a ArcelorMittal tem participado de outras iniciativas como o projeto Ministério Público Itinerante, que leva o direito coletivo e difuso, assim como a cidadania, aos locais mais distantes da capital; o projeto Olhos D'Água de preservação de nascentes, gerido pela ONG Instituto Terra; as intervenções sistêmicas do Programa Trabalho, Justiça e Cidadania, realizadas em parceria com a Amatra3 (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho da 3ª Região) e o Tribunal Regional do Trabalho; o Minas Pela Paz, que propõe a implantação de soluções alternativas focadas na segurança pública, entre elas a ressocialização de egressos prisionais; além da construção de parcerias com a Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE) e com a Prefeitura de Belo Horizonte, para a integração de metodologias e tecnologias em busca de uma verdadeira revolução social. Além dos empregados da ArcelorMittal, participaram do evento representantes do Tribunal de Justiça, do Ministério Público Estadual, do Servas, do Governo do Estado de Minas Gerais, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, membros do Movimento Nacional das Pessoas em Situação de Rua, da Cooperativa de Trabalho e Serviços Múltiplos da Construção Civil (CoopMult), Instituições de Ensino Superior, Pastoral de Rua, empresas de vários segmentos do mercado incluindo siderurgia, mineração, construção civil, telefonia, automotivo, energia, dentro outros. Desembargadora Áurea Maria Brasil Santos Perez Representante do Presidente do Tribunal de Justiça “Os fatos são sonoros. O que importa são os silêncios por trás deles. Esses silêncios são reveladores! É preciso ter ouvidos para escutar, vontade de conhecer e amor para acolher, como escreveu Clarice Lispector. O que está por trás do que se vê? Essa é a pergunta que tem que ser feita com relação às pessoas em situação de rua. Tratados por muitos da sociedade como invisíveis, vitimas de violações dos direitos fundamentais, de preconceitos e de violência. Este é o momento de refletir sobre aquilo que tem historicamente sido silenciado. De buscar mais clareza para essa intrínseca questão social. Somos todos responsáveis pelo que está a nossa volta. Precisamos fazer a nossa parte para promover as mudanças necessárias. O presidente do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, desembargador Pedro Carlos Bittencourt Marcondes está empenhado em promover melhoria para o judiciário e para a sociedade. O presidente abraça esta causa e declara publicamente o seu empenho para reverter a exclusão social. Estamos caminhado e atuando juntos para enfrentar os atos violentos e as ações vexatórias, os estigmas negativos e os preconceitos sociais que produzem ou estimulem a discriminação e a marginalização das pessoas em situação de rua. Somente com muito trabalho e empenho, coragem, união e acima de tudo, muito amor, é que poderemos superar esse desafio de promover o bem comum, que é afinal nossa missão aqui na Terra.” Mestre de Cerimônia Maurílio Pereira A RUA EM NÚMEROS Nos últimos 10 anos, o número de pessoas que vivem em calçadas, praças, embaixo de viadutos, terrenos baldios ou que pernoitam em instituições de apoio – albergues, abrigos, repúblicas, entre outros – aumentou 57%. Segundo o 3º Censo de População em Situação de Rua, realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), somente na capital mineira são 1.827 pessoas nessa situação. A vulnerabilidade social delas é grande: 94% querem deixar as ruas; 52,2% foram para a rua por motivo de desestruturação familiar; 47,2% por falta de trabalho e 43,6% têm depressão. Esses dados mostram a urgência da mobilização em prol do atendimento desse público. Sr. Nilmário Miranda Secretário de Estado de Direitos Humanos, Participação Social e Cidadania “Estou aqui representando o governador Fernando Pimentel. Desde que iniciou seu trabalho público, atuou na construção de políticas de inclusão da população de rua, de resgate de sua dignidade e de sua cidadania. Trabalho que gera frutos como o que estamos aqui ratificando hoje. É preciso ressaltar que não basta ter leis que defendam os que necessitam. É vital que se desenvolvam políticas para que se assegurem a cidadania efetiva, obtida através da garantia de tais direitos. Outro ponto que deve ser saudado é a organização dos movimentos em defesa dos moradores de rua. Só estamos aqui hoje porque os próprios interessados se organizaram. Parabéns a todos os envolvidos: Servas, ArcelorMittal, Tribunal de Justiça e Ministério Público. Nós, do município e do estado, nos associamos a este projeto. Cada um no seu papel, vamos transformar a realidade de tudo o que está sendo acordado aqui. E viva Minas Gerais! E viva o Brasil!” Sra. Luzia Ferreira Secretária Municipal de Políticas Sociais da Prefeitura de Belo Horizonte Músico Edson de Andrade Franco “A ArcelorMittal é uma empresa que tem uma trajetória, uma ampla cartela de atuação com responsabilidade social, que tem parceria com a Prefeitura de Belo Horizonte em andamento. Esta iniciativa com o Ministério Público, o Tribunal de Justiça e o Servas para criar o espaço que possa trazer o debate com a sociedade é muito importante. Ao ampliar o debate com a sociedade, estamos criando pontes com toda a população para que ela entenda, participe, colabore, apoie e compreenda a inserção cidadã dessas pessoas em trajetória de rua, como talvez uma fase da vida, temporária, mas que precisa desse inter-relacionamento de todos para buscar uma solução.” Da esquerda para a direita: o promotor de Justiça Gregório Assagra de Almeida; o desembargador Manoel dos Reis Morais; o promotor de Justiça, Paulo César Vicente de Lima; a professora Egídia Almeida e o procurador de Justiça Jarbas Soares Júnior. Sra. Carolina Pimentel Presidente do Servas “O projeto Rua do Respeito mostra a união da Sociedade Civil, do Poder Judiciário, do Poder Público e da iniciativa privada em prol de um tema tão delicado, que merece tanto respeito, tanta atenção, e tantas ações. Por saber da urgência com que precisamos tratar essa causa, o Ministério Público de Minas Gerais, o TJMG e o Servas, assinaram em 20/05 um Termo de Compromisso de Cooperação Técnica para elaborar um plano de trabalho que propusesse iniciativas em torno desse grupo. Morar na rua não é uma escolha. É uma condição temporária, mas que pode levar muitos anos. Em BH, de acordo com o ultimo censo da PBH em parceria com a UFMG, 94% das pessoas em situação de rua querem sair dessa situação. Como o tempo já é um desafio enorme para essas pessoas, a sociedade não pode ser um problema a mais. Pelo contrario, não podemos fechar os olhos para aqueles que têm direitos como qualquer cidadão”. Da esquerda para direita: Geraldo Mello (Presidente da Coopmult), Alex Maciel Teixeira (Membro do Movimento das Pessoas em Situação de Rua), Soraya Romina (Coordenadora do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento da PBH), Claudenice Rodrigues Lopes e Maurício Melo (Membros da Coordenação colegiada da Pastoral e Reciclo).