Não só as barreiras alfandegárias, mas também, os subsídios agrícolas praticados pelos países desenvolvidos constituem uma ameaça ao desenvolvimento do Estado. Em parte, isso se deve ao fato de que na medida em que Mato Grosso consegue participar em condições de igualdade, no mercado internacional, aumentam as barreiras. Estão incluídas, também, as barreiras sanitárias que vários países impõem a alguns produtos brasileiros, como o frango e a carne bovina. Apareceram 05 (cinco) argumentações cujo conteúdo concordava parcialmente com a existência da ameaça apresentada. Alegaram que se o Brasil e Mato Grosso têm que conviver com essas restrições, outros países, também, terão que enfrentá-las, mas elas podem ser eliminadas ou reduzidas. A Europa não vai conseguir subsidiar a produção agrícola por muito tempo e ainda há a contrapartida da China que amplia significativamente a demanda por alimentos. As barreiras continuam, mas a concorrência pode ser salutar, o Estado tem que descobrir e explorar as suas potencialidades e vocações. Em 13 (treze) argumentos apareceram discordâncias ao considerar as barreiras como uma ameaça ao desenvolvimento do Estado, pois o Brasil tem conseguido vitórias na Organização Mundial do Comércio (OMC), além do que, tanto o País como o Estado também podem estabelecer barreiras e aprender a usá-las na guerra comercial, mas atuando sob as orientações do Itamaraty. Por exemplo, os EUA criam dificuldades alfandegárias e ambientais. Essa briga sempre vai existir e ganhá-la é uma questão de competência. Existem sempre rusgas no mercado, mas existem regras para resolver as pendências ou dificuldades. Hoje, o maior mercado consumidor dos produtos de Mato Grosso é a Ásia. Uma das ameaças sugeridas no levantamento realizado na elaboração do MT+20 foi sobre a dependência do estado de Mato Grosso com relação ao gás boliviano. Sobre esta questão, 16 (dezesseis) argumentos foram levantados em concordância com a atualidade da ameaça porque ela representa uma insegurança no fornecimento do produto. Não é possível negar que há uma significativa ligação do País e do Estado com um parceiro instável. Para alguns, o 62 Relatório da Pesquisa Quantitativa