Estado encontra-se nessa situação de dependência do gás boliviano devido à
política internacional do Brasil, ao Governo Lula e a PETROBRAS. Faltou
capacidade de negociação, deram preferência à aliança externa e não à interna e,
a esta altura, para não depender do gás boliviano é preciso repensar a produção
de energias alternativas.
Foram 06 (seis) argumentos que concordaram parcialmente com a ameaça.
Eles constataram que a dependência do gás boliviano é uma grande ameaça,
mas que pode ser resolvido com investimentos internos na substituição do gás. A
usina no Pantanal produz, alternativamente, com gás e diesel, mas como o diesel
é mais caro, a usina utiliza o gás boliviano para produzir energia.
De forma contrária foi alegado, por outros participantes, mas concordaram
parcialmente com a ameaça, que Mato Grosso produz energia elétrica e poderá
exportar parte da energia produzida, o que reduz consideravelmente a
dependência do gás boliviano.
Em 26 (vinte e seis) argumentos, as opiniões foram no sentido de discordar
que a dependência do gás boliviano seja uma ameaça ao crescimento do Estado.
Com a instabilidade política na Bolívia houve queda na confiabilidade do
fornecimento e o Estado obrigou-se a buscar alternativas na matriz energética. O
potencial energético de Mato Grosso é grande e o gás boliviano só atende a uma
pequena demanda.
Como última ameaça constante entre as mais citadas no relatório de
entrevistas realizadas, na elaboração do Plano, apareceu a intensidade do rigor
no controle ambiental. No processo de atualização deste Plano foram constatadas
21 (vinte e uma) confirmações de sua atualidade, como ameaça ao
desenvolvimento do Estado de Mato Grosso. Estes entrevistados consideraram a
Legislação Ambiental muito restritiva e não permite a expansão da produção
como a que se obtinha há 10 anos, gerando problemas de elevação do custo de
produção, dificuldade na expansão da fronteira agrícola, queda nos preços dos
produtos agrícolas e nos lucros dos produtores.
63 Relatório da Pesquisa Quantitativa
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