histórica e que possibilita nos países desenvolvidos a valorização da produção nos setores tecnológicos e desvaloriza a agricultura local. A volatilidade e a crise das relações econômicas internacionais são resultados da adoção de um modelo econômico problemático, pois o modelo vigente está em crise e precisaria ser revisto. O planeta não aguenta mais o modelo vigente e as pessoas vão ter que adotar outro tipo de comportamento. O cenário internacional é o primeiro a sofrer o reajuste e o reajuste interno virá como consequência. Houve, em 06 (seis) argumentos apresentados, concordância parcial com a persistência dessa ameaça. Consideraram que a instabilidade política internacional, atualmente, já não é uma ameaça, mas a instabilidade econômica sim. A escassez do petróleo em nível mundial é, sim, uma ameaça devido à economia de Mato Grosso ser dependente do diesel. Outros entrevistados, mesmo concordando parcialmente com a pertinência dessa ameaça, analisaram que a instabilidade política internacional (como o risco de guerra, por exemplo) continua sendo ameaça, mas que a instabilidade econômica seria uma ameaça de pouca intensidade. De maneira complementar, foi alegado que as maiores ameaças seriam as mudanças externas, mas o país está mais maduro e as instabilidades internacionais estão melhor administradas. Elas podem repercutir no Brasil e, consequentemente, em Mato Grosso, pois a corda pode arrebentar na mão do mais fraco, mas quem sabe se daqui a 15 anos o Estado esteja mais forte e suporte melhor as crises. Em 13 (treze) manifestações a intenção foi não concordar que essa seja uma ameaça, por considerar que as crises internacionais só afetam se o Estado não tiver um projeto local estabelecido. Na última crise, por exemplo, o Estado, de certa forma, não foi afetado, pois o país tem um mercado interno, que pode suprir a redução da demanda internacional. O povo não para de comer mesmo quando tem uma crise, assim, Mato Grosso continua no topo da produção de alimentos. 59 Relatório da Pesquisa Quantitativa